AS MERCADORIAS XXVII

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

A ocupação, uma arte quase instintiva da Humanidade, em si e para si irrepreensível, se torna, em virtude do excesso de trabalho, destruidora do homem. [In: O Capital (em alemão: Das Kapital) – um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de autoria de Karl Marx.]

 

 

Not found, today; one day, will be found.
It's just a matter of patience.

 

 

O capital constante e os meios de produção só existem, considerados do ponto de vista do processo de valorização, para absorver trabalho, e com cada gota de trabalho um quantum proporcional de mais-trabalho. Na medida em que não fazem isso, constitui sua mera existência prejuízo negativo para o capitalista, pois, durante o tempo em que estão ociosos, representam adiantamento inútil de capital, e esse prejuízo se torna positivo tão logo a interrupção exigir gastos adicionais para o reinício do trabalho. O prolongamento da jornada de trabalho, além dos limites do dia natural por noite adentro, serve apenas de paliativo, apenas mitiga a sede vampiresca por sangue vivo do trabalho. Apropriar-se de trabalho durante todas as 24 horas do dia é, por conseguinte, o impulso imanente da produção capitalista. Sendo, porém, fisicamente impossível sugar as mesmas forças de trabalho continuamente, dia e noite, necessita, pois, para superar esse obstáculo físico, do revezamento entre as forças de trabalho consumidas de dia e de noite, um revezamento que admite diferentes métodos, por exemplo, podendo ser ordenado de tal forma que parte do pessoal operário faça numa semana o trabalho diurno, na outra, o trabalho noturno etc. [Ibidem.]

 

 

 

 

 

Eu sei que você só tem 12 anos
e que está na flor da idade,
mas, não me importo com o seu sofrimento,
não me importo se você vomita, peida ou arrota,
não me importo com o sofrimento da sua família,
não me importo com a sua juventude perdida,
não me importo se você continuará analfabeto,
não me importo se o seu futuro será infesto e insalubre,
não me importo se a mula manca,
não me importo com necas de pitibiribas.
Para mim, você é apenas um parafuso
na minha endentação de fazer dinheiro.
É assim que é; é assim que sempre será.

 

 

 

Eu não tenho pena, nem misericórdia,
nem piedade, e não dou a mínima,
se você gosta ou se não gosta,
se agüenta ou se não agüenta,
se vai viver ou se vai adoecer
e morrer de tanto trabalhar.
Escravização não admite solidariedade,
simpatia, empatia ou ternura.
É ripa na chulipa! E ponto final.

 

 

 

Simplesmente, você é meu,
tem que me obedecer cegamente
e tem que trabalhar para mim 16 horas
todos os dias da semana,
inclusive nos feriados e aos domingos.
Você tirará férias trabalhando
e ganhando a mesma coisa.
Para se distrair um pouquinho,
se quiser, poderá jogar caxangá,s
e até fazer zigue-zigue-zá.

 

 

 


Eu sou o dono desta fábrica,
e, aqui, quem manda sou eu.
Aqui, a lei sou eu, e sou eu
quem estabelece o regime de trabalho.
E o regime de trabalho está apoiado em três pilares:
mais-trabalho, mais-valia e lucro crescente.
Os insurretos serão demitidos sumariamente,
sem direito a lhufas de bulhufas.

 

 

 

 

Deus poderá até me condenar,
os céus poderão até estrondear,
a Terra poderá até rachar ao meio,
os arcanjos poderão até chorar,
o papa poderá até me excomungar,
o diabo poderá até me ameaçar,
a sociedade poderá até me odiar,
meus amigos poderão até me abandonar,
minha mãe poderá até se envergonhar,
mas, eu não ligo nem um pouco.
É assim que a banda toca.
Eu não sou Carolina
pra ficar vendo o tempo passar na janela.
Custe o quanto custar
e doa o quanto tiver que doer,
eu não posso ter prejuízo.
De jeito maneira;
eu só quero dinheiro.
Eu preciso me locupletar
e decuplicar o meu capital.
Quero ser mais rico do que o Tio Patinhas.

 

 

 

 

Essas extravagâncias fantásticas, fictícias e utópicas
de defesa do meio ambiente,
de preservação da Floresta Amazônica,
de desenvolvimento ético e sustentável,
de liberdade e de cidadania,
de direitos humanos fundamentais
e de direitos dos trabalhadores
são invenções de comunistas safados,
e comunista bom é comunista morto.

 

 

 

Trabalho Infantil Absurdo
(Século XXI: como isto ainda pode acontecer?)

 

 

 

Música de fundo:

Escravos de Jó

Fonte:

https://baixarmusica.co/playlist/cantigas-populares-escravos-de-jo

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.pngaaa.com/detail/551975

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