A MORTE FÍSICA

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Depois da morte física do homem, se é um Iniciado, a consciência se transforma (de qualidade humana) no próprio princípio independente, isto é: o Ego consciente se transforma em consciência 'per se' – agora, sem nenhum Ego – pois este já não está limitado ou condicionado pelos sentidos nem pelo espaço ou pelo tempo. E, por isto, é capaz de se refletir no homem astral (anterior), sem necessidade de se localizar nem de se desprender de Buddhi.1 É o que se passa, por exemplo, em nossos sonhos, ainda que de maneira imprecisa e incompleta, porque, se a consciência pode se desdobrar durante os sonhos e se tornar ubíqua, enquanto o corpo e o cérebro se acham profundamente adormecidos, muito maiores serão as suas possibilidades quando, inteiramente livre, esta consciência já não tiver nenhuma relação com o cérebro físico.

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Nota:

1. Na Teosofia, Buddhi (da raiz verbal do sânscrito, buddh, despertar, iluminar, saber) é o 6º princípio na constituição setenária do Homem. É a Alma Espiritual, o fino vaso onde dentro arde o Atman – o Espírito. É o raio individual que emana da Alma Universal. Como os princípios se repetem por analogia, pode-se dizer que, no Cosmos, Buddhi está para Atman assim como Mulaprakriti está para Parabrahman. Junto com a Atman e Manas, forma a Tríade Superior – a parte incorruptível e imortal – da constituição setenária do homem.

Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Budhi

 

A Doutrina Secreta, Vol VI, p. 24
Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nada é o que já foi

nem virá a ser o que é;

homem ou sapo-boi,

 

 

viemos e partiremos...

Transigimos e recombinamos...

Caímos e nos erguemos...

Entendemos e ascensionamos...

 

 

Mas, na jornada sem-fim

– pelo espaço sideral –

o começo equivale ao fim,

o singular é igual1 ao plural.

 

 

Em nossas quimeras,

fracionamos a existência;

mas, eras atrás de eras,

uma só é a Consciência!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. Digitei igual em itálico porque este igual é absolutamente relativo. Na realidade, nada é igual a nada, ainda que, desde sempre, sejamos todos Um. Então, este igual deve ser entendido apenas como igual nas desigualdades e nas diferenças que todos nós, em nossa ignorância, agasalhamos em relação a tudo. Isto pode ser um pouco complicado e até contraditório, mas, se você pensar um pouquinho, logo compreenderá. É que existe um só Beethoven pra mil Carlos Imperial... Cada qual tem sua própria Impressão Digital! E assim, uns com cré-sem-lé; outros com lé-sem-cré.

 

Bibliografia:

BLAVATSKY, Helena Petrovna. A doutrina secreta. Vol VI. 10ª edição. São Paulo: Pensamento, 1998.

 

Fundo musical:

Lé Com Lé, Cré Com Cré
Compositor e intérprete: Juca Chaves

Fonte:

http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/
consulta/detalhe.php?Id_Compositor=CO00280

 

Observação:

A gatinha dançando aí embaixo é originalmente um bem bolado GIF animado que eu descolei por empréstimo e transformei em flash. Ele está disponibilizado na Página My Space, cujo endereço é:

http://www.myspace.com/manuexescalante