MERAS COINCIDÊNCIAS?

 

Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

Meras coincidências?

 

 

 

Fortuitidade finítima?

Lazeira justamarítima?

Fuzilaria... Bala perdida?

Choro? Sangue? Ferida?

 

Mal-assombramento?

Dor? Medo? Tormento?

Só meras coincidências

ou lídimas adimplências?

 

Não há vacilo da Vida!

produzirá uma ebulição.

Mas não há de antemão!

 

Se não há de antemão,

a coisa é termo de ação.

Tudo será compensado

– justo, cabal, adequado.

 

Nós parimos o Mateus;

depois, rogamos a Deus!

Se não pedimos permisso,

o que Ele tem com isso?

 

Não existe o infactível;

tudo é totalmente possível.

Se o homem causa pouco,

 

 

Gagá? Serôdio? Grandevo?

Sei lá; não sou é querereca,

mas não pararei nem careca!

 

 

 

 

 

 

Uma questãozinha para meditar:

Os grandes eventos da Natureza podem ser controlados? Penso que não possam. Podem, de uma hora para a outra, miraculosamente desaparecer? Também penso que não possam. Por outro lado, há necessidade de o homem ser perpétua e peremptoriamente massacrado por eles? Peremptoriamente não; mas enquanto for apenas Homo sapiens, haverá de ser, e, educativamente, será; porém, quando já for Super-homem, não haverá mais necessidade compensativa, e, então, não será. O fato é que o homem propriamente não produz os eventos da Natureza; mas, em um certo sentido e até certo ponto, é responsável por suas magnitudes e pelas conseqüências sobre si mesmo. O denominado domínio da vida não se restringe apenas à própria vida vivida e vivente; vai um pouco (ou muito) além disto. Todavia, enquanto o homem for semelhante à uma rolha que bóia ao sabor das ondas... Enfim, como disse (em circunstâncias especialíssimas) o beato Papa João XXIII, OFS, quando ainda era o padre Angelo Giuseppe Roncalli (Sotto Il Monte, 25 de novembro de 1881 – Vaticano, 3 de junho de 1963): São vinte séculos mais a idade do Salvador... O tempo não é aquele que conhecemos... O tempo está próximo... Bem, isto é para a gente ter medo e se cagar todo? Acho que não. Mas, quem não tem, é bom que arrume um jeitinho e passe a ter vergonha na tromba, e deixe de ser rolha-bosta para não dar com os burros n'água. Agora, se você não sabe, a expressão dar com os burros n'água surgiu no período do Brasil Colonial e lá vai fumaça, época em que os tropeiros, que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à região Sudeste montados sobre um burrico ou uma pobre mula. O fato é que, muitas vezes, o Equus asinus, devido à falta de estradas adequadas, passava por caminhos tortuosos e regiões alagadas, e muitos morriam afogados azurrando. Daí em diante, a expressão dar com os burros n'água passou a ser usada para se referir a alguém que faz um grande esforço para conquistar algum feito, mas, redundância e prolixidade à parte, não consegue nem bulhufas de lhufas nem lhufas de bulhufas.

 

 

Rolha-bosta n'água!

 

 

 

Bibliografia:

CARPI, Pier. As profecias do papa João XXIII (a história da Humanidade de 1935 a 3033). 2ª edição. São Paulo: DIFEL - Difusão Editorial S. A., 1977, pp. 95, 160 e 164.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.historiadetudo.com/dar-burros-nagua.html

http://www.myspace.com/redshiftangel

http://rubbercat.net/misc/tears/

 

Fundo musical:

Uma Casa Portuguesa
Letra: Reinaldo Ferreira
Música: Vasco de Matos Sequeira e Artur Vaz Fonseca
Interpretação: As Concertinas do Vale do Tejo

Fonte:

http://mp3wm.com/download-musica/as-concertinas-do
-vale-do-tejo-uma-casa-portuguesa-1523448.html#ouvir