Rodolfo
Domenico Pizzinga
Entrava
dia, saía dia,
vinha
noite, partia noite...
Latitudinal,
longitudinal,
Divisava,
mas era cego.
Martelava,
mas era prego.
Cantava,
mas não entoava.
Só
vagueava e claudicava.
Jurava,
mas não cumpria.
Chorava,
mas não sentia.
Esfriava,
mas era quente.
Vivia
cabisbaixo e doente.
Finava
ano, nascia ano,
tão-só
repetecos do cano:
cinzentas
eram as cores;
constrangimentos,
dores.
Mas,
um dia, relampejou,
e a Santa
Voz murmurou:
—
Eu sempre estive contigo.
Vem
já, agora; vem comigo.
A
vida girou 180 graus;
o Quadrado...
360 graus.
A Noite
não mais turbou.
Desde
então: — Eu-Sou!
Eu-Sou
Bem e Eqüidade.
Eu-Sou
LLuz
e Unicidade.
Mas,
nada disto sozinho;
com todos,
um e juntinho.
Então,
alguém ao meu lado:
—
Você está
todo Illuminado!
Fraternalmente,
contrapus:
—
Irmão, como
eu, és LLuz!