Excertos
Por
que, freqüentemente, a morte é considerada um fim temido? Simplesmente,
porque este relativo fim não é compreendido. E isto é
majorado e é colorido pelo medo do desconhecido, terror ao não-familiar
e apego à forma [e
aos bens materiais.].
Pense
bem se não é assim:
Essencialmente, a
morte é tão-só
uma questão de consciência. Em um certo momento, estamos conscientes
no Plano Físico; em outro, nós retraímos para um outro
plano, e lá passamos a estar ativamente consciente.
O
medo da morte será diretamente dependente da maior ou menor identificação
que tivermos com o Plano Físico.
As
pessoas costumam esquecer que morremos todos os dias. Todas as noites, durante
as horas de sono, nós morremos com relação ao Plano
Físico e vivemos e agimos em outro(s) lugare(s). Logo, a morte é
apenas um intervalo mais extenso no que se refere à vida em ação
no Plano Físico; vamos "ao exterior" por um período
mais longo. Só isso. Portanto, tudo é uma questão de
termos ou não consciência das coisas.1
Sono
Diário Morte
Ocasional
A
única diferença que há entre o sono diário e
a morte é que o Fio Magnético ou a Corrente de Energia [conhecido
como Cordão de Prata ou Cordão
Prateado], por onde passam as forças vitais,
permanece intacto, e constitui o caminho de regressar ao corpo. Com a morte,
este Fio de Vida se rompe ou se corta. Quando isto aconte, a entidade consciente
não pode retornar ao Corpo Físico denso, e ao faltar ao Corpo
Físico este princípio de coerência, ele se desintegra.2
Recapitulando:
O medo da morte está baseado em:
•
terror do processo final de desligamento no ato da morte;
•
horror do desconhecido e do indefinido;
•
dúvida sobre a imortalidade;
•
pesar por ter que abandonar os entes queridos ou por ser abandonado por
eles;
•
reações inconscientes à antigas mortes violentas no
passado profundamente enraizadas no subconsciente;
•
aferramento à vida na forma por primariamente estar identificado
com ela na consciência; e
•
antigos e errôneos ensinamentos relativos ao
[inexistente]
céu e ao [inexistente]
inferno,
e, no caso do inferno, imposição de castigos, comumente desproporcionais
aos erros cometidos ao longo da vida – um verdadeiro terror imposto
por um [inexistente]
Deus iracundo.
A
morte não existe!
Há,
sim, sempre, continuidade da consciência.
|
Muitas
vezes, para o cidadão comum e bom, costuma acontecer que ele não
se dá conta sequer de que passou pela morte ou transição.
Mas, por outro lado, para os perversos, egoístas, cruéis,
criminosos e para aqueles poucos que vivem apenas para o aspecto material,
ocorre uma situação chamada de "atado [ligado]
à Terra" – que os obriga a permanecer próximo da
Terra e do seu último meio ambiente terreno. Em alguns casos, um
grande amor pessoal por parentes que foram deixados na Terra ou o incumprimento
de um dever reconhecido e urgente mantêm aqueles que possuem bondade
e beleza em seus Corações, também, em situação
semelhante.
Para
os Aspirantes e os Discípulos, a morte é a entrada imediata
em uma esfera de serviço e de expressão a que estão
acostumados. [Grifo
meu.] Falando em
termos de tempo do Plano Físico, os Aspirantes e os
Discípulos funcionam nesta esfera de serviço
durante vinte e quatro horas.
Definitivamente
não há um Deus iracundo, não há inferno e não
há expiação vicária.3
O
instinto
de autopreservação tem suas raízes em um medo inato
da morte; porém, a morte não é um momento de crise
catastrófica.
Se
compreendermos que há uma Lei em ação, um Propósito
Superior e Beleza na Intenção por trás do que tem sido
até agora o maior terror do gênero humano – a morte –
então, pela compreensão, este terror
desaparecerá. Cosmicamente, a morte
– a Grande Aventura
– nada mais é do que um ato
de restituição.
Transição
significa realização!
Para
um Discípulo, a morte não interrompe o Serviço, pois,
a continuidade de sua consciência permanece. Todo Discípulo
luta e se esforça para manter ativo o Ashram e para preservar o Conhecimento.
À
medida que vamos envelhecendo, não é uma tarefa fácil
manter conscientemente a integridade; isto exige compreensão e esforço
deliberado. O que não devemos é desistir.
Eu
estou caminhando para isso;
entretanto, não desistirei jamais!
A
morte
nada mais é do que uma libertação, em diversos níveis,
da consciência aprisionada.
A
Morte, através do processo destrutivo das guerras, está sob
a direção-intenção cíclica do Logos Planetário,
que atua por intermédio da Câmara do Conselho de Shamballa.
Os Seres que dirigem os processos mundiais sabem exatamente o momento em
que a relação entre o mal planetário e as Forças
da LLuz ou do Bem alcança um ponto de "Antagonismo Explosivo",
como é chamado. Portanto, deve ser dada rédea livre, se é
desejável que o Propósito Divino opere sem restrições.
E assim, a "explosão"
é permitida. Todavia, durante todo o tempo, está
presente um fator de controle, embora o homem não o perceba. Estes
Seres (que cumprem a Vontade de Deus) não se identificam, sob nenhum
aspecto, com as vidas na forma, e, conseqüentemente, sabem com precisão
qual é a importância relativa das vidas na forma. Para eles,
a destruição das formas não é morte, no sentido
que a entendemos, mas, única e exclusivamente, é considerada
um processo de libertação.4
Tendência
mundial: desaparecimento do medo da morte, devido a uma interna ou nova
orientação da mente humana.
A
morte é a
destruição do ciclo da separatividade no Plano Físico.
Conseqüentemente, a morte nada mais é do que um processo de
unificação, ou seja: a morte libera a vida individualizada,
e, com o tempo e as diversas encarnações, conduz à
Vida Universal.
Um
fato para meditarmos profundamente: Na
atualidade, muitas e muitas vezes, a vida é compulsoriamente mantida
na forma – tanto na infância
quanto na velhice
–
quando, muito bem, poderia
ser liberada. Não serve mais a nenhum propósito
útil, e causa muita dor e sofrimento para a forma. A Natureza (se
a deixássemos atuar livremente) não usaria esta forma, e a
extinguiria, pois, se tornou inadaptada para os propósitos da
[personalidade-]alma.5
Queiramos
ou não, a morte é a grande transição que todos
nós teremos que enfrentar.
A
Lei da Dissolução governa a vida da forma em todos os Reinos
da Natureza.
Uma
uma cura permanente e definitiva que impeça a morte é impossível.
A
morte
não é algo horrível. Na verdade, é uma amiga
benevolente.
As
pessoas precisam compreender que continuar a viver em um Corpo Físico
não é a meta mais elevada. Entretanto, poderia ser, se tivéssemos
que prestar um serviço muito importante, se ainda precisássemos
cumprir certas obrigações ou se necessitássemos aprender
certas lições.
Às
vezes, a completa saúde só é obtida através
do portal da morte, pois, há casos, como todos sabem, que a cura
física ou orgânica é impossível.
Enfermidade
e morte devem ser reconhecidas como fatores libertadores, quando ocorrem
como resultado do momento exato escolhido para a transição
pela [personalidade-]alma.
[Momento
exato escolhido para a transição =
Morte consciente.]
Essencialmente,
a enfermidade é
um aspecto da morte, sendo o processo pelo qual a natureza material
e a forma
se preparam para se separar da [personalidade-]alma.
A
menos que o indivíduo
seja um Trabalhador de um Ashram ou um Discípulo de determinada categoria,
cujo trabalho e presença ainda são necessários na Terra,
para completar uma tarefa a eles atribuída – caso especialíssimo
em que a partida poderá ser postergada –
ninguém, cujo karma indica que sua hora chegou, poderá voltar
das "portas da morte".
O
velho
ditado onde há vida
há esperança não é basicamente
aplicável aos casos em que a hora de partir efetivamente chegou.
Em
muitos casos, em que o Corpo Físico permanece vivo, o Verdadeiro
Homem – o Homem Espiritual –
já não enfoca ali o seu interesse.
No
futuro, a morte, para todas as pessoas, será um processo consciente,
pois, será considerada uma liberação e um retorno.
No
futuro, a cura do Corpo Físico
[a qualquer preço] não
será tão superestimada, e o prolongamento da existência
terrena não será mais o fator mais importante da vida.
Haveremos
de compreender e haveremos de admitir que o ato de morrer é o triunfo
final da vida.
Na
verdade, chegará o dia que o ato de morrer será considerado
mais feliz do que os nascimentos e os casamentos. Acabaremos por controlar
inteiramente a nossa Grande Aventura para o mais além e a compreender
a arte desta inevitável transição.
Todos
nós, estejamos doentes ou sejamos sãos, devemos nos preparar
para a morte ou transição – a Grande Aventura –
mediante o reto pensar e a sensata antecipação.
Quando
Cristo disse aos Seus Discípulos que
iria para o Pai, por ser um Iniciado de Alto Grau, quis
dizer, esotericamente falando, que faria "a restituição
para Mônada". As pessoas comuns e aqueles que não tenham
alcançado o Terceiro Grau de Iniciados fazem a "restituição
para a [personalidade-]alma".
Quatro
regras Fundamentais:
1ª)
Através da visualização, da meditação
e da prática constante de concentração, aprender a
manter o foco na cabeça, e desenvolver a capacidade de viver progressivamente
como um rei sentado em um trono entre as sobrancelhas.
2ª)
Aprender a sempre prestar serviço cordial, e não insistir
em, emocionalmente, tentar dirigir os assuntos dos outros [não
futricar e não se meter na vida alheia]. Isto
significa, antes de qualquer atividade, responder a duas perguntas: 1ª)
estou prestando serviço a um indivíduo como indivíduo
ou como membro de um um grupo para outro?; e 2ª) minha motivação
é um impulso egóico ou estou impulsionado pela emoção,
pela ambição de sobressair e pelo desejo de ser amado e admirado?
Estas duas atividades farão com que o enfoque das energias vitais
se dêem acima do diafragma, e, neste sentido, progressivamente, será
anulado o poder de atração exercido pelo Plexo Solar [simbolicamente,
o lugar onde se localiza o nosso inferno pessoal], tornando-o
progressivamente menos ativo.
3ª)
Aprender a, antes de adormecer, retirar a consciência para (o centro
d)a cabeça (trabalho de abstração). Definidamente,
este exercício deve ser diariamente praticado antes de entrar no
sono.
4ª Monitorar todos os fenômenos relacionados com o processo de
retiro, seja durante a meditação, seja ao dormir.
A
pessoa que aprendeu a manejar seu corpo quando está prestes a cair
no sono tem uma enorme vantagem sobre alguém que nunca prestou atenção
ao processo. Então, repetirei: Devemos aprender
a, antes de adormecer, retirar a consciência para o centro da cabeça
(trabalho de abstração).
Devemos
manter silêncio no local em que uma pessoa está para partir
rumo à sua Grande Aventura pessoal da morte. Só
deveria ser permitida luz laranja no
local em que uma pessoa está para morrer (fazer a transição).
[Negrito
e sublinhado meus.] Quanto
às cores, resumidamente, a cor laranja ajuda a concentração
na cabeça, a cor vermelha estimula o Plexo Solar e a
cor verde tem um efeito definido sobre o coração
e as correntes da vida [melhora
a saúde].
Continua...
______
Notas:
1. É por isto
que tanto tenho insistido sobre o óbvio dos óbvios: nossa
Libertação (relativa) é diretamente dependente e inteiramente
proporcional à Compreensão (relativa) que tenhamos das coisas
(das Leis Universais).
2. Sobre este assunto,
Shirley MacLaine protagonizou o filme autobiográfico Out
on a Limb (Minhas Vidas). Vale a pena dar uma conferida.
3. Ora, ninguém
pode deletar ou perdoar os erros que tenhamos cometido, e, muito menos,
nos substituir em nossa necessária obrigação de compensá-los.
Quem inventou essas duas maluquices estava mais por fora do que umbigo de
vedete! No fundo, essas invencionices enganosas e ardilosas têm um
outro propósito: dominar as mentes infantis das pessoas, e, sádica,
autoritária e cruelmente, exigir, impingir, ameaçar, meter
medo, mandar, baculinar
e sei lá mais o quê! É difícil de acreditar,
mas, o Papa João Paulo II, em certa ocasião, afirmou: —
A batalha contra o demônio, que é a principal tarefa de São
Miguel Arcanjo, ainda acontece nos dias de hoje. O demônio continua
vivo e ativo no mundo... A
ação de Satanás consiste, sobretudo, em tentar os homens
para o mal, influindo sobre sua imaginação e sobre as faculdades
superiores, para poder situá-los em direção contrária
à Lei de Deus... Uma
das maiores necessidades da Igreja é a defesa daquele mal, a que
chamamos demônio... É por essas e outras que as
pessoas se cagam de medo da morte! Já pensou morrer e dar de cara
logo com um demônio? Por outro lado, o padre jesuíta Óscar
González-Quevedo (Madri, 15 de dezembro de 1930), especialista em
Parapsicologia, é mais radical: — Exorcismo
não existe. Nunca vi um caso [de possessão] que
não pudesse ser explicado pela Psicologia e pela Parapsicologia.
Todavia, há por aí uma montanha de padres que
crêem em possessões, e que, segundo eles, têm habilidade
em identificar o capeta e libertar os fiéis. Mas – caramba!
– libertar de quê? Só se for deles mesmos! Uma coisa
que precisamos aprender: somos nós que construímos o nosso
inferno (e, portanto, o inferno é pessoal) e que alimentamos os nossos
demônios (que, por isto, também são pessoais). Não
há demônios voando por aí espetando o tridente na bunda
das pessoas! Você não errará, se associar o seu inferno
pessoal com seu Plexo Solar. Seja como for, como ensina o Mestre DK, o
medo da morte precisa ser substituído pelo conceito de continuidade,
que nega qualquer interrupção, e que acentua a idéia
de que há uma vida – uma entidade consciente –
que adquire experiência
em muitos corpos [ao longo
de muitas vidas.]
Umbigo
de Vedete
4. Logo, compreendamos
definitiva e maduramente: por mais que nos estarreça e nos abichorne,
a Guerra Mundial de 1914 a 1945 foi retributivamente necessária,
foi superiormente autorizada e foi inquestionavelmente útil e transformadora.
Na verdade, fomos nós que, ao longo de séculos, a engendramos,
com os nossos desejos, com as nossas cobiças, com as nossas paixões,
com as nossas inscícias, com os nossos os ódios, com as nossas
crueldades, com as nossas separatividades e com o nosso
individualismo fundamental. Mas, ai de aqueles malditos
se aproveitaram da nossa ignorância e a fabricaram!
5. Há pessoas
que são mantidas vivas, há anos, em estado vegetativo, comatoso,
no qual o karma
está, por assim dizer, neutralizado ou inoperante. Não há
aprendizado nem compensação possíveis. Isto serve para
quê? Todavia, isto não deve ser considerado uma justificativa
ou um alicerce para o suicídio.
Páginas
da Internet consultadas:
http://giphy.com/gifs/fire-dark-burning-oZYBdbW7TnhEQ
http://photobucket.com/gifs/old%20man%20cane#/gifs/old%20
man%20cane?&_suid=146420823278105607264547148579
http://encontrocomcristo.com.br/a-batalha-contra-o-demonio/
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI
154530-15228,00-INIMIGOS+ETERNOS.html
http://www.gettyimages.pt/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/fat
-woman-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/91162576
http://www.dreamstime.com/royalty-free-stock-photography-fly-isolat
ed-objects-white-background-vector-illustration-eps-image36260167
http://www.consciouslivingfoundation.org/ebooks/Span14/Bailey%
20Alice%20-%20La%20muerte%20una%20gran%20aventura.pdf
Música
de fundo:
The Sound of Silence
Compositores: Paul Simon & Art Garfunkel
Interpretação: Richard Clayderman
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por
empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de
ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei
a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las,
se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar
que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei
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