Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Nelson Rolihlahla Mandela (Qunu, 18 de julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. É considerado o principal representante do movimento antiapartheid, como ativista, sabotador e venerando revolucionário. Reconhecido como um incansável batalhador pela liberdade, Nelson era tido pelo escrotérrimo Estado aparteísta-racista da África do Sul como terrorista.

 

Ora senhores aparteístas (ainda) de plantão: peraí um instantinho! Convenhamos: há uma diferença inconciliável e abissal entre ser um revolucionário e ser um terrorista. O Mestre Jesus, Mohandas Karamchand (Mahatma) Gandhi (Nova Déli, 2 de outubro de 1869 – Nova Déli, 30 de janeiro de 1948), Ernesto Che Guevara (Rosário, Argentina, 14 de junho de 1928 – La Higuera, Bolívia, 9 de outubro de 1967) e Nelson Mandela, por exemplo, não foram terroristas; foram revolucionários. Isto precisa ser bem explicado. Um revolucionário é favorável à quebradura dos sistemas jurídico, político, social, econômico e/ou cultural vigentes, com a subseqüente formação de um novo sistema, com ou sem luta armada. Para o filósofo-político, historiador do pensamento político e senador vitalício italiano Norberto Bobbio (Turim, 18 de outubro de 1909 – Turim, 9 de janeiro de 2004), revolução é a tentativa, que não precisa ser acompanhada do uso da violência, de derrubar as autoridades políticas existentes e de as substituir, a fim de efetuar profundas mudanças nas relações políticas, no ordenamento jurídico-constitucional e na esfera sócio-econômica. Assim, sem erro, pode-se considerar que Jesus e Gandhi foram os dois maiores revolucionários que a História conheceu e registrou. Jesus foi um revolucionário do Amor e do Sumo Bem; o Mahatma Gandhi foi um revolucionário da Paz e da Liberdade – um defensor ativo, laborioso e enérgico do satyagraha (o caminho da verdade, princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como meio de fazer a revolução. Já, por outro lado, um terrorista se serve de um método que consiste no uso de violência, física ou psicológica, contra a ordem estabelecida, através de ataques metódicos e organizados a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o círculo das vítimas para incluir o resto do território. Há dois tipos básicos de terrorismo: 1º) O terrorismo seletivo que visa atingir diretamente um indivíduo ou um grupo específico de indivíduos. Seletivo significa que tem em mira um alvo reduzido, limitado, específico e conhecido (preestabelecido) antes de ser efetuado o ato terrorista. Objetiva, fundamentalmente, chantagem, vingança ou eliminação de um obstáculo. Considera-se terrorismo porque tem efeitos camuflados e efeitos políticos, e pretende pôr em causa uma determinada ordem estabelecida; e 2º) O terrorismo indiscriminado ou aleatório que se destina a fazer um dano irreparável a um agente indefinido ou considerado irrelevante. Geralmente não há um alvo estabelecido previamente. Este tipo de terrorismo visa a propagação do medo geral na população e intenciona alcançar seu objetivo por um sentimento geral de instabilidade e de insegurança. Exemplos: colocação de bombas em cafés, parques de estacionamento, prédios (públicos ou privados), hotéis, mercados, templos religiosos, metrôs etc. Dois dos piores ataques terroristas deste Terceiro Milênio – que talvez possam ser considerados uma mistura dos dois tipos acima, pois os alvos foram preestabelecidos, mas se destinaram a produzir danos irreparáveis e comoção mundial – foram o nine-eleven (ataque contra as torres gêmeas do World Trade Center, em New York City, em 11 de setembro de 2001), com 3.234 mortes (incluindo 19 terroristas) e desaparecimento de 24 pessoas, e o atentado praticado no metrô espanhol, também conhecido como 11-M, que deixou 191 mortos e 1.700 feridos em Madri, em 11 de março de 2004. Há, ainda, o terrorismo de Estado caracterizado e praticado por governos ou regimes ditatoriais, autoritários ou totalitários, em que os direitos individuais ou de variados grupos são absurda, preconceituosa e sistematicamente violados. O terrorismo de Estado visa a eliminação física de minorias étnicas ou dos adversários de um regime. Este tipo de terrorismo, idealizado e apoiado pelos órgãos de inteligência dos Estados Unidos da América, foi comum nos Governos ditatoriais e autoritários da América do Sul dos anos 1970 para o enfrentamento dos movimentos de extrema esquerda, notadamente no Brasil, no Chile e na Argentina, como foi o caso da Operação Condor – uma aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai) catervamente criada nas sombras da noite com o objetivo sinistro e desumano de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras instaladas naqueles seis países do Cone Sul. Voltando um pouco mais no tempo, pela enegésima vez, recordo que as bombas nucleares (Little Boy, com 13 quilotons de potência, e Fat Man, com 25 quilotons de potência) lançadas por ordem do então presidente americano Harry S. Truman (Lamar, Missouri, 8 de maio de 1884 – Kansas City, Missouri, 26 de dezembro de 1972) sobre o Japão (respectivamente sobre Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e sobre Nagazaki, em 9 de agosto de 1945) foi o maior, o mais sangrento, o mais anti-humano e o mais vergonhoso duplo atentado terrorista estatal já praticado até hoje na História conhecida da Humanidade. Mais de 170 mil civis perderam a vida (muitos por sublimação1 instantânea) em um ataque que, sabidamente, não tinha como objetivo vencer a guerra, pois ela já estava mais do que ganha, mas fazer uma demonstração de força para a União Soviética.

 

 

 

A Batalha de Alcácer-Quibir – ainda hoje conhecida em Marrocos como a Batalha dos Três Reis – travada no verão de 1.578, em Alcácer-Quibir, entre os portugueses liderados por D. Sebastião e os muçulmanos de Marrocos, o genocídio de nativos na América do Norte com uma estimativa de mortos de 3 milhões de indivíduos, o genocídio de tutsis em Ruanda em 1.999 com uma estimativa de mortos de 800 mil indivíduos, a Guerra da Tríplice Aliança (união entre Brasil, Argentina e Uruguai para lutar contra o Paraguai na Guerra do Paraguai2 entre 1.864 e 1.870) com cerca de 300.000 mortos entre militares e civis, a anexação do Tibete como província, em 1.950, pelo regime comunista da China, as vítimas da repressão estalinista (executados: 1,5 milhão; fome e privações nos gulags: 5 milhões; deportados: 1,7 milhão; prisioneiros civis: um milhão), a invasão do Iraque, a ocupação do Afeganistão, os genocídios cometidos na Bósnia e Herzegovina, na Croácia e no Kosovo perpetrados por Slobodan Miloševic (Požarevac, 20 de agosto de 1.941 – A Haia, 11 de março de 2.006) durante a década de 1.990 e as incursões de Israel no Líbano e na Faixa de Gaza são mais alguns exemplos de formas desproporcionais e medonhas de terrorismo de Estado. Mas, salvo melhor juízo, o mais repugnante terrorismo de Estado orquestrado foi o cometido pelo Dezoito (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945) e pelos seus esquizofrênicos asseclas nazistas durante a Segunda Grande Guerra. Entretanto, tudo isto pode e deve ser perdoado, mas jamais deverá ser esquecido! Melhor se pudermos compreender o porquê destas coisas. Compreender facilita o perdão e o satyagraha, e libera do envolvimento/envenenamento psíquico com estes tipos de horrores.

 

Enfim, como é próprio da natureza humana, o que é profundamente lamentável, os opressores de povos acusam de terroristas os revolucionários, para poder massacrá-los a pretexto de combater o terror, quando eles, os opressores, é que são os verdadeiros terroristas. O nome disto é hipocrisia, algo que Jesus fez questão de execrar, na pessoa geral dos fariseus.

 

 

 

 

 

Mandela formou-se em Direito e desde cedo deu início à sua atividade política. Com a implantação do aparteísmo no seu País, no fim da década de 40, opôs-se frontalmente à segregação e aos preconceitos raciais. Em conseqüência, foi sujeito à prisão e julgamento em 1962. Em 12 de junho de 1964 foi sentenciado novamente, desta vez à prisão perpétua (apesar de ter escapado de uma pena de enforcamento), por planejar ações armadas, em particular sabotagem (o que Mandela admite) e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega). No decorrer dos vinte e seis anos seguintes, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor Libertem Nelson Mandela se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos antiapartheid ao redor do mundo.

 

Em 1993, com Frederik Willem de Klerk (Joanesburgo, 18 de março de 1936), que foi presidente da África do Sul entre setembro de 1989 e maio de 1994, recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial. Em maio de 1994, tornou-se ele próprio o presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do País.

 

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública.

 

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Semelhantemente a outros estudos publicados anteriormente, este está focalizado no pensamento e nas reflexões de Nelson Mandela. Ora, se considerarmos que os fragmentos que garimpei aqui e ali podem ser lidos em dez ou quinze minutos, e se pensarmos nos vinte e tantos anos que Nelson esteve preso nos porões insalubres do regime fedorentérrimo do apartheid, este estudo está devendo muito, muito e muito a este Grande Sul-africano. Portanto, os excertos que se seguirão representam menos do que uma gota da longa trajetória reflexiva de Nelson. Eu fico só imaginando o quanto Nelson deve ter pensado nas décadas em que esteve preso e apartado de tudo. Se ele for como eu, deve ter falado muito sozinho! Enfim, a vida tem dessas coisas, e, às vezes, contraditória e inesperadamente, é como ele mesmo disse: No meu País, primeiro vamos para a prisão; depois, nos tornamos presidente. Outras vezes – como aconteceu do outro lado do Atlântico em um admirável e grandioso patropi o indivíduo, primeiro, tem que se formar em torneiro mecânico; depois, tem que perder o dedo mínimo da mão esquerda; e, finalmente, tem que se candidatar cinco vezes à presidência para se tornar presidente. Seja como for, perder o dedo mindinho da mão esquerda e esperar décadas para ser eleito presidente da república é (mais do que) bem melhor do que passar quase trinta anos enjaulado por não ser blond e não ter blue eyes. Pode um nonsense destes?

 

 

 

 

Nelson Rolihlahla Mandela
(Pensamentos e Reflexões)

 

 

 

 

 

 

 

 

Bravo não é quem sente medo; é quem o vence.

 

Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna – que é a ação da massa unida – e o martelo – que é a luta armada – devemos esmagar o 'apartheid'!

 

Que nós nunca esqueçamos aquelas gerações que mudaram o regime do 'apartheid' e tornaram nossa liberdade possível através de muitos anos de luta.

 

Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós. Não está apenas em um de nós: está em todos nós. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros.

 

Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável.

 

Não há caminho fácil para a liberdade.

 

A derrubada da opressão foi sancionada pela Humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre.

 

Não sou um santo. A menos que, para você, um santo seja um pecador que simplesmente segue se esforçando.

 

A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias.

 

A violência do Governo só pode fazer uma coisa: gerar a contra-violência.

 

A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.

 

Sonho com o dia em que todos se levantarão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.

 

Em visita à prisão da Ilha Robben, em 1995, onde passou parte de seus 27 anos de cadeia: Marcados nessas pedras você vai encontrar a dor de nossa luta, a tristeza de nossas perdas e os alicerces de nossa vitória.

 

Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição...

 

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem, ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode estar oculta, mas jamais poderá ser extinta.

 

Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria é uma concha vazia.

 

Depois de escalar uma montanha muito alta, descobrimos que há muitas outras montanhas por escalar.

 

Eu faço tudo isso em nome dos princípios morais segundo os quais não podemos abandonar aqueles que nos ajudaram nos momentos mais sombrios da História do nosso País.

 

Se existem sonhos sobre uma bela África do Sul, há também estradas que levam a este objetivo. Duas destas estradas podem ser chamadas Bondade e Clemência.

 

Nunca, nunca e nunca de novo esta bela terra experimentará de novo a opressão de um sobre o outro.

 

Cultivo minha própria liberdade carinhosamente, mas cuido ainda mais da nossa liberdade. Tantos têm morrido desde que deixei a prisão. Tantos têm sofrido pelo amor à liberdade. Devo isto às suas viúvas, aos seus órfãos, às suas mães e aos seus pais, que enlutaram e sofreram por eles.

 

Sonho com uma África em paz consigo mesma.

 

Uma nação não deveria ser julgada pela forma que trata seus mais ilustres cidadãos, mas como trata os seus mais simplórios.

 

Não há revelação mais aguçada do espírito de uma sociedade do que a forma pela qual ela trata seus filhos.

 

Não há mais caminho fácil para a liberdade em lugar algum, e muitos de nós têm que atravessar o vale das sombras da morte de novo e de novo antes de alcançarmos o topo da montanha de nossos desejos.

 

Se você falar com um homem em uma linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu Coração.

 

Deixe a liberdade reinar. O Sol nunca brilha tão glorioso como diante de uma conquista humana.

 

Minha luta é por uma sociedade democrática, livre, onde todas as pessoas de todas as raças vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais.

 

Sobre a eleição de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos da América: Sua eleição para este alto cargo tem inspirado as pessoas como poucos acontecimentos fizeram recentemente... Hoje, de alguma forma, lembramos o entusiasmo e a animação, em nosso próprio País, no momento de nossa transição para a Democracia... As pessoas, não apenas em nosso País mas ao redor do mundo, foram inspiradas a acreditar que a injustiça pode ser superada através do trabalho humano, e que juntos podemos alcançar uma vida melhor para todos... Você, senhor Presidente, trouxe uma nova voz de esperança para que esses problemas sejam resolvidos, e que nós possamos de fato mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor... Você sempre terá nosso afeto, como um homem jovem que se atreveu a sonhar e a seguir seu sonho...

 

Se os Estados Unidos da América e a Inglaterra estão tendo eleições, eles não pedem observadores da África ou da Ásia. Mas quando temos eleições, eles querem ser observadores.

 

Este é um dos momentos mais importantes na vida de nosso País. Estou aqui, em frente a vocês, repleto de profundo orgulho e alegria – orgulho das pessoas comuns e humildes deste País. Vocês têm demonstrado tanta calma, paciência e determinação para reclamar este País para vocês, e, agora, com alegria, podemos gritar dos telhados: Finalmente livres! Finalmente livres!

 

Quando o sangue começa a ferver, é tolice desligar o coração.

 

Seja qual for o castigo que sua crença considera justo para me impor pelo crime pelo qual fui condenado ante esta Corte, tenha certeza de que quando minha sentença for completada, ainda serei compelido pelo o que os homens sempre são: pela consciência.

 

A beleza curiosa da música africana é que ela anima mesmo quando nos conta uma história triste. Você pode ser pobre, pode ter apenas uma casa desmantelada, pode ter perdido o emprego, mas essa canção lhe dá esperança. A música africana é sempre sobre as aspirações do povo africano.

 

Eu odeio o racismo, pois o considero uma coisa selvagem, venha ele de um negro ou de um branco.

 

Somente homens livres podem negociar; prisioneiros não podem fazer acordos. Sua liberdade e a minha não podem ser separadas.

 

Isto foi uma das coisas que me preocuparam: ter ascendido à posição de semideus. Pois, daí em diante, você não é mais um ser humano. Eu queria ser conhecido como Mandela, um homem com fraquezas – algumas das quais são fundamentais – e um homem que é engajado.

 

No meu País, primeiro vamos para a prisão; depois, nos tornamos presidente.

 

A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês pode se tornar uma médica, que o filho de um mineiro pode se tornar o diretor da mina, que uma criança de peões de fazenda pode se tornar o presidente de um país.

 

Como eu tenho dito, a primeira coisa é ser honesto consigo mesmo. Você não pode nunca ter um impacto sobre a sociedade se não mudou a si próprio... Os grandes pacificadores são todas pessoas íntegras, honestas, exceto humildes.

 

Se quiser fazer as pazes com o seu inimigo, você tem que trabalhar com ele. Daí, ele se torna seu parceiro.

 

Sempre parece impossível até que seja feito.

 

Como um líder, eu sempre me esforcei para ouvir o que cada pessoa tinha a dizer numa discussão antes de dar minha própria opinião. Com freqüência, minha opinião simplesmente representará um consenso do que eu ouvi na discussão. Eu sempre lembro o conceito básico: um líder é como um pastor de ovelhas. Ele fica atrás do rebanho, deixando o mais esperto sair na frente, sendo seguido pelos outros, sem reconhecer que, desde o início, eles estão sendo dirigidos por trás.

 

A maior glória em viver não está em jamais cair; mas em levantar cada vez que caímos.

 

A liberdade não é meramente tirar as correntes de alguém; mas, sim, viver de uma forma que respeite e aumente a liberdade dos outros.

 

Sobre a luta contra o preconceito: Esse é um ideal pelo qual espero viver e também alcançar. Mas, se necessário for, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer.

 

Há vitórias que são importantes apenas para aqueles que as conseguem.

 

Enquanto quebrava pedras, percebi que eles haviam me roubado muita coisa. Haviam abusado de mim física e emocionalmente. Haviam me afastado de minha mulher e de meus filhos. Haviam me tirado tudo, à exceção da mente e do coração.

 

A AIDS não é mais só uma doença; é uma questão de direito humano. Como eu, que fiquei preso com uma sentença de prisão perpétua, as pessoas infectadas pelo HIV vivem com uma condenação para a vida toda. Temos os remédios e as formas de livrar as pessoas desta condenação em mãos. Precisamos agir juntos para fazer esta ajuda chegar as pessoas necessitadas.

 

 

 

Tudo o que Bush quer é o petróleo do Iraque, porque o Iraque produz 64 por cento do petróleo, e Bush quer apoderar-se dele.

 

Um líder não impõe uma decisão; modela-a.

 

Se você olhar esses assuntos, vai chegar à conclusão de que a atitude dos EUA é uma ameaça à paz mundial. É claramente uma decisão motivada pelo desejo de George W. Bush de agradar as indústrias de armas e do petróleo dos EUA.

 

Devemos lutar contra globalização, que é só para os ricos e para os poderosos...

 

Porque eles [os Estados Unidos da América] são tão arrogantes? Mataram pessoas inocentes no Japão durante o bombardeio de Hiroshima e Nagazaki... Seu amigo Israel tem armas de destruição em massa, mas como é um aliado deles, não pedem à ONU que force Israel a eliminá-las. Eles só querem o petróleo do [Iraque]... Devemos tornar isso público o mais possível.

 

... Referindo-se aos Estados Unidos da América e a George W. Bush: O que condeno é uma superpotência com um presidente que não consegue raciocinar adequadamente… e que quer levar o mundo a um holocausto.

 

A segurança só para alguns é, de fato, a insegurança para todos.

 

 

 

 



 

 

______

Notas:

1. A sublimação é a mudança instantânea do estado sólido para o estado gasoso, sem passar pelo estado líquido. O ponto de sublimação – assim como o ponto de ebulição e o ponto de fusão – é definido como o ponto no qual a pressão de vapor do sólido se iguala à pressão aplicada. Muitos químicos consideram que a passagem do estado gasoso para o estado sólido também é uma sublimação, mas, para este processo, eu prefiro denominar de re-sublimação. Mas, o que acontece quando uma arma nuclear explode? A temperatura de uma explosão nuclear é de vários milhões de graus Celsius. A explosão cria uma bola branca de fogo, e intenso calor e radiação são liberados em ventos de cerca de 1.500 quilômetros por hora. Uma nuvem em forma de cogumelo é produzida pela corrente de ar em ascensão. O topo da nuvem pode ter vários quilômetros de diâmetro. Em Hiroshima, nas vizinhanças do hipocentro, o que sobrou das pessoas que foram surpreendidas ao ar livre no momento da explosão do Little Boy foi tão-só suas sombras queimadas nas pedras. Sob essas extremas condições, o corpo humano é rapidamente vaporizado (sublimado). Aqueles que não estavam nas áreas próximas da destruição sofreram cegueira e terríveis ferimentos internos e externos e queimaduras que os levaram à morte. Quase todos os serviços médicos e de resgate foram destruídos. Um pouco mais distantes da catástrofe, os sobreviventes logo apresentaram vários efeitos da radiação. Os elevados níveis de exposição causaram sangramento na boca e nas gengivas, úlceras gangrenosas, hemorragias internas, diarréia hemorrágica, vômito, febre, delírios, coma terminal e morte em poucos dias. Nos casos de níveis mais baixos de exposição, os efeitos a longo prazo incluíram: nascimentos de fetos no início da gravidez com má-formação, danos ao sistema imunológico, cicatrizes e o risco de desenvolvimento de câncer. A geração seguinte também sofreu risco de câncer e de nascimento de bebês com problemas. A quantidade de radiação depende de onde a bomba é detonada, se no ar ou no solo, e a área coberta por essa energia devastadora varia de acordo com a velocidade e a direção do vento.

Esta nota foi editada da fonte:

http://www.bsgi.org.br/
publicacoes_quarterly_49destaque_07.htm

 



Reação de implosão
no núcleo de uma bomba nuclear

 

2. A derrota marcou uma reviravolta decisiva na história do Paraguai, tornando-o um dos países mais atrasados da América do Sul, devido ao seu decréscimo populacional, ocupação militar por quase dez anos, pagamento de pesada indenização de guerra, no caso do Brasil até a Segunda Guerra Mundial, e perda de praticamente 40% de seu território para o Brasil e Argentina. Após a Guerra, por décadas, o Paraguai manteve-se sob a hegemonia brasileira. Sobre este conflito, o historiador Francisco Doratioto, graduado em história pela USP e doutor em História das Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, conclui: A Guerra do Paraguai foi fruto das contradições platinas, tendo como razão última a consolidação dos Estados nacionais na região. Essas contradições se cristalizaram em torno da Guerra Civil uruguaia, iniciada com o apoio do Governo Argentino aos sublevados, na qual o Brasil interveio e o Paraguai também. Contudo, isto não significa que o conflito fosse a única saída para o difícil quadro regional. A guerra era umas das opções possíveis, que acabou por se concretizar, uma vez que interessava a todos os Estados envolvidos. Seus governantes, tendo por bases informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram um conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível. Aqui não há ‘bandidos’ ou ‘mocinhos’, como quer o revisionismo infantil, mas sim interesses. A guerra era vista por diferentes óticas: para Solano López era a oportunidade de colocar seu País como potência regional e ter acesso ao mar pelo porto de Montevidéu, graças à aliança com os 'blancos' uruguaios e os federalistas argentinos, representados por Urquiza; para Bartolomeu Mitre era a forma de consolidar o Estado centralizado argentino, eliminando os apoios externos aos federalistas, proporcionando pelos 'blancos' e por Solano López; para os 'blancos', o apoio militar paraguaio contra argentinos e brasileiros viabilizaria impedir que seus dois vizinhos continuassem a intervir no Uruguai; para o Império, a guerra contra o Paraguai não era esperada, nem desejada, mas, iniciada, pensou-se que a vitória brasileira seria rápida e poria fim ao litígio fronteiriço entre os dois países e às ameaças à livre navegação, e permitira depor Solano López. Dos erros de análise dos homens de Estado envolvidos nesses acontecimentos, o que maior conseqüência teve foi o de Solano López, pois seu País viu-se arrasado materialmente no final da guerra. E, recorde-se, foi ele o agressor, ao iniciar a guerra contra o Brasil e, em seguida, com a Argentina.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Batalha_de_Alc%C3%A1cer-Quibir

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Guerra_do_Paraguai

http://viajarnaviagem.splinder.com/
tag/essa+vida+louca+no+japao

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/
alfa/hiroshima-e-nagasaki/hiroshima.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Bomba_at%C3%B4mica

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Ataques_de_11_de_Setembro_de_2001

http://pt.wikipedia.org/wiki/Terrorismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Opera%C3%A7%C3%A3o_Condor

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Revolu%C3%A7%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Mandela

http://www.imediata.com/
lancededados/IRAQUE/mandela.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/nelson-mandela/pag/6.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/nelson-mandela/pag/5.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/nelson-mandela/pag/4.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/nelson-mandela/pag/3.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/nelson-mandela/pag/2.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/nelson-mandela.html

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/mandela-
diz-obama-nova-voz-esperanca-416166.shtml

http://noticias.terra.com.br/

http://www.pensador.info/autor/Nelson_Mandela/

http://pt.wikiquote.org/wiki/Nelson_Mandela

 

Fundo musical:

Pata Pata
Compositora: Miriam Makeba
Intérprete: Miriam Makeba

Fonte:

http://www.charles50tao.com.br/
diversas_internacionais_IV.htm

 

Observação:

Miriam Makeba (Joanesburgo, 4 de março de 1932 – Castel Volturno, Itália, 10 de novembro de 2008) foi uma cantora sul-africana também conhecida como Mama África e grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal. Com o fim do apartheid e a revogação das respectivas leis, Miriam Makeba regressou finalmente à sua pátria em 1990, a pedido do presidente Nelson Mandela, que a recebeu pessoalmente à chegada. Agraciada em 2001 com a Medalha de Ouro da Paz Otto Hahn, outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas por relevantes serviços pela paz e pelo entendimento mundial, Miriam continuou a fazer shows em todo mundo e anunciou uma digressão de despedida com dezoito meses de duração. Em 9 de novembro de 2008, apresentou-se em um concerto a favor de Roberto Saviano, em Castel Volturno (Itália). No palco, sofreu um ataque cardíaco e morreu no hospital na madrugada do dia 10 de novembro. Para o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Miriam Makeba era uma das mães da luta contra o 'apartheid'. Foi a primeira-dama sul-africana da canção e ostentou com merecimento de sobra o título de 'Mama África', pois foi uma mãe para a nossa luta e para a nossa jovem nação, escreveu Nelson Mandela em um comunicado. E acrescentou: Por muitas décadas, anos antes de eu ter sido preso, 'Ma Miriam' ocupou um lugar importante nas nossas vidas e desfrutamos das suas comoventes atuações. A música de Miriam Makeba inspirou um sentimento de esperança nos sul-africanos.