NIELS BOHR – Pensamentos

 

 

 

Niels Bohr

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo é uma pequena coletânea de pensamentos do físico teórico dinamarquês Niels Bohr, decisivos para a compreensão da estrutura atômica e da Física Quântica. A Teoria de Bohr, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. Assim, a Teoria de Bohr permitiu a elaboração da Mecânica Quântica partindo de uma sólida base experimental. Niels é considerado, depois de Einstein, o maior físico teórico do século XX.

 

 

 

Nota Biográfica

 

 

 

Niels Bohr

 

 

 

Niels Henrik David Bohr, filho de Christian Bohr e de Ellen Adler, nasceu em 7 de outubro de 1885, em Copenhagen, Dinamarca. O seu pai, que era professor de Fisiologia na Universidade de Copenhagen, desde cedo o incentivou a estudar Física e Matemática, proporcionando-lhe acesso à leitura e à cultura.

 

Em 1903, Niels se matriculou na Escola Secundária de Gammelholm. Mais tarde, entrou para a Universidade de Copenhagen, onde foi influenciado pelo Professor Christiansen, um físico bastante reconhecido e prestigiado na época. Obteve em 1906 o grau de mestre, e em 1911 obteve o grau de doutor com a tese Studies on the Electron Theory of Metals, que dedicou a seu pai, falecido meses antes.

 

Quando era estudante, um anúncio, da Academia de Ciências de Copenhagen, de um prêmio para quem resolvesse um determinado problema científico, levou-o a realizar uma investigação teórica e experimental sobre a tensão da superfície provocada pela oscilação de jatos fluídos. Por este trabalho, levado a cabo no laboratório do seu pai, e publicado pela Royal Society em 1908, Niels foi condecorado pela Academia de Ciências dinamarquesa com uma medalha de ouro.

 

Niels continuou as suas investigações. No outono de 1911, Niels se mudou para Cambridge, onde trabalhou no Laboratório Cavendish sob a orientação de J. J. Thomson. Na primavera de 1912, Niels passou a trabalhar no Laboratório do Professor Rutherford, em Manchester. Ali realizou um importante trabalho sobre a absorção de raios alfa, que viria a ser publicado na Philosophical Magazine, em 1913.

 

De regresso à Dinamarca, em 1913, Niels passou a se dedicar ao estudo da estrutura do átomo, baseando-se na descoberta do núcleo atômico, realizada por Rutherford. Niels acreditava que, utilizando a Teoria Quântica de Planck, seria possível criar um novo modelo atômico, capaz de explicar a forma como os elétrons absorvem e emitem energia radiante.

 

Em 1913, Niels, estudando o átomo de hidrogênio, conseguiu formular um novo modelo atômico. A Teoria de Bohr sobre a constituição do átomo, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. A sua publicação teve uma enorme repercussão no mundo científico, e permitiu a Bohr alcançar grande prestígio e reputação. De 1914 a 1916, foi professor de Física Teórica na Universidade de Victoria, em Manchester. Mais tarde, em 1920, voltou para Copenhagen, onde foi nomeado diretor do Instituto de Física Teórica.

 

Em 1922, Niels ganhou o Prêmio Nobel de Física, por seus estudos na investigação da estrutura dos átomos e da radiação que deles emana. Neste mesmo ano, publicou a obra The Theory of Spectra and Atomic Constitution, cuja segunda edição foi publicada em 1924.

 

Em 1933, juntamente com seu aluno Wheeler, Niels aprofundou a teoria da fissão, evidenciando o papel fundamental do urânio 235 (U-235). Estes estudos permitiram prever também a existência de um novo elemento, descoberto pouco depois: o plutônio. Um ano depois publicou o livro Atomic Theory and the Description of Nature, que foi reeditado em 1961. Em janeiro de 1937, participou da Quinta Conferência de Física Teórica, em Washington, na qual defendeu a interpretação de L. Meitner e Otto R. Frisch, também do Instituto de Copenhagen, para a fissão do urânio.

 

Durante a ocupação nazi da Dinamarca, refugiou-se na Inglaterra, e, posteriormente, nos Estados Unidos, onde ocupou o cargo de consultor do Laboratório de Energia Atômica de Los Alamos. Neste Laboratório, alguns cientistas iniciavam a construção da bomba nuclear. Compreendendo a gravidade da situação e o perigo que esta bomba poderia representar para a Humanidade, Bohr dirigiu-se a Churchill e a Roosevelt, em um apelo (em vão) à sua responsabilidade de Chefes de Estado, tentando evitar a construção da bomba nuclear.

 

Niels regressou à Dinamarca, onde foi eleito Presidente da Academia de Ciências. Niels continuou a apoiar as vantagens da colaboração científica entre as nações e foi promotor de congressos científicos organizados periodicamente na Europa e nos Estados Unidos. A sua luta em defesa da preservação da paz, por ele considerada como condição indispensável para a liberdade de pensamento e da pesquisa, valeu-lhe a atribuição, em 1957, do U.S. Atoms for Peace Award (Prêmio Átomos para a Paz). Faleceu em 18 de novembro de 1962, em Copenhagen, Dinamarca, vítima de uma trombose, aos 77 anos de idade.

 

 

 

Pensamentos de Bohr

 

 

 

Meu interesse no estudo da Física foi despertado quando eu ainda estava na escola, em grande parte devido à influência de meu pai.

 

O sentido da vida consiste em que não tem nenhum sentido dizer que a vida não tem sentido.

 

Sobre o processo de fabricação da bomba nuclear em Los Alamos: Não necessitavam da minha ajuda para fazer a bomba.

 

 

 

 

Conclusões de Niels sobre o desenvolvimento das pesquisas nucleares: 1ª) As armas nucleares são qualitativamente diferentes de suas antecessores convencionais. Elas inauguraram uma era em que será impossível resolver os conflitos por meio de guerras. Esta foi uma conseqüência positiva da existência de bombas nucleares; 2ª) O Projeto Manhattan foi apenas o começo. Edward Teller1 quer desenvolver uma bomba de hidrogênio; 3ª) As armas nucleares irão se disseminar por diversos países. Cada arma nuclear somada diminuirá a segurança mundial em vez de aumentá-la; e 4ª) É previsível uma tensão entre o Ocidente e a Rússia. A única maneira de evitar uma corrida armamentista é ter um mundo aberto.

 

Toda sentença que eu digo deve ser entendida não como uma afirmação, mas, como um pergunta.

 

Predição é muito difícil, especialmente se for sobre o futuro.

 

Comentário de Bohr à afirmação de Einstein que disse que Deus não joga dados: Pare de dizer a Deus o que fazer com os Seus dados. Isto, obviamente, não aborreceu Einstein nem um pouquinho. Em 1920, em uma carta a Bohr, Einstein escreveu: Poucas vezes na vida um ser humano me causou tanta alegria por sua mera presença, como você fez.

 

Não existe mundo quântico. Existe apenas uma descrição física abstrata. É errado pensar que o dever da Física é descobrir como a Natureza é. Física é aquilo que nós podemos dizer sobre a Natureza.

 

Se a Mecânica Quântica não te assustou, então, você ainda não a entendeu.

 

Se alguém diz que pode pensar sobre Física Quântica sem ficar tonto é mentira.

 

Ainda bem que chegamos a um paradoxo. Agora, há esperança de conseguirmos algum progresso.

 

O oposto de uma afirmação correta é uma afirmação falsa. Mas, o oposto de uma verdade profunda pode ser outra verdade profunda.

 

A melhor arma de uma ditadura é o segredo, mas, a melhor arma de uma Democracia deve ser a abertura.

 

Não, não, você não está pensando, você está apenas sendo lógico.

 

Nunca se expresse mais claramente do que você é capaz de pensar.

 

Tudo o que chamamos de real é feito de coisas que não podem ser consideradas como reais.

 

Um físico é apenas a maneira de um átomo olhar para si mesmo.

 

Um especialista é aquele que comete todos os erros passíveis de serem cometidos em um campo limitado.

 

Há coisas que são tão sérias que você tem que rir delas.

 

Toda dificuldade grande e profunda tem em si sua própria solução. Ela nos obriga a mudar o nosso pensamento, a fim de encontrá-la.

 

A tecnologia avançou mais nos últimos trinta anos do que nos últimos dois mil. O avanço só vai continuar.

 

 

 

 

Acredito que a grande perspectiva dos estudos humanísticos talvez seja contribuir para a eliminação de preconceitos – a meta comum de todas as ciências.

 

A verdade é algo que podemos tentar duvidar, e, então, talvez, depois de muito esforço, descobrir que parte da dúvida é injustificada.

 

Um tolo sempre encontra um mais tolo que o admire.

 

Nada existe até que esteja medido.

 

Quando se trata de átomos, a linguagem só pode ser utilizada como na poesia. O poeta, também, quase não está tão preocupado com a descrição de fatos como com a criação de imagens.

 

A grande extensão da nossa experiência nos últimos anos trouxe luz para a insuficiência das nossas simples concepções mecânicas e, como conseqüência, abalou a base sobre a qual a interpretação habitual das observações científicas foi estruturada.

 

Partículas materiais isoladas são abstrações. Suas propriedades são definíveis e observáveis somente através de interações com outros sistemas.2

 

Nossa tarefa é comunicar experiências e idéias para os outros.

 

Estamos suspensos na linguagem, de tal forma que não se pode, com segurança, dizer o que é em cima e o que é embaixo. A palavra realidade deve ser aprendida a ser usada corretamente.

 

Para um paralelo com a lição da teoria atômica sobre a aplicabilidade limitada de tais idealizações habituais, temos, de fato, de nos voltar para outros ramos da Ciência, como a Psicologia, ou, até mesmo, os problemas epistemológicos com os quais pensadores como Buddha e Lao Tze se confrontaram, ao tentar harmonizar nossa posição como espectadores e atores do grande drama da existência.

 

A Física deve ser considerada não tanto como o estudo de algo 'a priori', mas, sim, como o desenvolvimento de métodos de ordenação da experiência humana.

 

Todo ser humano valioso deve ser um radical e um rebelde, e deve ter como objetivo tornar as coisas melhores do que são.

 

Há dois tipos de verdade: a verdade profunda reconhecida pelo fato de que o seu oposto também é uma verdade profunda, e a verdade trivial, da qual o seu oposto é um absurdo.

 

É uma grande pena que os seres humanos não encontrem satisfação em contemplar a Ciência.

 

Não é suficiente estar errado; a pessoa também deve ser educada.

 

Oh!, quão idiotas todos nós temos sido!

 

Vivere est cogitare. Viver é pensar.

 

Sobre o átomo de Bohr (às vezes chamado de modelo semiclássico do átomo):

1º postulado: Os elétrons que giram em torno do núcleo atômico existem em órbitas que têm níveis de energia quantizados.

2º postulado: A energia total do elétron (cinética + potencial) não pode apresentar valor algum, e, sim, valores múltiplos de um 'quantum'.

3º postulado: Quando ocorre o salto de um elétron entre órbitas, a diferença de energia que é emitida (ou suprida) por um simples 'quantum' de luz (também chamado de fóton) tem energia exatamente igual à diferença de energia entre as órbitas em questão.

Salto Quântico

 

 

4º postulado: As órbitas permitidas dependem de valores quantizados (bem definidos) de momento angular orbital (L), de acordo com a equação:

 

 

na qual n = 1, 2, 3... é denominado número quântico principal, (leia h cortado) é um símbolo simplificado para e h é a constante de Planck. O menor valor possível de n é 1. Isto corresponde ao menor raio atômico possível, de 0,0529 nm, valor também conhecido como Raio de Bohr. Nenhum elétron pode se aproximar mais do núcleo do que esta distância.

 

Em carta aberta às Nações Unidas, em 1950, argumentou sobre o uso das armas nucleares: A Humanidade será confrontada com perigos de caráter inédito, salvo se, em devido tempo, sejam tomadas medidas para evitar uma desastrosa ocorrência de tal armamento formidável, e se for estabelecido um controle internacional sobre a produção e a utilização de materiais tão poderosos.

 

Se quisermos interpretar corretamente a Mecânica dos 'Quantas', suas experiências e seus paradoxos, teremos de aceitar o pensamento como uma ação puramente física.

 

Tudo é possível, desde que seja suficientemente insensato.

 

A natureza da matéria e da energia é dual, e os aspectos ondulatório e corpuscular não são contraditórios, mas, complementares. A natureza dotada por duas imagens de onda e de partícula é complementar porque descreve dois aspectos do mesmo fenômeno. Evidências obtidas sob diferentes condições experimentais não podem ser compreendidas dentro de um quadro único, mas, devem ser vistas como complementares, no sentido de que só a totalidade do fenômeno esgota as informações possíveis sobre os objetos.

 

As grandezas quantizadas dos observáveis tendem ao limite clássico quando os números quânticos associados ao sistema em questão tendem a infinito. A intensidade e o estado de polarização da radiação emitida no salto quântico correspondem à intensidade e ao estado de polarização da radiação correspondente que seria emitida pelo sistema de acordo com a teoria eletromagnética clássica. Tal correspondência tende a se tornar uma identidade quando os números quânticos crescem indefinidamente.

 

Resumindo o pensamento galileano: Não existem teorias bonitas e teorias feias. Existem apenas teorias verdadeiras e teorias falsas.

 

Discutindo uma teoria relativa à Física das partículas, certa vez Niels disse: Todos acreditamos que essa teoria é maluca. Resta saber se é suficientemente maluca para ter probabilidade de ser correta. Pessoalmente acho que não é suficientemente maluca.

 

Um amigo, ao visitar Niels, notou uma ferradura atrás da porta. Perguntou a Niels:

Você acredita que ferraduras trazem boa sorte?

Niels respondeu:

Claro que não.

O amigo perguntou:

Por que, então, você tem uma ferradura atrás da porta?

Ao que Niels respondeu:

Porque todos sabem que ferraduras dão boa sorte.

 

 

 

 

Pergunta de um exame de Física na Universidade de Copenhagen: 'Descreva como determinar a altura de um arranha-céu usando um barômetro.'Uma vez que estamos constantemente sendo exortados a exercitar o pensamento independente e a aplicar os métodos científicos, indubitavelmente, a melhor forma seria ir falar com o porteiro e perguntar se ele gostaria de ganhar um barômetro bonito e novinho em folha. Se ele dissesse que sim, eu ofereceria o barômetro a ele, desde que ele me dissesse a altura do arranha-céu. O estudante que respondeu desta forma inusitada foi Niels Bohr – o único Dinamarquês que ganhou o Prêmio Nobel de Física.3

 

Em um instante, em um único instante, tudo pelo que eu havia lutado, tudo o que eu havia conquistado, desmoronou sobre mim. E pior, sobre milhares de pessoas mais. Foi durante os anos de 1943 a 1945 – uma das piores épocas de minha vida. Uma nova forma de energia nuclear estava sendo descoberta por mim e por outros. Após essa grande inovação, juntamente com Einstein e mais alguns, doei-me em busca e produção de conhecimento. Passávamos horas pensando, imaginando, sonhando. Contudo, o sonho pelo qual corremos atrás, tornou-se um pesadelo. Acreditando que o projeto em que participava iria ajudar e não causar uma destruição terrível, me dediquei e fui fiel até o fim. Foi quando percebi o tamanho do erro que eu e meus companheiros estávamos cometendo. Assim, parti ao encontro dos dois chefes de estado Churchill e Roosevelt, apelando para que não construíssem a bomba, devido à grande situação de perigo que poderia causar para a Humanidade. De repente, meu desejo da utilização da ciência em prol da bondade do ser humano se tornou a principal arma de poderosos sem limites, causando o horror, a tristeza e a desgraça para muitos, e tudo devido à busca incessante do poder. Eu realmente tentei. A cada momento que passava, minha mente rodopiava em minha cabeça, só de cogitar a idéia de que tudo o que acontecia naquele momento devia-se também a mim. Mas minha tentativa foi em vão, pois em julho de 45 a notícia chegou. A bomba nuclear, a primeira, em fase de teste, explodiu em Los Alamos, e um mês depois foi jogada contra as cidades de Hiroshima e Nagazaki, com uma diferença de apenas três dias... Dias que tiraram a vida de milhares de pessoas e devastaram toda uma nação. Não me perdôo, não consigo me perdoar diante de uma atrocidade que sei que fui participante, que sei que sem a minha participação, talvez, as coisas não fossem assim... Ela explodiu e dizimou, não só as localidades orientais, mas, também, uma parte de mim. Mesmo diante disto, após a guerra, ainda em 45 regressei à Dinamarca, e lá fui eleito presidente da Academia de Ciências. Durante cinco torturantes anos eu não fui capaz de fazer muito, até que, em 1950, escrevi a Carta Aberta às Nações Unidas, em defesa da preservação da paz, algo que por mim é considerado como indispensável para a liberdade de pensamentos e das pesquisas, pois não temos que estar ligados à guerra para fazermos grandes descobertas. Organizei, então, a primeira conferência 'Átomos Pela Paz', que aconteceu em Genebra, na Suíça, cerca de um ano depois. Em 1955, escrevi o livro The Unity of Knowledge. Dois anos depois, em 1957, recebi o prêmio 'Átomos Pela Paz', o que me deixou imensamente feliz. Saber que agora estava fazendo pelo menos um pouco em comparação aos muitos que tinha ajudado a matar dez anos atrás, e, ainda por cima, saber que fui tão honrosamente homenageado pela organização que eu mesmo criei, realmente foi algo maravilhoso. Mas, nem tudo foi tão bom, pois daquela época pra cá tenho adoecido, algo que só piora a cada dia, e como já disse, sinto que não permanecerei aqui por muito mais tempo. Portanto, só tenho a agradecer aos meus filhos e à minha esposa, já que, sem eles, não chegaria onde cheguei. Lamento ter causado o que causei, e espero que, em tempos futuros, minhas descobertas sirvam para alguma coisa boa, ainda que me sinta instintivamente culpado por ter causado tanta dor e tanto sofrimento em uma época já remota. Muito procurei fazer pela minha sociedade, pelos meus semelhantes. Busquei de todas as formas o conhecimento e a melhoria de vida do homem. E o meu objetivo ao escrever, quem sabe pela ultima vez este diário, vai muito além de simplesmente manter a lucidez, como os médicos afirmam, mas, sim, de deixar gravado tudo o que fiz para os que virão. Não quero ser visto como alguém fora do comum, mas como um comum que foi fora de si, fora do egoísmo e da mediocridade. E se para alguma coisa serviu ou deve servir meu projeto, que sirva para incentivar os seus, pois existem pessoas e pessoas, e só estas pessoas serão capazes de criar, transformar e reformar as situações que vivemos. Em alguns momentos, tentei decifrar o sentido da vida, em outros a desacreditava. Agora, porém, já próximo do fim, percebo que não há sentido algum dizer que a vida não tem sentido, e, principalmente, que esse ínfimo conhecimento que tanto perseguimos, deve ser utilizado para fins pacíficos, pois, conheci a vida o suficiente para entender o mal que o conhecimento poderá causar, se deixado em mãos erradas.

 

O reprovável não são os assuntos, mas, os métodos indignos de [fazer] Ciência.

 

 


 

______

Notas:

1. Edward Teller (Budapeste, Hungria, 15 de janeiro de 1908 – Stanford, Califórnia, 9 de setembro de 2003) foi um físico nuclear estadunidense de origem húngara, popularmente conhecido como o Pai da Bomba H. Esteve entre os primeiros cientistas a serem recrutados para o chamado Projeto Manhattan, no Laboratório Nacional de Los Alamos, onde trabalhou até regressar à Universidade de Chicago, em 1946. Voltou a Los Alamos em 1950, mas, não foi escolhido para dirigir o programa de teste da Bomba de Hidrogênio ou Bomba H, estabelecido pelo Presidente Harry Truman. Assim, abandonou o projeto em 1952 para se tornar co-fundador e diretor de um novo e rival laboratório de pesquisa de armas nucleares designado Laboratório Nacional Lawrence Livermore, em Berkeley, Califórnia.

 

 

Boçalidade Humana

 

 

2. Na verdade, não é só uma partícula material isolada que é uma abstração. Isolado, descontextualizado, tudo é abstração.

3. Isto me fez lembrar uma passagem da vida de Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895 – 1971), na época, estudante de Medicina, que, depois, já jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro, acabou se auto-intitulando Barão de Itararé.

No Curso de Medicina, o professor se dirige a Apparício, e pergunta:

Quantos rins nós temos?

Quatro! — responde Apparício.

Quatro? replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.

E ordena ao seu auxiliar: — Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala.

E para mim um cafezinho! advertiu Apparício ao auxiliar do professor.

O professor ficou irado e expulsou Apparício da sala. Ao sair da sala, Apparício ainda teve a audácia de corrigir o furioso docente:

O senhor me perguntou quantos rins nós temos. Nós temos quatro: dois meus e dois seus. Nós é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e se delicie com o capim.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://webtools.gieskes.nl/
?info=explode-a-myspace-page.html

http://open.nasa.gov/plan/framework/

http://mistersensitive.com/gallery/
displayimage.php?pid=1313

http://www.tumblr.com/tagged/nuclear%20bomb

http://projetandopessoas.blogspot.com.br/2011
/05/uma-curiosidade-sobre-o-barao-de.html

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/
ufovia/pag_ufo/entrevistas01.htm

http://ffq2b.blogspot.com.br/
2009/05/niels-bohr.html

http://ffq2b.blogspot.com.br/2009/
05/episodio-do-barometro.html

http://www.comciencia.br/
entrevistas/ambrosio.htm

http://ffq2b.blogspot.com.br/2009/05/
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http://www.scielo.org.ar/scielo.php?pid=S18
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Teller

http://www.advir.com.br/sermoes/
sermao_C_medindoasestrelas.htm

http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v26_71.pdf

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3
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http://www.quemdisse.com.br/
frase.asp?frase=5780

http://www.fatimahborges.com.br/
artigo.php?code=272

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/
correio-fraterno/pensamento-e-inercia.html

http://pablo.fc.unesp.br/applets/explic.html

http://www.explicatorium.com/Niels-Bohr.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/
%C3%81tomo_de_Bohr

http://pt.wikipedia.org/wiki/Niels_Bohr

http://www.goodreads.com/author/
quotes/821936.Niels_Bohr

http://en.wikiquote.org/wiki/Niels_Bohr

http://www.brainyquote.com/
quotes/authors/n/niels_bohr.html

http://refranesyfrases.com/
frases-Niels,-Bohr,/1.html

http://frases-fortes.com.br/
autores/niels-bohr

http://www.grandesmensagens.com.br/
frases-de-niels-bohr.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/niels-bohr.html

http://historicalwallpapers.blogspot.com.br/
2011/04/niels-bohr-1885-1962.html

http://kdfrases.com/frase/162075

http://kdfrases.com/autor/niels-bohr

http://pt.wikiquote.org/wiki/Niels_Bohr

 

Música de fundo:

Riverside
Composição: Kristian Eidnes Andersen & Thomas Blachman
Interpretação: Agnes Obel

Fonte:

http://www.4shared.com/get/RSeUhoWs/
agnes_obel_-_riverside__offici.html

 

Direitos autorais:

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