MOMENTOS RAROS

Rodolfo Domenico Pizzinga

http://www.rdpizzinga.pro.br

 

Música de fundo: Amigo - Roberto Carlos
Fonte:
http://www.beto.net/midisR.htm

 

 

Planeta Terra

 

 

       Recentemente recebi um e-mail com algumas das fantásticas fotografias que, um pouco mais adiante, ilustrarão este texto. Refiro-me aos animais e seus divinos momentos (escondidos prudencialmente atrás de imagens cambiáveis, para cujos anversos escolhi o que há de pior praticado por certas bestas humanas nos tempos que correm e alguns momentos de tristeza colhidos no Google). Os ditos animais – tenho certeza – são, em determinadas espécies, espiritualmente mais humanizados do que muitos humanos, que, por sua vez, são, muitas vezes, mais repulsivos e execráveis, do que aqueles animais ou microorganismos que classificamos geralmente como medonhos, nocivos ou repugnantes. Por falar em microorganismos, por exemplo, serão o HIV (responsável pela epidemia mundial de AIDS), o Ebola (um retrovírus tão antigo como o próprio homem, encontrado, hoje, geralmente hospedado em ratos e baratas que coabitam com os humanos) e a Escherichia coli (que pode provocar diarréia moderada, colite hemorrágica grave — carnes cruas ou mal cozidas contaminadas têm sido apontadas como potentes fontes de contaminação humana, e esta doença pode ter índices de mortalidade acima de 50% em pacientes idosos — e a síndrome hemolítico-urêmica – SHU) mais medonhos e perigosos do que os animais humanos — esses sim, em muitas circunstâncias, verdadeiros animais absolutamente irracionalíssimos — que assassinam, entre múltiplos motivos fúteis, por causa de petróleo e para manter viva a máquina imperialista de guerra e o valor fictício do dólar? Ou dos que dão sádicas e pervertidas botinadas em animais por mero prazer? Ou daqueles que praticam crudelíssimas e sangrentas vivissecções em animais ainda vivos, experiências estas que, já está mais do que comprovado, não levam a lugar algum? Ou de outros criminosos alucinados que arrancam as peles dos pobres bichos para satisfazer a vaidade de outros bichos fedorentíssimos tão execráveis quanto eles — os peleteiros? Ora bolas! Se não houvesse quem comprasse peles não haveria a profissão de peleiro ou peleteiro ou assassinoleiteiro. Elementar não é, Charlie? Ou de... Vai longe esse ou de. Para mim, os vírus e as bactérias não são mais medonhos nem mais perniciosos do que muitos animais humanos. Prefiro ser amigo dos HIVs, dos Ebolas e das Escherichias colis. E dane-se quem pensar que eu sou um Rosacruz maluco. Como já insinuaram que sou esquizofrênico, maluco seria um elogio e tanto. Não estou nem aí para a opinião de quem está mais por fora do que umbigo de vedete. Então acrescento: eu acredito que esses microorganismos — ditos patogênicos — no tempo que não é tempo, um dia que não é dia, serão seres como hoje nós somos. Quando atravessarmos a Grande Ponte, em certa medida, iremos alimentá-los. Mas, como, certamente, alguns de nós, nesse dia que não é dia desse tempo que não é tempo, já, então, provavelmente, seremos Deuses, estas compreensões serão triviais. Então, indivíduos como eu não serão mais tachados nem de esquizofrênicos nem de malucos. Ou, segundo os padrões atuais, seremos todos malucos e esquizofrênicos. Ora, ora, senhores das sombras. Querem brincar? Brinquem direito.

       Bem, se alguém há poucas décadas atrás, dissesse que o Planeta Terra está girando cada vez mais lentamente e as marés são as principais responsáveis por este fenômeno, seria considerado o que? O fato é que a rotação do nosso Planeta Azul vem desacelerando devido, principalmente, a fenômenos naturais que modificam o que os cientistas denominam de momento angular. O geofísico Wladimir Shukowsky, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, afirma que enquanto existirem oceanos na Terra, as marés serão os principais fatores responsáveis por essa desaceleração. As marés também respondem por outra alteração. Benjamin Fong Chao, Chefe do Space Geodesy Branch (órgão ligado à Nasa), acrescenta: É o que chamamos de fricção das marés. Trata-se de um 'efeito colateral' que envolve o atrito da água com o fundo dos oceanos e com as costas. Em decorrência dessa fricção, há uma dissipação da energia cinética da Terra — o que está motivando a desaceleração. Tudo isso não significa que teremos, no futuro, mais tempo para dormir. Na verdade, deveríamos dormir menos e orar e trabalhar um pouco mais.

       Lembro que as pesquisas indicam que só teremos petróleo para mais 40 (quarenta) anos. No Brasil, por exemplo, a questão energética é seríssima. Se algo não for feito e implementado rapidamente, não teremos energia suficiente dentro de 5 (cinco) anos. No máximo. E a Humanidade precisa pensar seriamente em um tipo de controle de natalidade, pois as reservas globais da Terra estão a se esgotar. Daqui a pouco poderemos estar fazendo a guerra por água. Contudo, os seres humanos não são meros números para serem manipulados em tabelas estatísticas. Isso eu sei e compreendo muito bem. Mas, a taxa de natalidade mundial precisa ser freada de uma forma concertada e espiritualmente digna, ou acabaremos também nos comendo uns aos outros. Este necessário controle da taxa de natalidade mundial ao ser implementado deverá ser exercido sem crueldade e por meio de prevenção, nunca simplesmente ceifando vidas de seres que, nesse contexto perverso, passam a ser considerados como meros números. (Não deixe de meditar profundamente sobre o conteúdo do Anexo disponibilizado ao final deste ensaio).

      Mas, quando todos formos Deuses, todas essas coisas serão compreendidas e solucionadas de outra forma. Então, parafraseando Mario Quintana eu diria que, no mínimo, para que essa deificação consciente possa acontecer, deveríamos, de uma forma realista, fazer sempre o possível com o máximo de amor e de empenho, e aceitar com humildade aquilo que, devido à nossa ignorância, ainda entendemos como improvável. Um dia que não é dia do tempo que não é tempo teremos domínio sobre o improvável. E até sobre nossa própria morte ou transição. Quando esse tempo que não é tempo acontecer, o verbo morrer será conjugado EU NASCI... NÓS NASCEMOS. EM CRISTO. COM CRISTO. POR CRISTO.

 

 

       Mudando o rumo da prosa, o fato concreto e incontestável é que bicho não inventa legítima defesa preventiva, terra arrasada e assassinato seletivo, nem toma, para impor seu domínio, uma atitude fedorenta do tipo vou-matar-aquele-cara-porque-ele-não-crê-no-deus-que-eu-acredito. Também não inventa mentiras nem falsifica informações para justificar barbaridades. Bicho é tolerante sem saber exatamente o que é tolerância, pois não perdeu sua primeva inocência. Na Inocência Primeva as virtudes que conhecemos como virtudes isoladas são uma só e única VIRTUDE — O SVMMVM BONVM. Bicho, portanto, é amigo, sem nada pedir em troca. Oferta amor por AMOR. Aproveitando a inspiração de Roberto Carlos, parafraseando um pouquinho, penso dos bichos: Amigos de fé, irmãos camaradas, amigos de tantos caminhos e de tantas jornadas. Estão ao nosso lado em qualquer caminhada. Os bichos são os amigos mais certos das horas incertas, nos dando a certeza de que nunca estivemos sozinhos. Enfim, é muito bom saber que os bichos são nossos amigos. Grande Roberto Carlos. Logo, como podemos ter coragem de almoçar e jantar nossos amigos de fé, irmãos camaradas, amigos de tantos caminhos e de tantas jornadas? Abdução é muito melhor do que matança e comilança sôfrega de animais. Mas, não desejo nenhuma dessas coisas para nenhum ente. Nem para o pior e mais maligno de todos os entes.

       Bicho, normalmente, só mata para comer e para poder viver. Há algumas exceções, é claro. Mas, nada comparado à brutalidade de quem diz que pondera e é dotado de razão. Já os vírus e as bactérias só atuam inconscientemente em corpos desarmonizados. Alimentam-se e se reproduzem naturalmente em seus hospedeiros, e, em determinados casos, podem chegar a consumir tecidos e músculos, necrosando-os. Mas, aquele bem-aventurado que está em paz com a Humanidade, com os outros reinos da Natureza e com o Deus de seu Coração poderá tomar um coquetel de HIV, de Ebola ou de um vírus ou de uma bactéria qualquer que nada lhe acontecerá, ainda que se saiba que são necessários apenas vinte minutos para que um microorganismo comece a se reproduzir geometricamente em um meio propício. Contudo, eu não tomaria nenhum desses cocktails, nem, é claro, recomendo essa loucura a ninguém. Eu, particularmente, morreria mais rápido do que qualquer um. Ainda sou indigno dos animais meus irmãos, da Humanidade e de ser Rosacruz. Às vezes fico pensando porque a
AMORC não correu comigo de seus quadros. Rogo para que isso não aconteça jamais. Infelizes dos malditos e dos traidores que foram excomungados da Iniciação. Peço reconciliação para todos.


 

HIV
EBOLA
HIV
EBOLA

 

 

Escherichia coli
Herpevirus Humano 8 (HHV-8)
Escherichia coli
Herpevirus Humano 8 (HHV-8)


 

MALEDICTVS  EST

MALEDICTVS EST

 

       Olhando calmamente para as fotografias digitais dos bichos que recebi via e-mail, imediatamente me lembrei do meu Irmão Vicente Velado, FRC, Abade da Ordo Svmmvm Bonvm para o Terceiro Mundo, que, no momento final do passarinho Tiquinho – seu filho de penas – disse emocionado: — Sou eu, Tiquinho, seu pai. Saiba que eu gosto muito de você. Esse homem, segundo seu próprio depoimento, que — quando era menino, matava passarinhos com atiradeira... e depois fazia churrasco dos passarinhos e os comia — compreendeu sua ignorância, e hoje é Pai de todos os animais que aparecem em seu Eremitério. Eu não matei passarinhos com atiradeira, mas não julgo Velado nem ninguém por nada. Fiz coisas piores que jamais terei a coragem de confessar publicamente na Internet. Tenho vergonha de certos atos que pratiquei e não sou homem suficiente para CONFESSÁ-LOS. Velado é. Muito mais do que eu. Mas, da mesma maneira que Velado, eu me perdoei de meus equívocos e segui minha peregrinação. Todavia, o fato é que, por caminhos distintos, descobrimos a Ordem Rosacruz - AMORC, e nos esforçamos e nos sacrificamos para depurar nossas mazelas maiores. Hoje, continuamos o processo de depuração, mas em outro nível, conscientes de que este Universo é multifacetado, orgânico e obediente às Leis que o sustentam. Não há maldade que não seja compensada; não há traição que fique impune; não há preconceito que não seja transmutado.

       O homem não esfacelará o Universo. Pode fazer o que fizer, mas não o destruirá. Poderá ser, sim, devorado por seus maus pensamentos, más palavras e más ações. Por isso, pensar em um número ilimitado de universos, está, em verdade, mais correto do que pensar na existência apenas de um só Universo. O próprio homem, ainda que ignore isso, é um universo completo. Mas, não importa se o Universo é Um ou zilhões, porque, ao cabo de contas, TUDO É UM. Bem, juntei todas essas imagens e especulações aparentemente contraditórias e resolvi escrever este rápido ensaio. Espero que emocione os corações. Estamos todos precisando muito de belas emoções, porque só o Bom, o Belo e o Bem poderão nos conduzir ao Atrium da Iniciação Interior.

 

Fonte:  http://www.benett-o-matic.blogger.com.br/


 

 

       Eu pretendo, neste ensaio, para começar, comentar rapidamente algumas coisas sobre Ralph, Tiquinho, Pitucha e Bolotinha e seus irmãos. Mas, se o leitor quiser conhecer, em primeira mão, as histórias destes ilustres personagens, visite os sites abaixo, pela ordem:

http://svmmvmbonvm.org/rcralph/

http://svmmvmbonvm.org/tiquinho.htm

http://svmmvmbonvm.org/pitucha.htm

http://svmmvmbonvm.org/gamba.htm


 

 

 


TIQUINHO
(O Santo Espírito Passarinho)

 * Para Vicente Velado *

Com Gratidão e Amor Rosacruz

Vicente Velado e Tiquinho

 

Tiquinho, meu querido filhinho,
Você foi e eu fiquei.
Quem lhe fala, é seu paizinho,
E jamais lhe esquecerei.

 


 

Enquanto você esteve comigo
Nosso tempo foi iluminado.

E lhe digo, como pai-amigo:
Você foi muito, muito amado.

 


 

Muito mais do que meu filho,
Sei que você é meu irmão.
Entre nós não houve afogadilho,
Nem desejo de qualquer galardão.

 


 

Se os homens assim vivessem,
Jamais se magoariam.
Se como nós se concedessem,
Tão-somente se amariam.

 


 

Entretanto, tenho confiança,
Pois, sei que cada homenzinho
No íntimo nutre a esperança
De ser um Passarinho Tiquinho.

 


 

E isso haverá de acontecer,
Mais cedo ou mais tarde.
Sim. Percebo no íntimo do meu ser,
Em silêncio e sem alarde.

 


 

Nesse tempo tão desejado,
Será feita a Paz Profunda.
E o coração, já então imaculado,
Apontará o Caminho da LLUZ FECUNDA.

 

Seu pai-amigo-irmão,
Vicente Velado.

 

 

 

RALPH, TIQUINHO, PITUCHA E BOLOTINHA

 

       Nesta parte, parafrasearei alguns relatos e alguns pensamentos de Vicente Velado, pois concordo com todos eles. Assim, a reflexão sobre estes excertos embasará o objetivo deste modesto ensaio digital.

       Realmente, perdemos nossa inocência. Pelo menos uma grande parte dela. Mas, indivíduos como eu, quando são culturalmente estuprados, se sentem espiritualmente arrombados. Temporariamente, pois logo recuperam seu equilíbrio. E nada estupra mais as consciências do que a televisão. Esta máquina só serve para iludir e fomentar doenças. Exceções? Há. Poucas. Não há, obviamente, termo de comparação com o estado de guerra permanente que vive o Planeta Terra desde a explosão da 1ª Guerra Mundial, em 1914. Aqui, denuncio e reclamo do baixo nível da imensa maioria dos programas de televisão. Novelas, por exemplo, só transmitem ilusões e esperanças que não se concretizarão para a maioria dos que as assistem. E como as ilusões e as esperanças não se materializarão... Pior quando ensinam maus procedimentos ou roubam a alma das pessoas.

       Por exemplo, no Canal 41 da Net há um programa, cuja âncora é uma grannie sacana de marca maior. Ela sabe tudo de sexo. E ensina tudo pela televisão. É PhD em sacanagem. Outro dia deu uma aula infernal sobre como enfiar umas bolas imensas no ânus (ou cu) ou na vulva (ou boceta) para... sei lá... deve ser para dar prazer... ou mais prazer.... ou um prazer inenarrável. E ela tira toda a parafernália para ministrar suas aulas de um saquinho mágico. Essa voinha americana, certamente, não deve nada ao famoso Fu Man Chu. Lá de dentro do saquinho sai de tudo. Parece até filme do Boris Karloff ou do Zé do Caixão. Um horror! As tais bolas de enfiar podiam ser, talvez, do tamanho de um ovo, mas para mim pareciam ser do tamanho de uma bola de basquete. Minha imaginação foi longe e cheguei a estremecer. Uma é para enfiar, a outra é para puxar. Acho que é isso. Se não for assim, é porque não compreendi a 'aula' da vovó. Melhor para mim. Mas, o fato é que ambas são presas por um fio. Tudo é uma tremenda engenharia. Fiquei pensando em quem teria a coragem de enfiar uma coisa daquelas no cu... ou na boceta. Uma loucura! E as pessoas ligam para essa simpática vovozinha contando seus problemas sexuais, e ela dá os conselhos mais escabrosos. Disseram-me que algumas vezes essa danadinha dá uns conselhos legais, como por exemplo para os homens que se sentem abichornados por causa do tamanho pequenininho do seu copulatory and urethral organ. Então ótimo. Para eles. Mas, acho que se as pessoas seguirem os conselhos sexuais bizarros dessa experiente senhora, segundo sei, devem passar o dia e a noite, todos os dias e todas as noites, deleitando-se até desmaiar. Não devem saber que estão ficando cada vez mais 'pobres' a cada orgasmo. Pior se forem orgasmos múltiplos. O fato é que, inicialmente, para mim, bem entendido, a coisa toda é muito engraçada. Depois mete um nojo terrível. O tempo passa e o nojo desaparece, para a imagem da velhinha contando aquelas estórias ser revivida de forma pitoresca. Rosacruz que se preza não julga e não critica nada nem ninguém, e tende — sempre — para ver o lado bom de todas as coisas. Ou o aspecto cômico. Uma característica do autêntico Rosacruz (na verdade de todo e qualquer Iniciado Sincero) é o bom humor. Quando examina um tema, procura avaliá-lo de maneira isenta. Isto não quer dizer que não desça o porrete quando é necessário. Quanto a essa vovó das arábias, só a vi uma vez. E um pouquinho só, porque detesto perder tempo com tolices. E não vou enfiar o porrete nela, porque ela poderia, talvez, não compreender nada do que eu penso a respeito das maluquices que ela ensina... e gostar... e me pedir — who knows? — para bater nela um ano sem parar. De jeito maneira. E também não vou enfiar bola nenhuma em lugar nenhum, como acho que ninguém deveria praticar uma temeridade dessas. Não enfiei antes e não vai ser agora com 58 anos que enfiaria alguma coisa em um lugar que não foi projetado para que lá se enfiasse algo. De jeito maneira. Supositório só se não houver outra solução. Nessa matéria de enfiar, acho que essa simpática macróbia enlouqueceu. Fico imaginando se o marido dela consegue agüentar tantas insanidades esférico-sexuais. Se fosse eu, já teria fugido dessa máquina para o Pólo Norte. Mas, no fundo no fundo, programas como esse dessa vovó arrombam nossa alma e roubam nossa paz. Temos que ter muito cuidado com o que vemos e com o que ouvimos, para não nos envenenarmos com podridões que possam comprometer nosso Eu Interior. Para os místicos recomendo: se assistirem uma coisa dessas, assistam como se fosse uma comédia, divirtam-se e não se comprometam mentalmente. Pois, os chamados pesadelos, em parte, também vêm daí. E daí vêm coisas piores. Tenho certeza de que alguns (ou muitos) daqueles, que assistiram ao programa das bolotas dessa sacanocratíssima grandmother, sonharam com bolas de todos os tamanhos e de variadas cores entrando e saindo sem parar... Bela Lugosi, Vincent Price, Christopher Lee, Peter Lorre e Boris Karloff devem estar gargalhando. Zé do Caixão, com aquelas unhas enormes, deve estar desesperado. Bolas de enfiar? Essa não. Nem vampiro topa um treco desses. Só se for um vampiro degenerado. Maluquice

       Os bichos não são assim. De uma maneira geral, não perderam sua inocência. Como afirma Vicente Velado no Documento A PAZ COMO FENÔMENO UNIVERSAL E OS SEUS OBSTÁCULOS NA TERRA (apresentado como anexo a este trabalho), ... mesmo os animais ditos irracionais vivem em suas comunidades em maior grau de harmonia do que os humanos, porque se agridem unicamente em função de disputas por sexo e por comida, e não pela imposição de criações mentais que possam representar elementos-chave para o exercício do poder. Ou para a banalização da vida — acho que Velado não ficará aborrecido com este acréscimo.

       Voltando aos animais, na época do acasalamento há lutas entre os machos que disputam as fêmeas pertencentes ao grupo, mas nada de taras descaracterizantes ou bolas de enfiar. Os animais são símbolos vivos de nossa inocência 'perdida'. Por isso, sentem de forma especial e manifestam Aquilo de que muitos falam, mas não sabem exatamente o que é: o fluxo e o refluxo incessante da Consciência Cósmica.

       Ralph foi um cãozinho assim. Seu pai, Vicente Velado, afirma que Ralph foi um difusor da Pax Profundis. Logo que chegou ao Eremitério de São Miguel Arcanjo, doente e anêmico, Ralph deu início à sua missão: mostrar ao Mundo o poder efetivo de um Experimento Rosacruz pelo qual foi curado (ensinado pela The Rosicrucian Fellowship) e a ação auxiliadora, invisível e inquestionável de cura intermediada pelos Mestres Ascensionados, quando pomos em execução – honesta, amorosa e desinteressadamente – nosso quase ilimitado poder mental, pois o Cristo Cósmico — personalização da Luz Eterna, Incriada e Perfeita que se extrai a Si Mesma do Nada Asoluto (entendimento de Velado) — está presente tanto nos animais humanos quantos nos não humanos. Este ensinamento foi transmitido psiquicamente por Ralph — que hoje é Ralphito — a seu pai Vicente Velado. Eu o aceito e também o subscrevo. E ele, Velado, acabou por compreender e realizar que a Luz e o Amor do Cristo Cósmico só podem ser refletidos, difundidos e repassados pelos puros de coração, pelos que não prostituíram suas mentes em nehuma mansarda da existência, incluindo-se aí as loucuras e as insanidades sexuais. Ah! Se as pessoas pudessem sentir, ao menos uma vez, o que é o Orgasmo Cósmico!

       A pureza dos animais – e Ralph é um exemplo – permite que sejam refletores naturais dessa LLuz Incriada e desse Amor Incondicional, quer seja entre humanos, quer seja entre outros animais, sejam de sua espécie ou não. Como está afirmado entre aspas no Livro de Ralph, "Ralph evoca-nos que a Divindade se manifesta em todas as formas." Em mim, tenho plena consciência, manifesta-se tão insignificantemente quanto a luz de um fósforo em uma noite escura de um deserto. Digo isso com profunda tristeza, mas me esforço diariamente para que a intensidade dessa luz possa, um dia, ser LLUZ. Emocionadíssimo rogo: Bênção para todos. Por último, para mim.

       Mas, neste Plano, toda existência tem um fim. Os que se julgam imortais tomarão um tremendo susto quando chegar a inexorável Hora. Também se assustarão todos aqueles que não se prepararam para esta Hora, pois nada é mais dramático na existência humana do que passar pela transição desprevenido ou inconscientemente. Assim, Ralph – o bichinho de Deus – partiu, para, da esfera vibratória do Plano em que hoje se encontra, dizer continuamente: Salutes in Rosæ Crucis. Para visitar a Ralph's Home Page dirija-se a:

 

http://macarlo.com/ralph/

       

 

       Os animais, ditos irracionais, são nossos irmãos menores, assim como nós somos os irmãos menores dos Treze Irmãos Maiores da Rosa+Cruz Eterna e Invisível, que promove a evolução da Consciência nos vários Planos de Existência.

 

Mestre Apis
Hierofante da OS+B

 

          Pitucha — a gatinha cega — é outro desses bichinhos. Depois de abandonada em uma praça em Niterói, Rio de Janeiro, acabou assassinada com chumbinho por um animal humano irracionalíssimo e morador de um inferno-lodaçal, apenas porque entrou nesse lodaçal-inferno em busca de carinho. Mas, antes de acontecer essa maldita execução, a abnegação de Analu – Secretária da Ordem de Maat – e os proficientes cuidados profissionais da Drª Sônia permitiram que Pitucha – que antes de ser morta foi adotada por um irmão dos animais que não deseja ser identificado – voltasse a enxergar. Pitucha e seus amigos humanos podem ser visitados em:

 

http://svmmvmbonvm.org/pitucha.htm

 

            Bolotinha é um gambá. Não trai, não mente, não adula, não faz média e não sabe o que é ser hipócrita ou arrogante. Não será isto uma lição para todos nós, que, muitas vezes, nos cagamos de medo por nada? Reco-Reco, Chuca-Chuca e Raposinha, seus irmãos, são da mesma estirpe. Todos possuem consciência do meio em que estão inseridos, bem como autoconsciência, ainda que em grau elementar. Isto é uma coisa que os humanos também precisarão aprender: a percepção de si próprio não é privilégio dos presumidos seres mais evoluídos desta Quarta Raça Raiz. Até as plantas são dotadas de uma incipiente autoconsciência. Continuo a concordar com Velado, quando afirmou em Documento recente que recebi da Ordem de Maat, que humano tem consciência como ser humano, animal como animal, vegetal como vegetal e pedra como pedra. E acrescento: só o ser humano poderá, se quiser, sentir todos estes graus de consciência, porque está vivenciando, agora, o nível humano, mas já experienciou os outros três. Isto eu tenho certeza, pois, inclusive, converso com as plantinhas que tenho em casa, e elas estão vivas e felizes morando comigo há mais ou menos dez anos, exatamente o tempo em que moro neste apartamento na Tijuca, Rio de Janeiro. Nas casas de outras pessoas, talvez vivessem apenas alguns meses. Se tanto.

 

1ª Raça Raiz
Minérios e Minerais
2ª Raça Raiz
Vegetais
3ª Raça Raiz
Animais
4ª Raça Raiz

Seres Humanos
 
5ª Raça Raiz
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6ª Raça Raiz
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7ª Raça Raiz
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          Ao se examinar a imagem cambiável e o resumo acima, no mínimo uma coisa parece ficar patente: já transitamos pelo reino animal e os animais de hoje serão humanos amanhã. Mas, que não se imagine que as formas de vida manifestas em Rondas anteriores eram semelhantes às de hoje. Não eram. Nem de longe. E nós, se ou quando nos manifestarmos na 6ª Raça Raiz desta Ronda, morreremos de vergonha de nossos atos de hoje. Assim, como diz Vicente Velado de forma absolutamente correta: o homem é um animal como outro qualquer, e não é melhor [às vezes é pior] do que um gambá. Se você, leitor irmão, quiser saber como o irmão-gambá Bolotinha leu inteligentemente um pensamento e consertou duas telhas que correram em um telhado, clique em:
 

 


 

Todos nós somos UM, e é o Cristo Cósmico, através do Amor, quem propicia esta Unidade.   (Vicente Velado, FRC).

 

 

 

FOMOS  UM  COM  A  UNIDADE.   SOMOS  UM  COM  A  UNIDADE.   SEREMOS  UM  COM  A  UNIDADE.   NO  TEMPO  QUE  NÃO  É  TEMPO.

 

 

       Tiquinho — o Passarinho Bolinha Bicudinho de Penas do Santo Espírito — veio a este Mundo para ensinar uma lição: A morte não existe. E, mais do que isso. Muitas vezes os animais nos inspiram sem que tenhamos consciência objetiva dessa inspiração. Mas, a comunicação bicho-homem por via telepática só pode ser percebida por aquele que ama e respeita os animais como seus iguais. Quem os mastiga no almoço e no jantar jamais poderá ter essa magnífica inspiração. Se você, amigo e irmão leitor, quiser saber como o Passarinho Tiquinho inspirou Vicente Velado a escrever o livro Macrocosmo Iluminado, clique nos dois endereços abaixo. O primeiro, conta a história de Tiquinho — o Passarinho Bolinha de Penas do Santo Espírito — e o segundo, apresenta a inspirada obra Macrocosmo Iluminado. Assim, com Velado e João XXIII, ouso dizer: Pacem in Terris.

 

 

 

ÚLTIMAS REFLEXÕES

 

       Enfiaram na cabeça da gente que ingerir carne animal faz bem para a saúde. Doente que toma beef tea se recupera mais rápido. Nada substitui proteína animal. Quanto mais bem nutrido de proteínas animais, mais bem-sucedido será o Homo sapiens. E mais não sei quantas bobagens. Tudo grupo. Bobagens criminosas, pois, onde os humanos põem suas botas a vida animal corre o risco de ser extinta. Mas, há quem pense diferente. E cresce, cada vez mais, o número de pessoas que têm animais de estimação e os tratam de fato como membros da família, com direitos idênticos à alimentação, à saúde, ao bem-estar, ao afeto etc. Esta última afirmação — que ninguém pode discordar — está inserida em um artigo que cito no final deste ensaio.

       Os especialistas já comprovaram que crianças que têm um pet (animal de estimação) desenvolvem mais rapidamente suas habilidades cognitivas e socioemocionais. As mascotes auxiliam no estabelecimento de novas amizades e propiciam que as pessoas encarem a vida com otimismo. Assim, aqueles que têm animais de estimação conversam mais sobre o presente e sobre o futuro do que sobre o passado. Aliás, essa coisa doentia de rememorar persistentemente fatos e estórias do passado e de cadáveres é um tremendo atraso de vida. Tem gente que só sabe conversar começando a frase: No meu tempo... Mumificaram suas exstências e não sabem. Por outro lado, é fato cientificamente comprovado que apenas tocar em animais como cães, gatos e cavalos ajuda as vítimas de lesões musculares a melhorar a coordenação motora e a recuperar a capacidade de locomoção. Pacientes com cardiopatias graves que têm contato permanente com animais, vivem melhor e mais tempo do que os que não mantêm contato algum. Está também confirmado que crianças hospitalizadas podem se recuperar mais rapidamente se forem regularmente visitadas por animais de quatro patas. Penso que não precise ser explicado que há uma enorme diferença (espiritual e vibratória) entre animais de duas patas e animais de quatro patas. O contato com animais libera no organismo a endorfina, que possui propriedades analgésicas e relaxantes. Solidão, depressão, angústia, tristeza e ansiedade são suavizadas se temos um irmão-animal por perto nos cheirando. Não há desarmonia que resista ao bafo do amor animal. E os animais sentem e sabem quando estamos mal e precisando de sua ajuda e companhia. Uma lambida aqui, uma cheirada ali... e, como se fosse um milagre, as coisas se resolvem. Então, pergunto de novo: como temos a coragem de mastigá-los?

       O fato é que os animais — nossos irmãos menores e parceiros de peregrinação neste Plano — têm a capacidade de despertar em nós aquilo que Edward O. Wilson, biólogo da Universidade de Harvard, denominou de biofilia, isto é, amor à vida.

 

BIOFILIA   =   AMOR   INCONDICIONAL   À   VIDA


 

Franklin D. Roosevelt e Fala

Franklin D. Roosevelt e Fala (seu pet) em
Washington, Washington, D.C. em 1943

 

       Enfim, este texto já está grande demais. Mas, como disse Mestre Apis (Ankh Udja Seneb), os animais são nossos irmãos menores. Aprendi direitinho essa lição, e usurpei sem nenhum pudor essa Idéia-Lei para mim. Como também concordo e subscrevo as DEZENOVE PALAVRAS abaixo — votos para toda a Humanidade e recomendação de vida de Mestre Apis, Membro da Sagrada Hierarquia da Ordem Rosacruz – AMORC, Hierofante da Ordo Svmmvm Bonvm e Fundadora da Ordem de Maat, que as redigiu antes de ficar completamente impossibilitada de escrever. Em seu martírio pessoal e sofrimento físico no final desta terceira personificação terrena, Mestre Apis sempre manteve o pensamento que verbalizava para educar os que a ouviam: Obrigada, meu Jesus! Obrigada por este sofrimento que me faz evoluir. Mais uma vez, emocionado, homenageio Mestre Apis, e convido a todos que meditem nas DEZENOVE PALAVRAS abaixo.

 

 

       Os animais podem ter um certo medo de nós em um primeiro contato. Mas, isso passa se sentirem que não desejamos maltratá-los. E nenhum animal atacará um ser humano que esteja harmonizado, e, particularmente, se estiver vivendo em conformidade com as DEZENOVE PALAVRAS acima. Bicho ataca — e geralmente só ataca — quando 'vê coisas' em torno de nós que nem sequer desconfiamos que existem. Nós criamos esses monstrões com nossos maus pensamentos, más palavras e más ações, mas desconhecemos que ficam grudados em nós, atenazando principalmente a nós, mas também os outros. Mas, os animais – que 'enxergam' oitavas acima e abaixo mais do que nós – vêem, se horrorizam, sentem medo e atacam. Mas, repito: um ser humano bondoso e equilibrado não será, por exemplo, mordido por um pit bull. É mais ou menos como a estória do coquetel de HIV, de Ebola ou de Escherichia Coli à qual fiz referência anteriormente. Quem vive em Paz Profunda não será contaminado. Nem mordido ou atacado. Nem vampirizado. Por isso, ou em virtude disso — a PAZ PROFUNDA — nunca será também surpreendido.

 

(Passe o mouse sobre a figura)

 

         Eu já passei por diversas — na realidade, muitas — situações insólitas no que se refere aos nossos irmãos animais. Uma vez fui carinhosamente beijado por uma girafa. Em outra, fui lambido por um touro. Uma outra, ainda, aconteceu em Rio das Ostras. Fui com amigos passar o carnaval em uma casa que alugamos. O proprietário deixou seu cão de guarda preso no canil da casa, recomendando que tomássemos cuidado porque o bicho era ferocíssimo. E era. Mas, resumindo: na segunda-feira de carnaval (quarenta e oito horas depois de termos chegado) eu tinha conquistado integralmente a confiança daquela fera e, simplesmente, por detrás da grade do canil, eu — mais do que acariciava sua cabeça e seu corpo — punha minha mão inteira dentro de sua bocona. O bichão adorava e mordiscava minha mão. E eu adorava também. Meu filho, quando viu a cena, custou a acreditar no que estava presenciando. Fiquei meio triste ao partir na quarta-feira de manhã. Aquela foi realmente uma quarta-feira de cinzas. Este também é um exemplo de um contraste iniciático: terça-feira gorda de carnaval versus quarta-feira de cinzas. Ao me despedir do cachorro, ele ficou todo encolhidinho, e pelo seu olhar melancólico percebi que ele sentiu que não me veria mais. Ganhos e perdas! Mas, eu já quebrei a cara duas vezes com esses meus ímpetos, e fui mordido duas vezes. Ora, os cachorros que me morderam não tiveram culpa; eu deveria ter tido mais calma para conquistar a confiança deles, antes de me meter a ser rodolfisticamente o rei dos animais. Vaidade antiga e superada? Pode ter sido. Também. Mas, principalmente, irresponsabilidade comigo próprio.

       

 

       Agora, como anunciei no começo deste despretensioso texto, apresentarei as fantásticas fotografias que escondi prudencialmente atrás de imagens cambiáveis, para cujos anversos escolhi o que há de pior praticado pelas bestas humanas nos tempos que correm, e alguns momentos de tristeza e de incompreensão colhidos no Google. Precisamos todos meditar muito em todos esses contrastes. Assim, aponte o mouse para as medonhas fotografias abaixo, emocione-se e se surpreenda com o que está escondido atrás da tristeza e do horror. O que está oculto vale mais do que todo o ouro do mundo. Mas, por favor: não tenha pressa. Examine atentamente as horréticas fotografias digitais que escondem exemplos do AMOR INCONDICIONAL, do qual tanto tenho falado. Paz a todos os corações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OUTROS SITES CONSULTADOS

http://www.sjoerup.com/

http://www.jrcasan.com/IMPACTO/impacto2.htm

http://torte.duftbaum.com/irak.html

http://lesiteanouskonafait.free.fr/archives.html

http://www.micro-net.pt/

http://www.hermanosblog.blogger.com.br/

http://www.justinberfieldrocks.hpg.ig.com.br/animais.htm

http://www.chicletamarelo.blogger.com.br/

http://www.abbra.eng.br/animal.htm

http://www.livingpictures.org/tableofcontents.htm

http://www.exoticdogs.com/presidents/display.php?p=32

http://www.on.br/revista_ed_anterior/glossario/alfabeto/e/e.html

http://europa.eu.int/comm/research/news-centre/en/soc/02-09-special-soc15.html

http://www.interlabdist.com.br/ind_htm/internews_ind_5_2.htm

http://hub.med.uth.tmc.edu/~plo/title.htm

 

 

 

 

ARTIGO DE REVISTA
CONSULTADO E RECOMENDADO

 

VENTUROLI, Thereza. As relações ambíguas do homem com os animais. Veja, Brasil, nº 47, pp. 114-23, nov. 2004.

 

 

Aponte o mouse para o bico do pato da esquerda. Surpresa!
Simbolicamente, é essa luz que deve brilhar em nossos Corações.

 

 

 

 

ANEXO
(Para Meditar e Tomar uma Atitude)

 

A PAZ COMO FENÔMENO UNIVERSAL
E OS SEUS OBSTÁCULOS NA TERRA

 

Pelo Frater Vicente Velado, OS+B (*)

 

 Frater Vicente Velado

 

     Os aspectos herméticos da contínua falta de paz no mundo terrestre compõem um tema que deve estar sob constante exame por parte dos místicos e dos ocultistas, de uma forma geral. Se observarmos mais detidamente as características peculiares da constituição do planeta Terra, e mesmo o aparentemente infindável mosaico de peculiaridades que forma o todo universal visível, logo perceberemos que confronto e harmonização parecem coexistir em equilíbrio, na sempre renovada tentativa de promover a destruição para propiciar a reconstrução. Isso vale tanto para valores puramente físicos envolvendo a vida e a morte dos seres – com processos de sofrimento e violência – como também se aplica a componentes mais diáfanos do Grande Teorema Universal, como postulados éticos e morais.

     Todos os seres, mesmo os predadores, almejam a paz, nem que seja apenas para si próprios ou para suas coletividades específicas. Ocorre que a forma pela qual o chamado Universo Visível funciona, implica a devoração de uns seres pelos outros, na cadeia alimentar, que é aceita como algo absolutamente normal pela imensa maioria das criaturas, que já nascem tendo de conviver com ela. O Universo Visível é este, que os seres humanos podem perceber e perscrutar com os olhos e com instrumentos de alta tecnologia, ou seja, o imenso conteúdo de galáxias que preenche vazios do espaço na manifestação da energia como matéria densa.

     Outros incontáveis Universos existem sem serem percebidos pelos olhos humanos convencionais, e nestes os parâmetros são totalmente diversos, prescindindo de devoração, pela inexistência de uma cadeia alimentar em seu contexto funcional. Realizando experimentos de projeção da consciência em um nível mais elevado que a simples expansão desta, é possível acessar os Universos ?Invisíveis? e tomar conhecimento de muitas de suas características, bem como até mesmo contatar e interagir com seres que os habitam. Tudo isto, porém, só pode ser feito dentro de um processo de absoluta paz, pois a paz é um estado que pode ser definido como linguagem universal entre todas as criaturas, sendo um meio de comunicação muito mais abrangente que a música. (Grifo meu). A paz é uma vibração totalmente neutra, na qual os efeitos da Dualidade se diluem (em termos do Universo Visível), e na qual as mentes podem se fundir momentaneamente para a compreensão mútua, propiciando o perfeito entendimento entre seres das mais diversas espécies, uns dotados de corpo físico, outros prescindindo de tal veículo para a manifestação da individualidade. 

     Em termos de planeta Terra — e principalmente nos atuais dias em que o fenômeno da globalização se afirma cada vez mais como diretriz a ser imposta sem contestações — a paz torna-se algo extremamente desejado, e se constitui, mesmo, no bem supremo que um ser possa almejar. Todos os religiosos e esoteristas não ligados a religiões falam repetidamente em paz e acentuam a necessidade de se trabalhar em prol dela. Contudo, a paz perfeita e absoluta no mundo fenomênico é utópica, já que um ambiente sob a Lei da Dualidade se baseia nos confrontos inevitáveis que produzem o caos para gerar a reorganização, em ciclos que parecem nunca terminar. Um dos maiores obstáculos à paz no planeta Terra parece ser a diversidade de culturas e sua conseqüente variedade de concepções de Deus. Em princípio, isso praticamente inviabiliza a instituição de um culto universal à Divindade, que fosse capaz de fazer cessar as ações bélicas envolvendo concepções e ditames de Deus.

     A Ordo Svmmvm Bonvm (OS+B) tem se preocupado em analisar o problema da falta de paz em termos coletivos globais na Terra, e a conclusão a que se chegou é a de que poderia ser estabelecido um ritual universal de harmonização com os Planos Superiores do Cósmico, mas nunca uma religião única, justamente porque a concepção literal de religião é o religare latino, que entende ter havido uma queda do homem de um Plano mais alto para este – o terrestre – e que, portanto, é preciso promover um retorno, tendo como caminho a religação com a Divindade. Em 1997 a OS+B colocou no ar (na Internet) um conjunto de sete questões sobre esse problema, solicitando aos Rosacruzes a elaboração de teses em cima deste assunto. Este documento está disponível em (em Inglês) em:

http://svmmvmbonvm.org/7questions.htm 
 

     É a seguinte a versão em Português do documento com as Sete Questões:

 

?Você Tem Soluções
Para Estas Questões?

 

     A sociedade humana sempre foi injusta, privilegiando os fortes e oprimindo os fracos. Agora, mais do que nunca, com o atual perverso modelo econômico, a globalização parece acirrar os contrastes, e o resultado são milhares de seres humanos morrendo à míngua. Corrupção, criminalidade, mentira e desamor assolam a face da Terra. Modelos de governo – da democracia à teocracia passando pelo socialismo utópico – têm se mostrado ineficazes para administrar os problemas gerais da Humanidade. Pretendemos que no Terceiro Milênio esse quadro mude para melhor e perguntamos aos Rosacruzes:

1 - Você acha que seria viável a implantação de um governo universal na Terra, não uma entidade teórica, mas uma administração efetiva e real, com poderes para legislar e decidir em âmbito mundial, sem estar sob a pressão de grupos econômicos? Na sua opinião, como isso poderia ser implementado ao longo dos próximos 100 anos?

2 - Entre os principais fantasmas que atemorizam a Humanidade estão a ameaça nuclear, a explosão demográfica, a exaustão das fontes energéticas, a escassez de alimentos, a poluição do meio ambiente, a destruição da natureza, a poluição da aura da Terra, a injustiça social, a boçalização e a imbecilização das massas. Como você acha que esses problemas poderiam começar a ser solucionados de maneira prática?

3 - Ao longo das Eras os problemas cíclicos da Humanidade têm sido resolvidos por reciclagem de valores, com destruição e reconstrução de ordens constituídas, através da guerra, que tem sido o agente dinamizador de tais mudanças. Como Rosacruz você conhece alguma outra forma de ação prática e eficaz, que não a guerra, para alterar condições da sociedade humana, modificando-as para melhor, de forma duradoura?

4 - Que tipo de liderança você escolheria para reger uma nova sociedade humana no Terceiro Milênio?

• Um Regente ao qual fosse dado todo o poder, assistido por um Colegiado realmente credenciado, formado por membros de todos os países.

Uma representação de nações sem a figura de um dirigente central.

5 - Que tipo de Código, baseado em quais valores e compreendendo quais interesses coletivos, você acha que teria de ser elaborado para servir de Constituição Mundial, equacionando problemas étnicos sob um enfoque global?

6 - Que modelo de instrução você acha que deve ser ministrado às crianças e aos jovens para a formação de uma sociedade mais justa, capaz de propiciar condições de paz mental e prosperidade que possam permitir a ascensão do nível de consciência dos indivíduos?

7 - Que tipo de procedimentos você acha que poderia ser usado para a elaboração de um rito prático e simplificado, mas, ao mesmo tempo profundo e profícuo, de canalização da força mística das massas, atualmente enfocada na religiosidade?

 

             

 


OBSERVAÇÃO: Escrevi recentemente um ensaio completo sobre esses temas. Roda em:

http://www.rdpizzinga.pro.br/livros/solucoes/solucoes.html

 

         


     Como Rosacruz, espera-se que você tenha ascendido a um nível de consciência que lhe permita implementar a criação mental de soluções para os problemas acima propostos, de forma prática e viável. Aqueles que tiverem condições de propor soluções para as questões acima poderão mandá-las para este Site (1) para publicação. Não há limite de tamanho para o texto, que poderá ser redigido em qualquer processador e deverá vir acompanhado da identificação e de um resumo sobre o autor.

     Para que possamos entender melhor as dificuldades para o equacionamento das questões descritas no documento acima é preciso, inclusive, ter um visão mais clara e definida do que seja a guerra, como fenômeno econômico e como evento ligado à Lei da Dualidade. A Humanidade sempre esteve em guerra, tendo experienciado períodos de paz, e, modernamente, podemos inferir que vem ocorrendo uma guerra contínua desde 1914 até os dias de hoje (2004), contagem de tempo Cristã. As várias guerras, aparentemente isoladas, que espocaram no Planeta de 1914 para cá, na realidade formam um todo – um conjunto contínuo – que representa os esforços de uma luta pelo poder temporal hegemônico. No passado, a religião Cristã esteve significativamente aliada a esse processo e, atualmente, esse papel de grande aliado vem sendo desempenhado por empresas multinacionais. A religião continua a ser usada como elemento importante na formação e na condução de um contexto bélico, mas a importância maior, o peso decisivo, é exercido pelas corporações em diversos ramos, marcantemente na exploração petrolífera. Nesse particular, os interesses envolvidos são de tal monta que o petróleo já poderia ter sido substituído pelo hidrogênio (muito mais eficaz) e não o foi.

     No contexto bélico da atual época constata-se (ou pelo menos suspeita-se de) um conciliábulo extremamente sinistro entre a máquina de guerra e o terror como instituição. Pode-se mesmo inferir que quando surge, por motivos econômicos, a necessidade da criação de um cenário bélico, imediatamente entra em cena o terrorismo internacional para propiciá-lo. Temos, então, que o terror cria o campo de batalha no qual se usará, em termos de sociedade de consumo, o produto armamento (bombas, tanques, aviões, canhões, mísseis, fuzis, munição para estes e toda a parafernália produzida pela indústria bélica, incluindo-se os serviços de assistência técnica, manutenção, logística etc. etc.). Nesse contexto, os seres humanos – usados como carne de canhão – são tratados como meros números, e nem mais importa que sejam civis, velhos, crianças e mulheres. Também não tem mais a menor importância que os pretextos usados para ensejar os ataques a países sejam mentiras completamente desmoralizadas ante a opinião pública mundial. Em ambos os lados das partes em confronto fala-se em estar ?a serviço de Deus?, e é assim que cabeças de inocentes vão sendo cortadas e a população civil vai sendo dizimada. (Grifo meu).

     A OS+B vem pregando que Deus seja entendido por todos como um Espírito Santo totalmente abstrato, apenas alegórica e simbolicamente representado pela Pomba da Paz, e não por Deuses com características definidas a atributos humanos, o que só tem servido para propiciar e incrementar a continuidade da guerra, como um processo sempre em andamento. (Grifo meu).

Símbolo da Paz

 

     É evidente que o controle dos níveis populacionais se faz necessário, caso contrário a explosão demográfica tornaria inviável a vida humana na Terra dentro de um certo tempo. Entretanto, esse controle deve ser exercido sem crueldade e por meio de prevenção, nunca simplesmente ceifando vidas de seres que, nesse contexto perverso, passam a ser considerados como meros números. Devemos entender que Deus — nos vários aspectos e formas pelos quais é apresentado — é a criação mental ligada à egrégora de uma cultura. As criações mentais — quando devidamente cultuadas e alimentadas continuamente — passam a existir na Eternidade Relativa, independentemente de seus criadores. E é assim que uma cultura humana pode criar um Deus à sua imagem e depois deixar de existir fisicamente, sem que esse Deus deixe de existir concomitantemente. No processo da criação mental, da mesma forma, os chamados Mestres Cósmicos — que podem ter se originado de simples criações mentais — serão exatamente iguais, em essência, àqueles que existiram fisicamente na Terra ou em outros planetas, tendo ascendido à Maestria após a transição, em um processo sob controle da vontade ou ao sabor de Leis Cósmicas somente. (Grifo meu). Passam a existir igualmente na Eternidade Relativa, o mesmo Plano em que se situam os Deuses resultados de egrégoras humanas. É por isso que os Mestres Cósmicos podem ser invocados para promover a pacificação, inclusive no âmbito de imagens de Deus usadas no confronto de facções humanas. Nesse particular sugerimos que todos os místicos e ocultistas façam, sempre que possível, o Experimento de AUM-RAH, disponível na Internet na forma de e-book, em:

http://svmmvmbonvm.org/aumrahexp/

     O processo de pacificação dos seres compreende o apaziguamento das rivalidades entre culturas e a interação de suas egrégoras através da harmonização, em um trabalho que exige a despersonalização dos valores espirituais. A paz é necessária porque será ela que permitirá aos seres – principalmente aos humanos – a necessária condição vibratória para uma mais ampla e acelerada evolução da consciência. O atual estágio tecnológico da Humanidade mostra, com a própria Internet, que já se chegou a um estágio em que a troca de informações e o acesso cada vez mais amplo a estas, está formando no Cósmico uma nova camada de consciência. Essa nova camada é um estrato preparatório para um novo tipo de consciência, muito mais aguçado, crítico e perceptivo, que os seres humanos deverão assumir dentro de um período terrestre relativamente curto. Como parte desses processos em franco andamento, a virtualização já se faz sentir de maneira marcante na área esotérica: há Ordens e Fraternidades que afiliam, instruem e iniciam em condições totalmente virtuais, com resultados tão práticos como se tais processos estivessem se desenrolado fisicamente. O volume de informações atualmente à disposição dos místicos e ocultistas na Web é de tal monta, que já se faz necessário um grande poder de avaliação para a correta filtragem dos valores expostos ao público. Todo esse cabedal pode e deve ser usado para propósitos de pacificação neste Planeta, a fim de que a qualidade de vida possa ser melhor para todos, dentro de padrões éticos e de fundamentos que levem ao respeito mútuo, à tolerância e à compreensão. Nota-se que mesmo os animais ditos irracionais vivem em suas comunidades em maior grau de harmonia do que os humanos, porque se agridem unicamente em função de disputas por sexo e por comida, e não pela imposição de criações mentais que possam representar elementos-chave para o exercício do poder.

     Místicos e ocultistas devem procurar não medir esforços na realização de contínuos trabalhos pela paz mundial, mesmo sabendo que a paz total neste Planeta é, atualmente, uma utopia.

(*) O Frater Velado é Abade Especial da Ordo Svmmvm Bonvm para o Terceiro Mundo.

(1)
http://svmmvmbonvm.org/

 

DADOS SOBRE O AUTOR

Mestre em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia, UGF, 1988. Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET-RJ. Consultor em Administração Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista Tecnologia & Cultura do CEFET-RJ. Professor de Metodologia da Ciência e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico do Instituto de Desenvolvimento Humano - IDHGE.

 

PAZ PROFUNDA
 

PEACE PROFOUND

 

HONRA   A   TODOS   OS   ADEPTOS   DA   R+C   ETERNA   E   INVISÍVEL