MORTE MORRENTE

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Pode ser tíbio ou forte,

pode ser frio ou quente,

nada mais que a morte,

 

Vai-se o dia, vem a noite,

finda um ano, outro ano,

depois da calmaria, aloite.

Tudo decorre do antano.

 

Se tudo vem do antano,

quem bateu com banano

empecilhará a Abertura.

 

Seja safo ou basbaque,

nada emerge de araque.

O que muda a partitura?

 

 

 

 

 

 

Recordando:

 

 

 

 

Para qualquer causação haverá uma conseqüência. Sem exceção. Na Física, isto é equivalente à lei: Para qualquer ação, haverá sempre uma reação de força equivalente e em sentido contrário. Todavia, seja quanto ao bem, seja quanto ao mal, não há um retorno de intensidade equivalente ao bem realizado ou ao mal praticado, pois, isto seria ou um prêmio ou uma espécie de talionato, como, por semelhança, no Universo, não há nem uma coisa-céu nem uma coisa-averno. Assim, como os alívios e as compensações são sempre educativos, o que tiver que acontecer para educar – seja por meio de um bem, seja por meio de uma dor – acontecerá na justa medida da necessidade de cada um, e, normalmente, o acontecimento derivante é, digamos assim, um pouco menor ou menos intenso. Por isto, acho que este soneto está incompleto. Ficou faltando dizer:

 

 

Para morrer a insciência,

é preciso pelejar e vencer

a imprestável indolência,

que só vitaliza o não-ser.

 

Enquanto comprouvermos,

a maladia estará presente;

e enquanto contrafizermos,

a mazela será adipiscente.

 

A Lei precisa ser acatada

e tem que ser obedecida.

Quando a Lei é afrontada,

é só dor, desdita e ferida.

 

Ou mixamos e morremos

– sem os porquês saber –

ou Mudamos e Viveremos

– rumo à Lindeza do Ser.

 

Esta é a minha convenção:

rabiscunhar, dizer e redizer,

para que em cada Coração

 

 

Informação:

Um trabalho inovador – coordenado pela pesquisadora Marcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ) – sugere que a música pode servir como grande aliada no tratamento do câncer de mama. O estudo, que teve início em maio de 2010, analisa os efeitos de ondas sonoras audíveis em células em cultura. Quando células MCF-7 (de câncer de mama humano) são expostas à 5ª Sinfonia, de Beethoven e à composição Atmosphères, de Gyorgy Ligeti, tendem a diminuir de tamanho e morrer. Este tema está disponibilizado em:

http://www.oncobiologia.bioqmed.ufrj.br/
noticias_onconews_detalhes.asp?id=417

e

http://oglobo.globo.com/ciencia/
celulas-tumorais-expostas-quinta-
sinfonia-de-beethoven-perderam
-tamanho-ou-morreram-2804700

 

 

 

 

Música de fundo:

5ª Sinfonia, 1º Movimento
Composição: Ludwig Van Beethoven

Fonte:

http://search.4shared.com/postDownload/SNnF
ERN2/beethoven_5_sinfonia_1_movimen.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.teclasap.com.br/blog/2009/06/
26/o-que-significa-a-sigla-rip-em-ingles/

http://www.sodahead.com/

http://seraquesomostolos.blogspot.com.br/
2011/09/no-principio-era-o-verbo.html

 

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