Depois
da morte física do homem, se é um Iniciado, a consciência
se transforma (de qualidade humana) no próprio princípio
independente, isto é: o Ego consciente se transforma em consciência
'per se' – agora, sem nenhum Ego – pois este já
não está limitado ou condicionado pelos sentidos nem
pelo espaço ou pelo tempo. E, por isto, é capaz de se
refletir no homem astral (anterior), sem necessidade de se localizar
nem de se desprender de Buddhi.1
É
o que se passa, por exemplo, em nossos sonhos, ainda que de maneira
imprecisa e incompleta, porque, se a consciência pode se desdobrar
durante os sonhos e se tornar ubíqua, enquanto o corpo e o
cérebro se acham profundamente adormecidos, muito maiores serão
as suas possibilidades quando, inteiramente livre, esta consciência
já não tiver nenhuma relação com o cérebro
físico.
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Nota:
1.
Na Teosofia, Buddhi (da raiz verbal do sânscrito, buddh,
despertar, iluminar, saber) é o 6º princípio na
constituição setenária do Homem. É a Alma
Espiritual, o fino vaso onde dentro arde o Atman –
o Espírito. É o raio individual que emana da Alma Universal.
Como os princípios se repetem por analogia, pode-se dizer que,
no Cosmos, Buddhi está para Atman assim como
Mulaprakriti está para Parabrahman. Junto
com a Atman e Manas, forma a Tríade Superior
– a parte incorruptível e imortal – da constituição
setenária do homem.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Budhi
A
Doutrina Secreta, Vol VI, p. 24
Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)