A notícia se espalhou como praga de gafanhotos:

— Morreu Malvadezza Valentão! Já foi tarde o safadão!

Na comunidade, por todo lado, gritavam os garotos:

— Malvadezza Valentão já era! Viva nossa libertação!

 

 

No purgatorìus¹, o filme passava de trás pra frente;

e a coisa toda se repetia insistentemente a atenazar.

E o bandarra (do lado de cá, inzoneiro e doctiloqüente),

agora, lá, nu em pêlo e docilíssimo, chorava sem parar:

 

 

— Ô Seu Sete da Lira, dá aí uma colher de chá.

Juro por Exu e por Oxalá que agora eu tomo jeito.

Esse filme de trás pra frente tá difícil de 'aturá'.

Sempre considerei Vossência meu amigo do peito.

 

 

 

 

Xeque-mate

 

 

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Nota:

1. Personális et solubìlis purgatorìus.

 

Música de fundo:

Malvadeza Durão
Compositor: Zé Keti
Intérprete: Nara Leão

Fonte:

http://www.brasilemvinil.com/
faixa.asp?id=16947

 

Mais um malandro fechou o paletó.
Eu tive dó, eu tive dó.
Quatro velas acesas em cima de uma mesa,
E uma subscrição para ser enterrado.
Morreu Malvadeza Durão!
Valente, mas muito considerado!

 

Céu estrelado, lua prateada,
Muitos sambas, grandes batucadas.
O morro estava em festa quando alguém caiu
Com a mão no coração, sorriu.
Morreu Malvadeza Durão!
E o criminoso ninguém viu!
E o criminoso ninguém viu!

 

 

Observação:

A animação Malvadezza Valentão (Inzoneiro e Doctiloqüente) foi produzida a partir de uma charge, que utilizei por empréstimo, disponibilizada na Página da Internet:

http://orebate-josemilbs.blogspot.com/