O Ocultista não acredita em milagres, sejam divinos, sejam satânicos. Para um Ocultista não existem santos, bruxos, profetas ou áugures. O Ocultista, ao rejeitar qualquer visão unilateral, deseja servir à Verdade e somente à Verdade. O estudante de Ocultismo não professa qualquer religião, embora tenha o dever de respeitar toda fé e toda crença, para se tornar um seguidor da Boa Lei. Ele não está sujeito aos preconceitos e às opiniões sectárias de ninguém; forma suas próprias convicções e formula seus julgamentos, de acordo com as regras de verificação fornecidas pela Ciência à qual se dedica. O estudante de Ocultismo não agasalha os sonhos dos fanáticos nem os dogmas teológicos calculados. Portanto, o estudante de Ocultismo não admite os chamados milagres, em seu sentido teológico, ou seja, como um evento contrário às Leis da Natureza; ele os considera um desvio, sim, das leis conhecidas até hoje, o que é uma coisa completamente diferente. [O que tudo isto quer dizer? Simplesmente, que a admissibilidade de milagres é o tributo que a ignorância paga ao desconhecimento das Leis Cósmicas que operam por trás dos milagres e produzem os milagres. Há 100 anos, um smartphone teria sido considerado um milagre.] [In: A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky.]

 

 

 

 

 

A transformação da água em vinho,

a cura do filho de um oficial do rei,

a cura de um paralítico de Betesda,

as pescas maravilhosas,

a libertação do endemoniado de Cafarnaum,

a cura da sogra de Pedro,

a cura de um leproso,

a cura do paralítico de Cafarnaum,

a cura da mão ressequida,

a cura do criado do centurião,

a ressurreição do filho da viúva de Naim,

a cura de um endemoniado cego e mudo,

a acalmação da tempestade,

a ressurreição da filha de Jairo,

a cura de dois cegos,

a cura do mudo endemoniado,

as multiplicações dos pães,

o passeio sobre as águas,

a cura da filha da mulher Cananéia,

a cura de um surdo e gago de Decápolis,

a cura de um cego de Betsaida,

a cura do jovem possesso,

a cura de um cego de nascença

e outros episódios maravilhosos relatados na Bíblia

– se aconteceram da forma como estão narrados,

porque o Novo Testamento e os Atos

estão repletos de lendas artificiais e de toscas tradições –

não foram milagres fora do comum

nem acontecimentos inexplicáveis pelas Leis Naturais,

porque milagres nunca existiram,

não existem e jamais poderão existir.

Não há poder no Unimultiverso

que altere, desvirtue, deturpe ou adultere

as Leis Universais estabelecidas.

Se isto acontecesse e fosse possível,

a ordem cósmica se transformaria em caos,

o caos destruiria o Unimultiverso

e o Unimultiverso nunca mais se recomporia,

o que é um absurdo inimaginável,

impossível até de ser exibido em um filme de horror.

Sempre há uma Lei Cósmica em operação

regulando qualquer fato, evento ou ocorrência.

A admissibilidade de milagres

é o tributo que o nosso apedeutismo delirante paga

pelo desconhecimento das Leis Cósmicas

que operam por trás dos ditos milagres

e produzem os ditos milagres.

Foi isto o que o Mestre Jesus afirmou,

por sinal muito mal traduzido na Bíblia,

e que, em uma interpretação livre,

significa mais ou menos isto:

— Aquele que aprender e souber como fazer

fará trabalhos maiores do que estes.

Enfim, quem sabe como fazer faz;

quem não sabe crê em milagres,

geralmente urdidos por sacanocratas

falazes, pérfidos e mal-intencionados.

 

 

 

Como uma coisa destas pode ser possível?