Coisas que, em si e para si, não são mercadorias, como por exemplo consciência, honra, dignidade, nobreza etc. podem ser postas à venda por dinheiro pelos seus possuidores, e, assim, receber, por meio de seu preço, a forma de mercadoria. Por isso, uma coisa pode, formalmente, ter um preço, sem ter um valor. [Considerando o momento atual, em que a Ucrânia está sendo destruída e os ucranianos estão sendo massacrados, pergunto: se uma vida não tem preço, que preço pagarão, no futuro, os cruéis genocidas oligárquicos putinianos? Uma coisa é mais do que certa: todos estão trilhando o negro caminho para acabarem se tornando não-entidades absolutas.] [In: O Capital (em alemão: Das Kapital) – um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de autoria de Karl Marx.]

 

 

 

 

A forma preço implica a alienabilidade das mercadorias contra dinheiro e a necessidade dessa alienação. Por outro lado, o ouro funciona somente como medida ideal de valor, porque já está circulando no processo de troca, como mercadoria monetária. Na medida ideal dos valores espreita, por isso, o dinheiro sonante. [Ibidem.]