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Notas:
1. A
origem da expressão mea
culpa, mea maxima culpa
vem da prece tradicional da Missa da Igreja Católica conhecida como
Confiteor
(latim para eu confesso), na qual o fiel reconhece seus erros perante Deus.
O texto tradicional em latim é: Confiteor
Deo omnipotenti, beatae Mariae semper Virgini, beato Michaeli Archangelo,
beato Joanni Baptistae, sanctis Apostolis Petro et Paulo, omnibus Sanctis,
et tibi pater: quia peccavi nimis cogitatione verbo, et opere: mea culpa,
mea culpa, mea maxima culpa. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem,
beatum Michaelem Archangelum, beatum Joannem Baptistam, sanctos Apostolos
Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te Pater, orare pro me ad Dominum Deum
Nostrum. Eu pecador me confesso
a Deus todo-poderoso, à sempre
bem-aventurada Virgem Maria, ao
bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João
Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo,
a todos os Santos e a vós, Padre, porque pequei muitas vezes, por
pensamentos, palavras e obras, por minha culpa, minha culpa, minha máxima
culpa. Portanto, rogo à sempre
bem-aventurada Virgem Maria, ao
bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João
Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo,
a todos os Santos e a vós, Padre, que rogueis a Deus Nosso Senhor
por mim.
Fonte
desta nota:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mea_culpa
2 e
2a. ... E assim
vedes, meu Irmão, que as verdades que vos foram dadas no Grau de
Neófito, e aquelas que vos foram dadas no Grau de Adepto Menor, são,
ainda que opostas, a mesma verdade.
Do Ritual do
Grau de Mestre do Átrio na Ordem Templária de Portugal. in:
Eros e Psique, Fernando Pessoa. Este poema foi publicado pela primeira
vez in Presença, números 41 e 42, Coimbra, maio de
1934. Com relação à esta citação, que
encabeça este poema, diz o próprio autor a uma interrogação
levantada pelo crítico Adolfo Casais Monteiro (Porto, 4 de julho
de 1908 – São Paulo, 23 de julho de 1972), em carta a este
último: A
citação, epígrafe ao meu poema 'Eros e Psique', de
um trecho (traduzido, pois o Ritual é em latim) do Ritual do Terceiro
Grau da Ordem Templária de Portugal, indica simplesmente –
o que é fato –
que me
foi permitido folhear os Rituais dos três primeiros graus desta Ordem,
extinta ou em dormência desde cerca de 1888. Se não estivesse
em dormência, eu não citaria o trecho do Ritual, pois se não
devem citar (indicando a origem) trechos de Rituais que estão em
trabalho.
Eros
e Psique
Conta
a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele
tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A
Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe
o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.
Mas
cada um cumpre o Destino –
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E,
se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.
E,
inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Música
de fundo:
Mea
Culpa
Composição: Hubert
Giraud & Michel Rivgauche
Interpretação: Edith
Piaf
Fonte:
http://beemp3.com/
Páginas
da Internet consultadas:
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Clock.gif
http://animation.dinamobomb.net/1/110.htm
http://www.illusionspoint.com/illusions/
animated-optical-illusions/page/5/
http://blog.audimated.com/audimated-com-2
/mea-culpa-audimated-emails/