A MORTE: UMA GRANDE AVENTURA (3)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Informação Preliminar

 

 

Esta coletânea de excertos se constitui da 3ª parte de um estudo muito legal que fiz sobre a obra A Morte: Uma Grande Aventura, tema transmitido telepaticamente pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna e auxiliador direto dos Mestres M e KH – à Alice Ann Bailey, que o publicou.

 

Mais uma vez, como tenho requestado, vou requestar novamente: se você gostar deste estudo e achá-lo útil, peço que o divulgue aos quatro ventos (bem como os outros textos de Alice Bailey), pois, isto foi uma solicitação manifestada pelo próprio Djwhal Khul. Finalmente, informo que atualizei a tradução dos excertos, quando considerei necessário, coisa que venho fazendo nestas obras publicadas por Alice Bailey. Isto se justifica por que as obras do Mestre DK telepatizadas para Alice Bailey foram divulgadas na primeira metade do século XX, e já estamos em 2016. Mas, que fique perfeitamente claro: não adulterei uma vírgula do pensamento do Mestre DK. Sou meio rodolfowsky, reconheço, mas, não tenho vocação para adulterador.

 

 

 

 

O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo.

 

Honoré de Balzac

 

O homem não terá poder sobre nada enquanto tiver medo da morte. Quem não tem medo da morte possui tudo.

 

Liev Tolstói

 

Morrer não é acabar; é a suprema manhã.

 

Victor-Marie Hugo

 

Tudo em nós é mortal, menos os bens do espírito e da inteligência.

 

Ovídio

 

Não será a morte – até, talvez, fisiologicamente vista uma espécie de nascimento, o nascimento, talvez, do que era incompleto numa forma completa ou pura?

 

Fernando Pessoa

 

O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas!

 

Millôr Viola Fernandes

 

 

Musca domestica desgraçada!

 

 

 

 

Excertos

 

 

 

No futuro, no momento exato da morte, será emitida a nota da pessoa que está prestes a fazer a transição, o que permite coordenar as duas correntes de energia e, eventualmente, cortar o Fio da Vida [Cordão de Prata].

 

A pressão sobre certos centros nervosos e sobre certas artérias facilita a transição. A Ciência da Morte é mantida em custódia no Tibete, e não pode ainda ser integralmente ensinada à Humanidade.

 

O uso da Palavra Sagrada, entoada baixinho ou em uma nota especial (à qual responda a pessoa que está morrendo), poderá, mais tarde, se tornar uma parte do ritual de transição, acompanhado com unção de azeite, como é praticado pela Igreja Católica. A extrema-unção tem uma base oculta e científica.

 

No processo de transição, o topo da cabeça do moribundo deve estar orientado para o leste geográfico1 e as mãos e os pés devem estar cruzados.

 

No quarto do moribundo, deveria ser queimado apenas madeira de sândalo, e não se deve permitir qualquer outro tipo de incenso, porque o sândalo é o incenso do Primeiro Raio ou Destruidor, e a [personalidade-]alma está em processo de destruir de sua morada.

 

Exercício Esotérico de Abstração –› Se quisermos aumentar nossa capacidade de contato, de impressão e de relação, poderemos, antes de dormir, praticar o seguinte exercício simples: depois de nos colocarmos em uma posição confortável, tanto quanto possível, deveremos tentar adotar a atitude interior de, suavemente, irmos nos desprendendo do Corpo Físico. Neste exercício, de maneira nenhuma deveremos envolver o coração. O objetivo é permanecer consciente à medida que a consciência se afasta do cérebro e ascende para níveis mais sutis da percepção. [Grifo meu. Bem, vou acrescentar uma rodocoisinha: talvez, o maior segredo do Esoterismo seja, sempre que for possível, nos esforçarmos para nos manter conscientes. Ora, a inconsciência (que, na verdade, nunca é total ou integral) não educa. Enfim, não acrescentei bulhufas nem disse xongas de novo! Isto foi mesmo uma rodocoisinha! Seja como for, deveremos, sempre, lutar para nos mantermos conscientemente conscientes, seja lá onde for.] Este exercício, quando chegar a hora, também facilitará o processo de transição.

 

Devemos sempre ter em mente que a consciência permanece a mesma em encarnação física ou fora dela, onde o desenvolvimento pode ser realizado mais facilmente do que quando a consciência está limitada e condicionada pelo cérebro.

 

Precisamos ter presente que quanto mais concentrarmos nossas atividades e nossos pensamentos no Plano Físico, o período após a morte será de semiconsciência, de desconhecimento do local e de desorientação emocional e mental.

 

 

 

 

Primeiras atividades e reações após o retorno (restituição) do Corpo Físico para o reservatório de substância universal de um ser humano comum (não de um ser humano evoluído, de um Discípulo ou de um Iniciado): 1ª) consciência consciente de si mesmo, ou seja, isto envolve uma clareza de percepção desconhecida enquanto em encarnação física; 2ª) o tempo (que constitui a sucessão de eventos registrados pelo cérebro físico) já não existe como entendemos o termo, e surge um momento de contato direto com a sua [personalidade-]alma, pois, a restituição não passa despercebida para ela; 3ª) com o tempo, nada resta em sua consciência além do que é esotericamente chamado de "as três sementes ou germes do futuro", que são: a) a primeira semente determina a natureza do ambiente físico no qual o homem irá reencarnar; b) a segunda semente determina a qualidade do futuro Corpo Etérico; e c) a terceira semente dá a chave do Veículo Astral; e 4ª) após ter completado "a experiência de isolamento", o homem buscará, e automaticamente encontrará, aqueles que são parte da sua experiência grupal, da qual, consciente ou inconscientemente, é um elemento.

 

Precisamos passar a aceitar como um fato imudável que a idéia grupal governa subjetivamente todas encarnações, e que o homem renasce não só pelo desejo de obter experiências no Plano Físico, mas, também, pelo impulso grupal e de acordo com o karma grupal, além do seu próprio. As sementes que determinam o reconhecimento não estão só em mim e emti, mas, também, no grupo.

 

O homem que vive no Plano Astral desconhece o tempo.

 

Após a morte ou transição, há um momento em que o ser humano fica pronto para a segunda morte, isto é, para a eliminação total do Corpo Kamico ou Veículo Kama-manásico.

 

Não esqueçamos jamais que um Plano, essencialmente, é um estado de consciência, não um lugar, como muitos acreditam.

 

 

Se o Seu Moro cismá de apertá,
nóis cagüeta everybody macacada!

 

 

 

O sexo, tal como é compreendido no sentido físico, não existe. Os espiritualistas fariam bem em recordar isto, e perceber a estupidez e a impossibilidade desses casamentos espirituais, que certas escolas de pensamento ensinam e praticam.

 

 


 

A partir do momento da separação total do Corpos Físico Denso e Etérico, e à medida que o processo de eliminação é levado a efeito, o homem vai se tornando consciente do passado e do presente; quando a eliminação está concluída e chega o momento de fazer contato com a [personalidade-]alma e o veículo manásico está em processo de destruição, então, imediatamente, o homem tem consciência do futuro, porque a predição é uma característica da consciência da [personalidade-]alma, dela participando o homem temporariamente. Portanto, o passado, o presente e o futuro são vistos como um.

 

 

 

Um ego integrado e focado na mente adquire um relacionamento constante e crescente com a [personalidade-]alma. O Discípulo, cujo ego integrado está rapidamente se integrando com a [personalidade-]alma é absorvido por ela.

 

Tanto a [personalidade-]alma como a forma devem renunciar ao princípio vida, e, assim, permitir que a Mônada se liberte.

 

Um Discípulo Avançado ou um Iniciado praticam a dissolução conscientemente.

 

A produção da enfermidade (que gera a subseqüente morte) é uma tendência exclusiva e natural da forma.

 

Ao desaparecerem os contatos indesejáveis, desaparecerá também a dor. A doença e a morte são qualidades inerentes à forma e sujeitas às vicissitudes da vida na forma.

 

A morte pode ser melhor considerada como a experiência que nos liberta da ilusão da forma. Os tibetanos se referem ao processo da morte como a entrada na luz clara e fria.

 

 

Ilusão da Forma

 

 

A reencarnação é uma Lei Básica da Natureza. Logo, não há morte.

 

Ora, convenhamos, a morte da forma física é insignificante em relação à morte da liberdade de expressão, a morte da liberdade da ação humana e a morte de verdade.

 

Os verdadeiros valores espirituais são persistentes, imperecedouros e eternos.

 

Eis o Caminho, como se expressa o Antigo Comentário: Porta do Nascimento —› Porta da Percepção —› Porta do Propósito.

 

À medida que aumenta a percepção de aquilo que não é a forma, aumenta a percepção do Reino do Transcendente —› Vitória sobre a morte.

 

A morte é parte da Grande Ilusão, e só existe por causa dos véus com os quais nós nos cobrimos!

 

 

Grande Ilusão

 

 

A [personalidade-]alma atua através da onisciência, nunca através da onipotência.2

 

O que é de Natureza Divina não pode morrer!

 

De maneira geral, os Iniciados freqüentemente permanecem plenamente conscientes durante o processo de morte. Para eles, a destruição da forma não é a morte no sentido em que ela costuma ser entendida, mas, única e exclusivamente um processo de libertação.

 

A consciência da [personalidade-]alma inclui o passado, o presente e o futuro.

 

A morte é um ponto de transição em uma vasta série de transições.

 

 

Transições

 

 

Quando forem concertadamente entendidas as atividades da [personalidade-]alma, duas coisas acontecerão: a maneira de viver mudará completamente, e, incidentalmente, será alterada a arte de morrer.

 

Na realidade, a morte é a Grande Libertadora.

 

 

Libertação

 

 

A morte é uma promovedora de mudanças.

 

Através do sacrifício e da morte da forma, a Vida Interior progride rapidamente para a frente e para cima. O Caminho da Ressurreição pressupõe a crucificação e a morte.

 

Para a [personalidade-]alma livre, a submersão da vida na forma e a morte são termos sinônimos.

 

A solidão que acontece após a morte, quando o homem se encontra sem um veículo físico, não se compara à solidão do nascimento. Se as pessoas tivessem mais conhecimento, temeriam a experiência do nascimento e não a experiência da morte, porque o nascimento encerra a [personalidade-]alma na verdadeira prisão, e a morte física é apenas o primeiro passo em direção à libertação.

 

Enquanto houver vontade de viver, a forma persistirá.

 

O Corpo do Princípio Crístico (o Veículo Búdico) só começará a se coordenar à medida que desaparecerem os impulsos inferiores.

 

O apego à forma (ou a atração que a forma exerce sobre o Espírito) é o grande impulso involutivo. A rejeição da forma (e sua desintegração posterior) é o grande impulso evolutivo.

 

 

Impulsos3

 

 

 

Continua...

 

 

 

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Nota:

1. Aqui, comentarei brevemente que, se pudermos, deveremos dormir também com o topo da cabeça orientado para o leste geográfico. Se não for possível, paciência!

 

 

 

 

2. Preste atenção: se a personalidade-alma atuasse através da onipotência, a nossa ignorância e todos os nossos problemas já estariam resolvidos há milênios. Talvez, nem sequer houvessem existido!

3. Estes dois gráficos semelhantes mostram que quanto maior for o apego à forma e às coisas materiais maior será a tendência à estagnação ou à involução, e que quanto maior a rejeição da forma e maior for o interesse pelas coisas do Espírito maior será a tendência à libertação ou à evolução.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://gwydir.demon.co.uk/jo/tess/grids.htm

http://faculty.uml.edu/jpropp/tiling/www/intro.html

http://giphy.com/gifs/space-ice-cream-popsicle-l0O9y4aVFMpvhnZCw

http://giphy.com/gifs/colors-kilavaish-rc08oKEhlpUrK

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rosa_dos_Ventos.svg

http://giphy.com/gifs/sleeping-cartoons-Eccdry010Mj1m

http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/morte/20

http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/morte/10

http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/morte

http://www.reflectingartist.com/expressive-art.html

http://www.dreamstime.com/royalty-free-stock-photography-fly-isolat
ed-objects-white-background-vector-illustration-eps-image36260167

http://www.consciouslivingfoundation.org/ebooks/Span14/Bailey%
20Alice%20-%20La%20muerte%20una%20gran%20aventura.pdf

 

Música de fundo:

The Sound of Silence
Compositores: Paul Simon & Art Garfunkel
Interpretação: Richard Clayderman

 

Direitos autorais:

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