OS MISTÉRIOS

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Tradição não significa os vivos estarem mortos, senão os mortos estarem vivos. (Gilbert Keith Chesterton).

 

A tradição é a ilusão da permanência. (Woody Allen).

 

Os homens fazem a sua própria história, mas, não o fazem como querem. Como um pesadelo [sem-fim], a tradição de todas as gerações mortas oprime o cérebro dos vivos. (Karl Marx).

 

Tudo quanto nós próprios descobrimos ou voltamos a descobrir são verdades vivas; a tradição convida-nos a aceitar somente os cadáveres da verdade. (André Paul Guillaume Gide). [Não quero corrigir o André, mas, se eu tivesse feito esta sentença, ao invés de cadáveres da verdade eu teria escrito cadáveres das mentiras.]

 

Não aceites aquilo que ouves relatar, não aceites a tradição, não aceites uma afirmação só porque está nos nossos livros, nem porque está de acordo com tua crença, nem porque foi dita pelo teu mestre. Sê uma lâmpada para ti mesmo [e para o teu irmão]. (O Senhor Buddha).

 

A tradição é a personalidade dos imbecis. (Albert Einstein). [Também não quero corrigir o Einstein, mas, para mim, a tradição é a personalidade dos cativos. Quem se liberta não deixa, propriamente, de ser imbecil, mas, sim, de ser prisioneiro do – o Plexo Solar, inferno pessoal de todos nós.]

 

Uma mania...
Eu-nó!
Uma desalegria...
Eu-só!
Uma mais-valia...
Eu-pó!
Uma abadia...
Eu-xó!
Uma relíquia...
Eu-wo!
Uma Alforria...
Eu-oh! (Rodolfo Pizzinga).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os Mistérios foram ocultados por muitos séculos e ainda estão ocultos porque os seres-humanos-aí-no-mundo (ainda) não se libertaram da tradição, da autoridade imposta e das superstições. Portanto, só terá acesso aos Mistérios aquele que tenha se preparado por meio de uma purificação prolongada e completa de si mesmo. Temos que ser livres, antes de podermos participar dos Mistérios. (In: A Maçonaria Como Valor Espiritual, publicado em 1932 por Alice Ann Bailey).

 

 

 

 

 

 

u queria conhecer os Mistérios,

mas, supersticionava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, tradicionalizava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, descolorizava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, me ajoelhava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, ultramontanizava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, servilizava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, demonizava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, conspirava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, adulterava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, 'beija-mãozava'.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, falsificava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, insuflava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, desonrava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, pedinchava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, fidelizava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, plexo-solarizava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, esquerdeava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, criticava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, injuriava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, ameaçava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, subjugava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, interditava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, anegralhava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, malversava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, mensalãozava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, petrolãozava.

 

 

 

 

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, me encagaçava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, cagüetava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, atrapalhava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, praguejava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, intolerava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, preconceituava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, invejava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, apocopava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, sobrevaliava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, machucava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, torturava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, muralhava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, xenofobiava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, não me esforçava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, não batalhava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, me abaixava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, embruxava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, não mudava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, só dormitava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, só sacaneava.

Eu queria conhecer os Mistérios,

mas, só me aviltava.

Morri sem conhecer os Mistérios!

Nunca rompi a aldrava.

 

 

 

 

O tempo passou. Reencarnei.

Implodi a velha socava.

Mas, só acessei os Mistérios

quando a trava arrombei.

Aí, não fui mais a cemitérios,

pois, a vida escrava mudei.

E fui comutando os deletérios.

E, devagar, ascensionei.

Hoje, ajudo probos e galdérios,

para que conheçam a Lei,

cheguem ao fim seus adultérios

e possam dizer: – Eu sei!

 

 

 

É isto o que todos nós precisamos fazer!

 

 

 

Música de fundo:

The Lake House Mystery

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=mTW7y60u5kk

 

Páginas da Internet consultadas:

http://gifgifs.com/split/35108/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chacra

http://www.citador.pt/

https://www.pensador.com/

https://www.vecteezy.com/free-vector/skull

http://pt.coolclips.com/

https://giphy.com/

http://glee.wikia.com/wiki/Glee_TV_Show_Wiki

https://giphy.com/stickers/computer-faAzB59oEE3VC

 

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