A MORTE: UMA GRANDE AVENTURA (4)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Informação Preliminar

 

 

Esta coletânea de excertos se constitui da 4ª parte de um estudo muito legal que fiz sobre a obra A Morte: Uma Grande Aventura, tema transmitido telepaticamente pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna e auxiliador direto dos Mestres M e KH – à Alice Ann Bailey, que o publicou.

 

Mais uma vez, como tenho requestado, vou requestar novamente: se você gostar deste estudo e achá-lo útil, peço que o divulgue aos quatro ventos (bem como os outros textos de Alice Bailey), pois, isto foi uma solicitação manifestada pelo próprio Djwhal Khul. Finalmente, informo que atualizei a tradução dos excertos, quando considerei necessário, coisa que venho fazendo nestas obras publicadas por Alice Bailey. Isto se justifica por que as obras do Mestre DK telepatizadas para Alice Bailey foram divulgadas na primeira metade do século XX, e já estamos em 2016. Mas, que fique perfeitamente claro: não adulterei uma vírgula do pensamento do Mestre DK. Sou meio rodolfowsky, reconheço, mas, não tenho vocação para adulterador.

 

 

 

 

O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo.

 

Honoré de Balzac

 

O homem não terá poder sobre nada enquanto tiver medo da morte. Quem não tem medo da morte possui tudo.

 

Liev Tolstói

 

Morrer não é acabar; é a suprema manhã.

 

Victor-Marie Hugo

 

Tudo em nós é mortal, menos os bens do espírito e da inteligência.

 

Ovídio

 

Não será a morte – até, talvez, fisiologicamente vista uma espécie de nascimento, o nascimento, talvez, do que era incompleto numa forma completa ou pura?

 

Fernando Pessoa

 

O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas!

 

Millôr Viola Fernandes

 

 

Musca domestica desgraçada!

 

 

 

 

Excertos

 

 

 

A morte sobrevém como resultado de duas coisas: 1ª) luta entre as forças e não entre a energia e as forças; e 2ª) perda da vontade de viver.

 

Annie Besant: Inevitável e invariavelmente, desde o alvorecer do processo criador, a substância de que são feitas todas as formas está contaminada pelo karma.

 

Na morte, o Aspecto Espírito é liberado da prisão de viver obrigatoriamente em um determinado tipo de forma individual ou grupal.

 

Quando o homem tiver alcançado um estágio superior na evolução, deliberada e definidamente, escolherá conscientemente o momento em que se retirará do Corpo Físico, e permanecerá em silêncio, sem [personalidade-]alma e desprovido de LLuz, no entanto, ileso e íntegro. Então, de acordo com o processo natural, se desintegrará, e os átomos que o constituem retornarão à reserva dos entes de esperam, até que sejam novamente requisitados para ser empregados em [personalidades-]alma encarnantes.

 

Para as pessoas comuns, a morte, no Plano Astral, simbolicamente, é denominada de impacto na névoa. Em seguida, passam ao Nível Mental, e deixam suas carcaças astrais, que aumentarão a névoa e avultarão a densidade.

 

O controle pulsante e a atividade impulsora da [personalidade-]alma – no sentido de manter a consciência, vitalizar os vários processos físicos e permitir a manifestação e a disposição de caráter vão sendo acrescentadamente acentuados até vinte e um anos, quando ocorre uma espécie de estabilização.

 

De maneira geral, as tendências e as preferências de vida acontecem por volta dos quatorze anos.

 

Compreendamos isto direitinho: O processo de morrer não está completo até que os Corpos Astral e Mental tenham sido desintegrados e o homem fique livre em seu Corpo Causal ou Egóico.

 

 

 

 

Assim saçaricam os infortunados mortos-a-fome,
que estão mortos, mas, acham que estão vivos!

 

Há uma sobreposição entre os processos de construção e de destruição. As civilizações moribundas estão presentes em suas formas finais, enquanto vão surgindo novas civilizações. Os ciclos aparecem e desaparecem, e, ao desaparecerem, se sobrepõem. O mesmo se aplica ao surgimento e à desaparição dos raios e das raças. [Natura non facit saltus. A Natureza não dá saltos.]

 

 

Ciclos

 

À medida que a Humanidade for se tornando consciente da sua [personalidade-]alma, a morte será realizada com plena consciência e compreensão do propósito cíclico.

 

É o Centro do Plexo Solar que relaciona o homem com o Plano Astral e, conseqüentemente, com o mundo das miragens.

 

 

A Menina Afegã – Sharbat Gula

 

No que diz respeito às pessoas não evoluídas e ao tipo humano comum, o Plexo Solar é o foco da consciência. Por esta razão, no momento da morte, a [personalidade-]alma abandona o corpo através do Plexo Solar e não pela cabeça. Já no caso do homem evoluído, do indivíduo de tipo mental, do Aspirante, do Discípulo e do Iniciado, o fio da consciência se retira do corpo através da cabeça.

 

O cérebro dos animais comuns é o Plexo Solar.

 

O coração é onde está enfocada a vida da [personalidade-]alma na forma; pelo baço passa, constante e ritmicamente, a Essência Universal de Vida ou Prana.

 

As quatro etapas básicas do processo oculto da morte:

1ª) a Força Vital é removida do Veículo Etérico do Corpo Físico, advindo, então, a conseguinte "corrupção", sendo "dispersados os elementos";

2ª) a Força Vital é removida do Corpo Etérico e ele é desvitalizado;

3ª) a Força Vital é removida da Forma Astral ou Emocional; e

4ª) o homem é afastado do Veículo Mental (após esta quádrupla abstração, a Força Vital é centralizada inteiramente na [personalidade-]alma).

 

Os pontos de abstração final (saída) são três: 1º) saída pela cabeça – para os Discípulos, para os Iniciados e também para os tipos mentais e intelectuais avançados; 2º) saída pelo coração para os aspirantes, para os indivíduos de boa vontade, bem-intencionados, bons cidadãos, amigos inteligentes e trabalhadores filantropos e para todos aqueles que alcançaram uma medida de integridade do ego e estão tentando cumprir, na medida do possível para eles, a Lei do Amor; e 3º) saída pelo Plexo Solar para as pessoas não desenvolvidas, emocionalmente polarizadas, incultas, irreflexivas e por aqueles cuja natureza animal é muito pronunciada.

 

A [personalidade-]alma, ao se retirar para o seu próprio plano, imediatamente produz uma reação interna no homem no Plano Físico: 1º) têm lugar certos eventos fisiológicos onde a doença está estabelecida, vinculados com o coração, afetando os três grandes sistemas que condicionam poderosamente o homem físico: a corrente sangüínea, o sistema nervoso, em suas várias expressões, e o sistema endócrino; 2º) ocorre uma vibração ao longo da nadis, e eles se organizam para a abstração (os nadis são, como todos sabem, a contraparte etérica de todo o sistema nervoso, e subjazem em todos os nervos do Corpo Físico); 3º) a corrente sangüínea é afetada de uma forma oculta peculiar (as glândulas injetam na corrente sangüínea uma substância – produtora da perda da consciência e, em seguida, da morte que, por sua vez, afeta o coração); 4º) é produzido um tremor psíquico, cujo efeito é afrouxar ou romper a conexão entre o nadis e o sistema nervoso (que começa nos olhos), fazendo com que o Corpo Etérico se desprenda de sua envoltura densa; 5º) o Corpo Etérico, desprendido de todas as relações nervosas, devido à ação do nadis, começa a se recolher para a partida definitiva, aguardando, de acordo com a Lei da Atração (vontade magnética), o "puxão final" da [personalidade-]alma diretriz; 6º) então, em etapas graduais, o Corpo Etérico deixa o Corpo Físico denso através de um ponto de partida escolhido; 7º) gradualmente, o Corpo Etérico se dispersa, à medida que as energias que o compõem são reorganizadas e se retiram, deixando apenas a substância prânica, que se identifica com o Veículo Etérico do próprio Planeta (tudo isto é grandemente auxiliado pela cremação); 8º)

 

Quando o medo da morte desaparecer de uma vez por todas da mente racial, os amigos e os parentes do moribundo "celebrarão um festival", e se alegrarão com ele, porque está deixando seu Corpo Físico.

 

Com a morte, a substância de todas as formas é devolvida ao depósito de vida involutiva e material. A restituição da matéria – que foi apropriada pela [personalidade-]alma para ocupar, na forma, um ciclo de vida consiste em devolver a este "César" do mundo involutivo o que a ele pertence, enquanto a [personalidade-]alma retorna ao Deus que a enviou (enquanto o Corpo Vital se prepara para partir, o Corpo Físico responde à dissolução).1

 

Você já observou que as pessoas idosas vão perdendo o interesse pela realidade ilusória?

 

Às vezes, o elemental físico recupera seu aferramento sobre o Corpo Etérico, se a [personalidade-]alma considera isto desejável, se a morte não faz parte o plano interno ou se o elemental físico é tão poderoso que pode prolongar o processo da morte, e, por vezes, esta batalha poderá durar dias e semanas [e até anos]. Todavia, quando a morte é inevitável, a pausa neste momento será muito curta, e, costuma durar alguns segundos. O elemental físico acaba perdendo sua aderência, e o Corpo Etérico aguarda o "puxão final" da [personalidade-]alma, tudo acabando por acontecer em conformidade com a Lei da Atração.

 

No processo da morte, no caso de uma pessoa não-evoluída, o Corpo Etérico poderá permanecer muito tempo na vizinhança de sua concha exterior em desintegração, porque a força da [personalidade-]alma não é tão potente quanto o aspecto material. No caso de uma pessoa evoluída, todo o processo da morte poderá acontecer de maneira muito rápida. [O gráfico abaixo mostra claramente que o tempo do processo da morte para uma pessoa evoluída (x) é menor do que para uma pessoa não-evoluída (x + y).]

 

 

 

 

No final do processo da morte, acontece o Grande Ato da Arte da Eliminação, ainda que a integridade do Homem Interno permaneça sendo a mesma. Este Homem Interno passa a responder apenas a três fatores predisponentes: 1º) à qualidade do seu equipamento astral-emocional; 2º) à sua condição mental; e 3º) à Voz da [personalidade-]alma, a miúdo pouco conhecida, porém, às vezes, muito conhecida e amada.

 

Repetindo: No caso dos animais, das crianças, das mulheres e dos homens completamente polarizados nos Corpos Físico e Astral, a porta de saída no processo da morte está localizada no Plexo Solar, que é rompida para que a Força da Vida possa se evadir. Já no caso dos tipos dos mentais – as unidades humanas mais evoluídas – a trama é rasgada na parte superior da cabeça ou na região da fontanela, permitindo, desta forma, a saída do racional pensante.

 

No caso dos psíquicos involuntários e espontâneos, dos médiuns e dos videntes inferiores (pessoas clarividentes e clariaudientes), a trama do Plexo Solar é rasgada prematuramente, e, portanto, eles entram e saem do Corpo Físico quando estão em transe, como é chamado estefenômeno, e, desta maneira, atuam no Plano Astral, não havendo, todavia, continuidade de consciência. Toda a ação acontece abaixo do diafragma e está relacionada, principalmente, com a vida animal sensorial. Já no caso da clarividência consciente e no trabalho esotérico dos Psíquicos Mais Elevados e dos Videntes Iniciados, não há transe, obsessão ou mediunidade. É a trama do cérebro que se rasga, e a abertura nessa região permite a entrada de LLuz, de Informação e de Inspiração. Também confere o poder de passar ao Estado de Samadhi – que é a correspondência espiritual do transe em a natureza animal.2

 

Por tudo o que foi estudado até aqui, fica absolutamente claro que o esforço para controlarmos a vida astral e a natureza emocional, bem como nos orientarmos em direção ao mundo mental e às coisas espirituais, tem um efeito importante sobre os aspectos fenomênicos do processo da morte.

 

O processo da morte é uma atividade principalmente relacionada com o Corpo Etérico, ainda que ele não tenha propriamente uma vida que o caracterize. Na verdade, o Corpo Etérico é um amálgama de todas as forças e energias que animaram o Corpo Físico e o energizaram, para entrar em atividade durante o ciclo de vida externa.

 

Durante todo o tempo do processo da morte, a consciência do moribundo está focada no Corpo Emocional (Astral) ou no Veículo Mental, de acordo com o seu grau de evolução. Não está inconsciente, como poderia parecer ao observador, mas, plenamente consciente do que está acontecendo.

 

As sementes da morte (os germens da morte) estão latente no Planeta e em todas as formas.

 

Quando sobrevém a morte, o Fio da Consciência se retira do Centro Coronário e o Fio da Vida se retira do Centro Cardíaco. Conseqüentemente, o Corpo Físico morre, se desintegra e não se constitui mais em um todo coerente, consciente e vivente.

 

Nos casos de morte súbita por acidente, suicídio, assassinato, inesperados ataques cardíacos ou pela guerra, o choque é de tal natureza, que o processo um tanto lento de retirada da [personalidade-]alma é totalmente alterado, e o abandono do Corpo Físico e a dissolução total do Corpo Etérico são praticamente simultâneos.

 

O Iniciado, durante o processo de cura, pela condição dos Centros, sabe se é ou não permitida a cura do Corpo Físico. Pode ver claramente se o Princípio-vontade de Abstração está ou não ativamente presente.

 

A abstração da vida permite que, posteriormente, seja reconstruída uma forma mais adequada.

 

Os Grandes Processos Iniciáticos não são apenas processos de expansão da consciência, mas, estão enraizados na morte ou no processo de abstração, o que conduz à Ressurreição e à Ascensão.

 

 

 

Continua...

 

 

 

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Notas:

1. Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Evangelho de Mateus, XXII: 21.

2. Samadhi é um termo sânscrito () que pode ser traduzido por meditação completa (quietude da mente). Mahasamadhi (literalmente, Grande Samadhi) é a saída consciente do Corpo Físico na hora da morte.

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Samadhi

http://www.moillusions.com/afghan-girl-optical-illusion/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chacra

http://pz-c-g.blogspot.com.br/2013/04/animation-gif.html

http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/morte/20

http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/morte/10

http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/morte

http://www.reflectingartist.com/expressive-art.html

http://www.dreamstime.com/royalty-free-stock-photography-fly-isolat
ed-objects-white-background-vector-illustration-eps-image36260167

http://www.consciouslivingfoundation.org/ebooks/Span14/Bailey%
20Alice%20-%20La%20muerte%20una%20gran%20aventura.pdf

 

Música de fundo:

The Sound of Silence
Compositores: Paul Simon & Art Garfunkel
Interpretação: Richard Clayderman

 

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