MAIEUTICANDO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

Dezembro. Domingo, cinco horas da tarde. Um calor infernal. Rofofócrates – Filósofo grego da melhor qualidade que havia trocado Peiraieús pelo Brasil – tomava uma geladíssima água do fruto da Cocos nucifera em um quiosque em Copacabana, no Rio de Janeiro, quando...

 

Rofofócrates? Que surpresa agradável!

 

O Filósofo parou de chupar o canudinho mergulhado no fruto da Cocos nucifera, e olhou na direção de quem o chamara. Imediatamente reconheceu Pizzintóteles – um aluno particular de Filosofia que tivera há alguns anos, que queria saber tudo, mas que, apesar de se esforçar muito, não conseguia entender lhufas de bulhufas de nada que dissesse respeito à Filosofia. Relampadejante, Rofofócrates se lembrou de quando desistira, depois de muito relutar, de dar aulas particulares a Pizzintóteles. Depois de tentar explicar, de todas as maneiras possíveis, a diferença inconciliável entre Filosofia e FiloSOPhIa, e de seu aluno contestar todas elas, Rofofócrates, educadamente, propôs a Pizzintóteles que lesse todos os pré-socráticos e as obras completas de Platão e de Aristóteles. Se quisesse, o que recomendava, também deveria ler As Enéadas, de Plotino. Quando ele completasse esta leitura, com uma presumida base mais sólida em Filosofia, ainda que elementar, as aulas particulares poderiam recomeçar. Continuar do jeito que estava, para ambos, era, mais do que uma perda de tempo, um padecimento inútil. Sete anos se passaram e Pizzintóteles sumira. Agora, ali, em Copacabana, no Rio de Janeiro, domingo, cinco horas da tarde, logo quando ele placidamente desfrutava da chupação de sua água de coco...

 

Pizzintóteles! Há quanto tempo! Por onde você tem andado?

 

Pois é, Rofofócrates. Você me mandou ler aquela montanha de livros do tempo dos Afonsinhos, mas eu não consigo entender como é possível que o 'a-peiron' seja algo não-surgido, embora exista, e que seja imortal. Como uma coisa pode ser, ao mesmo tempo, não-surgida e imortal? Leio, releio, torno a ler, e não entendo. Como não entendo, não consigo ir adiante. Para mim, isto tem sido um martírio.

 

Eu compreendo. E Platão? Leu alguma coisa? — Perguntou Rofofócrates.

 

Não li nada — Respondeu Pizzintóteles.

 

Aristóteles?

 

Nem pensar. Mas, já que nos encontramos — emendou rapidinho Pizzintóteles eu gostaria de ouvir sua opinião sobre um assunto que está me preocupando muito. Na verdade, são dois assuntos.

 

Está bem, com muito prazer. Mas, como você sabe, minha forma de pensar, seja lá o tema que for, nada adiantará para você. Já lhe expliquei isto. É você quem deve chegar às suas próprias conclusões. Experiência pessoal é normalmente intransferível, particularmente no âmbito das idéias.

 

O.k. É sobre o Irã, Rofofócrates. Há duas questões que estão me tirando o sono. Ahmadinejad quer ou não quer fazer a bomba? O que você acha? E, em segundo lugar, estou preocupadíssimo com esta moça, a Sakineh Ashtiani, que, teve sua pena morte por apedrejamento comutada para enforcamento.

 

Uma coisa de cada vez — advertiu Rofofócrates.

 

Então, se você concordar, comecemos pela sentença de morte imposta à Sakineh Ashtiani — propôs Pizzintóteles.

 

Está bem — concordou Rofofócrates. Você lembra quando discutíamos a questão da unicidade do Universo?

 

Lembro perfeitamente bem; mas a diferença entre Filosofia e FiloSOPhIa ainda não compreendo — respondeu Pizzintóteles.

 

Para o momento, isto não tem importância. Mas, se você compreendeu que o Universo é um, haverá alguma diferença, quanto à proveniência cósmica primordial, entre um centauro e uma mula-sem-cabeça?

 

Oh! Rofofócrates! O centauro é um ente fantástico com torso e cabeça humanos e corpo de cavalo; e a mula-sem-cabeça é uma personagem do folclore brasileiro – uma mulher que foi amaldiçoada por seus pecados. Eles não existem.

 

Sim, eu sei — admitiu pacientemente Rofofócrates Mas, afinal, se existissem, haveria alguma diferença quanto à proveniência cósmica primordial de cada um? Proveniência cósmica primordial, insisto neste ponto, porque, conforme você mesmo concluiu no passado, em termos secundários, terciários, quaternários et cetera, nossas origens são distintas. Você sabe muito bem, por exemplo, que o útero que gera um 'serial killer' não poderá gerar um avatar, e vice-versa. Então, haveria alguma diferença, quanto à proveniência cósmica, entre uma mula-sem-cabeça e um centauro, se eles existissem?

 

Não; não haveria diferença alguma quanto à proveniência cósmica primordial.

 

E qual a diferença, quanto à proveniência cósmica, entre um ouriço-do-mar e um tubarão-baleia?

 

Nenhuma.

 

E entre um mico-de-topete e um homem?

 

Nenhuma.

 

E entre um santo e um adúltero?

 

Também nenhuma.

 

E entre um áyatolláh e um homem do povo?

 

Penso que não haja nenhuma.

 

Logo, se não há diferença, quanto à proveniência cósmica primordial, entre qualquer um destes seres, sejam existentes, sejam não-existentes, como é o caso do centauro e da mula-sem-cabeça, tudo deriva do mesmo Um. Não é certo isto?

 

Não posso contestar — anuiu Pizzintóteles.

 

Bem, se tudo deriva do mesmo Um, tudo é parte do Um.

 

Sim, tudo é parte do Um; como poderia não ser? — anuiu novamente Pizzintóteles.

 

Portanto, se uma das partes do Um se insurge contra o próprio Um, do qual foi originada, e fere, apocopa ou mesmo mata uma outra parte do Um, não estará ferindo, apocopando e matando a si mesma?

 

Nunca pensei desta forma; mas não posso discordar do seu argumento. Quem fere, apocopa ou mata uma outra parte do Um está, realmente, ferindo, apocopando e matando a si mesmo.

 

Muito bem. Já que estamos de acordo quanto a isto, qual a diferença entre matar por apedrejamento e matar por enforcamento?

 

Creio que nenhuma; matar é matar.

 

Então, se matar é matar, como você acabou de concluir, apedrejamento, enforcamento, fuzilamento, guilhotina, empalamento, injeção letal, eletrocussão em uma cadeira elétrica, garrote vil, crucificação, fogueira, esmagamento por elefante e tantas outras formas de dar cumprimento a uma pena capital, foram e continuam sendo um dos muitos resultados nocivos derivados do desconhecimento e da incompreensão de nossa origem primordial comum – o Um. Você concorda?

 

Concordo absolutamente — murmurou Pizzintóteles.

 

Então, creio que podemos concluir que o Poder Judiciário de qualquer país que condena à pena de morte uma parte do Um, seja pelo motivo que for, por desconhecimento e incompreensão está condenando à morte a si mesmo e aos seus membros, ou seja, está inconscientemente se suicidando.

 

Sim, Rofofócrates, creio que podemos concluir exatamente isto.

 

Pois é, meu caro Pizzintóteles, nesta matéria, não há qualquer diferença entre a República Islâmica do Irã, que ainda mantém o apedrejamento e o enforcamento como formas de fazer cumprir a 'Shariah', que é o Código de Leis do Islamismo, e os Estados Unidos da América – que representam a maior economia nacional do mundo, com um produto interno bruto (PIB) superior a US$ 14 trilhões (um quarto do valor do PIB nominal mundial e um quinto do PIB mundial por paridade do poder de compra) – onde a pena capital é sancionada para certos crimes federais e militares em trinta e seis dos cinqüenta estados federados, bem como pelo Governo Federal. Os Estados Unidos da América são o segundo país onde mais pessoas são executadas anualmente, principalmente por injeção letal; apenas a República Popular da China possui um número maior. Apesar da vigência da pena de morte, na maioria dos estados da federação mais antiga do mundo, os Estados Unidos da América, entre os países desenvolvidos, têm níveis acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência armada e de homicídio. Bem, penso que a pena capital não seja uma solução consistente para resolver os problemas de ordem interna de um país, e, pelo que concluímos, inquestionavelmente nenhum Estado é possuidor de uma delegação do Um para mandar matar qualquer uma de suas partes.

 

Não posso discordar.

 

Então, Pizzintóteles, quando o Poder Judiciário de um país aplica e faz cumprir a pena capital, o que, realmente, está fazendo é se suicidando pela via do assassinato de uma parte do Um. É certo isto?

 

Sim, sem qualquer dúvida, isto é certo.

 

Quanto à Sakineh Ashtiani ou a qualquer outra moça iraniana, se não há perturbação da ordem pública, quem pode dizer ou determinar de que forma elas podem ou devem se comportar quanto às suas respectivas sexualidades e formas de dar vazão aos seus desejos e impulsos sexuais?

 

Ora, na verdade, ninguém; cada um é responsável pelo que pensa, diz e faz.

 

Pois é, meu amigo, os seres-no-mundo ainda são muito preconceituosos e, na maioria das vezes, incongruentes. Cada um é responsável pelo que pensa, diz e faz, como você disse muito bem, mas os os seres-no-mundo querem porque querem que os outros façam e cumpram o que eles acreditam que seja o certo e o melhor, e que não façam e não cumpram o que acreditam que seja o errado e o pior, segundo suas próprias convicções, interpretações e padrões de certo e de errado, de melhor e de pior. Para o movimento tradicionalista radical católico, que admite a infalibilidade do magistério ordinário do Papa, e para os defensores do puro Islamismo, coisas como o homossexualismo e o adultério, por exemplo, são abominações inaceitáveis que devem ser punidas com excomunhão ou com morte. O que ambos os grupos não percebem, porque não têm a Compreensão Iniciática desejável e necessária, é que, quando excomungam, excomungam-se a si próprios; e que quando apedrejam ou enforcam, estão, em termos cósmicos e Iniciáticos, se suicidando. Sakineh Ashtiani é apenas mais uma vítima de um entendimento equivocado do 'Sagrado Alcorão', que não faz menção ao apedrejamento como forma de punição. Os patrocinadores deste martírio argumentam que este tipo de condenação está no 'Hadith', uma compilação sagrada de leis, lendas e histórias sobre Muhammad – a paz esteja com Ele – e, por isto, faz parte da 'Sharia', a Lei Muçulmana. Assim, o 'Hadith' é a interpretação autorizadora do 'Sagrado Alcorão', mesmo quando a prática corrente está em conflito com o significado do texto. Para que você compreenda melhor este ponto, da mesma forma que o 'Talmude' está para a 'Torá', no Judaísmo, o 'Hadith' está para as Leis do 'Sagrado Alcorão', no Islã.

 

Entendi suas explicações e estou de pleno acordo com elas — apoiou Pizzintóteles.

 

Já que estamos de acordo quanto a isto, podemos, agora, examinar a questão nuclear iraniana. Para iniciarmos esta discussão, você está lembrado de como e por qual motivo os Estados Unidos da América invadiram o Iraque?

 

A invasão do Iraque, segundo o que eu sei, teve início em 20 de março de 2003, através de uma aliança entre os Estados Unidos da América, o Reino Unido e muitas outras nações, aliança esta que ficou conhecida como Coalizão. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do Kuwait, depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho para as tropas em terra. Bagdá caiu em 9 de abril, e em 1º de maio o presidente norte-americano George W. Bush declarou o fim das operações militares, dissolvendo o Governo do Partido Ba'ath. As forças da Coalizão capturaram Saddam Hussein em 14 de dezembro de 2004, dando início ao processo de transição de poderes à população iraquiana. A invasão procedeu segundo uma doutrina militar de intervenção rápida ao estilo 'Blitzkrieg' e ao custo de apenas 173 mortos da Coalizão. Resumidamente, é isto que eu sei.

 

E qual foi o motivo, Pizzintóteles?

 

A alegação foi a existência de armas de destruição biológica e caseira em massa que existiriam no território iraquiano e as supostas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos.

 

Muito bem. Ainda que estes motivos longe estejam de ser verdadeiros, pois, inclusive, as armas de destruição em massa jamais foram encontradas e as ligações de Saddam Hussein com grupos terroristas nunca foram efetivamente comprovadas, vamos considerar estas justificativas conformes com a realidade, para efeito de podermos examinar, depois, a questão nuclear iraniana, que é o que interessa a você.

 

Examinemos pormenorizadamente — concordou Pizzintóteles.

 

Considerando que o Governo de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, por acaso os países-membros da Coalizão também não possuíam estas mesmas armas?

 

Sim, possuíam e continuam a possuir; talvez até mais sofisticadas e em muito maior quantidade do que as que eles afirmavam e presumiam que o Governo de Saddam tivesse.

 

Exatamente exultou Rofofócrates com a perspicácia de Pizzintóteles Agora, é justo ou injusto criminalizar o outro pelos mesmos crimes que cometemos?

 

Injusto.

 

Então podemos afirmar que, neste particular, a invasão do Iraque foi injusta, já que seus invasores o invadiram sendo também possuintes de armas de destruição em massa?

 

Rofofócrates, acho que a invasão do Iraque foi mais do que injusta; além de hipotética, foi hipócrita.

 

Hipócrita, sim, mais do que tudo, porque o norte do Iraque é uma região riquíssima em gás natural e em petróleo, com uma reserva estimada em 112 bilhões de barris – a segunda maior do Planeta. Entretanto, não acredito que a invasão tenha sido orquestrada para roubar o petróleo iraquiano pura e simplesmente, já que seria mais barato comprar o petróleo do que tomá-lo através de uma guerra que custou quase US$ 100 bilhões, somente na fase inicial. Mas adquiri-lo a preço vil ou em meio a artimanhas econômico-comerciais heterodoxas, muito possivelmente. Veja bem: o petróleo do Iraque permite que os Estados Unidos da América não tenham que gastar o seu próprio dinheiro e desequilibrar o seu próprio orçamento com a reconstrução do Iraque. Comprando o petróleo Iraquiano, os Estados Unidos da América estão a pagar a reconstrução do País e recebendo algo em troca, que, para eles, é insubstituível e necessário ao seu 'american way of life'. O que contrariou as expectativas foi que os responsáveis militares e políticos pela invasão e pela deposição de Saddam nunca esperaram nem calcularam que o conflito convencional entre Coalizão e Iraque fosse tão rápido, ao mesmo tempo que também nunca imaginaram que as forças iraquianas anticoligação fossem tão fortes e retaliatórias como têm se apresentado até hoje. Então, enfim, estamos de acordo que a invasão do Iraque foi injusta, pois seus dominadores o avassalaram sendo igual e descaradamente possuidores de armas de destruição em massa?

 

 

— Você quer o meu petróleo?
Então, pague um preço justo.

 

 

Sim, estamos de acordo — assentou Pizzintóteles.

 

Ora, se você concorda com este raciocínio, não discordará que a questão nuclear iraniana é semelhante. Você acha razoável que um país que tenha armas nucleares possa censurar outro que também tenha ou que queira vir a ter armas nucleares?

 

Não; acredito que seja desrazoável.

 

Muito bem. Para que um país deseje que outro não tenha armas nucleares o que você acha que ele deveria propor ou fazer?

 

Pizzintóteles nem pestanejou. Desnuclearizar-se.

 

Exatamente. Aplicar a energia nuclear e empregar radioisótopos na geração nucleoelétrica utilizando reatores nucleares de potência, lançar mão de radioisótopos em medicina nuclear para fins terapêuticos e de diagnóstico, esterilizar equipamentos e materiais hospitalares, preservar alimentos, estudar o solo e as plantas utilizando traçadores radioativos, analisar não-destrutivamente os materiais, empregar radionuclídeos como traçadores, modificar materiais pela radiação e outras pesquisas científicas voltadas à melhor qualidade de vida da população, sim; isto é desejável e bom. Mas, fabricar bombas é ruinoso e cruel.

 

Isto é incontestável — reforçou Pizzintóteles.

 

Então, argumentar que o Irã, se vier a ter armas nucleares, se tornaria um pólo desestabilizador da paz mundial é falaz.

 

Sim, é falaz. Mas que solução você propõe, Rofofócrates?

 

Albert Einstein afirmou: 'Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus.' Se a República Islâmica do Irã, sorrateiramente, pensa em produzir armas nucleares, esta questão, em um certo sentido, é menor, porque, simplesmente, quando o mundo ocidental tiver certeza absoluta de que o Governo de Teerã produziu e tem armas nucleares, no mesmo dia, destruirá o País. Mas este fratricídio pode e deve ser evitado. Tem que ser evitado. Basta que se estabeleça um cronograma adequado de desnuclearização planetária. Ou todos têm direito a ter armas nucleares ou ninguém tem. Essa coisa tradicionalista extremista, de ambos os lados, de que o Grande Satã é o outro, poderá levar a Humanidade e a Terra a um retrocesso irreversível. Poderá acontecer, inclusive, que este Planeta não mais possa sustentar a vida como hoje nós a conhecemos. E isto, caro Pizzintóteles, porque, de maneira quase universal, os seres-no-mundo de estrutura , apesar se serem minoria, conseguem dominar e comandar os que estão estruturados na base . Os ditos homens-sem-alma têm um poder avassalador sobre as consciências, particularmente no que concerne a questões econômicas, estratégicas e militares. Veja, por exemplo, a ação de homens como Hitler, Benito Mussolini, François Duvalier, Anastasio Somoza García, Idi Amin Dada, Robert Mugabe, Slobodan Miloševic e tantos outros. Enfim, se houver vontade política, poderá ser estabelecido um cronograma adequado de desnuclearização. Um dos pontos fundamentais deste programa seria a concordância, sem exigências, de todos os países serem inspecionados por todos os países, em qualquer tempo e a qualquer hora. Criminalizar o outro e fazer a mesma coisa é exatamente como você disse: uma atitude hipotética e hipócrita. E as hipoteticidades e as hipocrisias sempre defraudam, sempre frustram e sempre ferem.

 

Concordo com tudo isto. Mas será que o Irã quer mesmo fazer bombas nucleares — insistiu Pizzintóteles.

 

Como lhe disse, isto é irrelevante. Mas que o Irã precisa, como todos os países precisam, de energia nuclear para impulsionar o seu desenvolvimento, isto é incontestável. O petróleo haverá de acabar, e a hidroeletricidade e as fontes alternativas de energia não serão suficientes para atender à demanda energética planetária. No futuro, bem no futuro, o homem haverá de ter acesso à uma fonte de energia inesgotável e absolutamente não-poluidora nem devastadora. Mas para que possa conhecê-la terá que merecer. Os que já a conhecem não ensinam o modo de obtê-la a preço de nada.

 

Hum! Hum! — anuiu Pizzintóteles. Adorei este nosso encontro; aprendi muito. Obrigado. Quando poderemos nos reencontrar?

 

Rofofócrates olhou suavemente para Pizzintóteles, e disse: — Depois que você tiver lido os pré-socráticos, as obras completas de Platão e de Aristóteles e As Enéadas, de Plotino.

 

Então, acho que só poderá ser em uma próxima encarnação — brincou Pizzintóteles.

 

Os dois riram desta tirada pizzintoteliana e se despediram cordialmente.

 

 

 

 

 

 

Fundo musical:

Never on Sunday

Fonte:

http://www.eadcentral.com/go/1/1/0/
http://home.online.no/~gunnar-a/eng8.htm

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hadith

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Invas%C3%A3o_do_Iraque_em_2003

http://www.rockapneia.com.br/novo/
educacao/ver-noticia.asp?id=1036880&_=&titulo=

http://nuclearexplosion.mylastdesire.com/
freenuclearexplosionwallpaper/