A morte ocorre sob a direção do nosso Eu [Interior], não importando se o ser humano [o ego + a forma] tem ou não consciência desta direção. Particularmente, no caso dos Iniciados, costuma haver uma compreensão inteligente das Leis da Abstração, que permite que Ele se retire conscientemente e com pleno conhecimento do corpo físico, ou seja, há conservação da continuidade da consciência, para, então, atuar em um Plano Superior ao da existência física. [Bem, conforme já comentei diversas vezes, usamos a palavra morte para indicar o fim educativo de uma encarnação necessária. Esta é uma palavra que, em todos os sentidos, não representa o que de fato acontece nesta transição, porque, realmente, a morte (como simples morte ou fim) não existe. O que há, na morte, como muito bem qualificaram o Mestre DK e Alice Bailey em um dos seus livros, é a viagem-partida da nossa contraparte espiritual, digamos assim, para uma belíssima que a maioria de nós não tem e não faz a menor idéia de como será. Quanto a isto, podemos pensar em dois argumentos definitivos, para nos convencermos de que não há morte: 1º) se a é eterna e nós somos parte desta , então, também, fomos-somos-seremos eternos; e 2º) se, como afirmou o filósofo pré-socrático Parmênides de Eléia (530 a.C. – 460 a.C.), ex nihilo nihil fit (nada surge do nada), então, também, nihil fit nihil (nada se torna nada). Basicamente, duas coisas caracterizam o Unimultiverso e todas as coisas unimultiversais: movimento e mudança. Enfim, o que, costumeiramente, é chamado de morte, nada mais é do que uma mudança – mudança existencial + mudança experiencial de Plano de Manifestação. Como explicaram o Mestre DK e Alice Bailey, na atualidade, para a maioria das pessoas, a morte é o resultado da vontade da [personalidade-]alma. Eventualmente, no futuro, deverá ser o resultado das vontades unidas da [personalidade-]alma e da consciência pessoal, e, quando isso acontecer, não haverá mais medo da morte.] [In: A Alma: a Qualidade de Vida, obra telepatizada por Djwhal Khul – Mestre Ascensionado da Grande Loja Branca – para Alice Ann Bailey.]

 

Quando o ser-humano-aí-no-mundo atingir um estágio mais elevado na sua evolução, ele escolherá, deliberada e definitivamente, o momento em que se retirará conscientemente do seu corpo físico. [A chamada morte deixará de ser inconsciente, repentina e dolorida, como, atualmente, costuma ser para a maioria das pessoas, para ser consciente, aprazada, leve, suave e indolor, como sempre foi e é para os Adeptos Avançados.] [Ibidem.]

 

Pode parecer cruel, desumano e absurdo, mas, muitas vezes, é preferível deixar que a doença faça o seu trabalho [alquímico-espiritual] e que a morte liberte a [personalidade-]alma do aprisionamento. Inevitavelmente, chegará o momento, para todos os seres encarnados, em que a [personalidade-]alma exigirá ser libertada do corpo e da vida na forma. A doença e a morte devem ser reconhecidas como fatores libertadores, quando elas ocorrem como resultado do momento exato escolhido [aprazado] pela [personalidade-]alma. [Por apego, por ignorância e por sei lá mais o quê, manter uma vida que já não está mais viva vivendo entubada artificialmente é um duplo crime: contra o Unimultiverso e contra a própria personalidade-alma. No Eclesiastes III: 1 e 2 está escrito: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer (encarnar) e tempo de morrer (desencarnar); tempo de plantar (construir) e tempo de arrancar o que se plantou (destruir).] [Ibidem.]

 

Devido à excessiva ênfase dada à vida da e na forma e ao medo universal da morte (restituição necessária) – esta grande transição que todos deveremos enfrentar – devido à nossa incerteza sobre a realidade da imortalidade e devido ao nosso profundo apego à forma, nós interrompemos o processo natural e nos agarramos à vida, que luta para se libertar, confinada em corpos, de maneira geral, inadaptados aos propósitos da [personalidade-]alma. [E não há inadaptação maior do que uma doença incapacitante.] [Ibidem.]

 

Muitas vezes, um ser humano inválido e inconsciente – uma pessoa de idade avançada cujos mecanismos de contato e de resposta se tornaram imperfeitos – ou mesmo uma criança anormal constituem exemplos definidos de neutralização da Lei do Karma. [Precisamos compreender que a Lei do Karma só poderá agir e atuar com eficiência + eficácia, ou seja, com efetividade educativa, compreensiva e libertadora, se houver, por patrte do educando, plena consciência da experiência educativa que está acontecendo. O contrário disto seria punição ou castigo, coisas (invenções teológicas absurdas) que não existem nem prevalecem na Consciência Cósmica.] [Ibidem.]

 

Pela Iniciação, não de outra maneira, a morte será considerada um mero ato de abandonar conscientemente a forma. [Sublinhado e grifo meus.] [Ibidem.]

 

Quando, pela Lei da Dissolução, consideramos a morte do corpo físico, surge sempre o pensamento: a integridade do Homem Interior. O Homem Interior permanece Ele-mesmo (a individualidade não se perde e permanecerá eternamente). O Homem Interior permanece intacto, sem impedimentos. Ele passa a existir como um agente livre, no que diz respeito ao plano físico, e, agora, responde apenas a três fatores predisponentes: 1º) a qualidade do seu equipamento astral-emocional; 2º) a condição mental em que vive habitualmente; e 3º) a voz da [personalidade-]alma, muitas vezes pouco conhecida, mas, às vezes, muito conhecida e amada. [Ibidem.]

 

Quando um Discípulo Avançado ou um Iniciado se identificam com as suas [personalidades-]alma e o seus respectivos Antahkaranas já estão conscientemente construídos através do Princípio da Vida, então, permanecem fora do controle da Lei Uni[multi]versal e Natural da Dissolução, e usam ou descartam seus corpos físicos à vontade – por exigência da Vontade Espiritual Superior ou pelo reconhecimento das necessidades da Hierarquia ou dos propósitos de Shamballa. [Nada do que foi discutido nestes fragmentos deve ser entendido como um incentivo ao suicídio (assassinato de si-mesmo).] [Ibidem.]

 

 

— Bolas! Reencarnei,
mas, confesso: vim chiando e de muita má vontade.
E, igualzinho a um boiando no mar,
lamentavelmente, eu acabei me esquecendo
onde estava antes de vir,
de onde vim e como,
o motivo de ter vindo,
quem me convidou ou obrigou a vir,
o que estou fazendo aqui
e para onde irei depois.
Entretanto, acabei
gostando muito de viver.
Pra caramba! Às pampas! À beça! Pra burro! Pra chuchu!
E bota muito burro e muito chuchu nisso!
Sim, gostei muito de viver!
Feijoada...
Bacalhauzada...
Churrascada...
Sarrabulhada...
com ...
...
...
...
Quiabo com carne-de-sol...
Punheta-de-estudante...
Toucinho do Céu...
Quilhões de São Gonçalo...
Travesseiros de Sintra...
Barriga de Freira...
Romeu e Julieta...
Furunfada...
Mais furunfada...
A perereca da vizinha...
A butique dela...
Aquela outra coisa dela...
A ...
A ...

...
O ...

O ...
O ...
A ...
O ...
O ...
A ...
O ...
Tirar férias em Pasárgada...
(Lá, como Manuel Bandeira,
eu sempre faço ginástica,
ando de bicicleta,
monto em burro brabo,
subo no pau-de-sebo,
tomo banhos de mar,
uso alcalóide à vontade,
falo em telefone automático
e namoro mil prostitutas bonitas,
sempre na cama que eu escolho!)
E, quando não tiro férias em Pasárgada,
vou de fonfom pra ...
Forrobodó...
Carnaval...
Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial...
A Gafieira Estudantina...
O ...
O ...
O ...
'Dolce far niente'...
Coçar o saco...
As novelas da ...
O ...
O ...
O ...
O ...
Os ...
O ...
Água-que-passarinho-não-bebe...
Dar um tapa na pantera...
Uma boa manga-rosa...
Um pouco de farinha...
...
...
...
Jogo do bicho...
Cassino clandestino...
...
Porrinha na esquina...
Tirar (e comer) uma melequinha...
Às vezes, só tirar, sem comer...
O Ol' Blue Eyes...
O Luciano Pavarotti...
O Roberto Carlos...
O Dudu França...
O Sidney Magal...
A Ângela Maria...
A Madonna...
O Cauby Peixoto...
O Waldick Soriano...
O Reginaldo Rossi...
A Jane e o Herondy...
O Anísio Silva...
A Ella Fitzgerald...
A Maysa...
A Fafá de Belém...
O João de Deus...
O Tim Tones...
A água consagrada do Missionário R. R. Soares...
Os feijões mágicos do Apóstolo Valdemiro Santiago...
As prédicas memoráveis do Bispo Edir Macedo...
As glossolalias inspiradoras do Pastor Jayme de Amorim...
A cantoria emocionante do tele-evangelista Jimmy Swaggart...
O velho Baltazar da Rocha...
A Dona Bela...

O Aldemar Vigário...
O Sandoval Quaresma...
A Santinha Pureza...
O Capitão Gay...
O Carlitos...
O Jerry Lewis...
O Cantinflas...
O ...
O ...
Os ...
O ...
Votar no Luiz Inácio...
Tornar a votar no Luiz Inácio...
Dar apoio ao Alexandre de Moraes...
Defender a Democracia...
Defender a República...
Livre-arbítrio e cidadania...
E há muitas outras coisinhas mais,
que me fazem mesmo adorar viver,
como, por exemplo, dar pum em elevador lotado,
e ouvir uma velhinha rezingar: — Peidão mal-educado!
Ora, melhor do que isso, só outro isso!
Melhor do que outro isso, só dois disso!
E melhor do que dois disso é não morrer!

— Por isso, só há uma coisa:
eu tenho pavor de, um dia,
ter que espichar a canela
e entregar a rapadura.
Para onde irei?
Irei para algum lugar?
Para o paraíso?
Para o inferno?
Para não sei onde?
Para onde o vento faz a curva?
Para o raio que o parta?
Mesmo gagá, zerolhufas, brochorowisky e mijando nas calças,

Todos os dias rezo uma Ave-maria
para ficar para semente!
Seja como for ou como tiver que ser,
com relação ao tal do ,
penso igualzinho ao Woody Allen:
'Eu não quero estar lá,
na hora que isso acontecer.'
Ou como poetizou Mário Quintana:
'Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!'

 

 

Todos os dias rezo uma Ave-maria
para poder ficar para semente!