AS MERCADORIAS XXX

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Nos Estados Unidos da América do Norte, todo o movimento operário independente ficou paralisado, enquanto a escravatura desfigurava uma parte da República. O trabalhador de pele branca não podia se emancipar onde o trabalhador de pele negra era marcado com ferro em brasa. Mas, da morte da escravidão nasceu imediatamente uma vida nova e rejuvenescida. O primeiro fruto da guerra civil foi a agitação pelas 8 horas, que se propagou com as botas de sete léguas da locomotiva do Atlântico ao Pacífico, de Nova Inglaterra até a Califórnia. O congresso geral de trabalhadores de Baltimore (que se reuniu de 20 a 25 de agosto de 1866, em Baltimore) declarou:

A primeira e mais importante exigência dos tempos presentes, para libertar o trabalho deste País da escravidão capitalista, é a promulgação de uma lei, pela qual deve ser estabelecida uma jornada normal de trabalho de 8 horas, em todos os Estados da União. Estamos decididos a empregar todas as nossas forças até termos alcançado esse glorioso resultado.

Ao mesmo tempo (início de setembro de 1866), decidiu o Congresso Internacional de Trabalhadores, em Genebra, por proposta do Conselho Geral de Londres:

Declaramos a limitação da jornada de trabalho uma condição preliminar, sem a qual todas as demais tentativas para a emancipação devem necessariamente fracassar. Propomos 8 horas de trabalho como limite legal da jornada de trabalho. [8 horas de trabalho como limite legal da jornada de trabalho eu acho muito. Tenho certeza de que, no futuro, a jornada de trabalho será de, no máximo, 6 horas.]

Assim, o movimento de trabalhadores, surgido instintivamente das
próprias condições de produção, em ambos os lados do Atlântico, consagrou as palavras do inspetor de fábricas inglês R. J. Saunders:

 

Novos passos para a reforma da sociedade não poderão ser dados com qualquer perspectiva de sucesso, se não for limitada antes a jornada de trabalho e estritamente imposta a observação do limite prescrito. [In: O Capital (em alemão: Das Kapital) – um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de autoria de Karl Marx.]

 

 

Divisão do dia em horas

 

 

No futuro,
trabalharemos apenas 6 horas.

No futuro,
não existirá mais-valia.

No futuro,
não existirá lucro exorbitante.

No futuro,
não existirá mais-trabalho.

No futuro,
não existirá trabalho infanto-juvenil.

No futuro,
não existirá escravização.

No futuro,
não existirá exploração.

No futuro,
não existirá deseqüidade social.

No futuro,
não existirão miséria e fome.

No futuro,
não existirá sentimento íntimo de solidão.

No futuro,
não existirão desamparo e sofrimento psíquico.

No futuro,
não existirão violência e terrorismo.

No futuro,
não existirão despotismo e tirania.

No futuro,
não existirão crueldades e matanças.

No futuro,
não existirão assassinato e suicídio.

No futuro,
não existirão guerras fratricidas.

No futuro,
não existirão corrupção e vantagismo.

No futuro,
não existirá dindim na cueca ou na calcinha.

No futuro,
não existirá orçamento secreto.

No futuro,
não existirá rachadinha descarada.

No futuro,
não existirá foro privilegiado.

No futuro,
não existirão paraísos fiscais.

No futuro,
não existirá gabinete do ódio.

No futuro,
não existirão negacionismo e antivacinismo.

No futuro,
não existirá a lenda do jacaré.

No futuro,
não existirá desrespeito à 3ª Hierarquia.

No futuro,
não existirá desrespeito à 2ª Hierarquia.

No futuro,
não existirá desrespeito à 1ª Hierarquia.

No futuro,
não existirá a Grande Heresia da Separatividade.

No futuro,
compreenderemos que somos todos

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Back to the Future
Compositor: Alan Silvestri

Fonte:

https://medea-music.com/portfolio-item/back-to-the-
future-alan-silvestri/alan-silvestri-back-to-the-future/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.jyl-uk.com/

https://m.facebook.com/pg/Projeto-Social-
Somos-Todos-Um-106456657693013/posts/

https://resistenciaantisocialismo.wordpress.com/

https://tenor.com/

 

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