AS MERCADORIAS LXII

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Henry Fawcett (26 agosto de 1833 – 6 novembro de 1884): Os ricos se tornam rapidamente mais ricos (the rich grow rapidly richer), enquanto não há nenhum acréscimo perceptível no conforto das classes trabalhadoras. Os trabalhadores se tornam quase escravos dos comerciantes, dos quais são devedores. [In: O Capital (em alemão: Das Kapital) – um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de autoria de Karl Marx.]

 

 

 

 

Que são inúmeros os casos em que a deficiência alimentar causa ou agrava doenças há de confirmá-lo qualquer um que esteja familiarizado com a prática médica com indigentes ou com pacientes dos hospitais, sejam eles internados ou morem fora. No entanto, do ponto de vista sanitário, se acrescenta outra circunstância decisiva: é preciso lembrar que a privação de alimentos é suportada com muita relutância e que, em regra, dietas muito deficientes só ocorrem quando outras privações as precederam. Muito antes de a insuficiência alimentar ter passado a gravitar no plano da higiene, muito antes de o fisiólogo pensar em contar os grãos de nitrogênio e carbono, entre os quais oscila a vida e a morte por inanição, a economia doméstica já terá sido despojada de todo conforto material. O vestuário e o aquecimento ter-se-ão tornado ainda mais escassos do que a comida. Nenhuma proteção suficiente contra o rigor do inverno; redução do espaço de moradia a um grau que gera enfermidades ou as agrava; ausência quase total de utensílios domésticos ou de móveis; a própria limpeza ter-se-á tornado custosa ou difícil. Se, por dignidade pessoal, ainda se tenta mantê-la, cada uma dessas tentativas representa suplícios adicionais de fome. O lar há de ser onde o teto for mais barato; em áreas onde a polícia sanitária dá menos fruto, é mais lamentável o sistema de esgoto, menor o tráfego, máxima a imundície pública, mais miserável ou pior o suprimento de água e, em cidades, maior a falta de luz e de ar. Tais são os perigos sanitários a que a pobreza inevitavelmente está sujeita, quando essa pobreza inclui carência alimentar. Se a soma desses males constitui perigo de terrível magnitude para a vida, a mera carência alimentar já é, em si mesma, horrível. Essas são reflexões penosas, especialmente quando se recorda que a pobreza que as motiva não é a merecida pobreza da preguiça. É a pobreza de trabalhadores. Sim, no que concerne aos trabalhadores urbanos, o trabalho mediante o qual é comprado o escasso bocado de comida geralmente é prolongado além de toda medida. E, ainda assim, só em sentido muito restrito é que se pode dizer que esse trabalho permite a auto-subsistência. E, em escala muito ampla, a auto-subsistência nominal só pode ser o maior ou menor percurso na direção do pauperismo. [Public Health. Sixth Report etc. for 1863. Londres, 1864.] Quanto mais rápida a acumulação capitalista, tanto mais miserável a situação habitacional dos trabalhadores. [Ibidem.]

 

 

 

 

Isto melhorou?
A Humanidade avançou?
O que mudou?
Houve mudanças efetivas?
A balança se equilibrou?
A solidariedade aumentou?
A fraternidade se dilatou?
A renda básica universal cresceu?
O desprendimento ancorou e se estabeleceu?
O altruísmo se ampliou?
A acumulação decresceu?
O sobretrabalho se reduziu?
A mais-valia diminuiu?
A escravização desapareceu?

.
A PanCOVIDmia pintou, tudo piorou
e pegou até sombra de múmia paralítica de surpresa.
Quem, com medo de virar jacaré-de-papo-amarelo,
cismou de não se vacinar, de repente, se ferrou.
Quem, com medo de desagradar o chefe,
resolveu dar uma de antivacinista, se ferrou também.

 

 

 


A pobreza extrema se agigantou.
A fome mundial se agigantou.
A desesperança se agigantou.
A deseqüidade se agigantou.
A informalidade se agigantou.
A desproteção social se agigantou.
O estado de mal-estar social se agigantou.
A taxa de desocupação se agigantou.
A cultura do privilégio se agigantou.
E a riqueza se agigantou.
Os ricos ficaram mais ricos.
Os super-ricos ficaram miliardários.
Os miliardários nem sabem mais o que têm.
A distorção da Democracia se avolumou.
A corrupção se espalhou como praga.
Até quem não era corrupto se arriscou um tiquinho.
As injustiças e as desigualdades se exacerbaram.
Os tiranocratas botaram as manguinhas de fora.
O invadiu a Ucrânia,
está genocidando os ucranianos e esculhambou o mundo.
Uma nuvem negra sobre a Terra se formou,
e parece que estamos entregues à própria sorte.
E a tristeza mundial se multiplicou.
Quem era alegre ficou triste;
quem já era triste ficou mais triste.
A Grande Loja Negra festejou,
e no inferno é festa de arromba dia e noite.
95% da nossa Humanidade delirante
pelo menos!
não está percebendo o que está a acontecer,
e eu, sinceramente, já nem sei mais se são só

Mas, por que aconteceu tudo isto?
Por que continua a acontecer tudo isto?
Porque permanecemos presos ao passado e à tradição.
Porque cremos em milagres e não fazemos o Dever de Casa.
Porque valorizamos o-que-não-é e desprezamos O-QUE-É.
Porque toldamos o Sol, e adoramos uma 'tintarella di luna'.
Porque a nossa Lanterna está sem Pilha.
Porque a nossa Caneta está sem Tinta.
Porque o nosso Foguete está sem Combustível.
Porque a Bússola do nosso Barco está quebrada.
Porque o Pneu do nosso Carro está furado e não temos Estepe.
Porque, quando Chove, não conseguimos nos Molhar.
Porque perduramos crucifixados na 'Cruz Comum',
e não superamos a samsárica 'Crise da Encarnação'.

 

 

 



ao invés de Peregrinar em Movimento Anti-horário.
Porque só pensamos em nós, e deixamos os outros pra lá.
Porque ainda somos superlativamente egoístas.
Porque ainda somos personalistas.
Porque ainda somos exclusivistas.
Porque ainda somos separacionistas.
Porque ainda somos isolacionistas.
Porque ainda somos barulhosos, desassossegados
e não ouvimos a Voz (Interna) do Silêncio.
Porque ainda somos covardes e ineptos,
e não queremos Mudançar.
Porque ainda amordaçamos o nosso Deus Interior,
e deixamos o nosso demônio interno dar as ordens.
Por que ainda preferimos ser magos negros,
e nos locupletar com a desgraça e a miséria dos outros.
Por que ainda somos mortos-vivos sem saber,
cegos, surdos, mudos e paralíticos sem perceber,
ignorantérrimos e alvarinhos sem compreender e sem ascender.

Todavia, isto poderá ser alterado?
Sim, pode(rá), porém, só há um Caminho:
Lutando, diuturnamente, o Bom Combate.

E quando veremos o resultado desta Luta?
Ora, o resultado não importa; importa Lutar. Sempre.
O que é uma única vida no Hoje Eterno?
O que é o Hoje Eterno no desde-sempre-para-sempre?
Logo, esperar o resultado da Luta não faz o menor sentido.
Não esqueçamos de que o nosso
espaço-tempo-(relativista)-objetivo-ilusório
não é o incriado ESPAÇO-TEMPO-CÓSMICO.
Em termos cósmicos, zil milênios tendem para zero!
Há tantas dimensões que não podemos enxergar!
A Relatividade Geral e Mecânica Quântica ainda não foram unificadas!
A Teoria das Cordas (linhas unidimensionais) seria uma Teoria de Tudo?
Será o Universo em que vivemos um holograma
uma imagem
de três dimensões impressa em um suporte de duas dimensões?
Por tudo isso, meio acabrunhado, eu só fico pensando
em Émile Dantinne, cujo Nome Iniciático era Sâr Hieronymus,
ao fazer a sua Grande Iniciação em Huy,
no dia 21 de maio de 1969, com a idade de 85 anos.
Ao seu lado, como descreveu Marco Antonio Coutinho,
velando por ele, sua filha Marie-Louise pôde ouvi-lo sussurrar
suas últimas palavras: A gente não sabe nada.
E é exatamente porque não sabemos nada, que
existem vários Movimentos Iniciáticos bem-intencionados
pintando a mesma paisagem com cores diferentes,
para que os seres-humanos-aí-no-mundo buscadores
possam escolher a Fraternidade que mais se afine
com suas idéias e com seus ideais.
Mas, a Música Eterna é a mesma...

 

 

Nosso Universo como uma projeção holográfica
de eventos físicos em uma dimensão abaixo

(Imagem: Reprodução/Institute for Theoretical Physics TU Wien)

 

 

ESPAÇO-TEMPO-CÓSMICO
(Simbolicamente)

 


Um Dia, certamente, a Rosa Mística de todos nós
toda serelepe desabrochará e se descrucificará,
e nos tornaremos Deuses Eternos e Conscientes!
Ou haverá de ser isto
Assim Seja! ou será entropia.
A
.'.  U.'.  M.'.

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Tintarella di Luna
Composição: Franco Migliacci & Bruno De Filippi
Interpretação: Dalida

Fonte:

http://melody4arab.com/download/en_download_33235.htm

 

Bibliografia:

COUTINHO, Marco Antonio. O homem que não sabia nada. In: L'Initiation (Cadernos de Documentação Esotérica e Tradicional; Revsita do Martinismo e das Diversas Correntes Iniciáticas), Brasil, Rio de Janeiro, nº 6, pp 24-33, jul-set, 2002.

 

Páginas da Internet consultadas:

https://canaltech.com.br/espaco/nosso-universo-e-um-
holograma-projetado-por-outra-dimensao-talvez-210239/

https://gifer.com/en/Cj4Q

https://br.pinterest.com/pin/42010209014875951/

https://www.novaserrana.mg.gov.br/

https://gifer.com/en/gifs/self-talk

http://www.marechalnoticias.com.br/

http://andanenem.com.br/compre/

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