O
casal estava assistindo televisão, à noite. Encafifado,
o marido pergunta:
— Posso
saber por que você está emburrada desde que eu cheguei?
Irada,
a mulher responde de pronto:
—
Hoje, exatamente
hoje, completamos 25 anos de casados, e estamos aqui, parados, mudos,
em frente à esta televisão... E
o pior: vendo essa novela de merda, sem pé nem cabeça!
— Meu
Deus! Meu bem, eu tive um dia tão estafante que me esqueci
completamente! Perdoe-me, minha querida. Vá pôr seu melhor
vestido de noite, que vamos sair! Vamos festejar! Você terá
uma noite inesquecível! Eu
serei o Aristóteles Onassis e você a Jacqueline Kennedy!
— Ah,
querido, eu sabia que você não era um monstro insensível.
Jacqueline?
Que romântico!
Na
entrada
do restaurante, o maître,
todo solícito:
—
Prepare a
mesa do senhor Gonçalves.
A mulher:
—
Parece que
eles conhecem você muito bem por aqui, querido.
—
Ah!, é!
Eu costumo vir aqui de vez em quando para almoçar com alguns
clientes.
No final do jantar, o marido propõe a ida a uma boîte.
Na entrada, há uma fila enorme. O marido diz à mulher
que vai arranjar tudo, e se dirige ao porteiro:
—
Diga aí,
Chicão! Como vai essa força?
E o Chicão, responde:
—
Tá
tudo em riba, Sr. Gonçalves. Pode ir entrando.
Pro senhor
há sempre um lugarzinho.
A
mulher só observa; mas começa a achar tudo muito esquisito.
Já dentro da boîte,
o dono vem falar com eles:
—
Boa
noite, senhora.
Boa
noite, Sr. Gonçalves! E diz, logo em seguida: —
Liberem já
a mesa do senhor Gonçalves!
A mulher, já desconfiada:
— Você
vem sempre aqui?
— Claro
que não! O dono é um cliente da firma...
Uma vez na mesa, a garçonete vem e diz: — O
de sempre, Sr. Gonçalves?
Enquanto isso, uma gatona, que terminava um striptease
em cima do palco, grita: — E
a calcinha, vai pra quem, galera?
A boîte,
em peso, exclama: — Gonçalves!!!
Gonçalves!!! Gonçalves!!!
A esposa, furiosa, sai da boîte,
o marido vai atrás e eles entram juntos em um táxi.
O marido tentando apaziguar as coisas:
—
Querida, não
vamos estragar esta noite maravilhosa. 25
anos de casamento é coisa séria. Com
certeza eles me confundiram com outro Gonçalves... Vamos, dá
um beijinho...
—
Beijinho
é o cacete. Você
está pensando que eu sou alguma idiota? Sou dona-de-casa, mas
não sou idiota. Canalha!!! Não ouse me me tocar!!! Blá-blá-blá...
Eu sou mesmo uma otária!!! Blá-blá-blá...
Seu grande filho-da-puta!!! Blá-blá-blá...
Jacqueline,
ó... Onassis
de merda, é o que você é!!! Blá-blá-blá...
Nisso, o motorista do táxi se vira e diz:
—
Gonça,
quer que eu ponha a marafa pra fora da viatura?
Foi
a gota d'água. A mulher do Gonça teve uma síncope!