É
Assim Ou Não É Assim?
Poluímos
e desflorestamos...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Aquecemos
e resfriamos...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Empeçonhamos e torturamos...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Martirizamos
e matamos...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Transtornamos
os vegetais...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Assassinamos
os animais...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Somos
beligerantes...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Somos
intolerantes...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Cagamos
para os nossos preconceitos...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Aleitamos
nossos defeitos...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Somos
pra lá de cruéis...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Somos
pra lá de infiéis...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Adoramos
fazer o que não presta...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
Entra
dia, sai dia, acrescemos uma aresta...
Depois,
ou culpamos os deuses ou os demônios.
E
quando o pau come em casa de Noca,
aí,
sim, a culpa é dos deuses ou dos demônios.
Não,
não e não! Nós é que fabricamos a pororoca;
a culpa
não é nem dos deuses nem dos demônios.
Festival
de Arestas