MERDOLÊNCIAS

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Investigar requer mente equilibrada e sã, e que, por conseguinte, não se deixe persuadir por opiniões, próprias ou alheias e, neste sentido, seja capaz de ver as coisas com toda a clareza, em cada minuto de seu movimento, de seu fluir. Investigar requer também compreensão tanto da Natureza quanto do significado do medo, porque a mente que, em qualquer de seus níveis, sente medo, é obviamente incapaz do rápido movimento que exige o ato investigar. Enfim, não é livre o espírito que está sob o peso da tradição e da autoridade. Terá que transcender a civilização e a cultura, porque só então será capaz de investigar e de descobrir a Verdade [ainda que relativa]; do contrário, só terá inumeráveis teorias a respeito da Verdade. O ato de descobrir exige um espírito totalmente livre da autoridade [de qualquer tipo de autoridade] e, portanto, do medo [de qualquer tipo de medo]. [In: A Suprema Realização, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

Esquizofrenia

Esquizofrenia

 

 

 

Esquizofrenia

Esquizofrenia

 

 

 

Eu queria demais esquadrinhar,

eu queria tanto apreender,

eu queria muito me alforriar.

Mas, ora fazia o que o pastor me aconselhava,

ora fazia o que o padre me recomendava,

ora fazia o que o rabino me preceituava,

ora fazia o que o babalaô me determinava,

ora fazia o que o João de Deus me ordenava,

ora fazia o que o meu demônio me mandava.

E assim, só naveguei no Carontinho.

Nunca compreendi nada,

jamais entendi a Natureza,

de modo algum pude ver a Beleza,

tudo foi uma só absurda absurdeza.

Para mim, o dia-a-dia foi sacal e fedo.

Vivi agastado e azedo,

não passei da cepa torta

e, num dia 29 de fevereiro,

inesperadamente,

viajei de noite.

A escuridão me deu um baita medo.

Minha nê chamá Terê festejou!

 

 

 

Oh! Quem sou eu?

 

 

 

Um ser-humano-aí-no-mundo livre é simplesmente livre. [Ibidem.]

 

 

 

Eu achava que era livre,

mas, era desmedida e sesquipedalmente

preconceituoso,

acusador,

separatista,

xenofóbico,

maluquinho para fabricar

muros, muretas e muralhas,

cárceres, calabouços e masmorras,

canhões, bombas e foguetes.

Desde que nasci,

também sempre fui

fragmentário,

maquinador,

mentiroso,

difamador,

leva-e-traz,

alucinadamente nacionalista,

exaltadamente religioso,

avarento,

invejoso,

ambicioso,

fanaticamente patriota

e outras merdolências mais.

No sentido krishnamurtiano,

eu nunca fui livre.

Eu era mais preso

do que peido na frente da sogra.

Mas, the summer smiles...

The summer knows...

The summer's wise...

Mas, quanto a mim,

it's time to dress for fall,

e esperar pelo inverno.

Fazer o quê?

Achei que era uma coisa,

mas, era outra.

Eu nunca soube

quem eu de fato fui.

 

 

 

Oh! Quem sou eu?

 

 

 

Quando aplicamos o Coração à compreensão de uma coisa, verificamos, então, um movimento muito diferente. Quando damos o nosso Coração, a comunhão é instantânea. Devemos compreender direitinho que dar o Coração é uma ação total. Dar apenas a mente é uma ação fragmentária. E porque nós damos apenas a mente a tantas coisas, vivemos uma vida fragmentária, ou seja, pensando uma coisa e fazendo outra; e nos vemos divididos pela contradição. Para compreendermos uma coisa, teremos de lhe dar não só a mente, mas, também, o Coração. [Ibidem.]

 

 

 

Ação Fragmentária

Ação Fragmentária

 

 

 

Música de fundo:

Summer of '42 (The Summer Knows)
Compositor: Michel Legrand
Interpretação: Frank Sinatra

 

Páginas da Internet consultadas:

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https://iguinho.com.br/arte-gifs-animados.html

https://www.reflexoesevangelicas.com.br/

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