Fifi
e os Gêmeos Monozigoticamente
Ordinaríssimos
ifi
adorava namorar e sair com rapazes; Dário-Mário e Mário-Dário
adoravam namorar e sair com garotas. Até aí, tudo muito natural.
Só que os gêmeos tinham uma sacanocrática combinação:
sempre que podiam, saíam com as mesmas garotas, obviamente tomando
todas as precauções para que elas não percebessem ou
descobrissem quem era (o) um e quem era o outro. Depois, trocavam figurinhas
sobre o que havia acontecido e comemoravam à larga, regada e molhada,
mais uma conquista, que bem poderia ser chamada de... Aposiopese!
as,
um dia, confundiram suas agendas de sacanagem, e marcaram com a Fifizinha
na mesma hora. Um sábado qualquer; 8:00 horas da noite. Fifi, malandra,
experiente e da pá virada, já sabia que estava saindo com
os gêmeos, mas estava adorando aquela aventura insólita. Entretanto,
por pura picardia, resolveu se atrasar para o(s) encontro(s) para ver o
que aconteceria. Escondeu-se atrás de um carro, do outro lado da
rua, e esperou. Primeiro chegou Mário-Dário; logo depois,
Dário-Mário.
conteceu
o seguinte... Bem, eu realmente não sei exatamente o que aconteceu.
Acho que ninguém sabe com precisão; só mesmo a Fifi.
O que eu sei é que, alguns anos depois, depois de muito aprontar,
Fifi acabou se casando com um bom rapaz da nossa turminha, teve uma filha,
e, alguns meses depois que a filha nasceu, imediatamente se divorciou. Mas
continuou da pá virada. Ela gostava mesmo do esporte!
o tempo passou... Passou... Passou...
última vez que vi a Fifi, há cerca de uns dez anos e mais
ou menos uns trinta anos depois de terem acontecido os fatos que acabei
de relatar, fiquei profundamente consternado. Fifi, na altura dos seus cinqüenta
anos, era o retrato em preto e branco de uma senhora prematuramente envelhecida,
derrotada, muito acima do peso, de olhar triste, encurvada pelos fracassos,
meio que angustiada, sussurrante, dando a impressão que vivia apenas
esperando o tempo passar. Nunca mais a vi, e hoje não sei como ela
está, mas espero que esteja bem.
e eu
dissesse que depois deste encontro com a Fifi não me emocionei, e
que até chorei um pouquinho, estaria mentindo. Até hoje, de
vez em quando, me lembro deste nosso último desencontrado encontro.
Observação:
Esta
educativa história é absolutamente verdadeira; apenas mudei
o nome dos personagens e colori os fatos aqui e ali, fatos que aconteceram
lá pelos anos sessenta. Ainda que as máscaras das duas animações
em flash não reproduzam as três pessoas envolvidas
neste episódio, no geral, as coisas se passaram mais ou menos assim.
Quanto aos gêmeos Dário-Mário e Mário-Dário,
ninguém mais soube deles. Eles não eram da nossa turminha.
Música:
Menina-moça (Luiz Antônio)
Imortalizada na voz de Tito Madi
Fonte:
http://www.beakauffmann.com/
menina-moca.html
Páginas
da Internet consultadas:
http://naomicovacs.wordpress.com/
2006/10/16/happy-belated-halloween/
http://www.theatrodenod.pgnet.com.br/
agenda.htm