MARINA SILVA
(
Pensamentos e Reflexões)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Objetivo do Texto

 

 

 

Este estudo pretendeu, despretensiosamente, repercutir alguns pensamentos e algumas reflexões de Marina Silva, ex-Ministra do Meio Ambiente, apeada do cargo por ter enfrentado conflitos constantes com outros ministros do Governo, quando os interesses econômicos se contrapunham aos objetivos de preservação ambiental. Em dezembro de 2006, enfraquecida por uma disputa com a Casa Civil que a acusava de atrasar licenças ambientais para a realização de obras de infra-estrutura, a então Ministra avisara que não estaria disposta a flexibilizar a gestão da pasta para permanecer no Governo. Incomodou, foi saída. Perderam o Brasil e o mundo, mas Marina não perdeu o juízo.

 

 

 

Breve Escorço Biográfico

 

 

 

Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima (Rio Branco, 8 de fevereiro de 1958) é uma política brasileira, ambientalista e pedagoga, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Nasceu em uma "colocação" (casas de seringueiros, geralmente construídas sobre palafitas) chamada Breu Velho, no Seringal Bagaço, a 70 km do centro de Rio Branco, capital do Estado do Acre. Seus pais, Pedro Augusto e Maria Augusta da Silva, tiveram onze filhos, dos quais oito sobreviveram.

 

Aos 15 anos, foi levada para a capital, com uma hepatite confundida com malária. Teve a proteção do então bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que a acolheu na casa das irmãs Servas de Maria. Queria ser freira. Analfabeta, foi matriculada no MOBRAL - o ambicioso projeto de alfabetização do regime militar.

 

Levada à atividade política e social pela Igreja Católica, Marina acabou por ter contato com obras marxistas quando entrou na universidade. Ali, se filiou ao Partido Revolucionário Comunista (PRC), que se abrigava no Partido dos Trabalhadores, sob o comando do deputado José Genoíno.

 

Formou-se em História pela Universidade Federal do Acre.

 

Foi professora na rede de ensino de segundo grau e engajou-se no movimento sindical. Foi companheira de luta de Chico Mendes e com ele, em 1985, fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Neste ano, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e candidatou-se a deputada federal, porém não foi eleita.

 

Em 1988, foi a vereadora mais votada do Município de Rio Branco, conquistando a única vaga da esquerda na Câmara Municipal. Como vereadora, causou polêmica por combater os privilégios dos vereadores e devolver benefícios financeiros que os demais vereadores também recebiam. Com isso, passou a ter muitos adversários políticos, mas a admiração popular também cresceu.

 

Exerceu seu mandato de vereadora até 1990. Neste ano, candidatou-se a deputada estadual e obteve novamente a maior votação. Logo no primeiro ano do novo mandato, descobriu-se doente: havia sido contaminada por metais pesados quando ainda vivia no seringal.

 

Em 1994, foi eleita senadora da República, pelo Estado do Acre, com a maior votação, enfrentando uma tradição de vitória exclusiva de ex-governadores e grandes empresários do Estado. Foi Secretária Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores, de 1995 a 1997.

 

Pode-se dizer que se tornou uma das principais vozes da Amazônia, tendo sido responsável por vários projetos, entre eles o de regulamentação do acesso aos recursos da biodiversidade.

 

Em 2003, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, foi nomeada Ministra do Meio Ambiente. Desde então, enfrentou conflitos constantes com outros ministros do Governo, quando os interesses econômicos se contrapunham aos objetivos de preservação ambiental.

 

Em 13 de maio de 2008, cinco dias após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), cuja administração foi atribuída a Roberto Mangabeira Unger, Marina Silva entregou sua carta de demissão ao Presidente da República, em razão da falta de sustentação à política ambiental, e voltou ao exercício do seu mandato no Senado.

 

 

 

 

Política Sem Teologia é Puro Negócio

 

Por
Leonardo Boff

 

 

 

 

 

 

A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente representa uma pesada perda de qualidade política do Governo Lula. Por qualidade política entendo a competência do governante de manter a unidade dos contrários – contrários esses, inerentes a todo convívio social e democrático – que confere dinamismo e vida à sociedade. Marina Silva representava um pólo decisivo no Governo e fundamental para uma política responsável pelo futuro da vida e da integridade do Planeta: o cuidado com o ambiente inteiro e com as condições ecológicas que garantem a vida em toda sua imensa diversidade. No outro pólo estão outros, em maior número, que perseguem um projeto, que nos remete ao século XIX, de crescimento material acelerado e a todo custo, sem considerar a mutação das consciências ocorrida no Brasil e no mundo face principalmente às perigosas transformações negativas do estado da Terra, ocasionadas, em grande parte, por aquele projeto. A missão do governante é ser um homem de síntese, capaz de articular os pólos e ter a sabedoria suficiente para decisões estratégicas, mesmo difíceis, que garantam o futuro de nossa existência neste pequeno Planeta. O atual presidente mostrou essa capacidade de síntese. Mas desta vez, parece-nos, se operou desastroso desequilíbrio. Com a ausência de Marina Silva, há o risco do pensamento único e da obsessão furiosa pelo crescimento fazendo crescer nossa dívida para com a Natureza e as gerações futuras.

A ex-ministra Marina Silva mantinha tenaz coerência com a missão que se propôs de introduzir a partir de seu Ministério: a transversalidade do cuidado ecológico em todas as instâncias do poder, no esforço de conferir uma direção inovadora e à altura dos desafios contemporâneos ao desenvolvimento sócio-ambiental sustentável. Foi vista como obstáculo ao crescimento e como empecilho à modernização. E, efetivamente, era e precisava sê-lo. Não é possível com tudo o que sabemos da história e da experiência recente continuar com o tipo de crescimento retrógrado que visa a acumulação à custa da devastação da Natureza e do aprofundamento das desigualdades sociais. Há que se estigmatizar essa modernização conservadora e socialmente criadora de tantas vítimas no campo e nas cidades. As pressões contra a Ministra vindas do interior do próprio Governo e do exterior, de grupos poderosos ligados à pecuária e ao agronegócio, solaparam a sustentação política e a viabilidade de seu trabalho, especialmente, com referência à preservação da Floresta Amazônica. Retirou-se do ministério pela porta da frente, com elevado espírito público e ético, protestando lealdade e fidelidade ao presidente.

 

Marina Silva era uma das reservas éticas do Governo, uma referência de credibilidade para o Brasil e para o mundo. Mas ética era pouco para ela. Movia-a uma inspiração espiritual, de serviço à vida e de proteção a todo o Criado. Ela me faz lembrar a frase de um dos grandes pensadores da escola de Frankfurt, que foi um rigoroso marxista e materialista: Max Horkheimer. No final de sua vida, escreveu um instigante livro: 'Saudade do Totalmente Outro'. Aí, como marxista e não como cristão, diz: 'uma política, sem teologia, é puro negocio'. E explicava: teologia significa, aqui, a consciência de que o mundo não é a verdade absoluta, que não é o fim; teologia é a esperança de que tudo não se acabe na injustiça que tanto marca o mundo, que a injustiça não detenha a última palavra'. Estimo que Marina Silva mostrou em sua vida e prática a verdade desta sentença. Por isto, todos lhe somos agradecidos e devedores.

 

 

 

Pensamentos e Reflexões
de
Marina Silva

 

 

 

 

 

 

 

 

Marina Silva Exige
Refundação do Senado

 

 

O Globo: A senhora mudou de posição em relação à crise do Senado após o apelo do presidente Lula pela governabilidade?

Marina Silva: Eu vou defender a posição do afastamento do presidente Sarney por acreditar que é o melhor para o Senado; é a melhor forma de o presidente Sarney contribuir. Trata-se de um afastamento temporário para investigar todas as denúncias de irregularidades, num primeiro momento, e, em seguida, fazer uma reforma profunda na estrutura do Senado.

 


O Globo: E como mudar uma estrutura tão consolidada?

Marina Silva: Seria uma espécie de Constituinte interna, para rever tudo e interditar a falta de limites no Senado. Não basta apenas o viés da punição, mas é preciso uma refundação. Chegou a um ponto que parece que se criou um Estado Paralelo, sem controle algum.

 


O Globo: E ninguém sabia desse 'Estado Paralelo'?

Marina Silva: No mínimo, houve omissão, ausência e corresponsabilidade dos 81 senadores. Portanto, a obrigação de solucionar é de todos os senadores. As instituições adoecem e devem ser tratadas. Ninguém está demonizando pessoalmente o presidente Sarney; o afastamento temporário é só para ajudar na solução da crise.

 


O Globo: O presidente Lula alega que a crise política poderá ser muito maior com a saída de Sarney do cargo...

Marina Silva: Expressei minha opinião ao presidente Sarney e ao presidente Lula. É claro que consideramos as condições de governabilidade, mas obviamente que as questões políticas, como a sucessão de 2010, não podem se afastar dos princípios da legalidade e da ética. Não entro no mérito (dos argumentos) do presidente Lula, mas a solução tem que ser composta em cima de uma política ética e legal.

 


O Globo: No Senado, parte do PT está afinado com PSDB contra o maior aliado do Governo Lula, que é o PMDB. Por que isto?

Marina Silva: Nesse momento, dois partidos foram chamados à responsabilidade. São dois partidos que ocupam os dois pratos da balança política: o PT e o PSDB. E esses partidos devem fazer jus à estrutura e à responsabilidade histórica que têm. Espero que possamos surpreender a Nação. Enquanto o PT achar que pode resolver tudo sozinho, não vai conseguir. Os partidos mais em condições de resolver isso são o PT e o PSDB.

 


O Globo: O PT deve se aproximar mais do PSDB e se afastar do PMDB?

Marina Silva: Sobre o PMDB é uma questão de ponto de vista. Neste momento, no Senado, o PT tem uma opinião e o PMDB outra. Mas, no PMDB há outras pessoas que também defendem nossa posição. Existem pessoas de bem em todos os partidos e queremos reunir todos homens e mulheres de todos os partidos que queiram realmente reformar o Senado. Se (a crise) fosse uma questão meramente política, já estaria resolvida. É muito mais do que isso; é uma crise estrutural profunda.

 

O Globo: Há um enfrentamento entre senadores do PT e o presidente Lula?

Marina Silva: Não, não é isso. Trata-se do amadurecimento das relações do Partido que está no Governo e o Governo. Estamos fazendo a separação entre o olhar do Partido e o olhar do Governo. A diferença é quanto à forma de encaminhar essa solução.

 


O Globo: O presidente Lula conseguiu enquadrar a maioria da bancada do PT?

Marina Silva: A nossa reunião com o presidente foi de diálogo e não de enquadramento. Não houve isso. Há momentos em que os senadores se colocam como representantes da sociedade. É o que somos.


 

 

 

A desgraça de um país não é a sua elite; é não tê-la.

 

A Natureza tem uma estrutura feminina: não sabe se defender, mas sabe se vingar como ninguém.

 

A idéia de juntar meio ambiente e desenvolvimento é a equação deste século. As pessoas só conseguem ver o aqui e o agora, mas eu tenho que ver o depois.

 

Não é possível advogar pelo desenvolvimento sem promover a conservação ambiental. O País tem de aprender a viver com limites.

 

O Brasil precisa usar sua credibilidade internacional para ajudar os demais países a saírem da inércia e estabelecer uma nova dinâmica no processo de negociação dos compromissos da Convenção de Mudanças do Clima.

 

Trabalhar pelo reforço da consciência da defesa do meio ambiente e da importância das alternativas de desenvolvimento sustentável é um imperativo ético na minha vida.

 

Precisamos estabilizar o aumento da temperatura média anual do planeta abaixo de 2° C. Para isto, será preciso empreender um esforço descomunal para descarbonizar as Economias do mundo até o final do século. Para tanto, segundo as últimas avaliações científicas, será necessário reduzir as emissões mundiais em, no mínimo, 80% em relação aos níveis de 1990 até meados do século.

 

Estima-se que cerca de 50% das emissões brasileiras sejam oriundas de desmatamento; portanto, a meta de redução do desmatamento em 80% até 2020 é uma significativa contribuição para redução das emissões globais, mas este esforço pode ser anulado se o mesmo comprometimento não for assumido também pelos demais países emergentes.

 

O mal de que sofremos hoje em dia é a humildade no lugar errado. A modéstia deslocou-se do órgão da ambição. A modéstia se fixou no órgão da convicção, onde nunca deveria estar. (Gilbert Keith Chesterton, apud Marina Silva).

 

 

A Arte

 

Mesmo sem rima
É poética;
Mesmo sem forma
É estética;
Mesmo sem voz
É profética;
Mesmo em segredo
Revela-se.
Fala além de seu
Tempo,
Qual onda eleva-se
Aos ventos,
A inundar litorais.

 

Que o bem que conseguirmos espalhar em nosso tempo possa inundar de esperanças os sonhos daqueles que ainda não nasceram.

 

Sobre a Lei 11.952/09, que estabeleceu regras para uma regulamentação fundiária da Amazônia: Fiquei estarrecida. Pela Lei, não existiu grilagem na Amazônia nos últimos 20 anos. As pessoas foram para lá por incentivo das políticas públicas, e estão cumprindo a função social da terra. Isto é absurdo e, pior: equivale a dar uma senha para que as pessoas que hoje ocupam irregularmente essas terras, mais tarde, tenham suas propriedades regularizadas.

 

Sobre a concessão para exploração da Floresta Amazônica: A proposta ambiental que faça esse manejo tem que ser altamente rigorosa e cuidadosa para que a exploração seja também uma estratégia de conservação. Em segundo lugar, que tenha capacidade de rendimento do ponto de vista econômico para que possamos maximizar os lucros, as vantagens, os benefícios econômicos. Até porque há um grande desperdício quando você não é capaz de processar a matéria-prima, de agregar valor, e isso leva a essa atividade de rapina, em que precisa avançar sobre mais e mais aéreas. E, em terceiro lugar, que seja capaz de gerar benefícios sociais, porque, afinal de contas, você tem na Amazônia mais de 20 milhões de seres humanos que precisam viver com dignidade. Você não pode fazer um processo em que cada um fique 10 anos, 15 anos e 20 anos e deixe o problema para quem virá. A pessoa que ganha a licitação completará um ciclo em que ela poderá ser avaliada se, de fato, aquela Floresta está sendo regenerada. Agora, se for identificado que ela não está cumprindo as regras, o contrato poderá ser rompido pelo poder público.

 

Sobre o cultivo de dendê na Amazônia: Com a recuperação de áreas degradadas com dendê, abre-se mais uma frente preocupante.

 

Hoje, as medidas adotadas tornam claro e irreversível o caminho de fazer da política socioambiental e da Economia uma única agenda, capaz de posicionar o Brasil de maneira consistente para operar as mudanças profundas que, cada vez mais, apontam o desenvolvimento sustentável como a opção inexorável de todas as nações.

 

Chico Mendes viu, antes de todos, as amplas possibilidades abertas pelo desenvolvimento sustentável para perpetuar a vida de populações tradicionais de seringueiros, de índios, de caboclos, de ribeirinhos, de quebradeiras de coco... A experiência lhe ensinara como manejar as riquezas da Amazônia sem destruí-las, extraindo delas apenas o necessário ao sustento de sua família. O sonho esbarrara, no entanto, na ambição desmedida de outros que desejavam colocar a mata abaixo para abrir pastagens e explorar suas terras sem compromisso com o meio ambiente.

 

Chico Mendes foi um coração voluntário na defesa da Floresta.

 

Hoje, ninguém mais chama a Amazônia de 'inferno verde', que precisa ser ocupada e desenvolvida de qualquer jeito; há uma consciência da necessidade de preservá-la.

 

O modelo predatório de desenvolvimento, de remoção da Floresta para outros tipos de atividade, tem pelo menos 400 anos no Brasil, e contou com financiamento, com tecnologia, com políticas públicas no mais alto grau de suporte e com toda uma base de políticos e governantes apoiando esse modelo. Já o modelo de desenvolvimento sustentável começou há apenas 20 anos!

 

O maior avanço que tivemos foi na consciência das pessoas. Se nós pararmos para pensar que, há 20 anos, o Chico Mendes era uma pessoa praticamente isolada, com poucos apoios fora do Acre, e hoje vermos o que significa a preocupação do País inteiro com a Amazônia, é uma coisa que a gente nem conseguiria imaginar.

 

O Governo não pode ter a pretensão de fazer sozinho as mudanças que a sociedade reclama, porque elas terão de ser feitas pela sociedade para que o País dê certo e tenha um novo momento na sua história. O próprio Chico Mendes jamais teve a ilusão de que a mudança seria feita por pessoas e, por isso, sempre lutou numa perspectiva coletiva, integradora. Essa foi a grande lição que aprendi com Chico: buscar uma atuação horizontalizada, em rede, chamando os mais diferentes atores, dos mais diferentes segmentos, para divulgar e promover as mudanças que se tornavam necessárias.

 

Quando nos lembramos que 50% do Produto Interno Bruto brasileiro provêm dos nossos recursos naturais, fica claro que destruí-los será a catástrofe.

 

Hoje, todos nós sabemos que somos finitos como raça. E, além de não sabermos como lidar com a imprevisibilidade dos fenômenos climáticos, temos pouco tempo para aprender como fazê-lo. É preciso, porém, não maximizar nem minimizar essa urgência, pois, esse comportamento não ajuda; mas, sim, devemos manter – cada um de nós constância de ações naquele rumo.

 

A questão ambiental, no mundo, vem sendo alçada a um patamar inédito na história da Humanidade. As mudanças climáticas globais e suas conseqüências no Brasil exigem um amplo esforço de fortalecimento das estruturas de Governo para fazer face aos desafios que nos estão colocados.

 

Vamos atravessar este novo século discutindo meio ambiente e desenvolvimento, queiram ou não queiram.

 

Antes de pensar o que concretamente nós vamos fazer, temos que pensar o que vai orientar o nosso fazer.

 

Podemos nos tornar mais atrativos ao Planeta pelos exemplos de produção sustentável, elevando os padrões de consumo mundiais.

 

O custo do cuidado é sempre menor que o custo do reparo.

 

Talvez o que tenhamos que aprender a fazer seja algo que tenho chamado de 'aeróbica da musculatura do acerto', fortalecendo-a como a melhor forma de combater a 'musculatura do erro'. Oferecendo para este último o melhor dos ensinamentos do amor, que é o ato de oferecer a outra face. Para a face da prepotência, a humildade de aceitar-se também como falho. Para a face do descaso, o compromisso que cria e gera alianças. Para a face da vaidade, da voracidade pelo poder e para a autoria das coisas, o compartilhar autorias, realizações, reconhecimentos.

 

Sempre digo que, se tivermos o propósito ético de nos desenvolvermos com justiça social e ambiental, haveremos de achar as respostas técnicas. Daí ser fundamental que este propósito se construa nos diferentes diálogos que constituirão o grande pacto ambiental da Nação Brasileira.

 

Se o governante não quer para si a doença degenerativa da ambição pelo poder em si, deve ser precavido, em benefício tanto de sua própria essência humana e do sentido maior de sua vida, quanto em nome da sociedade, por um imperativo ético.

 

É nosso papel induzir, oferecer soluções, despertar consciências, procurar e estimular parcerias, demandar participação em decisões nas quais o componente ambiental deva ser considerado. Devemos mostrar, enfim, a viabilidade de se chegar a uma realidade na qual, ao se falar em políticas públicas, estaremos de fato falando em um projeto de desenvolvimento integrado, nacional, voltado para um futuro melhor para todos, sem descuidar das emergências do presente.

 

O servir é a palavra para quem quer ser um líder de verdade. Muitos líderes têm perdido porque não entendem que ser líder é mais servir do que ser servido.

 

Você pode escolher ser um político que tem a esperteza do mundo ou um político que tem o Espírito de Deus. A esperteza do mundo é passageira, e, se você a escolher, saiba que a primeira coisa que vai acontecer é que o Espírito de Deus irá se afastar de você.

 

 

 

 

 

 

 

 

Páginas da Internet visitadas:

http://oglobo.globo.com/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Marina_Silva

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/12/22/
para-marina-silva-chico-mendes-foi-coracao-
voluntario-na-defesa-da-floresta-587502738.asp

http://www.radiobras.gov.br/especiais/
Chico%20Mendes/chicomendes8.htm

http://noticias.gospelmais.com.br/ministra-marina-
silva-se-reune-com-liderancas-evangelicas.html

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/
01/11/materia.2008-01-11.3854821999/view

http://www2.fpa.org.br/portal/modules/
news/article.php?storyid=3944

http://politicaetica.com/2009/06/28/marina-silva-pro
poe-fiscalizar-regularizacao-fundiaria-da-amazonia/

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/07/05/
marina-silva-exige-refundacao-do-senado-
parece-que-se-criou-um-estado-paralelo-756674682.asp

http://www.blogdoalon.com.br/2009/06/
jogo-do-poder-com-marina-silva-0107.html

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3830756-EI65
86,00-Discurso+da+senadora+Marina+Silva+em+Oslo.html

http://pt.wikiquote.org/wiki/Marina_Silva

 

Fundo musical:

Campanha da Fraternidade 2007 – Hino da Campanha Amazônia