MODERADAMENTE

 

 

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

A comunidade que vive em Shangri-Lá se permite ser moderadamente herética. [In: Horizonte Perdido (Lost Horizon), um romance publicado em 1933 e escrito pelo autor britânico James Hilton.]

 

 

Superbusílis

 

 

Aí é que mora o superbusílis:
o que é ser moderadamente heterodoxo?
E
o que é ser moderadamente espiritualista?
E moderadamente religioso?
E moderadamente crente?
Moderadamente obedecente?
Moderadamente piedoso?
Moderadamente misericordioso?
Moderadamente digno?
Moderadamente justo?
Moderadamente honesto?
Moderadamente verdadeiro?
Moderadamente corajoso?
Moderadamente despreconceituoso?
Moderadamente leal?
Moderadamente patriota?
Moderadamente fraterno?
Moderadamente desapegado?
Moderadamente sei lá mais o quê?

A moderação (ou temperança) é a virtude
de conseguir permanecer em equilíbrio na exata medida.
É a virtude de ser comedido, continente,
consistente, pertinente, prudente, previdente.
É a virtude de ser sensato, avisado e equilibrado.
É o afastamento de todo e qualquer excesso.
É tentar encontrar o meio-termo nas coisas.
Mas, penso que tudo depende do
da moderação,
e eu nem sei direito como é possível,
para Certas Coisas,
essa história de
permanecer equilibrado sempre na exata medida
,
nem, muito menos, como ess
e treco pode funcionar a contento.
O pior é quando a moderação importa em covardia,
em submissão, em aceitação e em subalternidade.
Neste caso, a moderação se transforma, sim, em hediondez.

 

                                          

     Não pode haver moderação com abusões, invasões, anexações, destruições,
execuções, imolações, opressões, violações, sujeições, seqüestrações...

 

 

 

 

Bem, seja como for, fora do âmbito da geopolítica,
que, na atualidade, como todo mundo sabe, está de pernas para o ar,
uma coisa eu sei muito direitinho:
é impossível ser moderadamente
ou, dito de outra forma,
é impossível ser um moderado.
Por quê? Porque há concessões e transigências
que não podem ser feitas nem são permitidas ou admitidas.

, Iniciaticamente, não comporta compactuação,
o que não significa perder as estribeiras nem ficar desnorteado.
Tudo será compensado; tudo será ajustado.

 

 

Deusa Maat
Tudo será compensado; tudo será ajustado.
(Animação Meramente Simbólica)

 

Observação:

Na Antiga Religião Egípcia, Maat ou Ma'at era a Deusa da Verdade, da Justiça, da Retidão e da Ordem. Era a Deusa responsável pela manutenção da Ordem Cósmica e Social, esposa de Toth (Deus Egípcio da Lua, do Conhecimento, da Sabedoria, da Escrita, da Música e da Magia Cerimonial). Maat era representada como uma jovem mulher ostentando uma pluma de avestruz na cabeça, a qual era pesada contra o coração (personalidade-alma) do morto no Julgamento de Osíris. Maat assegurava o Equilíbrio Cósmico, e era graças a Ela que o mundo funcionava perfeitamente. Ela era a Luz que trazia Ra ao mundo.

 

 

 

 

Música de fundo:

Gavotte (Le Temple de la Gloire)
Composição: Jean-Philippe Rameau
Interpretação: Liz Galpin, Connie Jahmarkt, Anne Lackey & Susan Morris; arranjo: Irma Clarke

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=ZfiM-i2jUws

 

Páginas da Internet consultadas:

https://openclipart.org/detail/29060/ugly-skull

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maat

https://pt.pngtree.com/

https://gifer.com/en/TEib

https://giphy.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Baltasar_Graci%C3%A1n

ttps://stock.adobe.com/br/search?k=aristoteles

https://antologiatextosgrecs.wordpress.com/2020/08/05/focilides-de-mileto/

 

Direitos autorais:

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