Fragmentos
O
pólo oposto
da ilusão é a Intuição. A Intuição
é o reconhecimento da realidade, que só se tornará
possível quando a miragem e a ilusão desaparecerem.
Tanto
delírio, tanta ilusão...
Oh!, quanta decepção!
Tantas idas, tantas vindas...
Oh!, quantas berlindas!
Tanto
quixó, tanto alçapão...
Oh!, quanta desilusão!
Tantas dores, tantas tristezas...
Oh!, quantas incertezas!
Tanta
falácia, tanta abjeção...
Oh!, quanta retrogressão!
Tantos sobes,
tantos desces...
Oh!, quantos convalesces!
Um
dia, em meio a tudo isto,
ilícito virou impermisto!
Meu não-ser se ajustou à Lei;
agora, Eu-sou meu Rei!
Se
isto amanheceu comigo,
vale para você, amigo!
Não espere, faça sua Hora;
venha, vamos embora!
Não
espere, faça a Hora;
venha, é já, é agora!
Não durma! Não esmoreça!
Lute! Faça!
Mereça!1
Sempre,
depois de uma Intuição Superior, a vida nunca mais voltará
a ser exatamente a mesma. Por isto, toda luta pela compreensão é
justificada.
Processos
peculiares empregados pelos Aspirantes,
Discípulos
e Iniciados:
•
Aspirantes –›
Senda da Provação –›
Concentração –›
Luta pela Libertação de Mâyâ;
•
Discípulos –›
Senda do Discipulado –›
Meditação –›
Luta
pela Libertação da Miragem;
e
•
Iniciados –›
Senda da Iniciação
–›
Contemplação
–›
Luta
pela Libertação da Ilusão.
A
luta pela libertação de mâyâ,
da
miragem e da
ilusão (deformações
+
distorções) deverá unir os esforços do eu inferior
e do Eu Superior (Homem Sutil Interno)
—›
Intuição +
desenvolvimento da discriminação.
Geralmente,
os discípulos na Senda do
Discipulado alternam momentos
de imersão na miragem com instantes fugazes de claridade e de visão.
Todos
os seres humanos estão circundados por um oceano de ilusões,
como resultado:
•
de seu próprio passado, de seu pensamento errôneo, dos seus
desejos egoístas e a da má interpretação do
propósito da vida, pois, não há uma organização
concertada do corpo mental;
•
da "vida de desejo" – passada e presente – das suas
famílias, que se torna cada vez mais poderosa à medida que
transcorre a evolução (características psicológicas);
•
das miragens e ilusões nacionais; e
•
de uma extensão das miragens e ilusões nacionais para incluir
as miragens raciais muito antigas, que tratan de reter a consciência
da Humanidade no plano astral.2
Combater
a Miragem e a Ilusão
Destruir o Oceano de Formas Mentais Sufocantes, Difusas e Envolventes.
Poderia
se dizer que o corpo astral de uma pessoa passa a ter existência
como parte da miragem mundial geral; para o ser humano, é
difícil diferenciar entre o seu próprio corpo astral
e as miragens que o afetam, que o impulsionam e que o submergem.
—
Adoro
minhas miragens astrais atlantes;
sem elas, eu seria um zé-ninguém-bulhufas!
|
Para
dissipar e desagregar as miragens, temos que fazer duas coisas: 1ª
– permanecer no Ser Espiritual; e 2ª –
manter a mente firme na LLuz.
Miragens
que escravizam o ser humano:
• miragens da encruzilhada materialista (problemas econômicos,
interesses monetários, escravidão ao dinheiro e amor aos bens
ao luar);
• miragens do sentimentalismo;
• miragens devocionais;
• miragens dos pares de opostos; e
• miragens da Senda.
O
que é desnecessário para a expressão correta da Divindade
[em nós]
e de uma vida plena e rica pode ser obtido e possuído, mas, unicamente
à custa de perdermos o mais real e da negação do essencial.
Quanto a isto, não devemos esquecer que o necessário varia
de acordo com o estágio de evolução alcançado
pelo indivíduo.3
Seremos
duramente responsabilizados por nossos julgamentos. Tenhamos isto em mente,
e não nos metamos a ser juízes de nada nem de ninguém.
Experiência
[Interior]
do Deserto:4
Percepção Místico-Iniciática de quão
pouco é necessário para se levar uma vida plena, adquirir
experiência e alcançar a verdadeira felicidade. Precisamos
aprender a caminhar no deserto, reajustar nossas vidae, cambiar o modo de
existir e viver a vida da mente!
Tão-somente
quando o homem permanecer de mãos vazias e adquirir um novo padrão
de valores [mais-valia
—› zero] irá recuperar o direito
à propriedade e à posse. Quando o homem não tiver mais
desejos e não procurar nada exclusivamente para seu ego separado,
recuperará, então, a responsabilidade real pelos bens materiais.
O
Amor da [personalidade-]alma
(que não se personaliza nem tenciona ser reconhecido) é livre
em si-mesmo. Servir [ou amar]
esperando receber afeto recíproco não é
Amor verdadeiro e desinteressado nem Altruísmo filantrópico
e abnegado. Isto é miragem aprisionadora e obstaculizante!
O
mundo de sentimentos é parte da Grande Heresia da Separatividade.
Um
dos fracassos do discípulo deriva do orgulho, que costuma estar matizado
com o complexo de salvador-servidor do mundo.5
Somente
através da Raja Yoga [desenvolvimento
e controle da mente] poderá um homem permanecer
firme na LLuz, e só através da Illuminação e
de uma visão clara poderá
eventualmente
dissipar as névoas e os miasmas das miragens
por ele produzidos, como as sombras da Terra são dispersadas pelo
Sol nascente.
A
Intuição (poder da Razão Pura que dissipa, rechaça
e elimina as ilusões) é a Chave Silenciosa para a Libertação.
A LLuz brilhará! A Illuminação virá! Para todos!
As
miragens só se dissiparão quando já não houver
mais crítica, separatividade e orgulho.
Antes
de invocarmos o auxílio da [personalidade-]alma
[ou
de solicitarmos qualquer outro tipo de ajuda],
deveremos empregar a mente de forma correta e lutar para submeter a nossa
natureza astral-emocional. Uma advertência para se levar em conta:
invocar a [personalidade-]alma
a fim de dissipar a ilusão poderá levar (e muitas vezes leva)
à intensificação da dificuldade.6
Haverá
miragem sempre que houver: 1º) crítica injustificada e irrresponsável;7
2º) orgulho pelo realizado ou admiração pelo próprio
mérito por ser um discípulo; e 3º) qualquer sentimento
de superioridade ou tendência separatista.
De
maneira geral, mâyâ – miragem +
ilusão –
[palavra
sânscrita que deriva da contração de mâ,
que significa medir, marcar, formar, construir, e yâ,
que significa aquilo] só é experimentada
quando já se está trilhando a Senda, seja a Senda
de Provação [na
qual são postas à prova a nossa a força moral e as
nossas convicções], seja a Senda
de Purificação.
Mâyâ,
predominantemente, é uma dificuldade do corpo etérico, mas,
é uma decepção para a [personalidade-]alma.
Os
três instrumentos ou recursos para combater mâyâ
são: Intuição, Inspiração
e Illuminação.
A
Guerra Mundial [de
1914 a 1945], com todos os seus horrores, impôs
um tremendo teste e uma formidável disciplina, resultando na entrada
na
Senda
de Provação
de um grande número de seres humanos, por causa da expiação
e da purificação a que as pessoas foram submetidas.8
Egolatricamente,
o neófito tende a pensar só
em si mesmo, em suas provações e em
suas experiências individuais. Todavia,
deveria aprender a pensar nos acontecimentos globais.
Correta
Atividade
—› Senda de Retorno
= Coordenação
Física +
Orientação Astral +
Direção Mental +
Alinhamento do Ego.
Processos |
Analogias |
Obstáculos |
Coordenação
Física |
Reino
Mineral |
Mâyâ |
Orientação
Astral |
Reino
Vegetal |
Miragem |
Direção
Mental |
Reino
Animal |
Ilusão |
Alinhamento
do Ego |
|
Morador
do Umbral |
O
desenvolvimento da Consciência Divina começa tenuemente no
Reino Mineral.
No Reino Vegetal, inicia a expressão
da [personalidade-]alma.
A manifestação do Cristo principia no Reino Animal, o qual
trabalha para alcançar a individualização.
E a Glória de Deus é o objetivo que tem ante si a Humanidade.
O
Morador do (ou no) Umbral pode ser definido como a soma total das forças
(físicas e mentais) da natureza inferior que se expressam no ego
antes da Inspiração, da Iniciação e da Illuminação,
que, no transcurso das épocas, foram cuidadosamente desenvolvidas
e alimentadas pelo homem [desejos,
cobiças e paixões].
O aspirante, portanto,
à medida que avança para a LLuz e para a LLibertação,
terá de enfrentar três pares de opostos:
•
no Plano Físico: o denso e o etérico
—›
Senda da Purificação;
•
no Plano Astral: as conhecidas dualidades
—›
Senda do Discipulado; e
•
no Plano Mental: o Anjo e o Morador
do Umbral
—›
Senda da Iniciação.
Raios:
•
Raios que regem o corpo mental .......................
1, 4 e 5;
•
Raios que regem
o corpo astral ......................... 2 e 6; e
•
Raios que reged
o corpo físico ........................... 3 e 7.
A
Unidade contém o segredo que liberta das decepções.
Se
não houvesse dualidade, não haveria miragem.
Dualìtas
Horribìle Visu
Sentido
de Dualidade —›
Reconhecimento da Diversidade
—›
Processo de União
—›
Unificação.
Muito
cuidado! A apreensão de uma verdade [relativa]
e a visão do caminho imediato
a seguir poderão produzir, temporariamente, uma
miragem astral (debilidade ilusória), traduzida por sentimentos de
satisfação, de segurança, de poder e de resultado final
a ser alcançado, tendo que tornar o homem, afinal, em Arjuna em um
campo de batalha (esotericamente, Experiência
de Arjuna).9
A
Experiência
de Arjuna pode ser subdividida em duas etapas:
1ª) Incerteza de Arjuna; e 2ª) Reconhecimento (pelo Raja Yoga)
dos pares de opostos e Liberação de Arjuna.
[Personalidade-]alma
—›
Verdadeiro Homem Espiritual, que não se identifica com qualquer dos
opostos, mas, permanece livre no Caminho Illuminado do Meio.
Arjuna
nasce desejando ser rico, abastado,
para contentar tão-somente seu Quadrado.
Entretanto, reconhece que isto é alucinante,
e que o necessário é mais do que bastante.
Meta:
Apre[e]nder
a distinguir entre a Verdade [Relativa]
e as verdades [fabricadas],
o conhecimento [do dia-a-dia]
e a Eterna Sabedoria [ShOPhIa],
a Realidade [Atualidade
Cósmica] e a ilusão
[+ miragens + mâyâ].
Isto superado
—› desenvolvimento
da Intuição
—› Terceira Iniciação
—›
sensação de Unificação. Resumindo:
crise da dualidade
—›
relativa Unidade. Tudo
se resume ao esforço humano em deixar de se identificar com as experiências
objetivo-astrais inferiores e reconhecer o Homem Real e Verdadeiro [em
nosso interior].
As
Três Capacidades
Discriminativas Fundamentais: 1ª) manejar a Força; 2ª)
encontrar o Caminho do Meio entre
os pares de opostos (nos planos físico, astral e mental inferior);
e 3ª) usar a Intuição [que
abre a Porta da Eterna Presença].
Para
que o Iniciado possa receber as Três Iniciações Finais,
a entidade inferior (Morador do Umbral)
deverá ter sido obscurecida
na LLuz ou ter desaparecido dentro da Radiação.10
Continua...