Excertos
A
morte sobrevém como resultado de duas coisas: 1ª) luta entre
as forças e não entre a energia e as forças; e 2ª)
perda da vontade de viver.
Annie
Besant: Inevitável
e invariavelmente, desde o alvorecer do processo criador,
a substância
de que são feitas todas as formas está contaminada pelo karma.
Na
morte, o Aspecto Espírito é liberado da prisão de viver
obrigatoriamente em um determinado tipo de forma individual ou grupal.
Quando
o homem tiver alcançado um estágio superior na evolução,
deliberada e definidamente, escolherá
conscientemente o momento em
que se retirará do Corpo Físico, e permanecerá em silêncio,
sem [personalidade-]alma
e desprovido de LLuz, no entanto, ileso e íntegro. Então,
de acordo com o processo natural, se desintegrará, e
os átomos que o constituem retornarão à reserva
dos entes de esperam, até que sejam novamente requisitados
para ser empregados em [personalidades-]alma
encarnantes.
Para
as pessoas comuns, a morte, no Plano Astral, simbolicamente, é denominada
de impacto na névoa.
Em seguida,
passam ao Nível Mental, e deixam suas carcaças astrais, que
aumentarão a névoa e avultarão a densidade.
O
controle pulsante e a atividade impulsora da [personalidade-]alma
– no sentido de manter a consciência, vitalizar os vários
processos físicos e permitir a manifestação e a disposição
de caráter –
vão sendo acrescentadamente acentuados
até vinte e um anos, quando ocorre uma espécie de estabilização.
De
maneira geral, as tendências e as preferências de vida acontecem
por volta dos quatorze anos.
Compreendamos
isto direitinho:
O processo de morrer não está completo até que os Corpos
Astral e Mental tenham sido desintegrados e o homem fique livre em seu Corpo
Causal ou Egóico.
Assim
saçaricam os infortunados mortos-a-fome,
que estão mortos, mas, acham que estão vivos!
Há
uma sobreposição entre os processos de construção
e de destruição. As civilizações moribundas
estão presentes em suas formas finais, enquanto vão surgindo
novas civilizações. Os ciclos aparecem e desaparecem, e, ao
desaparecerem, se sobrepõem. O mesmo se aplica ao surgimento e à
desaparição dos raios e das raças. [Natura
non facit saltus. A Natureza não dá saltos.]
Ciclos
À
medida que a Humanidade for se tornando consciente da sua [personalidade-]alma,
a morte será realizada com plena consciência e compreensão
do propósito cíclico.
É
o
Centro do Plexo Solar que relaciona o homem com o Plano Astral e, conseqüentemente,
com o mundo das miragens.
A Menina Afegã
– Sharbat Gula
No
que diz respeito às pessoas não evoluídas e ao tipo
humano comum, o Plexo Solar é o foco da consciência. Por esta
razão, no momento da morte, a [personalidade-]alma
abandona o corpo através do Plexo Solar e não pela cabeça.
Já no caso do homem evoluído, do indivíduo
de tipo mental, do Aspirante, do
Discípulo e do Iniciado, o fio da consciência se retira do
corpo através da cabeça.
O
cérebro dos animais comuns é o
Plexo Solar.
O
coração é onde está enfocada a
vida da [personalidade-]alma
na forma; pelo baço passa, constante e ritmicamente, a Essência
Universal de Vida ou Prana.
As
quatro etapas básicas do processo oculto da morte:
1ª)
a Força Vital é removida do Veículo Etérico
do Corpo Físico, advindo, então, a conseguinte "corrupção",
sendo "dispersados os elementos";
2ª)
a Força Vital é removida do Corpo Etérico e ele é
desvitalizado;
3ª)
a Força Vital é removida da Forma Astral ou Emocional; e
4ª)
o homem é afastado do Veículo Mental (após esta quádrupla
abstração, a Força Vital é centralizada inteiramente
na [personalidade-]alma).
Os
pontos de abstração final (saída) são três:
1º) saída pela cabeça – para os Discípulos,
para os
Iniciados e também para os tipos mentais e intelectuais avançados;
2º)
saída pelo coração
– para os aspirantes,
para os
indivíduos de boa vontade, bem-intencionados, bons cidadãos,
amigos inteligentes e trabalhadores filantropos e
para todos aqueles que
alcançaram uma medida de integridade do ego e estão tentando
cumprir, na medida do possível para eles, a Lei do Amor; e 3º)
saída pelo
Plexo Solar
– para as pessoas não desenvolvidas,
emocionalmente polarizadas, incultas, irreflexivas e por aqueles cuja natureza
animal é muito pronunciada.
A
[personalidade-]alma,
ao
se retirar para o seu próprio
plano, imediatamente produz uma reação interna no homem no
Plano Físico: 1º) têm lugar certos eventos fisiológicos
onde a doença está estabelecida, vinculados com o coração,
afetando os três grandes sistemas que condicionam poderosamente
o homem físico: a corrente sangüínea, o sistema nervoso,
em suas várias expressões, e o sistema endócrino; 2º)
ocorre uma vibração ao longo da nadis, e eles se organizam
para a abstração (os nadis são, como todos sabem, a
contraparte etérica de todo o sistema nervoso, e subjazem em todos
os nervos do Corpo Físico); 3º) a corrente sangüínea
é afetada de uma forma oculta peculiar (as glândulas injetam
na corrente sangüínea uma substância – produtora
da perda da consciência e, em seguida, da morte
–
que, por sua vez, afeta o coração); 4º) é produzido
um tremor psíquico, cujo efeito é afrouxar ou romper a conexão
entre o nadis e o sistema nervoso (que começa nos olhos), fazendo
com que o Corpo Etérico se desprenda de sua envoltura densa; 5º)
o Corpo Etérico, desprendido de todas as relações nervosas,
devido à ação do nadis, começa a se recolher
para a partida definitiva, aguardando, de acordo com a Lei da Atração
(vontade magnética), o "puxão final" da [personalidade-]alma
diretriz; 6º) então, em
etapas graduais, o
Corpo Etérico deixa o Corpo Físico denso através de
um ponto de partida escolhido; 7º) gradualmente,
o Corpo Etérico se dispersa, à medida que as energias que
o compõem são reorganizadas e se retiram, deixando apenas
a substância prânica, que se identifica com o Veículo
Etérico do próprio Planeta (tudo isto é grandemente
auxiliado pela cremação); 8º)
Quando
o medo da morte desaparecer de uma vez por todas da
mente racial, os amigos e os parentes
do moribundo "celebrarão um festival", e se alegrarão
com ele, porque está deixando seu Corpo Físico.
Com
a morte, a substância de todas as formas é devolvida ao depósito
de vida involutiva e material. A restituição da matéria
– que foi apropriada pela [personalidade-]alma
para ocupar, na forma, um ciclo de vida –
consiste em devolver a este "César"
do mundo involutivo o que a ele pertence,
enquanto a [personalidade-]alma
retorna ao Deus que a enviou (enquanto o Corpo Vital se prepara para partir,
o Corpo Físico responde à dissolução).1
Você
já observou que as pessoas idosas vão perdendo o interesse
pela realidade ilusória?
Às
vezes, o elemental físico recupera seu aferramento sobre o Corpo
Etérico, se a [personalidade-]alma
considera isto desejável, se a morte não faz parte o plano
interno ou se o elemental físico é tão poderoso que
pode prolongar o processo da morte, e, por vezes, esta batalha poderá
durar dias e semanas [e até anos]. Todavia,
quando a morte é inevitável, a pausa neste momento será
muito curta, e, costuma durar alguns segundos. O elemental físico
acaba perdendo sua aderência, e o Corpo Etérico
aguarda o "puxão final"
da [personalidade-]alma,
tudo acabando por acontecer em conformidade com a Lei da Atração.
No
processo da morte, no caso de uma pessoa não-evoluída, o Corpo
Etérico poderá permanecer muito tempo na vizinhança
de sua concha exterior em desintegração,
porque a força da [personalidade-]alma
não é tão potente quanto o aspecto material. No caso
de uma pessoa evoluída, todo o processo
da morte poderá acontecer de maneira muito rápida. [O
gráfico abaixo mostra claramente que o tempo do processo da morte
para uma pessoa evoluída (x)
é menor do que para uma pessoa não-evoluída (x
+ y).]
No
final do processo
da morte, acontece o Grande Ato da Arte da Eliminação,
ainda que a integridade do Homem Interno permaneça sendo a mesma.
Este Homem Interno
passa a responder apenas a três fatores predisponentes:
1º) à qualidade do seu equipamento astral-emocional; 2º)
à sua condição mental; e 3º) à Voz da [personalidade-]alma,
a miúdo pouco conhecida, porém, às vezes, muito conhecida
e amada.
Repetindo:
No caso dos animais, das crianças, das mulheres e dos homens
completamente polarizados nos Corpos Físico e
Astral, a porta de saída no processo da morte
está
localizada no Plexo Solar, que é rompida para que a Força
da Vida possa se evadir. Já no caso dos tipos dos mentais –
as unidades humanas mais evoluídas – a
trama é rasgada na parte superior da cabeça ou na região
da fontanela, permitindo, desta forma, a saída do racional pensante.
No
caso dos psíquicos involuntários e espontâneos, dos
médiuns e dos videntes inferiores (pessoas clarividentes e clariaudientes),
a trama do Plexo Solar é rasgada prematuramente, e, portanto, eles
entram e saem do Corpo Físico quando estão em transe, como
é chamado estefenômeno, e, desta maneira, atuam no Plano Astral,
não havendo, todavia, continuidade de consciência. Toda a ação
acontece abaixo do diafragma e está relacionada, principalmente,
com a vida animal sensorial. Já no caso da clarividência consciente
e no trabalho esotérico dos Psíquicos Mais Elevados e dos
Videntes Iniciados, não há transe, obsessão ou mediunidade.
É a trama do cérebro que se rasga, e a abertura nessa região
permite a entrada de LLuz, de Informação e de Inspiração.
Também confere o poder de passar ao Estado de Samadhi – que
é a correspondência espiritual do transe em a natureza animal.2
Por
tudo o que foi estudado até aqui, fica absolutamente claro que o
esforço para controlarmos a vida astral e a natureza emocional, bem
como nos orientarmos em direção ao mundo mental e às
coisas espirituais, tem um efeito importante sobre os aspectos fenomênicos
do processo da morte.
O
processo da morte é uma atividade principalmente relacionada com
o Corpo Etérico, ainda que ele não tenha propriamente uma
vida que o caracterize. Na verdade, o Corpo Etérico
é um amálgama de todas as forças e energias
que animaram o Corpo Físico e o energizaram, para entrar em atividade
durante o ciclo de vida externa.
Durante
todo o tempo do processo
da morte, a consciência do moribundo
está focada no Corpo Emocional (Astral) ou no Veículo Mental,
de acordo com o seu grau de evolução. Não está
inconsciente, como poderia parecer ao observador, mas, plenamente consciente
do que está acontecendo.
As
sementes da morte (os germens da morte) estão latente no Planeta
e em todas as formas.
Quando
sobrevém a morte, o Fio da Consciência se
retira do Centro Coronário e o Fio da Vida se retira do Centro Cardíaco.
Conseqüentemente, o Corpo Físico morre, se desintegra e não
se constitui mais em um todo coerente, consciente
e vivente.
Nos
casos de morte súbita por acidente, suicídio, assassinato,
inesperados ataques
cardíacos ou pela guerra, o choque é de tal natureza, que
o processo um tanto lento de retirada da
[personalidade-]alma
é totalmente alterado, e o abandono do Corpo Físico e a dissolução
total do Corpo Etérico são praticamente simultâneos.
O
Iniciado, durante o processo de cura, pela condição
dos Centros, sabe se é ou não permitida
a cura do Corpo Físico. Pode ver claramente se o Princípio-vontade
de Abstração está ou não ativamente presente.
A
abstração da vida permite que, posteriormente, seja reconstruída
uma forma mais adequada.
Os
Grandes Processos Iniciáticos não são apenas processos
de expansão da consciência, mas, estão enraizados na
morte ou no processo de abstração,
o que conduz à Ressurreição e à Ascensão.
Continua...