Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Estará o mundo, realmente, se tornando mais dangeroso?

Será que conseguiremos desnaturar o belo em horroroso?

Será que consentiremos que tudo acabe desmoronando?

Será que continuaremos a tolerar o desmando do desmando?

 

Na verdade, o mundo não é perigoso; é inconcusso.

Nós é que estamos convertendo o mundo em burusso.

Quando não há acordo em pontos de vista contrários,

fazemos a guerra por considerar os outros arbitrários.

 

Deus do meu Coração! Deus da minha compreensão!

Deus de cada Coração! Deus de cada compreensão!

Que, possam se manifestar a Paz, o Bem e a Beleza;

que cada ente transmute sua interna (des)natureza.

 

 

 

 

 

 



— Para Refletir —

 

Desnatureza Humana
(Adilson Luiz Gonçalves)
Fonte:
http://www.ultimahoranews.com/

 



Qual a diferença entre um indivíduo que se embebeda – até dar vexame ou cair – com cachaça ou uísque 18 anos?

Qual a diferença entre um cidadão que fuma um cigarro de terceira linha, onde é proibido ou inconveniente fumar, e outro, que faz o mesmo, só que com um charuto importado ou cachimbo de marfim?

Qual a diferença entre uma pessoa deprimida, sentada, sem rumo, na guia de uma rua, e outra, igualmente deprimida, que viaja para Paris, para se encontrar?

Qual a diferença entre um ser humano que freqüenta um templo humilde, em busca de consolo ou paz de espírito, e um que viaja para o Tibet ou a Índia, em busca de um guia espiritual da moda?

Qual a diferença entre um ladrão pé-de-chinelo e outro, de colarinho branco?

Qual a diferença entre um rapaz que se droga fumando crack ou cheirando cola, e o adolescente que faz o mesmo com um comprimido de ecstasy, pago a peso de ouro?

Qual a diferença entre uma pessoa que se prostitui para subsistir, e outra, que faz o mesmo para ascender socialmente?

Qual a diferença entre um indivíduo que, por falta de condições de segurança, em trabalhos arriscados, mas indispensáveis, sofre mutilações ou exibe cicatrizes, e outro, que paga para fazê-las, para poder integrar tribos ou estar na moda?

Qual a diferença entre um homem que traja roupas manchadas e remendadas, rotas de tanto usar e, geralmente, doadas, e outro, que usa roupas manchadas e rasgadas, compradas em lojas de grife?

Qual a diferença entre um cidadão humilde e correto, que trabalha dia e noite, mas não enriquece, e um playboy ou político corrupto?

Qual a diferença entre um indivíduo ganancioso, venal e devasso, assumido, e, outro, que faz o mesmo, mas acredita que por suas convicções religiosas está salvo?

Por que, dependendo de fatores sociais, políticos ou religiosos, uns incomodam e são culpados, e outros não? Por que uns merecem perdão e outros não?

Será status? Cultura? Berço? Incoerência? Injustiça? Imbecilidade? Esperteza? Incompetência? Hipocrisia? Benção divina? Alienação?

A natureza humana é diversa, adversa, contraditória... E, muitas vezes, perversa!

Cabe a cada um ter consciência plena de sua condição, para corrigi-la, com coragem e arrependimento, ou assumi-la, sem dissimulação e hipocrisia!

 

 

 

 

 

 

 

Fundo musical:

Queixa (Caetano Veloso)

Fonte:

http://www.fortunecity.com/
tinpan/average/82/caetano.html