Rodolfo
Domenico Pizzinga
Q-peninha!
Mixaram com o men$alão.
Aquele,
$im, era um dinheirinho 'bão'.
Hoje –
que azar! – só mesmo um balão
me salvará
de ser apelidado de ladrão.
Mas,
meu counsellor é superinteligente,
e minha
defesa será firme e eloqüente.
Argüirá
que o Procurador1 foi negligente,
impreciso,
precipitado e inconseqüente.
Para
atender os clamores da sociedade,
S. Ex.ª
está a praticar uma injuridicidade.2
E eu vou
pagar o pato de$$a iniqüidade?
Ora!
Pinóia! Eu pergunto: — como ousa
o
Sr. Doutor Antonio Fernando de Souza3
me
envolver em toda e$$a podre cou$a?
_____
Notas:
1. Procurador-geral
da República.
2. Injuridicidade
(antijuricidade, ilicitude, injuricidade) = oposição ao Direito;
ilegalidade jurídica.
O fato
é que qui commodum sentit et incommodum sentire debet, isto
é, quem recebe uma vantagem tem de arcar também com os encargos.
No popular: quem papou a carne, que chuche os ossos. O que os mensalistas
não sabiam é que quem-vai-ao-ar-perde-o-lugar. Desafinaram;
dançaram. E eu, que sou um zé-boboca de primeira, estou morrendo
de peninha deles! Como é que eles vão se arranjar agora? Coitados!
Perderam o nza-báaku! Mas de uma coisa eles podem estar
seguros: se passarem aqui em casa, um prato de e-fu (só
o e-fu, sem nenhum bicho-irmão misturado) e um copo com
água eu 'agaranto'. Tábomônumtá?
3.
Antonio Fernando de Souza é o Procurador-geral da República
desde 2006. Ganhou notoriedade na mídia quando denunciou diversos
membros do Governo Lula após o E$cândalo
do Men$alão. O grupo denunciado
foi chamado por ele de "quadrilha", ou "Bando dos 40",
sendo acusados de diversos crime$,
entre eles o de corrupção ativa, formação de
quadrilha e crime$ contra o mercado
financeiro.
Página
da Internet consultada:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Fernando_de_Souza
Marchinha
de carnaval:
Me
Dá Um Dinheiro Aí (Moacyr Franco)
Fonte:
http://www.melsonho.com/carnaval/003carnaval.htm