AS MERCADORIAS XLV

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

A máquina é o mais comprovado meio de prolongar a jornada de trabalho. [In: O Capital (em alemão: Das Kapital) – um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de autoria de Karl Marx.]

 

 

 

 

Com o progresso da mecanização e com a experiência acumulada de uma classe própria de operadores de máquinas, aumentou naturalmente a velocidade e, com isso, a intensidade do trabalho. Assim, na Inglaterra o prolongamento da jornada de trabalho avançou durante meio século, paralelamente com a crescente intensificação do trabalho na fábrica. No entanto, se torna compreensível que, num trabalho que não se caracteriza por paroxismos transitórios, mas, por uma uniformidade regular, repetida a cada dia, tem que se alcançar um ponto nodal, em que prolongamento da jornada de trabalho e intensidade do trabalho se excluam mutuamente, de modo que o prolongamento da jornada de trabalho só é compatível com um grau mais fraco de intensidade do trabalho e, vice-versa, um grau mais elevado de intensidade com a redução da jornada de trabalho. Assim que a revolta cada vez maior da classe operária obrigou o Estado a reduzir à força a jornada de trabalho e a ditar, inicialmente às fábricas propriamente ditas, uma jornada normal de trabalho, a partir desse instante, portanto, em que se impossibilitou, de uma vez por todas, a produção crescente de mais-valia mediante o prolongamento da jornada de trabalho, o capital se lançou com força total e plena consciência à produção de mais-valia relativa, por meio do desenvolvimento acelerado do sistema de máquinas. Ao mesmo tempo, ocorreu uma modificação no caráter da mais-valia relativa. Em geral, o método de produção da mais-valia relativa consiste em capacitar o trabalhador, mediante maior força produtiva do trabalho, a produzir mais com o mesmo dispêndio de trabalho no mesmo tempo. O mesmo tempo de trabalho continua a adicionar o mesmo valor ao produto global, embora esse valor de troca inalterado se apresente agora em mais valores de uso e, por isso, caia o valor da mercadoria individual. Outra coisa, porém, ocorre assim que a redução forçada da jornada de trabalho, com o prodigioso impulso que ela dá ao desenvolvimento da força produtiva e à economia das condições de produção, impõe maior dispêndio de trabalho, no mesmo tempo, tensão mais elevada da força de trabalho, preenchimento mais denso dos poros da jornada de trabalho, isto é, impõe ao trabalhador uma condensação do trabalho em um grau que só é atingível dentro da jornada de trabalho mais curta. Essa compressão de maior massa de trabalho em dado período de tempo conta, agora, pelo que ela é: como maior quantum de trabalho. Ao lado da medida do tempo de trabalho como “grandeza extensiva”, surgiu a medida de seu grau de condensação. Mas influência no tempo de trabalho como medida de valor só ocorre também aqui enquanto a grandeza intensiva e a extensiva se colocam como expressões antitéticas e mutuamente excludentes do mesmo quantum de trabalho. A hora mais intensa da jornada de trabalho de 10 horas contém, agora, tanto ou mais trabalho, isto é, força de trabalho despendida, do que a hora mais porosa da jornada de trabalho de 12 horas. Seu produto tem, por isso, tanto ou mais valor do que o da 1 + 1/5 hora mais porosa. Abstraindo a elevação da mais-valia relativa pela força produtiva acrescida do trabalho, agora, por exemplo, 3 + 1/3 horas de mais-trabalho fornecem ao capitalista, para 6 + 2/3 horas de trabalho necessário, a mesma massa de valor fornecida antes por 4 horas de mais-trabalho para 8 horas de trabalho necessário. Pergunta: como o trabalho é intensificado? O primeiro efeito da jornada de trabalho reduzida decorre da lei evidente de que a eficiência da força de trabalho está na razão inversa de seu tempo de efetivação. Por isso, dentro de certos limites, ganha-se em grau de esforço o que se perde em duração. No entanto, que o trabalhador efetivamente movimente mais força de trabalho é assegurado pelo capital mediante o método de pagamento. Em manufaturas, por exemplo na cerâmica, onde o papel desempenhado pela maquinaria é nenhum ou insignificante, a introdução da lei fabril demonstrou de modo flagrante que a mera redução da jornada de trabalho eleva maravilhosamente a regularidade, a uniformidade, a ordem, a continuidade e a energia do trabalho. [Ibidem.]

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente uma bússola é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da desrazão não é preciso?

 

 

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente o que é necessário é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da superfluidade não é preciso?

 

 

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente misericordiar é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da intolerância não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente liberalização é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da escravização não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente o amor desinteressado ao próximo é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da mais-valia não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente o altruísmo é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do sobretrabalho não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente o imperativo categórico é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do imperativo hipotético não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente consideração, afeto e amizade é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo de converter o 'ser-aí' em mercadoria não é preciso?

 

 

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente o desapego é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da avareza não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a generosidade é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do 'shylockismo' não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a ciência alforriadora é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do negacionismo não é preciso?

 

 

DNA

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a vacinação que imuniza é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da lenda do jacaré não é preciso?

 

 

Dr. Antônio Drauzio Varella

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a veridicidade é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo das news não é preciso?

 

 

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a dignidade é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da ignobilidade não é preciso?

 

 

Senador Nadeguinhas

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a unimultifraternidade é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da herética separatividade não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a Democracia é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do despotismo e da ditadura não é preciso?

 

 

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a Cruz da Transcendência é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da Cruz Comum não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente sermos um-com-o-outro é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do genocídio não é preciso?

 

 

Destruição Total da Ucrânia
(E o genocídio putiniano continua firme e forte!)

 

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a Vida Eterna é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da morte não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a Magia Branca é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da magia negra não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a Peregrinação é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da Oitava Esfera não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente o nosso Sol Interior é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do nosso inferno interior não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente o A.'. U.'. M.'. é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo do falatório sem importância não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente a Divinização é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo da 'samsarização' não é preciso?

 

— Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que tão-somente apreender O-QUE-É é preciso?
Quando nos libertaremos e compreenderemos
que o paroxismo torturante de o-que-não-é não é preciso?

 

 

 

o-que-não-é —› O-QUE-É
(Simbolicamente)

 

 

 

Música de fundo:

Tom Sawyer and Huckleberry Finn – Overture
Compositor: John Williams

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=5-ID1p2ZRfU

 

Observação:

Tom Sawyer e Huckleberry Finn são dois personagens de livros infantis do escritor, humorista e crítico do racismo estadunidense Samuel Langhorne Clemens (Florida, Missouri, 30 de novembro de 1835 – Redding, Connecticut, 21 de abril de 1910), mais conhecido pelo pseudônimo Mark Twain.

 

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

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Direitos autorais:

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