RONDÓ DO CAPITÃO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Fragmentos do Menexeno

 

 

 

Sócrates era um tesourinho!

 

 

Quem faz depender de si mesmo, se não tudo, quase tudo o que contribui para a sua felicidade, e não se prende a outra pessoa nem se modifica de acordo com o bom ou o mau êxito da sua conduta, está, de fato, preparado para a vida; é sábio, na verdadeira acepção do termo, corajoso e temperante.

 

A Democracia é o Governo da elite aprovado pelo povo.

 

Na verdade, Menexeno, o mais interessante que nos pode acontecer é morrer na guerra. Ganha-se uma sepultura bela e grandiosa, por mais pobre que esteja o morto na hora da morte. Além disso, há os elogios, por menores que sejam os méritos do morto, pelos mais sábios da cidade, que não dizem elogios de improviso, mas elogios preparados, às vezes, com meses de antecedência. E o modo de elogiar?! Ah! O morto é elogiado pelas qualidades que tinha e pelas que jamais teve, e com as mais belas palavras, tão belas que nos enfeitiçam e nos enredam em frases...

 

Exaltar feitos passados é ornar com um discurso nu.

 

A vida é impossível para o homem que desonra os seus. Um homem sem honra não será jamais amado, nem entre os homens, nem entre os deuses, nem antes, nem depois da morte.

 

Tudo quanto façam, façam-no com virtude, porque sem virtude tudo o que se conquiste e tudo o que se faça se transforma em vergonha e em mal.

 

A riqueza para si é como a força física para o covarde: mais desonra do que glória, porque quanto mais forte o covarde, mais a força faz visível a covardia.

 

 

Dezoito

 

Nenhuma ciência é saber separada da justiça e das outras virtudes.

 

Não tem honra o filho que não constrói a própria honra e exaure a honra dos ancestrais. Esta é a lição dos heróis mortos a ser ensinada aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos, no elogio fúnebre dos heróis mortos.

 

Deixemos dormir os mortos e voltemos à vida normal.

 

 

Observação:

Platão (Atenas, 428/427 – Atenas, 348/347 a.C.) escreveu mais de trinta obras. Uma delas é o Menexeno (ou Do Epitáfio), na qual Platão, pela boca de Sócrates, condena a retórica vã e os lugares-comuns dos oradores do seu tempo.

 

Fontes de consulta dos fragmentos:

http://www.antiguidadeclassica.com/websi
te/edicoes/quinta_edicao/annachristina.pdf

http://www.scielo.br/pdf/trans/v19/v19a12.pdf

http://www.ifcs.ufrj.br/~afc/2008/CAIA.pdf

http://www.citador.pt/textos/o-sabio-platao

 

 

 

 

Capitão Gancho Ganchando sem o Gancho

 

 

 

Lá se foi o Capitão,

de espada na cinta

no arroxeado caixão.

 

Mauzão igual cão!

Capitão da infinta!

Capitão da aflição!

 

 

E são abrandecidas

a malvadez e a finta,

as dores e as feridas.

 

E dão gargalhadas!

E salve a meia-tinta,

a má-fé, as pomadas!

 

Não será esquecido.

Foi uma alma distinta.

Tudo tão sem sentido!

 

 

 

Capitão Gancho Torrando Mr. Smee

 

 

 

Música de fundo:

Rondó do Capitão
Poema original: Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho
Música: João Ricardo
Interpretação: Ney Matogrosso & Secos e Molhados

 

Fonte:

http://www.esnips.com/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://209.184.119.165/library/AUDIO%20
LIBRARY/SFX/MAJ%20BACKGROUNDS/

http://www.clker.com/clipart-28790.html

http://peterandpan.tumblr.com/
post/17208115316

http://fuckyesanimatedgifs.tumblr.com/
post/6864607019

 

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