Este
rascunho reflexivo foi inspirado no documentário A
Igreja Oculta, apresentado recentemente pelo The istory
Channel – uma série cujo foco é o coração
alquebrado da Igreja Apostólica Romana e seus atores. O filme
informativo examina e discute como muitas mensagens e inúmeros
ensinamentos do Cristo (divulgados por intermédio do Mestre
Jesus) vêm sendo mal interpretados, distorcidos e adulterados
ao longo dos séculos, ao mesmo tempo que investiga os interesses
ocultos e tenebrosos por trás destas mudanças (para
muito pior) orquestradas pelos próceres desta mesma Igreja.
A série analisa, ainda, os papéis históricos
de Maria, de Jesus, de Miriam de Magdala, dos Apóstolos e dos
vários papas ao longo do tempo, bem como as mais recentes perplexidades
tornadas públicas pela imprensa: casos de amor, de abusos,
de renúncias, de conspiratas, de publicações
de documentos secretos do Vaticano, entre outros horrores. Também
revela as mentiras, as mumunhas, as regulações hipotéticas
e as proibições fabricadas e utilizadas pela alta cúpula
católica para criar e manter o poder, além dos interesses
econômicos de uma das maiores empresas do mundo –
a Igreja Católica Apostólica Romana. Por fim, analisa
a presença de um homem que pode mudar todo esse imbróglio
multissecular: o 266º Papa Jorge Mario
Bergoglio
(o primeiro Papa latino-americano e inaciano), que escolheu como lema
do seu pontificado Miserando
atque eligendo (Olhou-o com misericórdia e o escolheu).
Ao
longo dos séculos, como enfatiza o documentário, a Igreja
foi se adaptando convenientemente para criar e manter o poder, e,
algumas vezes, no passado, de diversas maneiras, deixou correr sangue
para expandir sua influência. Na atualidade, segundo a série
televisiva, vem usando, com grande maestria, todos os tipos de ferramentas
disponíveis para não deixar a peteca cair, inclusive
participando de grandes negócios, conforme se tornaram públicos
com as denúncias do Vatileaks,
que expõem a incrível-incalculável fortuna
do Banco do Vaticano, manipulada através de empresas milionárias
que pertencem à Igreja Católica, para se tornar cada
vez mais rica e se manter na crista da onda. O documentário
revela, ainda, uma luta ferrenha pelo poder na Santa Sé Apostólica
– um foco de intrigas, de confabulações e de confrontos
entre facções secretas e antagônicas. O Vatileaks
é um escândalo escabroso que envolve documentos secretos
que vazaram do Vaticano, e que revelam a existência inconcebível
e surpreendente de uma ampla rede de corrupção, de subornos,
de lavagem de dinheiro, de conluios, de nepotismos, de favoritismos
etc. Uma verdadeira sujeirada para político corrupto brasileiro
lavajatado
não botar qualquer defeito! O termo Vatileaks
foi usado, pela primeira vez, pelo porta-voz do Vaticano,
o sacerdote jesuíta, presbítero e teólogo italiano
Federico Lombardi, S.J. (Saluzzo, 20 de agosto de 1942), em comparação
com o fenômeno Wikileaks
(uma organização transnacional sem fins lucrativos,
sediada na Suécia, que publica, em sua Página, postagens
de fontes anônimas, documentos, fotos e informações
confidenciais, vazadas de Governos ou de empresas, sobre assuntos
sensíveis).
Segundo
o jornal italiano La
Repubblica, o escândalo do Vatileaks
influenciou a renúncia do Papa Bento XVI, em 28 de fevereiro
de 2013, que, em sua declaração de renúncia,
alegou que as suas forças, devido à idade avançada,
já não lhe permitiam exercer adequadamente o pontificado.
O último Papa a renunciar foi Gregório XII, em 14 de
julho 1415, no contexto do Grande Cisma do Ocidente (uma crise religiosa
que ocorreu na Igreja Católica de 1378 a 1417).
Seja
como for, a grande questão que se impõe é a seguinte:
padre safado e corrupto é uma coisa, pois, safadeza e corrupção
existem em toda parte, não sendo uma exclusividade do Catolicismo,
mas, até quando, isto sim, as pessoas-aí-peregrinando-no-mundo
acreditarão que poderão alcançar
uma presumida salvação eterna tentando fazer negócios
absurdos com deus? Já disse e repetirei com outras palavras:
se há uma hipotética Onipotência no Universo,
esta Onipotência não precisa negociar xongas com ninguém,
simplesmente porque, causalmente, é dona de tudo. Ninguém
compra o que já é seu; ninguém poderá
vender para o dono o que já do dono! Simples assim. Enfim,
nosso grito de guerra, como na ária Nessun
Dorma do último ato da ópera Turandot,
de Giacomo Puccini (Lucca, 22 de dezembro de 1858 – Bruxelas,
29 de novembro de 1924), deveria ser: Vincerò!
Vincerò! Vencerei!
Vencerei!
Mas, ninguém poderá vencer enquanto ficar tentando fazer
negócios
escusos com deus, o que não deixa de ser uma forma de Magia
Negra.
Na
obra Miragem
– Um
Problema Mundial, o Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal
Khul ensinou um Ato de Proteção, que retranscrevo: Afirmar
em voz audível: Como
[personalidade-]alma,
trabalho na LLuz e as trevas não podem me afetar. Permaneço
na LLuz. Trabalho, e da LLuz não me movo. Em
seguida, fazer a Cruz Alargada de Cristo (Símbolo da LLuz e
da Consciência Crística, ou seja, da LLuz Vertical, da
LLuz Horizontal, do Poder de Atração, do Poder de Irradiação,
da Vida da [personalidade-]alma
e da Vida de Serviço), tocando o centro da testa, o centro
do peito e cada um dos olhos. O sinal da cruz como é utilizado
pela Igreja Católica –
tocando a testa, o coração e os ombros – simboliza
a matéria. Significa, de fato, o terceiro aspecto. O Sinal
da Cruz que o Discípulo deve fazer é o da Cruz de Cristo
– a Cruz da Consciência Crística.
Como
seria e onde estaria a Igreja Apostólica Romana, hoje, se
o seu primeiro líder não tivesse sido o Apóstolo
Pedro, mas, sim, a Apóstola Miriam de Magdala, que, em aramaico
(Migdal-eder),
significa a Torre do Rebanho? Eu não sei responder a isto,
mas, que o Catolicismo não seria uma religião abominavelmente
machista e detestavelmente misógina, isto, certamente, não
seria.
Migdal-eder