Mortes, nos éons, que formam o ciclo educativo de vida do Iniciado: 1ª) morte do corpo físico, encarnação após encarnação; 2ª) mortes dos veículos astral e mental, quando a [personalidade-]alma imortal os descarta vida após vida, para criar novos veículos, até que a mestria seja alcançada; 3ª) morte dos desejos, das cobiças e das paixões, e sua substituição por uma crescente Aspiração Espiritual; 4ª) morte do ego, ou melhor, seu repúdio e sua renúncia de tudo o que é material; e 5ª morte ou destruição do corpo causal ou corpo da [personalidade-]alma, na Grande Iniciação da Renúncia. [In: Os Raios e as Iniciações, obra de autoria de Alice Ann Bailey, para ela telepatizada pelo Mestre Ascensionado Djwhal Khul.]

 

 

 

O processo de morte e ressurreição prossegue, sem cessar, em todos os Reinos da Natureza. Cada morte prepara o caminho para uma nova vida e para uma beleza maiores. Cada morte, efetivamente, é o prefácio de uma Ressurreição em alguma forma ou outra, até chegarmos a esta Ressurreição Final e a uma posição de Consecução Final. [Portanto, de fato, não existe morte, como, geralmente, nós a concebemos.] Enfim, morte seguida de constante ressurreição, é a nota-chave da evolução e da técnica evolutiva, e somente porque nós amamos indevidamente aquilo que é material e detestamos perder contato com o aspecto-forma da Natureza, é que tememos a morte. A imortalidade é um aspecto do Ser Espiritual Vivente, e não um fim em si mesma, como os homens procuram apresentá-la. Para os Conhecedores da Vida, a frase como "Eu sou uma Alma imortal" não é sequer verdadeira. Dizer "Eu sou a Própria Vida, e, portanto, sou imortal" está mais próximo da verdade, mas, até mesmo essa frase é, sob o ponto de vista do iniciado, somente uma parte de uma Verdade Maior. Simbolicamente, a Natureza está sempre retratando para nós os fatos essenciais na progressão anual das quatro estações, nos ciclos de luz e escuridão e na maravilha da emergência da beleza ou da cor ou na útil função da semente que se esforça – devido à vida que lhe é inerente – para alcançar a luz do Sol. O medo da morte é uma das grandes anormalidades ou distorções da Verdade Divina, anormalidade e distorção pela qual são responsáveis os Senhores do Mal Cósmico. Quando, nos primórdios da Era Atlante, eles deixaram o lugar onde haviam estado confinados, e forçaram temporariamente a retirada da Grande Loja Branca para níveis subjetivos, seu primeiro grande ato de anormalidade e de distorção foi implantar o medo nos seres humanos, a começar pelo medo da morte. Desde então, os homens têm enfatizado a morte e não a vida, e têm sido presas do medo. [Ibidem.]

 

 

Todo aparente fim é um recomeço em um ponto mais elevado da Spira Legis!

 

 

Em um dos seus belos rubais, Omar Khayyan escreveu:
Eu estava com sono, e a Sabedoria me disse:
a Rosa da Felicidade não se abre para quem dorme.
Por que te entregas a esse irmão da morte?
Bebe Vinho; tens tantos séculos para dormir!

Em outro educativo rubai, Omar Khayyan registrou:
Não temo a morte. Prefiro esse fato inelutável
ao outro que me foi imposto no dia em que nasci.
Afinal, o que é a vida? Um bem que me confiaram
sem me consultar e que entregarei com indiferença.

Eu interpretarei estes dois rubais, também rubaiando:
Eu estava meio estremunhado, e, então, ouvi a Voz da Sabedoria:
— Não durmas, Rodolfo! Acorda! Bebe Vinho! Ressurge! Vive!
Se dormires, estarás morto, não verás a LLuz da tua Estrela-guia,
viverás na escuridão e não conhecerás a Beleza da Alegria!

Por isto, com Amorosidade, Humildade e Solidariedade, invoco:
Que toda a minha Humanidade-irmã saia da escuridão e conheça a LLuz.
Que toda a minha Humanidade-irmã conheça a Beleza da Alegria.
Que toda a minha Humanidade-irmã conheça a sua Estrela-guia.
Está feito. Está selado. Eternamente. A.'.  U.'.  M.'.