MOLIÈRE
(Farpas e Sátiras)

 

 

 

Molière

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo tem por objetivo recordar algumas farpas e algumas sátiras – ao mesmo tempo bem-humoradas e educativas – de Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière. Sobre a comédia, o farpante e satírico Molière disse: A missão da comédia é representar, em geral, todos os defeitos do homem, e, em particular, dos homens de nosso tempo.

 

 

 

Nota Biográfica

 

 

 

Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (1622 – 1673), foi um dramaturgo francês, além de ator e encenador. É considerado um dos mestres da comédia satírica. Molière teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega, tendo usado suas obras para criticar os costumes da época. É considerado o fundador indireto da Comédie Française. Como encenador, ficou também conhecido pelo seu rigor e meticulosidade.

 

Apesar da sua preferência pelo gênero trágico, Molière tornou-se famoso pelas suas farsas, geralmente de um só ato e apresentadas depois de uma tragédia. Algumas destas farsas eram apenas parcialmente escritas, sendo encenadas ao estilo da commedia dell'arte com improvisação a partir de um canovaccio (esboço geral de uma peça, cabendo aos atores, através da improvisação, completar e desenvolver os diálogos). Molière escreveu também duas comédias em verso, mas tiveram pouco sucesso e são consideradas de pouca importância pelos críticos em geral.

 

Em 17 de janeiro de 1673, enquanto representava no palco o protagonista de sua última obra, Le Malade Imaginaire (O Doente Imaginário), Molière sofreu um repentino colapso e morreu poucas horas depois, em sua casa, em Paris. Não é de estranhar que o mestre do duplo sentido e da dissimulação tenha encerrado a vida e a carreira no momento em que encarnava um falso doente. Entretanto, os comediantes (atores) da época não podiam, por lei, ser sepultados nos cemitérios normais (terreno sagrado), já que o clero considerava tal profissão como mera representação do falso. Então, como Molière persistiu na vida de ator até à morte, estava nesta condição. Contudo, sua mulher, Armande, pediu a Luís XIV de Bourbon (1638 – 1715) que autorizasse um funeral normal. O máximo que o Rei-Sol conseguiu fazer foi obter do arcebispo autorização para que enterrassem Molière no cemitério reservado aos nados-mortos (não batizados). Ainda assim, o enterro foi realizado durante a noite, para ninguém ver.

 

 

 

Farpas e Sátiras Molierescas

 

 

 

Que coisa estranha é o mundo! A maledicência geral, por exemplo. Como todo mundo gosta de falar dos outros!

 

Contra a maledicência não há muralhas.

 

 

 

 

Aqueles cuja conduta mais dá para troçar são sempre dos outros os primeiros a falar.

 

As línguas têm sempre veneno para verter!

 

As pessoas podem ser persuadidas a engolir qualquer coisa, contanto que venha temperada de elogios.

 

Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos; mas, também, pelo que deixamos de fazer.

 

Antes de pensarmos em julgar os outros, deveríamos olhar demoradamente para nós próprios.

 

Não encontramos maridos de todas as variedades, acomodados cada um de um jeito? Este junta mil bens para que a esposa os divida, adivinha com quem? Com quem o corneia.

 

Quem ri o que quer é rido do que não quer.

 

Quem dos outros ri, deve recear que, como vingança, também se riam de si.

 

 

 

 

Pretendo que a minha futura mulher seja bastante opaca para não saber nem mesmo o que é uma rima. E, quando estiver jogando o corbillon1 e alguém perguntar, ao chegar a vez dela: 'Que botamos agora na panela?', ela, ao invés de, como as outras, dar uma resposta brilhante e maliciosa, responda, muito simples: 'Um pouco de batata'.

 

O ciúme é uma coisa que deixa qualquer um inquieto. Vou dar um exemplo, para que você entenda com facilidade: você está à mesa, a mesa arrumadinha, vai começar a comer seu mingau, quando passa por lá um esfomeado e começa também a querer comer a comida que é sua.

 

Em qualquer empreendimento, o dinheiro é a chave mestra.

 

 

 

 

Para quem acha os chifres a suprema vergonha, não casar é a única maneira de estar bem seguro.

 

Convém, em certas ocasiões, ocultar o que se traz no Coração.

 

Quase todos os homens morrem de seus remédios, não de suas doenças.2

 

Os médicos são profissionais de sorte. Seus acertos brilham ao Sol; seus erros, a terra cobre.

 

 

 

 

Morreu de quatro médicos e dois farmacêuticos.

 

Prefiro um vício tolerante a uma virtude obstinada.3

 

A maior ambição da mulher consiste em inspirar amor. Todos os seus cuidados se limitam a isto, e raramente se encontra uma mulher que não se ufane, interiormente, pelas conquistas que fazem seus olhos.

 

Estes olhares lânguidos já não me enternecem. Estes suspiros ardentes já não me inflamam. Juro pela minha fé. Pobre galante, meu coração, já liberto, sempre quer rir de teus lamentos. Creiam-me, pois, sei por experiência, que não há em vós nem constância nem fé.

 

Viver sem amar não é realmente viver.

 

O escândalo do mundo é o que faz a ofensa. Pecar em silêncio não é pecar totalmente.

 

O mal não consiste na manifestação que se faz; o escândalo é que ofende.

 

A estima assenta sempre em qualquer fundo, e não se estima ninguém quando se estima todo o mundo.4

 

Um tolo que não diz palavra não se distingue de um sábio que se cala.

 

Um parvo sábio é mais parvo do que um parvo ignorante.

 

Os erros mais breves são sempre os melhores.

 

É longo o caminho que vai do projeto à coisa.

 

Pensam que é uma tarefa fácil expor algo de cômico diante de uma platéia como esta; de fazer rir pessoas que nos imprimem respeito e que só acham graça do que bem desejam?5

 

Bem alimentado, a minha alma de nada quer saber. E nem os maiores desgostos a conseguem comover.

 

Neste mundo, a virtude é sempre maltratada. Os invejosos morrerão; mas a inveja é poupada.

 

A palavra foi dada ao homem para explicar os seus pensamentos, e assim como os pensamentos são os retratos das coisas, da mesma forma as nossas palavras são retratos dos nossos pensamentos.

 

 

 

Foge a razão perfeita a toda a extremidade, e deve a gente ser sagaz com sobriedade.

 

Quase nos inspira o desejo de pecar os mil e um cuidados para o evitar.

 

Todos os vícios, quando estão na moda, passam por virtudes.6

 

Prefiro um vício cômodo a uma virtude que fatigue.

 

A escola da experiência é a mais educativa.

 

Morre-se apenas uma vez, mas por tanto tempo!7

 

Mais vale morrer conforme as regras do que escapar contra elas.8

 

O desprezo é uma pílula amarga, que se pode engolir, mas que não se pode mastigar sem fazer careta.

 

Quando nos fazemos entender falamos sempre bem.

 

Facilmente nos deixamos enganar por aquilo que amamos.

 

É muito difícil combater uma obra que o público aprova, tanto quanto defender outra que ele condena.

 

Eu prefiro viver dois dias na Terra a mil anos na História.

 

Muitas vezes, o ser humano se casa devido a um brusco desespero; depois, lamenta isto o resto da vida.

 

Se vós me reduzis ao desespero, advirto-vos de que uma mulher, em tal estado, é capaz de tudo.

 

Um marido é um emplastro que cura todos os males das solteiras.

 

As pessoas da sociedade supõem saber tudo sem nada ter aprendido.9

 

Eu vivo de boa sopa; não da linguagem.

 

Esta imprudência terá desfecho feliz?

 

Mudar e mudar de escolhas
diz que é nos homens pensão;
como do álamo as folhas,
reza a trova, os homens são.

 

Não há nenhum que não jure; e as juras leva-as o ar. Querem-se obras, não palavras.

 

Cedo ou tarde, haverão de se unir o bom filho e o Pai mais terno.

 

Ambos sob o mesmo teto!
Onde há sorte mais feliz?
Respirar o teu afeto
não vale mil céus de huris?
10

 

Quando a alguém lisonjeamos,
nem a hipérbole maior
o acordaria do pasmo
em que o lançou, e o retém,
a idéia do entusiasmo
que ele excita em nós.

 

Não há poréns; nunca viste
nesta regra uma exceção.
Nem o mais forte resiste
aos que no fraco lhe dão.
A lisonja mais rasteira,
mais tola e descomunal,
engole-a num ai, e inteira,
e ri do riso geral.
Se a pílula é bem dourada,
e em bom mel ungida vai,
seja embora asselvajada,
engole-se. Com teu pai
o tenho visto, e vou vendo.
Verdade é que este papel,
que eu com ele estou fazendo,
este andar tingindo em mel
mentiras continuamente,
custa ao meu gênio leal.
Mas que remédio? A quem mente
não se há de levar a mal,
se o enganado o precisa,
o agradece, o estima, o quer.
Tens melindres de mulher;
tenho-os eu também, Luísa.
Mas, lhes vou tapando a boca!
Não há remédio, bem vês;
faze como eu: desta vez
dize à lealdade que é louca.

 

Maldito dinheiro! Como és ruim de guardar!

 

Os quatro contos de réis
que ontem cobrei, e enterrei
ali no quintal... Não sei...
O menino dos pastéis
tem cara de ter um faro!
E os moços! Valha-me Deus!
Que farei?

 

Que asneira pensar alto!

 

Não jure; a praga que se atira às vezes ricocheta.

 

Aqui vem o filho pródigo.
Julgo que fui bom causídico,
e fiz a vontade ao código
sem aparato jurídico.

 

E eu quem sou? Onde estou? O que hei de fazer? Que posso?

 

Entremos no labirinto; mas dê-me primeiro o fio.

 

O fio é o conhecimento
do caso, das circunstâncias,
suspeitas, concomitâncias,
do roubo astuto ou violento.

 

A virtude é o primeiro título de nobreza. Eu não presto tanta atenção ao nome desta ou daquela pessoa, mas, antes, aos seus atos.

 

 

 

 

Não há para um crime assim
castigo que igual lhe seja.
Roubar ao pobre de mim
é mais do que roubar igreja.

 

Dinheiro tem tais engodos do que todos que lhe andam à espreita.

 

Um conselho de amigo, e amigo experimentado, não se há de desprezar.

 

Suponho que foi ele... Enfim, suponho porque suponho.

 

Falo verdade; apanho! Encaixo a minha peta; enforcam-me! Que mundo! O diabo és tu, forreta!

 

Odeio essas almas pusilânimes que, por muito preverem conseqüências, nada ousam empreender.

 

Nada vale o mérito que desconhece a bondade.

 

É uma virtude esquecer agravos.

 

Os homens são parecidos em suas promessas. Eles só diferem em seus atos.

 

O amor é um mestre admirável que nos ensina a sermos o que nunca fomos; e, muitas vezes, com as suas lições, os nossos costumes, em um instante, mudam completamente.

 

Os animais não são tão animalescos como se pensa.

 

Escrever é mais ou menos como se prostituir. Primeiro, você faz por amor; depois, a pedido de alguns amigos íntimos; e, por último, para ganhar dinheiro.

 

De todos os barulhos conhecidos, a ópera é o mais caro.

 

Se esta é a sua forma de amor, eu imploro: me odeie.

 

O senhor nos importuna, sem cessar, com certas máximas de bem viver, que gente honesta não deveria nunca seguir.

 

Não há, como dizem, água pior do que a água parada.11

 

Esse crítico zeloso se mete a controlar tudo.

 

Esforcemo-nos por viver em completa inocência.

 

Todo mundo tagarela a propósito de tudo.

 

 

 

Chegou a ponto de se acusar de ter apanhado uma pulga enquanto rezava, e de a ter morto com cólera exagerada.

 

Os bravos verdadeiros não são os que fazem muito barulho.

 

Estranha é a maioria dos homens! A razão para eles tem limites muito estreitos. Ultrapassam esses limites, e, a cada instante, o que há de mais nobre estragam-no muitas vezes por quererem exagerá-lo e levá-lo muito avante.

 

Não conheço nenhuma espécie de herói que mereça mais louvor do que os devotos perfeitos. Nada no mundo existe de mais nobre e de mais belo do que o santo fervor e o zelo verdadeiro. Assim também não sei de nada que seja mais odioso do que a aparência emplastrada de um zelo especioso, do que esses rematados charlatães, do que esses devotos de praça pública, cuja carantonha sacrílega e enganadora ilude impunemente e zomba à vontade daquilo que os mortais têm de mais santo e sagrado; essas pessoas, por terem a alma submissa a certos interesses, fazem da devoção profissão e mercadoria, pretendendo adquirir crédito e dignidade às custas de falsas piscadelas e entusiasmos dissimulados. Estas pessoas, afirmo, que se vêem correr, com ardor pouco comum, ao encalço da fortuna pelo caminho do Céu, que, ardentes e suplicantes, rezam diariamente e pregam o retiro no meio da própria corte, que sabem acomodar o zelo aos vícios, são espertas, vingativas, sem fé e cheias de artifícios...

 

A vaidade não condiz com a piedade.

 

As mulheres, numa palavra, não valem o diabo.

 

Mulher que se submete à vigilância está meio conquistada.

 

As coisas não valem senão aquilo que lhes fazemos valer.

 

Cada vez que indicamos alguém para um cargo, criamos dez inimigos e um ingrato.

 

Oh!, como é bom saber uma ou duas coisinhas!

 

A pessoa deveria se auto-examinar por bastante tempo, antes de pensar em condenar os outros.

 

Quanto mais estimamos o amigo, tanto menos devemos adulá-lo.

 

Sempre escrevo facilmente o primeiro verso. Mas que trabalho para compor os outros!12

 

Suportamos as repreensões, mas não admitimos zombarias. Preferimos ser maus a ser ridículos.

 

Que o céu, em toda a sua bondade, lhe dê, para sempre, a saúde da alma e do corpo, e abençoe os seus dias tanto quanto o deseja o mais humilde entre os que o celeste amor inspira.

 

O ciumento ama com mais intensidade; o outro ama melhor.

 

Quanto maior for o obstáculo, maior será a glória de tê-lo superado.

 

Às vezes, é do casamento que nasce o amor.

 

A beleza do rosto é frágil; é flor de curta duração. A beleza da alma, sim, é firme e segura.

 

A escola do mundo, no ar em que é preciso viver, instrui mais, segundo creio, que qualquer livro.

 

O excesso de rapidez nos expõe ao erro.

 

Um amante deve tentar se dar bem com o cachorro de estimação da casa.

 

 




 

Inspirado em Molière, digo:

 

 

O preconceito é só isto:

uma bozerra-nanica.

E insipiência é um misto:

no mínimo, emburrica.

 

Esse treco de não mudar

A encarnação deve prestar

para subir a Escada.

 

O viver em um arre-burrinho

não deixará absterso.

Vir e regressar bem igualzinho

faz chorar o Universo.

 

Por que tanto remanchear?

Pedir em vez de fazer?

Obrigar nosso céu a esperar?

Perseverar em não-ser?

 

Savez-vous planter les choux

à la mode, à la mode?

à la mode de chez nous.

 

O preconceito é bem isto:

nanismo de cultura.

E ignorância é tal qual cisto:

é podre, mas se cura.

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Jogo de prendas.

2. Nada tenho contra os médicos, muito pelo contrário. Mas eu duvido que alguém se consulte com um e não saia da consulta com algum tipo de doença e uma lista de remédios para tomar. Eu, se fosse médico, receitaria como remédio principal pílulas de alegria a serem ingeridas com água.

3. De vez em quando, sair da linha só um pouquinho é muito bom.

4. Eu entendi o que Molière quis dizer, mas isto não é bem assim.

5. Pois é. Há muita gente que acha que se expressar alegria, estará se contradizendo em suas convicções. Oh!, estupidez sesquipedal!

6. Quando a moda de cheirar pegou, quem não cheirava era careta, como eu, que sempre fui um tremendo caretaço. Farinha? Só pra fazer farofa! O máximo que eu fiz foi fumar um baseado, e isto, já pra lá de burro velho e meio prejudicado.

7. Claro que, de modo geral, não é assim; mas, para alguns poucos é assim mesmo.

 

 

 

 

8. O maior especialista nesta matéria foi Sócrates (469 – 399 a.C.), que admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta), se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte, se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com a justiça da pólis e com seus próprios valores mostra uma valiosa faceta de sua FiloSOPhIa, em especial aquela que é descrita nos diálogos com Críton – um dos diálogos escritos pelo filósofo grego Platão (428/427 – 348/347 a.C.). Neste diálogo, Críton, tenta convencer Sócrates, de quem é discípulo, a fugir da execução de sua sentença de morte. Sócrates discorda e reafirma sentir que deve seguir a razão, (por julgar isto o mais correto) mesmo que esta o leve a morte. No Críton, encontra-se um forte debate acerca da justiça, da doxa (crença comum ou opinião popular) e da episteme (saber verdadeiro), no qual Sócrates defende a posição da razão frente ao discurso do povo (representado por Críton).

 

 

 

 

9. Isto, por outro lado, faz lembrar que, por si, a simplicidade, a humildade e a honestidade, por assim dizer, atraem a Illuminação.

10. Huri = virgem do paraíso maometano que, segundo o Alcorão, deve desposar, na vida extraterrena, os muçulmanos fiéis ao culto.

11. É, mas o dengoso Aedes ægypti não acha.

 

 

 

 

11. Comigo, às vezes, acontece a mesma coisa. Certas vezes, para escrever um poema, levo quase um dia inteiro. O parto de escrever é sempre um pouco dolorido. Por isto, e por outros motivos, todo escritor deve levar em conta esta advertência molieresca:

Senhor, eis que o assunto é delicado:
O fogo da poesia é sempre amado.
A alguém inominável eu disse, um dia,
Falando em poemas de sua autoria,
Que homens de bem deviam se conter
No que concerne à ânsia de escrever;
Que convém controlar a propensão
De expor a diminuta vocação;
E que, ao exibir a obra de arte,
Muitas vezes, do bobo é a nossa parte
.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.dmcoffee.com/GetYourFix/

http://ethxblog.blogspot.com/
2008_03_01_archive.html

http://www.bigoo.ws/Images/gif-skulls

http://www.casaruibarbosa.gov.br/

http://www.farmaciadepensamentos.com/
pautorm09.htm

http://lionel-fischer.blogspot.com/2009/07/
moliere-jean-baptiste-poquelin-1622.html

http://www.ponteiro.com.br/
vf.php?p4=8377

http://www.frazz.com.br/autor/
jean_baptiste_poquelin_o_moliere/1786

http://papodecrianca.wordpress.com/
tag/careca/

http://www.frazz.com.br/
autor/moliere/725

http://www.alashary.org/
frases_celebres_de_moliere/2/

http://www.ronaud.com/frases-pensamentos
-citacoes-de/jean-baptiste-poquelin-moliere

http://frases.netsaber.com.br/
busca_up.php?l=&buscapor=Moliere

http://www.ebooksbrasil.org/
eLibris/avarento.html

http://www.citador.pt/citacoes.php?
cit=1&op=7&author=35&firstrec=0

http://pensador.uol.com.br/autor/Jean_Moliere/2/

http://pensador.uol.com.br/autor/Jean_Moliere/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Doxa

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADton

http://www.gif-picture.com/K/
kaleidoscope/index.php?np=1

http://www.ideachampions.com/weblogs/
archives/creative_thinking/index.shtml

http://pensador.uol.com.br/autor/Moliere/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Moli%C3%A8re

http://pt.wikiquote.org/wiki/Moli%C3%A8re

 

Música de fundo:

Savez-Vous Planter Les Choux

Fonte:

http://www.zikamp3.com/music/04-
savez-vous-planter-les-choux_23f4f1.html