A
Equação de Drake é um argumento probabilístico
usado para estimar o número de civilizações
extraterrestres ativas em nossa galáxia – a Via Láctea
– nas quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
Foi formulada pelo astrônomo e astrofísico estado-unidense
Frank Donald Drake (Chicago, 28 de maio de 1930) em 1961, não
com o propósito de fornecer uma estimativa do número
de civilizações, mas, sim, como um modo de estimular
um diálogo científico no primeiro encontro SETI (sigla
em inglês para Search for Extra Terrestrial Intelligence,
que significa Busca por Inteligência Extraterrestre), em Green
Bank, Virgínia. A Equação resume os principais
conceitos que os cientistas devem contemplar quando considerarem
a probabilidade de outras formas de vida serem capazes de comunicar
via ondas de rádio. A Equação de Drake provou
ser controversa, já que vários de seus fatores são
desconhecidos, além da vasta gama de valores abrangidos.
Isto levou críticos a rotularem a Equação como
uma palpite ou até mesmo inexpressiva.
Em
Setembro de 1959, os físicos Giuseppe Cocconi e Philip Morrison
publicaram um artigo no jornal Nature com o título
provocador Procurando por Comunicação Interestelar.
Cocconi e Morrison argumentaram que radiotelescópios se desenvolveram
o suficiente para capturar transmissões que podem ser transmitidas
pelo espaço por civilizações que orbitam outras
estrelas. Tais mensagens poderiam ser enviadas a um comprimento
de onda de 21 centímetros (1,420.4 megahertz). Este é
o comprimento de onda emitido pelo hidrogênio neutro –
o elemento mais comum no Universo. Assim, eles concluíram
que outras raças inteligentes poderiam ver isso como um ponto
de referência dentro do espectro eletromagnético.
Sete
meses depois, o astrônomo Frank Drake se tornou a primeira
pessoa a iniciar uma busca sistemática por sinais de vida
inteligente no Cosmos, usando o Observatório Nacional de
Radioastronomia, em Green Bank, Virgínia. No projeto, que
ele chamou de Projeto Ozma, Drake investigou duas estrelas semelhantes
ao Sol: Episilon Eridani e Tau Ceti. Ele foi capaz de escanear freqüências
próximas de 21 centímetros de comprimento de onda
durante seis horas por dia, do mês de abril até julho
de 1960. O projeto era bem simples, barato e bem elaborado para
os padrões modernos, mas,foi malsucedido.
Equação
de Drake:
N
= R*
x fp
x ne
x fl
x fi
x fc
x L
N
= número
de civilizações extraterrestres em nossa galáxia
com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação
R*
=
taxa de formação de estrelas em nossa galáxia
(estimada em 7/ano)
fp
=
fração
de tais estrelas que possuem planetas em órbita (estimada
em 0,5)
ne
=
número
médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento
de vida por estrela que tem planetas
(estimado
em 2)
fl
=
fração dos planetas com potencial para vida que realmente
desenvolvem vida (estimada em 0,33)
fi
=
fração
dos planetas que desenvolve vida inteligente
(estimada
em 0,01)
fc
=
fração
dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm o
desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação
(estimada em 0,01)
L
= tempo
esperado de vida de tal civilização (estimado em 10.000
anos)
Segundo
os dados de Drake, a estimativa resulta:
N
= 7 × 0,5 × 2 × 0,33 × 0,01 × 0,01
× 10.000 = 2,31
Críticas
à Equação de Drake:
1ª) vários
fatores são baseados em conjecturas, sendo o seu valor nulo.
2ª) a equação
não prevê que as civilizações possam
sair das suas galáxias-mães para colonizar outras
galáxias. Assim sendo, entrariam também em conta as
equações da dinâmica populacional.
Minha
equação para estimar o número de civilizações
extraterrestres é muito mais pródiga e despretensiosa:
N = Ilimitadas
civilizações[Ilimitadas]