Dos Deuses aos homens, dos mundos aos átomos, de uma estrela a um vaga-lume, do Sol ao calor vital do menor ser orgânico, o mundo da forma e da existência conformam uma cadeia imensa, cujos elos estão todos unidos e interconectados. [Tudo é Um; somos todos Um.] A Lei da Analogia é a primeira chave compreensiva para os problemas do mundo, e todos os elos desta cadeia devem ser estudadas coordenadamente em suas relações ocultas entre si. O espaço condicionado ou limitado (posição) não possui qualquer existência real, [nem o próprio tempo, que não é TEMPO], exceto neste mundo de ilusão, ou, em outras palavras, em nossas faculdades perceptivas, [que só nos iludem]. Todos os mundos, tanto os mais elevados como os mais baixos, estão em harmonia com nosso próprio mundo objetivo. Os milhões de coisas e de seres estão, do ponto de vista da localização, ao nosso redor e em nós, assim como nós estamos ao redor deles, com eles e neles. Estas não são figuras metafísicas de linguagem, mas, um fato real em a Natureza, por mais incompreensível que seja para os nossos sentidos. [In: A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky.]

 

 

              

 

 

Todos os mundos existentes compenetram o nosso e pelo nosso são compenetrados. Quanto a isto, graças à sua visão espiritual, os Adeptos e mesmo alguns videntes e sensitivos podem distinguir, em maior ou menor grau, a presença e a proximidade de nós dos seres que pertencem a outras esferas da Vida [Una]. Já aqueles seres de mundos espiritualmente mais elevados se comunicam apenas com os mortais terrestres que conseguem ascender a um plano superior ao que ocupam, por meio de esforços individuais. As "pessoas ilustradas" zombam da idéia de Silfos, Salamandras, Ondinas e Gnomos. Os cientistas consideram a simples menção de tais superstições um insulto, e, com um desprezo pela lógica e pelo senso comum, admitem que em todo o Kosmos, ou, pelo menos, em nossa própria atmosfera, não existem seres mais inteligentes e conscientes do que nós. [Ibidem.]

 

 

Compenetração de Mundos
(Simbolicamente)

 

 

 

Ora, por que tão-somente na Terra?

Por que tão-somente no exterior da Terra?

Por que não no interior da Terra também?

Por que não no Sistema Solar inteiro?

Por que não na Via Láctea inteira?

Por que não no Unimultiverso inteiro?

 

O que sabemos do Unimultiverso?

Ora, nem sequer sabemos quem somos,

de onde viemos e para onde iremos.

Nem sequer sabemos porque nascemos,

porque estamos aqui e porque morremos.

Nem sequer sabemos, se o que sabemos,

corresponde à Atualidade Unimultiversal.

Para a maioria de nós, a coisa é horária,

e o vir-a-ser é uma genuflexa esperança,

que, por milagre, aguardamos acontecer.

Só que milagres e o futuro não existem!

 

 

Movimento Anti-horário
(Esta é a Transmutação que precisamos operar.)

 

 

Em 21 de maio de 1969, no interior da Bélgica,

um digno ancião de nome Émile Dantinne

– Nomem Iniciaticum: Sâr Hieronymus,

Sacerdos in Æternum,

Mestre entre os Mestres,

Príncipe da Iniciação Ocidental,

Imperator da Rose+Croix da Europa –

aguardava o instante da sua Grande Aventura.

Ao seu lado, velando por ele, sua filha

Marie-Louise pôde ouvi-lo sussurrar

as últimas palavras: — A gente não sabe nada.

Se foi em francês, a frase, talvez, tenha sido:

— On ne sait rien.

Se Sâr Hieronymus disse que não sabia nada,

o que dizer de nós, analfabetos de pai e mãe,

que nem a Primeira Iniciação recebemos?

Isto, se não fosse trágico e caótico, seria cômico,

mas, geralmente, rimos, quando deveríamos chorar.

Seja como for ou tiver que ser, uma coisinha eu sei:

nolens, volens, nós tomaremos vergonha na fuça.

 

 

        

 

 

 

Sâr Hieronymus

 

 

Precisamos fazer, sim, um exame de consciência,

um profundo e sincero exame de consciência,

e, com intrepidez, nos perguntarmos,

sem ter qualquer medo de ouvir as respostas:

por que ainda somos tão vaidosos?

Por que ainda somos tão preconceituosos?

Por que ainda somos tão esquisitos?

Por que ainda somos tão cheios de TOCs?

Por que ainda somos tão parciais?

Por que ainda somos tão vantagistas?

Por que ainda somos tão escravagistas?

Por que ainda somos tão apegados?

Por que ainda somos tão acumuladores?

Por que ainda somos tão amontoadores?

Por que ainda somos tão cobiçosos?

Por que ainda somos tão hipotéticos?

Por que ainda somos tão separatistas?

Por que ainda somos tão xenofóbicos?

Por que ainda somos tão homofóbicos?

Por que ainda somos tão nacionalistas?

Por que ainda somos tão salvaguardistas?

Por que ainda somos tão ufanistas?

Por que ainda somos tão agressivos?

Por que ainda somos tão críticos?

Por que ainda somos tão julgadores?

Por que ainda somos tão acusadores?

Por que ainda somos tão encagaçados?

Por que ainda somos tão derramadores?

Por que ainda somos tão vingadores?

 

 

Ricalhouço

 

 

Se ouvirmos atenciosamente as respostas,

e tivermos compreendido o porquê delas,

teremos dado o 1º Passo rumo à LIBERTAÇÃO.

Quando chove e troveja, não adianta nada

a gente se esconder dentro de um armário.

 

 

 

LIBERTAÇÃO
(Simbolicamente)