A concorrência e a coerção exercida pela pressão de interesses recíprocos, do mesmo modo que no reino animal, como registrou o matemático, teórico político e filósofo inglês Thomas Hobbes (5 de abril de 1588 – 4 de dezembro de 1679) na sua obra Leviathan [um dos exemplos mais antigos e mais influentes da teoria do contrato social], leva a bellum omnium contra omnes [guerra de todos contra todos], preservando, grotescamente, mais ou menos, as condições de existência de todas as espécies. A mesma consciência burguesa, que festeja a divisão manufatureira do trabalho, a anexação do trabalhador por toda a vida a uma operação parcial e a subordinação incondicional dos trabalhadores parciais ao capital, como uma organização do trabalho que aumenta a força produtiva, denuncia com igual alarido qualquer controle e regulação social consciente do processo social de produção, como uma infração dos invioláveis direitos de propriedade, da liberdade e da genialidade autodeterminante do capitalista individual. É muito característico que os mais entusiásticos apologistas do sistema fabril não saibam dizer nada pior contra toda organização geral do trabalho social além de que ela transformaria toda a sociedade em uma fábrica. [In: O Capital (em alemão: Das Kapital) – um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de autoria de Karl Marx.]
Na sociedade do modo de produção capitalista, a anarquia da divisão social do trabalho e o despotismo da divisão do trabalho se condicionam reciprocamente. [Ibidem.]
A divisão manufatureira do trabalho é uma criação totalmente específica do modo de produção capitalista. [Ibidem.]
A divisão do trabalho marca o trabalhador manufatureiro com ferro em brasa como propriedade do capital. A divisão do trabalho (conversão em trabalho parcial) mutila o trabalhador. [Ibidem.]
O que os trabalhadores parciais perdem se concentra no capital com que se confrontam. O capital se completa na grande indústria, que separa do trabalho a ciência como potência autônoma de produção e a força a servir ao capital. O enriquecimento do trabalhador coletivo e, portanto, do capital em força produtiva social, é condicionado pelo empobrecimento do trabalhador em forças produtivas individuais. Sobre isso, Adam Ferguson (1º de julho de 1723 – 22 de fevereiro de 1816), professor de Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 – Edimburgo, 17 de julho de 1790) escreveu: A ignorância é a mãe da indústria, como da superstição. A reflexão e a imaginação estão sujeitas ao erro, mas, o hábito de movimentar o pé ou a mão não depende nem de uma nem da outra. As manufaturas prosperam, portanto, mais onde mais se dispensa o espírito, de modo que a oficina pode ser considerada uma máquina cujas partes são seres humanos. [Ibidem.]
Um manda,
o outro se acocora.
Um quer,
o outro supre com sangue.
Um se exalta,
o outro se humilha.
Um se dá bem,
o outro se dá mal.
Um é felizardo,
o outro é malfadado.
Um tem bons e caríssimos advogados,
o outro tem advogados de porta de xadrez.
Um ganha sempre,
o outro perde sistematicamente.
Um se locupleta,
o outro é carente.
Um tem sonhos,
o outro só tem pesadelos.
Um é sucesso,
o outro é fracasso.
Um é realização,
o outro é esperança.
Um é efetivação,
o outro é malogro.
Um papa everybody macacada,
o outro não papa nem Musca domestica.
Um enriquece à vontade,
o outro empobrece dia-a-dia.
Um só tem lucro,
outro só tem sobretrabalho.
Um ri à-toa e às pampas,
o outro chora de montão.
Um se diverte,
o outro se desagrada.
Um come do bom e do melhor,
o outro passa fome.
Um come caviar,
o outro come farofa com farofa.
Um bebe do melhor e do bom,
o outro tem sede.
Um bebe champanhota importada,
o outro bebe água salobra.
Um vive saciado,
o outro vive de caganeira.
Um tem o fiofó que é uma verdadeira pintura,
o outro tem o brioco cheio de hemorróidas.
Um tem plano de saúde ,
o outro vai de .
Um se cuida e vai ao dentista,
o outro... .
Um é elegante e pintoso,
o outro... .
Um tem uma ,
o outro anda de carro de boi.
Um tira férias em Abu Dhabi,
o outro se esconde na Cidade de Deus.
Abu Dhabi & Cidade de Deus
Um cresce (pra cima),
o outro encolhe (pra baixo).
Um vive numa ,
o outro numa .
Um vive dias de Sol,
o outro noites de chuva.
Um é aconchego e verão,
o outro é inverno e frio.
Um tem ar-condicionado,
o tem outro ventarola rota.
Um só tem rendimentos,
o outro está cheio dívidas.
Um navega num ,
o outro se afoga no .
Um tem casa de campo,
o outro tem casa brejada.
Um tem um avião supersônico,
o outro tem um papagaio de papel.
Um tem um iate gigante,
o outro tem uma jangada de piúba.
Um tem uma piscina de mármore,
o outro tem um penico de barro.
Um tem limusine com motorista de uniforme,
o outro anda em pé de taioba.
Um tem um camarote na ópera,
o outro fica em pé no sambódromo.
Um tem um relógio ,
o outro vê as horas no relógio da Central.
Um tem tudo-de-tudo,
o outro não tem xongas-de-xongas.
Tudo isto só significa uma coisa:
que todos nós somos irmãos.
Música de fundo:
Who Wants to Be a Millionaire
Composição: Cole Porter
Interpretação: Frank Sinatra & Celeste HolmFonte:
Páginas da Internet consultadas:
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https://rvivorio.wordpress.com/2011/09/24/bondes-
no-rio-eles-ja-dominaram-nossas-ruas/bonde-taioba/https://www.pinterest.pt/pin/253890497712917875/
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