AUTO-IMOLAÇÃO

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Auto-imolações

 

 

Não tem o menor cabimento,

para protestar, abrasar o corpo.

Para a alma,1 um atrasamento;

e desútil flagício para o corpo.

 

A República Popular da China

não está ligando nem um pouco.

Para ela, isto é coisa de estróina;

é comportamento leviano e louco.2

 

Quem louva a invasão do Tibete?3

Acho que nem o maior maluquete.

Mas, botar fogo no corpo não é útil.

 

Hoje, a China impulsa o mundo.

Imolar-se, além de desútil, é fútil.

 

 

 

Na verdade, nada é inútil!
Tudo tem um papel educativo.

 

 

______

Notas:

1. Alma Eu Interior.

2. E que não deixa de ter uma certa razão.

3. O Tibete (ou Tibet) é uma região de Planalto da Ásia, um território disputado situado ao norte da Cordilheira do Himalaia. É habitado pelos tibetanos e outros grupos étnicos como os monpas e os lhobas, além de grandes minorias de chineses han e hui. O Tibete é a região mais alta do mundo, com uma elevação média de 4.900 metros de altitude, e, por vezes, recebe a designação de o teto do mundo ou o telhado do mundo. A UNESCO e a Encyclopædia Britannica consideram o Tibete como parte da Ásia Central, enquanto outras organizações o vêem como parte do Sul Asiático. Durante a sua história, o Tibete existiu como uma região composta por diversas áreas soberanas, como uma única entidade independente e como um Estado vassalo, sob suserania ou soberania chinesa. Foi unificado pela primeira vez pelo Rei Songtsän Gampo, 33º Rei do Tibete, no século VII. Por diversas vezes, de 1640 a 1950, um Governo nominalmente encabeçado pelos Dalai Lamas (uma linhagem de líderes políticos espirituais tidos como emanações de Avalokitesvara/Chenrezig, o Bodhisattva que representa a suprema compaixão de todos os Buddhas), dominou sobre uma grande parte da região tibetana. Durante boa parte deste período, a administração tibetana também esteve subordinada ao Império Chinês da Dinastia Qing. Em 1913, o 13º Dalai Lama expulsou os representantes e as tropas chinesas do território formado atualmente pela Região Autônoma do Tibete. Embora a expulsão tenha sido vista como uma afirmação da autonomia tibetana, esta independência proclamada pelo Tibete não foi aceita pelo Governo da China nem recebeu reconhecimento diplomático internacional, e, em 1945, a soberania da China sobre o Tibete não foi questionada pela Organização das Nações Unidas. Após uma invasão contundente e uma batalha feroz em Chamdo, em 1950, o Partido Comunista da China assumiu o controle da região de Kham, a oeste do alto Rio Yangtzé. No ano seguinte, o 14º Dalai Lama e seu Governo assinaram o Acordo de Dezessete Pontos. Em 1959, juntamente com um grupo de líderes tibetanos e seguidores, o Dalai Lama fugiu para a Índia, onde instalou, em Dharamsala, o Governo do Tibete no Exílio. Pequim e este Governo no exílio discordam a respeito de quando o Tibete teria passado a fazer parte da China, e se a incorporação do território à China é legítima, de acordo com o direito internacional. Ainda existe muito debate acerca do que exatamente constitui o território do Tibete, e de qual seria sua exata área e sua população.

4. A auto-imolação, claro, não deixa de ser uma forma de suicídio. Segundo os ensinamentos da Fraternidade Rosacruz de Max Heindel, quando o Ego se prepara para renascer, desce através do Segundo Céu, onde é ajudado pelas Hierarquias Criadoras a criar o arquétipo para o seu futuro corpo. Infunde neste arquétipo uma vida que durará certo número de anos. Estes arquétipos são espaços ocos, e têm um movimento sonante, vibratório, que atrai para si o material do Mundo Físico, colocando todos os átomos do corpo em uma vibração sintonizada com a de um pequeno átomo localizado no coração, o Átomo-semente, que, a exemplo de um diapasão, dá o tom a todo o resto do material no corpo. No momento em que uma vida toda foi vivida na Terra, as vibrações no arquétipo cessam, o Átomo-semente é removido, o Corpo Denso começa a se decompor e o Corpo de Desejos, no qual o Eu funciona quando está no Purgatório e no Primeiro Céu, assume a forma do Corpo Físico. Então, no Purgatório, o homem começa o seu trabalho de expiação dos maus hábitos e das más ações praticadas na Terra. Em seguida, no Primeiro Céu passa pela assimilação do bem praticado durante sua existência material. O que antecede dá idéia do que sucede, quando comumente o curso da Natureza não é perturbado. Mas, o caso do suicida é diferente. Eliminou o Átomo-semente, mas o arquétipo oco ainda continua vibrando. Por esta razão, ele sente como se também estivesse oco e experimenta um suplício interior que pode ser comparado à aflição causada por uma fome intensa. Material para a construção de um Corpo Denso está todo ao seu redor, mas lhe falta o padrão do Átomo-semente. Por isto, é-lhe impossível assimilar esta matéria e construir um corpo com ela. Esta horrível sensação de vazio manter-se-á pelo tempo que a sua vida deveria ter durado. Desta maneira, a Lei de Causa e Efeito ensina-lhe quanto é errado não comparecer às aulas da escola da vida, e esta cábula não passará impunemente. Na vida seguinte, quando as dificuldades cercarem o seu caminho, recordará os sofrimentos do passado resultantes do suicídio, e enfrentará uma nova experiência para alcançar seu crescimento anímico. Bem, eu não quero fazer nenhuma correção a esta explicação, mas direi apenas que fome intensa é uma maneira delicada para definir ou esclarecer o que sente um suicida do lado de lá, quando acaba por tomar consciência de que se suicidou. E em sua próxima encarnação... Sinceramente, não desejo a ninguém a amargura, a ansiedade e a angústia interior de um suicida reencarnado. E, para completar o aprendizado, sua transição será extremamente complicada. Ou aprendemos ou aprenderemos que a Unidade Cósmica é inconsútil. Não há vida singular. E se assim é, reafirmo mais uma vez: da mesma forma que todo assassino é um suicida, todo suicida é um assassino. Se, como ensina a máxima talmúdica, quem salva uma vida salva a Humanidade inteira, quem assassina ou se suicida mata o mundo inteiro. Não há cara sem coroa; não há coroa sem cara.

Nota editada da fonte:

http://www.fraternidaderosacruz.org.br/
livrosonline/Perg_Resp/perg_resp2.htm

 

Música de fundo:

Tibet National Anthem

Fonte:

http://www.mediafire.com/?ag07tq5c6zkhxhm

 

Páginas da Internet consultadas:

http://bestanimations.com/Nature/
Fire/Explosions/Explosions2.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tibete

 

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