Cada
um deve aprender a se-tornar-e-ser a Luz de si próprio. [In:
A Luz que Não se Apaga (em inglês: The
Urgency of Change), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
Uma
pessoa influenciável poderá se tornar escrava da propaganda
e de persuasões. [Ibidem.]
Uma
mentira repetida mil vezes se torna uma verdade.
(Paul Joseph Goebbels)
Muitos
crêem em Deus, e, provavelmente, com essa crença, desejam,
de alguma forma, experimentar isso que se poderia chamar a Divindade. A
crença implica muitas coisas. Há a crença em fatos
que, talvez, nunca tenhamos visto, mas, que podemos verificar, como, por
exemplo, a existência de Nova Iorque ou da Torre Eiffel. Pode um homem
também crer que sua esposa lhe é fiel, embora não o
saiba realmente. Ela poderia ser infiel em pensamento e ele crer que ela
é fiel porque não a vê andar com outro homem. Mas, ela
pode estar a enganá-lo todos os dias, em pensamento, e ele, com toda
a certeza, estará fazendo a mesma coisa. Muitos crêem na reencarnação,
embora não tenham tido nenhuma confirmação a este respeito.
Todos os católicos crêem que devem amar, mas, não amam;
como os demais, vivem a matar os seus semelhantes, física ou psicologicamente.
Há indivíduos que não crêem em Deus e, entretanto,
são bons e fazem bem aos outros. Há os que crêem em
Deus e matam os seus semelhantes por causa desta crença, preparando
a guerra, porém, alegando que desejam paz. Assim, temos de perguntar
a nós mesmos que necessidade há de crermos em alguma coisa,
embora isto não signifique negar o sublime Mistério da Vida.
Mas, crença é uma coisa, e o-que-é outra coisa totalmente
distinta. Crença é uma palavra, um pensamento, uma admissibilidade,
e, portanto, não é a coisa real, assim como o nosso nome não
é realmente o que nós somos de fato. Seja como for, esperamos
que a experiência possa ser a pedra de toque da nossa crença,
mas, esta mesma crença condiciona e corrompe a nossa experiência.
Não é a experiência que acode para provar a crença,
porém, antes, é a crença que gera a experiência.
Nossa crença em Deus nos proporcionará a experiência
da coisa que chamamos Deus. E assim, só poderemos experimentar aquilo
que cremos, e nada mais. E isto invalida a nossa experiência. Os católicos
poderão ver virgens, anjos e o até o próprio Jesus,
e os hinduístas, em extravagante profusão, poderão
ver divindades semelhantes. O mesmo se pode dizer do muçulmano, do
budista, do judeu e do comunista, pois, são todos idênticos.
A crença condiciona a própria prova de que ela necessita.
Entretanto, devemos ter como certo que os fatos e a Leis Universais não
podem ser influenciados por quaisquer crenças ou descrenças.
A grande pergunta que todos nós deveremos nos fazer é: se
não tivéssemos medo nenhum, teríamos alguma crença?
[Ibidem.]
—
Disseram-me que o inferno existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a besta-666666 existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o cramulhano existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que súcubo existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que íncubo existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a legião existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o castigo eterno existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que urucubaca existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que mau-olhado existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que praga de mãe existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que praga de sogra também existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que praga de mulher traída é pior e existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que sorte na vida existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que azar na vida existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a inevitabilidade existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a predeterminação existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que por acaso existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o paraíso existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o onipotente existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que prêmio eterno existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que quem esperar alcançará existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que Deus ajuda os madrugadores existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que Deus escreve meio torto existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que Pasárgada existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Bruxa Alcéia existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Bruxa Meméia existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que Saramandaia existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Saci-pererê existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Mula-de-padre existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que padre-sem-mula também existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que cego que enxerga existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que surdo que ouve existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que mudo que fala existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que pepé campeão de maratona existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que corrupto honesto existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que exorcismo existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que excomunhão existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Licantropo existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Vampiro da Noite existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Monstro da Lagoa Negra existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que perdão de pecado existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o arrebatamento existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o purgatório existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o limbo existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que indulgência parcial existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que indulgência plenária existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que infalibilidade papal existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que santidade papal existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Sacrifício Vicário existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Curupira existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Mãe-d'água existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Corpo-seco existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Pisadeira existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Mãe-de-ouro existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Olimpo existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Hades existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Caronte existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Cérbero existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que assombração existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Chupa-cabra existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
—
Disseram-me que o Superman existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Spider-Man existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o He-Man existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Possante existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Pinocchio existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Gato de Botas existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Cinderela existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Bibbidi-Bobbidi-Boo
existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Peter Pan existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Fada 
existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a Terra do Nunca existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Bicho-papão existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Lobo Mau existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que a morte existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que in
principio existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que o Big
Bang existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que
ad consummationem sæculi existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me
que Big
Freeze existe,
e
eu, encagaçado e abestalhado, acreditei.
Disseram-me...
Disseram-me... Disseram-me...
E
eu, sempre encagaçado e abestalhado, acreditei.
Ainda
bem que eu não estarei aqui em 2060!1
Se
estivesse, eu iria para o sovaco da cobra
ou,
talvez, para a casa-da-mãe-joana.
_____
Nota:
1. Segundo
Fernando Moreira e com quem concordo, o fim do mundo é quase uma
franquia usurpada por seitas apocalípticas. Nas últimas décadas,
os catastrofistas de plantão já mudaram a data do Armagedom
sei lá quantas vezes, a última tendo sido anunciada para 21
de dezembro de 2012, baseada no Calendário de Contagem Longa Mesoamericano,
utilizado por várias culturas da Mesoamérica, a partir do
período pré-clássico tardio. Agora, o fim do mundo
da vez não vem de um esquizofrênico religioso qualquer, mas,
sim, de um cientista respeitado e bastante famoso: ninguém menos
do que o astrônomo, alquimista, filósofo natural, teólogo
e cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático,
Sir Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de
1643 – Kensington, 31 de março de 1727). Um texto, recentemente
descoberto, de autoria do físico que descreveu a Lei da Gravitação
Universal, aponta que o Judgement
Day será em 2060 – daqui a só 41 anos! Para
chegar a esta data nefelibática, Sir Newton se baseou em
cálculos cabalístico-matemáticos e em vários
trechos da Bíblia, tendo escrito o seu tratado newtoniano sobre o
apocalipse usando o pseudônimo de Jeova Sanctus Unus (anagrama de
Isaacus Neuutonus), segundo revelaram estudiosos citados pelo Daily
Star. A essência da teoria apocalíptica de Newton não
é diferente das outras: guerra mundial, catástrofes naturais
e aniquilação da Humanidade. Tudo isto só mostra uma
coisa: a medonha lavagem cerebral [processo de demolição sistemática
de personalidade ou da identidade levado a efeito por dominadores sobre
dominados, por meio do qual os dominados renunciam às suas convicções
(políticas, sociais ou religiosas), atitudes e padrões de
comportamento anteriores, a fim de adotar as persuasões que lhes
são impostas pelos dominadores] a séculos disseminada pela
tradição religiosa católica, e da qual nem Sir
Newton parece ter escapado, ainda que ele, como Cristão e presumido
19º Grão-mestre do Priorado de Sião (uma sociedade secreta
fundada em Jerusalém no ano de 1099), tivesse verdadeiro horror do
Catolicismo. E foi assim que nasceram os diversos apocalipses, as cruzadas,
a caça às bruxas, as perseguições religiosas,
os tribunais públicos contra a heresia, as fogueiras medievais, a
Cadeira de Inquisição, o Berço de Judas, o Caixão
da Tortura, o Arranca-seios, a Pera, a Serra, o Rack, o Corta-joelhos, o
Triturador de Cabeças, a Dama de Ferro, a Mesa de Evisceração,
as concordatas, as indulgências, os conciliábulos, as crendeirices,
as superstições, o céu, os milagres, os santos de barro
que choram sangue, o limbo, o inferno, os demônios, os escolhidos,
os condenados, os mais ou menos, o medo, a excomunhão, o exorcismo,
a confissão auricular, o dízimo escorchador, o celibato, os
sofrimentos auto-impostos, as penitências escabrosas, o cilício,
as auto-imolações, a riqueza incalculável do Istituto
per le Opere di Religione etc. etc. etc. Afinal, estas coisas
repulsivas, odiosas, atrozes, execráveis e revoltantes são
ou não são atos de pura Magia Negra, todos praticados em nome
de deus e de uma fé deturpada e psicopatológica? Bem, enquanto
a res extensa
(coisa extensa) prevalecer sobre a res
cogitans (coisa pensante), veremos acontecer por aí coisas
como estas e até piores e mais degradantes. Basta recordar, por exemplo:
1º) o suicídio/assassinato em massa, em 18 de novembro de 1978,
de 918 dos membros do culto Templo dos Povos, em Jonestown, Guiana, liderado
por Jim Jones; 2º) o ataque com gás sarin no Metrô de
Tóquio, em 20 de março de 1995, perpetrado por membros do
culto apocalíptico chamado Aum Shinrikyo; e 3º) os brutais atentados
terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas
como 11 de setembro) contra os Estados Unidos da América, coordenados
pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda.
Isaacus
Neutonuus
com 46 anos de idade
(Retratado por Godfrey Kneller, 1689)
Suposto
Emblema Oficial do Priorado de Sião
O
Manuscrito Apocalíptico de Newton
Música
de fundo:
Bibbidi-Bobbidi-Boo
(The Magic Song – Cinderella)
Compositores: Al Hoffman, Mack David & Jerry Livingston
Interpretação: Verna Felton
Fonte:
https://mp3cc.biz/m/896861-verna-felton/3887002-bibbidi-
bobbidi-boo-the-magic-song-cinderella-iz-driving-with-disney/
Páginas
da Internet consultadas:
http://imagens.us/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Priorado_de_Si%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contagem_longa
http://www.oarquivo.com.br/extraordinario/temas-inexplicados/
5066-fim-do-mundo-ser%C3%A1-em-2060,-previu-newton.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Newton
https://extra.globo.com/noticias/page-not-found/texto-de-isaac-newton
-aponta-que-mundo-acabara-em-2060-23111175.html
https://mitologia.blogs.sapo.pt/
https://steamcommunity.com/
https://giphy.com/explore/fear
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https://www.kisspng.com/
https://dribbble.com/
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