China
Cães e Gatos São Cozidos em Caldeirões Ferventes
Em
junho, anualmente, acontece na China um Festival destinado aos comedores
de cachorro. O Festival do Cachorro é uma tradição
da gastronomia chino-coreana, que envolve cozinhar cães e gatos
vivos e, depois, comê-los e lamber as beiçolas.
Dizem
as lendas chinesas e coreanas que o consumo de carne de cachorro afasta
invernos frios demais, além de dar boa sorte e saúde.
Os habitantes de Yulin mantêm a idéia de que,
se no verão se come carne de cão, o vento do oeste muda
de rota e se vai.
O
animalicídio tem início no primeiro dia do solstício
de verão, no dia 21 de junho, que marca a chegada dos dias
mais quentes na China. No entanto, nos últimos anos, o Festival
tem começado uma semana antes do previsto, para evitar a presença
de ativistas e de jornalistas, que estimam que mais de 10 mil cães
morrem para a realização do papança.
Para
melhorar o sabor da carne, dizem os cozinhadores, enquanto o cão
ou o gato estão sofrendo, a adrenalina sobe, o que supostamente
dá um sabor picante ao bicho que está sendo cozinhado
vivo. Os gourmets chineses acreditam que, quanto mais dolorosa
for a morte do animal, a sua carne ficará mais suculenta e
macia e, por isto, alguns restaurantes quebram os ossos, e, às
vezes, esfolam os animais ainda vivos. Com-licença-da-má-palavra:
puta que os pariu a todos – animalicidas e comilões.
De
acordo com o depoimento de representantes da Organização
Suíça de Proteção dos Animais, após
a esfola dos animais, a sua agonia é chocante. Tentando desesperadamente
se proteger, a respiração, os batimentos cardíacos
e o movimento da pálpebra continuam visíveis entre 5
e 10 minutos.
Bem, seja como for, a imagem
de cães sendo levados em gaiolas para restaurantes chineses
(conforme mostra a animação abaixo) é chocante,
mas, quem parar para pensar um pouquinho, logo irá perceber
que não difere muito do transporte de frangos empilhados em
caminhões, no percurso da granja para os abatedouros e frigoríficos,
prática tão comum pelas estradas do mundo inteiro. A
crueldade é a mesma; só muda o bicho. Isto vale para
bois, porcos, cavalos, camelos, peixes, cordeiros, tubarões,
baleias, golfinhos, mariscos, ostras, caranguejos-reais, tartarugas,
caranguejos-das-neves, insetos variados etc.
Arthur
Schopenhauer estava absolutamente certo quando afirmou: A
compaixão pelos animais está intimamente ligada à
bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem
é cruel com os animais não pode ser um bom homem.