N IHIL NOVI

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Teorema de Pitágoras

 

 

 

O Espiritismo e a Magia não são coisas novas no mundo, mas, irmãs gêmeas muito antigas, cuja origem deve ser buscada na remota infância de antigas nações, como a Índia, a Caldéia, a Babilônia, o Egito, a Pérsia e a Grécia. [In: Isis Unveiled: A Master-Key to the Mysteries of Ancient and Modern Science and Theology (em português, Ísis sem Véu: Uma Chave-Mestra para os Mistérios da Antiga e Moderna Ciência e Teologia), Helena Petrovna Blavatsky.] [Ibidem.]

 

O que poderemos esperar em nosso século de descrença, quando vemos Platão se queixando, há mais de vinte e três séculos, da mesma coisa? A mim também, disse o Iniciado Platão (Atenas, 428/427 Atenas, 348/347 a.C.) em seu Eutífron um dos primeiros diálogos de Platão, datando de cerca de 399 a.C. quando digo qualquer coisa em assembléia pública a respeito dos assuntos divinos, e lhes predigo o que está para acontecer, eles me ridicularizam como a um louco, embora nada do que eu haja predito se tenha deixado de cumprir. Eles invejam todos os homens iguais a nós. Não devemos, entretanto, lhes dar crédito, mas, sim, prosseguir em nosso caminho. [Ibidem.]

 

 

 

Ouroboros1

 

 

 

ihil novi sub Sole.2

Nihil novum super Terram.3

Nihil novi sub Luna.4

Cada ser-aí é um eterno Arjuna.5

 

O ponteirinho que sobe

é o mesmo ponteirinho que desce.

A cabeça morde a cauda;

sempre gorjeia a ave alauda.

 

Tudo muda, tudo avança:

trasantontem —› hoje —› amanhã.

Mas, mesmo pifando a nascença,

permanece ilesa a Presença.

 

Se nunca houve um princípio

como poderá haver um fim?

Todo fim é um novo começo,

mas, sempre com menos empeço.

 

Mas, precisamos nos esforçar

e lutar o Bom Combate.

Para que possa haver Libertação,

é preciso haver Compreensão.

 

 

 

 

Enfim, um Dia, já libertos,

todos nós compreenderemos

que 10101 + 10101 = 1,

e que tudo + todos são Um.

 

 

 

 

Não importa o que pensem,

não importa o que digam.

Asneiras sempre serão ditas,

besteiras sempre serão prescritas.
(E asneiras e besteiras sempre serão cridas e admitidas.)

 

 

 

Justiniano I

Justiniano I
(Flavius Petrus Sabbatius Iustinianus Augustus)

 

 

Si quis dicit, aut sentit proexistere hominum animas, utpote quæ antea mentes fuerint et sanctæ, satietatemque cepisse divinæ contemplationis, e in deterius conversas esse; atque ideirco apofixestai id este refrigisse a Dei charitate, et inde fixás græce, id est, animas esse nuncupatas, demissasque esse in corpora suplicii causa: anathema!

 

Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistiram na condição de inteligências e de santos poderes, mas, que, tendo se enojado da contemplação divina, tendo se corrompido e, através disso, tendo se arrefecido no amor a Deus, elas foram, por essa razão, chamadas de almas e, para seu castigo, mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado! [In: Segundo Concílio de Constantinopla (5 de maio a 2 de junho de 553), convocado pelo imperador bizantino Justiniano I (Taurésio, cerca de 482 – Constantinopla, 14 de novembro de 565).] E, até hoje, o Catolicismo e os seus filhotes, mais ou menos mitigados e desvirtuados, mantêm e impõem esta abominação. Quousque tandem, religionis, abuterem patientia et ignorantia populi? Até quando, religiões, abusarão da paciência e da ignorância do povão?

 

Hoje, preconceito + xenofobia.
Amanhã, tolerância + alforria.
Hoje, autoritarismo + injunção.
Amanhã, caída + transformação.

A Lei Cósmica é inapagável.
A Lei Cósmica é indestronável.
Muda a centúria, a Lei é a Lei.
Muda a cúria, não muda a Lei.

Ora bolas, ó Teodora, por quê?
Ora pois, ó Justiniano, por quê?
A eterna Lei do Renascimento
é aprendizagem + ajustamento!

 

 

 

 

 

Temos, sim, que prosseguir,

temos todos que Combater.
(Sempre! Sempre! Sempre!)

Asneiras são nuvens passageiras;

besteiras são percepções ligeiras.

 

Todas as coisas são como a H2O,

que nasce do amor do H2 pelo e O2.

Inevitavelmente, a H2O evapora,

descansa um tiquinho e... Chora!
(Ciclos! Ciclos! Ciclos!)

 

O frio gela, o calor derrete;

o dia alvora, a noite tolda.

A existência sempre morrerá,

e a morte sempre renascerá.

 

Tudo está sujeito a ciclos:

uns, maiores; outros menores.

Hoje, estamos 'mânvântârizando';

amanhã, estaremos 'prâlâyando'.

 

Nihil novi sub Sole.

Nihil novum super Terram.

Nihil novi sub Luna.

Cada ser-aí é um eterno Arjuna.
[Life is like the seasons; after winter, comes the spring.
A vida é como as estações; depois do inverno, vem a primavera. (Gayle Caldwell.]

 

 

 

As nuvens passageiram... As coisas mudam.

 

 

 

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Notas:

1. Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um conceito representado pelo símbolo de uma serpente ou de um dragão que mordem a própria cauda. O nome vem do grego antigo: (oura), que significa cauda, e (boros), que significa devora. Ouroboros simboliza a espiral da evolução – o eterno samba-enredo da destruição e da reconstrução.

 

 

Ouroboros

A serpente Ouroboros, em um antigo manuscrito alquímico grego

 

 

2. Não há nada de novo sob o Sol.

3. Não há nada de novo sobre a Terra.

4. Não há nada de novo sob a Lua.

5. Arjuna (em sânscrito: ) é um personagem da Mitologia Hindu e um dos heróis do épico Mahabharata, cuja autoria é atribuída a Krishna Dvapayana Vyasa, obra que, de fato, não encerra uma narrativa histórica que tenha acontecido em um passado remoto, como, equivocadamente, pensam os especialistas do excelente programa Alienígenas do Passado (em inglês: Ancient Aliens), apresentado no The History Channel, mas, sim, é uma prosa literária simbólico-alegórica. Neste sentido – e é o mesmo que empreguei neste rascunho – Arjuna simboliza o ser-humano-aí-no-mundo que busca a Sabedoria Espiritual e Iniciática (ShOPhIa), de tal sorte que seus inimigos e usurpadores são as representações miraginais e ilusórias do ego ainda plexo-solarizado. Assim, quando Krishna incita Arjuna à guerra contra os inimigos, para retomar o Seu Reino por direito, na verdade, não está preconizando uma guerra no sentido estrito do termo, com sangue, sofrimento, lágrimas e suor, e, sim, prescrevendo que Seu Discípulo, lute contra o ego e contra suas desvirtudes, seus defeitos e seus vícios correlatos, em prol do total controle da personalidade-alma e do Deus Interior sobre a matéria.

 

Krishna e Arjuna

Arjuna e Krishna

 

 

Música de fundo:

Nuvem Passageira
Composição e interpretação: Hermes Aquino

Fonte:

http://red-mp3.su/1692746/hermes-aquino-nuvem-passageira.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.jn.pt/mundo/interior/papa-francisco-nao-importa
-que-sejas-gay-deus-fez-te-assim-e-ama-te-9362409.html

https://ocatequista.com.br/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Justiniano

https://www.verdadeluz.com.br/o-concilio-
de-constantinopla-a-supressao-da-reencarnacao/

https://pt.depositphotos.com/

https://newtonexcelbach.com/

https://3dprint.com/

http://educacaoparapaz.com.br/conto-krishna-e-arjuna/

http://worldartsme.com/

https://www.outlineartists.com/

https://www.vectorstock.com/

https://pptcrafter.wordpress.com/

http://www.ancientpages.com/

 

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