AS MOIRAS

 

Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

 

A Golden Thread

A Golden Thread (1885)
As Moiras com o Fio da Vida
John Melhuish Strudwick (1849 – 1937)

 

 

Na mitologia grega, as Moiras eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as Moiras faziam uso da Roda da Fortuna, que era o tear utilizado para tecer os fios. As voltas da Roda posicionavam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se, assim, os períodos de boa ou de má sorte de todos. As três Deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmesis e as Erínias. Pertenciam à primeira geração divina (os Deuses Primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deusas e de homens.

 

As Moiras eram filhas de Nix (ou de Zeus e Têmis). Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada (atribuída a Homero, que viveu por volta do século VIII a.C, na Jônia), representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisséia (presumidamente escrita também por Homero) aparecem as fiandeiras. O mito grego predominou entre os romanos a tal ponto que os nomes das divindades acabaram caindo em desuso. Entre eles, tinham as funções de presidir a gestação (e o nascimento), o crescimento (e o desenvolvimento) e o final da vida (a morte). Entretanto, esta regência era apenas sobre os humanos.

 

Os poetas da Antigüidade descreviam as Moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas.

 

As três Moiras eram:

Cloto (do grego, fiandeira) fiava o fio da vida. Originariamente, era a deusa do nono mês da gravidez. Seu equivalente romano era Nona.

Láquesis (do grego, distributriz) media o fio da vida concedido a cada pessoa com sua vara de medir. Seu equivalente romano era Décima.

Átropos (do grego, inflexível; literalmente a que não muda de direção) era quem cortava o Fio da Vida (o Cordão Prateado). Ela escolhia o momento e a maneira da morte de cada pessoa. Quando ela cortava o Fio com sua abominável tesoura, alguém morria na Terra. Seu equivalente romano era Morta.

 

Curiosidade:

 

Surucucu

Surucucu

 

Láquesis é a designação comum das serpentes do gênero Lachesis, como, por exemplo, a Lachesis muta, conhecida vulgarmente como Surucucu (Surucutinga, Surucucutinga, Surucucu-de-fogo, Surucucu-pico-de-jaca e Cobra-topete) – a maior víbora peçonhenta das Américas, extremamente agressiva, com presas de 3,5 cm e podendo alcançar até 4 metros de comprimento. Um remédio muito usado em Homeopatia é o Lachesis trigonocephalus, fabricado a partir do veneno da víbora Surucucu e utilizado na cura de diversos distúrbios, como, por exemplo, hiperexcitabilidade sexual, promiscuidade, ciúmes, medo de ser envenenado, ansiedade e depressão pela manhã, anormalidade psíquico-religiosa, sensação de culpa, ilusão de ter cometido um crime, transtorno afetivo bipolar, sentimento de inferioridade, reações histéricas por pequenas coisas, ondas de calor (de baixo para cima), desmaios durante o climatério, desejo de farináceos, ostras e álcool, otite do lado esquerdo, alergias com asma, deglutição difícil, sensibilidade ao toque ou à pressão das roupas, hemorróidas, cálculo renal, angina pectoris, herpes-zóster no lado esquerdo, ciática do lado direito, sensação de sufocação etc.

 

Fontes de consulta:

http://incansaveis.blogspot.com/2011/06/
serie-animais-barasileiros-32-surucucu.html

http://www.diasdacruz.com.br/

http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Moiras

http://www.artmagick.com/pictures/artist.
aspx?artist=john-melhuish-strudwick

http://pt.wikipedia.org/wiki/Moiras

 

 

 

 

 

Explicação Conjuntural

 

 

 

O homem sempre bolou explicações

para suas interrogações.

À espera das calendas,

vai parindo zilhões de fabelas e lendas.

 

O homem sempre necessitou crer

em um Prodigioso Ser

– Pai e Divino Criador –

ora galardoador, ora admoestador.

 

E assim, o homem, meio babece,

alquebrado permanece.

Quando calha, é feliz;

quando não, pendula e é malfeliz.

 

 

 

 

 

A Prisão Pendular da Insciência

 

 

Música de fundo:

That's Life
Composição: Dean Kay & Kelly Gordon
Interpretação: Bono

Fonte:

http://www.mediafire.com/?tyqoyyyzizc

 

Página da Internet consultada:

http://www.cynet.com/jesus/PROPHECY/Crucifixion.htm

 

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