Fragmentos
Miasmas
[exalações
pútridas] e emanações insalubres
vêm sendo produzidos, durante milhões de anos, pelas massas
humanas.
Terra
Miasmática
Oh!,
Terra de tantos amores!
Oh!, Terra-escola abençoada!
Por que te tornamos tão abandalhada?
Oh!,
Terra: releva nossa insânia!
Nós vivemos em permanente cizânia!
É a nossa herança antiqüíssima1
que nos faz não enxergar coisíssima.2
Tudo
o que aparece e acontece é devido ao movimento, à mudança
e à interatuação constante da(s) Força(s).
Pelo
alinhamento e conseqüente contato, é despertada, evocada e empregada
a Intuição, sendo o grande agente dissipador que desce do
plano da intuição (o plano búdico), através
da [personalidade-]alma
e do cérebro, ao Coração do Discípulo.
Pelo
alinhamento e conseqüente contato, é
despertada, evocada e empregada a Energia da [personalidade-]alma,
sendo o grande agente dissipador
que desce dos níveis de alma (níveis superiores do plano mental),
por meio da mente ao cérebro do Discípulo, Illuminando o plano
astral.
Meta:
Escuridão +
Confusão —›
Illuminação
+
Harmonização.
Cada
um de nós deve aprender e saber direitinho em que ponto está
na Estrada, antes de dar o próximo e necessário passo em frente.
A isto se poderia denominar de um incipiente domínio da vida.
Pela
Estrada afora,
com todos, eu vou,
lidando para, um dia,
poder dizer:
— Eu-sou!
O
Discípulo sempre é a vítima da miragem e da ilusão,
mas, é também o
dissipador [–
o Lapis Philosophorum
da Transmutação].
O
mais dramático nisto tudo é que muitas pessoas boas não
percebem suas miragens e ilusões, e as deificam, considerando-as
possessões arduamente conquistadas.3
A
ilusão do poder, geralmente,
é individual.
A miragem da autoridade,
geralmente,
é coletiva e estandardizante, fomentando o sentimento de temor. Um
exemplo disto foi a inquisição.4
Ser
livre significa permanecer na clara e límpida Luz da [personalidade-]alma,
que, básica e intrinsecamente, é consciência grupal.
As
Seis Regras Simbólicas do Caminho:
1ª)
O Caminho deverá ser percorrido à luz do dia, e, em cada volta
do Caminho, o peregrino haverá de se enfrentar a si-mesmo;
2ª)
No Caminho, o que estiver oculto será revelado, e cada um conhecerá
e verá as vilanias do outro;
3ª)
O Caminho não será percorrido sozinho; ninguém caminha
só. Também não deverá haver pressa nem urgência;
4ª)
Em sua jornada, três coisas o peregrino deverá evitar: 1ª)
usar um chapéu ou um véu que oculte seu rosto; 2ª) transportar
um cântaro que contenha água apenas para suas próprias
necessidades: e 3ª) levar um bastão sem forquilha;
5ª)
No Caminho, cada peregrino deverá levar consigo apenas o necessário:
um braseiro para aquecer seus semelhantes, uma Lâmpada para Illuminar
o seu Coração e mostrar aos seus semelhantes a natureza da
sua Vida Oculta e uma bolsa com ouro, que não deve ser espalhado
pelo Caminho, mas, compartilhado com os demais; e
6ª)
Ao percorrer o Caminho, o peregrino deverá ter o Ouvido Atento, a
Mão Generosa, a Linguagem Silenciosa, o Coração Casto,
a Voz Áurea, o Pé Leve e o Olho-que-Vê-a-Luz Aberto.
Ele sabe que não caminha sozinho.
Qualquer
ênfase posta no ego poderá facilmente desfigurar a Luz Pura
da [personalidade-]alma,
que tenta afluir para o eu inferior. Esta afluência e este brilho
devem ser eventos espontâneos e carecer de toda auto-referência.
A
ilusão [teológico-religiosa]
se tornou conjunturalmente poderosa, muito mais do que deveria, pelo esforço
feito por muitos idealistas devotos no sentido de impor formas de pensamento
distorcidas sobre os corpos mentais das massas.
Tecnicamente,
a palavra mâyâ deveria ser usada apenas em dois
casos: 1º) quando se tratar de miragem e ilusão unidas; e 2º)
quando se tratar das limitações do Logos Planetário
do nosso Planeta.
A
forma
mais poderosa de dissipar o processo de miragem (antigos
e distorcedores
miasmas emocionais) é entender a necessidade de agir estritamente
como um canal para a energia da [personalidade-]alma
(alinhamento correto e conseqüente contato com ela).
O
Morador do Umbral não emerge das brumas da ilusão e da miragem,
até que o Discípulo se aproxime do Portal da Vida. Somente
quando puder perceber fracos
vislumbres do Portal da Iniciação e um flash
ocasional da Luz do Anjo da Presença – que permanece em expectativa
perto do Portal
–
poderá enfrentar o Princípio da Dualidade,
personificado pelo Morador do
Umbral e pelo Anjo.
Os
reinos subumanos da Natureza estão livres da ilusão e da miragem,
porém, estão imersos no mundo de mâyâ.
No
caso dos seres humanos, o imbróglio mental (geralmente, derivado
da falta de conhecimento, de
opiniões diferentes e conflitantes,
das miragens, das incompreensões, das confusões psicológicas,
da predominância dos poderes psíquicos menores e de muitas
outras formas de ilusão mundana) não poderá ser devidamente
enfrentado ou ultrapassado até que o homem tenha:
• transferido para o plano mental o foco de sua consciência;
• definitivamente se esforçado para prestar um serviço
voluntário, solidário e consolativo inteligente;
• feito o alinhamento consciente com a sua [personalidade-]alma;
e
• recebido a Primeira Iniciação.
Ilusão
Miasma fenomênico no
qual atua a Humanidade.
As
quatro Notas-chave para a solução da miragem são: Intuição,
Illuminação, Inspiração e o Anjo da Presença.
A
ilusão pode ser entendida como uma reação da mente
indisciplinada ao mundo das idéias, que chegam ao ente parcial e
fragmentariamente.
Os
seis passos percorridos por uma idéia do plano da intuição
ao cérebro:
1º
– A idéia é percebida ou sentida pela mente;
2º
– Desce aos níveis superiores do plano mental, e, ali, se reveste
com a substância destes níveis; todavia, do ângulo da
mente inferior, permanece como uma abstração;
3º
– A [personalidade-]alma
lança sua Luz... e a idéia, nebulosa e tênue, emerge
na consciência do homem;
4º
– A idéia revelada se torna, então, um ideal... e sua
corporificação acaba se transformando em incipiente ilusão;
5º
– ... Colorização e distorção (a Pura
Luz é convertida em luz matizada e instável); e
6º
– Ilusão consolidada (basicamente, por percepção
equivocada de uma idéia, por interpretação equivocada
de uma idéia, por apropriação equivocada de uma idéia
devido à auto-afirmação do eu inferior, por orientação
equivocada de uma idéia, por integração equivocada
de uma idéia, por corporificação equivocada de uma
idéia e por aplicação equivocada de uma idéia5).
Os
aspirantes devem aprender a distinguir entre:
• Uma idéia e um ideal;
• O corporificado, o que está em processo de se corporificar
e o que aguarda desintegração;
• O que é construtivo e o que é destrutivo;
• Formas e idéias antigas e novas;
• Idéias e formas de Raio à medida que colorem as apresentações
superiores;
• Idéias e formas mentais que foram criadas intencionalmente
pela Hierarquia e as fabricadas pela Humanidade; e
• Formas mentais raciais e idéias grupais.
O
pecado por excelência dos indivíduos do tipo mental é
o orgulho.
As
idéias não pertencem a ninguém, mas, derivando do plano
da intuição, são dádivas e possessões
universais, e não propriedade de uma mente exclusiva. Na verdade,
conquistas e usufrutos pessoais não existem. Atribuir a uma percepção
à própria sabedoria ou ao próprio poder é a
ilusão que precisa ser desmistificada. Portanto, é: desmistificação
ou prisão.6
As
idéias, raríssimas vezes,
chegam à consciência mundial e à mente humana diretamente
dos níveis intuitivos. O atual estágio de desenvolvimento
humano ainda não permite que isto ocorra generalizadamente. As
idéias só poderão vir dos níveis
intuitivos quando houver: um contato
altamente desenvolvido e concertado do ego com a [personalidade-]alma,
um poderoso controle da mente, uma inteligência treinada, um corpo
emocional
purificado e um bom equipamento glandular
– como conseqüência dos requisitos acima.
De
tudo o que estudamos até aqui, podemos, parcialmente, concluir que
o problema todo reside em não vermos o panorama tal como ele realmente
é. Nosso horizonte é limitado e nossa visão é
míope.7
Aforismo
Hindu
Melhor
é o próprio dharma
do que o dharma de outro.
|
O
corpo astral (somatório dos desejos, das cobiças
e das paixões do homem encarnado) é uma ilusão!
Quando
forem superadas a ilusão e a miragem, o corpo astral se desvanecerá
da consciência humana. Não haverá mais nenhum desejo,
nenhuma cobiça e nenhuma paixão. Kama-manas (desejo[-cobiça-paixão]-mente)
desaparecerá, e, então, se considera que o homem consiste
essencialmente de [personalidade-]alma–mente–cérebro,
detro da natureza corpórea.
Conscientemente,
devemos: eliminar eliminando, dominar
dominando e realizar
realizando.9