A
morte é a ruptura do laço simpático das vidas.
Stanislas
de Guaita (1861 – 1897).
No
momento em que a agonia começa, o laço entre o Corpo
Físico e o Espírito é cortado, e o Corpo Astral
tende a se dividir em duas partes: uma, inferior, que permanecerá
no plano físico; outra, superior, que evoluirá até
o Plano Astral superior.
Gerard
Anaclet Vincent Encausse [Papus] (1865 – 1916).
Há
uma lei inflexível, baseada na inteligência da Natureza:
a hora da nossa morte é fixada com antecedência. É
a única coisa mais ou menos certa. Digo mais ou menos, porque
a Tradição Secreta ensina que ela poderá ser
retardada até três vezes.1
Georges
Descormiers [Phaneg] (1866 – 1945).
O
infeliz suicida repetirá o ato de seu suicídio algumas
vezes, durante um tempo muito longo. A angústia da morte física,
já terrível, mesmo durante apenas um momento, torna-se,
para ele, insuportável, porque se repete constantemente. O
suicida sofre em todas as fibras do seu ser, sem poder encontrar o
aniquilamento que esperava. O sofrimento que quis evitar o constringe
de uma forma ainda mais pungente, pois há apenas Corpo Fluídico,
cuja sensibilidade é enorme... E quando é chegado o
momento da sua morte natural, o suicida perde a consciência
do plano astral inferior onde acaba de viver o seu suplício,
e é quase que imediatamente lançado de volta à
Terra, para animar o corpo de um enfermo ou de um idiota. Ei-lo novamente
neste mundo que havia deixado antes da hora; se puder resistir à
tendência fatal que o impulsiona para um novo suicídio,
se suportar nobremente a dolorosa e necessária expiação,
poderá começar a subir a ladeira das encarnações
que se seguirão... O suicídio é de tal forma
horrível, que os verdadeiros Mestres, aqueles que podem fazer
ver, só dão essa permissão quando há discernimento.
Georges
Descormiers [Phaneg] (1866 – 1945).
Fonte:
DESCORMIERS,
Georges. A morte e o além segundo a tradição
ocidental. In: L'Initiation (Cadernos de Documentação
Esotérica e Tradicional: Publicação do Martinismo
e das Diversas Correntes Iniciáticas). Gnosis Editorial Ltda.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, nº 16, 32 - 49.
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Nota:
1.
Mas esta dilação de prazo, por assim dizer, só
acontece quando há, no mínimo, duplamente, mérito
pessoal e necessidade impessoal. Este, por exemplo, parece ter sido
o caso de Francisco Cândido Xavier [Mestre C-X] (Pedro Leopoldo,
2 de abril de 1910 – Uberaba, 30 de junho de 2002), mais conhecido
popularmente por Chico Xavier, que teria obtido três moratórias
para poder terminar de cumprir a Missão que havia aceito, e
à qual nobremente se empenhou em toda a sua existência
terrena. É do Mestre C-X a máxima: Embora
ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.