MAÇONARIA E CATOLICISMO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este foi mais um estudo que fiz de uma das obras de Max Heindel (Aarhus, Dinamarca, 23 de julho de 1865 – Oceanside, Califórnia, 6 de janeiro de 1919), e que, sob a forma de excertos editados (mas não adulterados), estou divulgando para reflexão. Parte das notas também foi retirada da obra estudada.

 

Na medida do possível, tente comprovar todos os fatos e retenha para si o que julgar concertado. Mas, para se poder entender (melhor seria dizer apreender = assimilar mentalmente) uma obra como esta, dificílima e polêmica, mais do que ler as linhas e nas entrelinhas, é necessário ler também nas entreletras, senão, o que sói acontecer é a deleção do arquivo, e o tema é posto de lado ou esquecido.

 

 

 

 

Na obra Maçonaria e Catolicismo, o autor considera que a Religião Católica é tão divina, em sua essência, quanto o é a Maçonaria Mística. Ambas têm suas raízes na remotíssima Antigüidade. Ambas nasceram para favorecer a aspiração da alma que se esforça, e ambas têm uma mensagem e uma missão no mundo que não estão aparentes nos dias de hoje, porque o cerimonial engendrado pelos homens escondeu, como uma escama, a Semente Divina de cada uma delas. O objetivo de Heindel, no livro, é remover esta escama, e mostrar a finalidade Cósmica destas duas Grandes Organizações, tão acirradamente antagônicas. Exotericamente antagônicas, eu penso; mas, nem tanto esotericamente. O fato é que cada uma, no âmbito em que atuam, a seu modo, cumpre o seu papel.

 

Enfim, este estudo, em qualquer aspecto, não pode ser considerado como um substitutivo da obra heindeliana original. Para estudá-la na íntegra, por favor, dirija-se ao endereço abaixo:

http://www.fraternidaderosacruz.org/mec.htm

 

 

 

Fragmentos Heindelianos

 

 

 

 

 

 

No Período de Saturno, a Terra em formação era escura. Calor, que é a primeira manifestação do sempre invisível Fogo, era o único elemento então manifestado. A Humanidade embrionária era como mineral, o único reino inferior da vida evolucionária. Unidade era observada por toda a parte e os Senhores da Mente, que eram humanos, formavam uma unidade entre si.

 

No Período Solar, o princípio de um novo elemento – o Ar – foi desenvolvido e unido ao verdadeiro Fogo, o qual, sempre invisível, manifestou-se como calor no Período de Saturno. Então, o Fogo explodiu em chamas, e o mundo escuro se tornou uma resplandecente bola de névoa ígnea luminosa em virtude da palavra de poder: 'Que se faça luz'. E a Humanidade havia avançado para um estágio análogo ao do vegetal.

 

No Período Lunar, o contato da esfera aquecida com o Espaço frio gerou umidade, e a batalha dos elementos começou com todo seu ímpeto. A ardente bola de fogo procurava evaporar a umidade, forçá-la para fora e criar um vácuo no qual pudesse manter sua integridade e arder tranqüilamente. Mas não há e nem pode haver vazio em a Natureza; assim, a corrente expelida condensou-se a certa distância da bola ardente, e foi de novo impelida para dentro pelo frio do Espaço, para ser novamente evaporada e expelida para fora, em um incessante giro que se manteve por eras e eras, como um jogo de peteca entre diversas Hierarquias de Espíritos que compunham os vários Reinos de Vida, representados na Esfera-Fogo e no Espaço Cósmico – que são uma expressão do Homogêneo Espírito Absoluto. Os Espíritos do Fogo estão trabalhando ativamente para obter um aumento de consciência. Mas o Absoluto repousa sempre revestido pelo invisível traje do Espaço Cósmico. No Absoluto, todos os poderes e possibilidades estão latentes, e Ele procura desencorajar e reprimir qualquer tentativa de gastar a força latente que, como energia dinâmica, é necessária na evolução de um sistema solar. Água é o agente que foi usado para apagar o fogo dos espíritos ativos. A zona entre o centro ardente do separado Espírito Esfera e o Ponto onde sua atmosfera individual encontra o Espaço Cósmico, é o campo de batalha dos espíritos evolucionários, nas diversas etapas de evolução. Os protótipos do peixe, da ave e de todo o ser vivente apareceram, incluindo mesmo a primitiva forma humana. Contra este plano, uma minoria de Anjos rebelou-se. Eles tinham grande afinidade com o fogo para suportar o contato com a água, e recusaram-se a criar as formas como lhes foi ordenado. Por isto, privaram-se de uma oportunidade de evoluir através das linhas convencionais, e tornaram-se também uma anomalia na natureza. Além disso, tendo repudiado a autoridade de Jeová, tiveram que conseguir sua própria salvação, à sua maneira.

 

No Período Terrestre, quando vários planetas foram diferenciados para proporcionar ambiente adequado à evolução para cada classe de espíritos, os Anjos, sob Jeová, foram enviados para trabalhar com os habitantes de todos os planetas que possuem Luas, enquanto os espíritos de Lúcifer fizeram sua morada sobre o planeta Marte. O Anjo Gabriel é o representante na Terra da Hierarquia Lunar, presidida por Jeová, e o Anjo Samael é o embaixador das forças Marcianas de Lúcifer. Gabriel (que anunciou a Maria o próximo nascimento de Jesus) e seus anjos lunares são, portanto, os dadores da vida física, enquanto Samael e as hostes de Marte são os Anjos da Morte. Deste modo, originou-se a discórdia na obscura aurora deste Dia Cósmico, e o que vemos hoje como Franco-maçonaria é uma tentativa das Hierarquias de Fogo, os espíritos de Lúcifer, para trazerem a nós o encarcerado Espírito Luz, a fim de que, através Dele, possamos ver e conhecer. O Catolicismo é uma atividade das Hierarquias de Água. Por isto, coloca na porta de seus templos 'Água Benta' para extinguir os espíritos que procuram a Luz e o Conhecimento, e para incutir fé em Jeová.

 

A Maçonaria Mística arregimenta homens que têm a indômita coragem de ousar, a inquebrantável energia de fazer e o diplomático discernimento de saber calar.

 

 

 

 

Do Velho Testamento – que contém ensinamentos do Mistério Atlante – aprendemos que a Humanidade foi criada macho-fêmea (bissexual), e que cada um era capaz de propagar sua espécie sem a cooperação de outro, como hoje é o caso de algumas plantas. Mais tarde, foi removido um pólo da Força Criadora (Elixir da Vida), e daí resultaram dois sexos. O ensinamento esotérico complementa esta informação declarando que a finalidade desta mudança foi utilizar um pólo da Força Criadora para a construção de um cérebro e de uma laringe, por meio dos quais a Humanidade pudesse adquirir conhecimento e se expressar em palavras.

 

 

 

 

Considerando o que está escrito na Bíblia, qual a ligação que existe entre o comer uma maçã, a morte e o parto doloroso? Bem, a Árvore do Conhecimento é uma expressão simbólica para o ato criador. Para compreender a identidade das serpentes, é necessário recorrer ao ensinamento esotérico, que as aponta como Espíritos do Marcial Lúcifer, regentes do signo serpentino de Scorpius. Seus Iniciados, mesmo tão atrasados como a Dinastia Egípcia, ostentavam na fronte o 'Uraeus' ou símbolo da serpente, como um sinal da fonte de sua sabedoria. Em conseqüência do uso desautorizado da Força Criadora, a Humanidade deixou de ser etérea e se cristalizou em um revestimento de pele ou corpo físico, que agora oculta os deuses que habitam os reinos invisíveis.

 

A Geração foi originariamente estabelecida pelos Anjos, sob Jeová. Era efetuada nos grandes templos debaixo de favoráveis condições planetárias e o parto era indolor, como ainda o é hoje entre os animais selvagens, que não abusam da função criadora para gratificar os sentidos.

 

A Degeneração resultou do abuso ignorante e desautorizado do ato gerador, iniciado pelos Espíritos de Lúcifer.

 

A Regeneração deve ser empreendida com a finalidade de restituir ao homem a sua perdida condição de Ser Espiritual [consciente], e libertá-lo deste corpo de morte onde está agora aprisionado. A Morte deve ser absorvida na Imortalidade.

 

O homem é um peregrino sobre a Terra, e não poderá descansar até que alcance sua meta.

 

 

 

 

O homem precisa aprender a Tábua das Leis Divinas em sua peregrinação pelo deserto da matéria.

 

A Lenda Maçônica tem pontos de desacordo, como também de acordo, com a história da Bíblia. Relata que Jeová criou Eva, que o Espírito Lucífero Samael uniu-se a ela, mas que foi expulso por Jeová e forçado a deixá-la antes do nascimento do seu filho Caim, que ficou sendo, assim, o filho de uma viúva.

 

Quando, por mérito, o neófito recebe a 'Palavra' – o 'Abre-te Sésamo' dos mundos internos – aprende a viajar em lugares estrangeiros nos mundos invisíveis. Então, está autorizado a voar nas regiões celestiais, qualificando-se para graus mais elevados.

 

A Rainha de Sabá não consumou casamento com Salomão. Se isto tivesse acontecido, o nome Maçom ter-se-ia apagado da memória muito antes dos dias atuais, e a Humanidade, em geral, seria agora filha dócil da Igreja dominante, sem livre vontade, escolha ou prerrogativas. Nem a rainha poderia casar-se com Hiram, que representava o poder temporal, senão a Religião teria sido reprimida. Ela devia esperar pelo noivo que incorporasse as boas qualidades de Salomão e de Hiram, mas purificado das fraquezas deles, pois a Rainha de Sabá é a Alma Composta da Humanidade, e na consumação da obra de nossa era evolucionária, Ela será a noiva, enquanto Cristo – a quem Paulo chamou de Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque – preencherá o cargo duplo, tanto de chefe espiritual quanto temporal.

 

O templo de Salomão é o nosso Universo Solar, que forma a grande escola da vida para a nossa Humanidade evolucionária. No esquema microcósmico, o templo de Salomão é também o corpo do homem, onde o espírito individualizado ou ego está evoluindo, assim como Deus o está no Grande Universo. O trabalho verdadeiro no templo, conforme nos foi dito em II Coríntios, capítulo V, é efetuado por forças invisíveis que atuam silenciosamente, edificando o templo sem ruído de martelo. Como o templo de Salomão foi visível, em toda sua glória, à Rainha de Sabá, a evidência do trabalho dessas forças invisíveis é facilmente percebida tanto no Universo como no homem, mas elas próprias se mantêm nos bastidores, trabalhando sem ostentação; ocultam-se de todos os que não têm o direito de vê-Las nem de governá-Las. A relação dessas forças da natureza e o trabalho que realizam no Universo, talvez possa ser melhor compreendida se usarmos uma ilustração: suponhamos que um construtor queira construir uma casa para morar. Ele escolhe o lugar onde vai construir, leva para lá o material e, com as ferramentas de seu ofício, começa a assentar os alicerces. Pouco a pouco, as paredes são erguidas, o teto é colocado, o interior completado, e a estrutura terminada. Durante todo o tempo de trabalho, um cão, que é um espírito inteligente pertencente a outra e posterior onda de vida, observa seus atos e todo processo de construção e vê, gradualmente, a casa tomar forma e chegar ao fim. Falta-lhe, porém, a compreensão adequada daquilo que o construtor está fazendo e do propósito final que ele tem em mente. Suponhamos que o cão fosse incapaz de ver o construtor ou de ouvir o ruído do martelo e demais ferramentas. Então, o cão estaria na mesma relação com o construtor como a Humanidade em geral está para o Arquiteto do Universo e para as forças que trabalham sob seu comando. Isto porque o cão veria somente os materiais entrosando-se lentamente, tomando forma, e, na seqüência final, terminando uma estrutura. A Humanidade também vê o silencioso crescimento da planta, do animal e da ave, mas não pode compreender o que causa este crescimento físico e as mudanças no universo visível, pois não vê o enorme exército de operários invisíveis que estão trabalhando no silêncio, sem som, para produzir estes resultados. Eles não respondem à chamada de quem não tenha o Sinal e a Palavra de Poder, por mais alta que seja sua posição ou posto no mundo.

 

Quando a fé floresce em obras, alcançamos o mais elevado ideal de expressão. A Humanidade pode e admira os sentimentos elevados e a oratória brilhante; mas quando Lincoln rompe as correntes de uma raça escravizada ou quando um Lutero se rebela em nome dos espíritos agrilhoados da Humanidade, garantindo-lhes liberdade religiosa, a ação externa destes emancipadores revela uma beleza de alma que não é vista naqueles que só sonham e que receiam sujar as mãos em um trabalho real no Templo da Humanidade.

 

 

 

O Maçom Místico se esforça por trabalhar no Templo da Humanidade, almejando cultivar seus próprios poderes espirituais, conforme prenunciado no Mar Fundido (ou Pedra Filosofal).

 

Segundo a Lenda Maçônica, a Rainha de Sabá pediu a Hiram Abiff que lhe mostrasse os trabalhadores do Templo. O Grande Mestre golpeou com seu martelo uma rocha próxima, de maneira que faíscas de fogo se soltaram, e, ao sinal de fogo combinado com a ação do poder, os Trabalhadores do Templo juntaram-se em volta do seu Mestre, formando uma multidão incalculável, todos prontos e ansiosos para cumprir suas ordens. Este espetáculo do admirável poder desTe homem impressionou tanto a Rainha de Sabá, que ela decidiu romper com Salomão e conquistar o Coração de Hiram Abiff. Em outras palavras: a Humanidade quando tem seus olhos abertos para a impotência do clero, os Filhos de Seth, que também dependem do favor divino, e quando vê o poder e a potência dos regentes temporais, sente-se impelida para eles e deixa o espiritual pelo material. Isto sob o angulo microcósmico da matéria. Do ângulo ou ponto de vista Cósmico, observamos novamente que o Templo de Salomão é o Universo Solar, e Hiram Abiff, o Grande Mestre, é o Sol, que percorre os doze signos do Zodíaco, encenando lá o drama místico da Lenda Maçônica. Enfim, de acordo com a Lenda Maçônica, Hiram Abiff, o Grande Mestre, usou um martelo para chamar seus trabalhadores, e é significativo que o símbolo do signo Áries, onde começa essa maravilhosa atividade criadora, é formado por um par de chifres de carneiro, que também se assemelha a um martelo.

 

Presentemente, nos Templos da Última Ordem, a água mágica fica na porta, e é pedido a todos que entram que apliquem este líquido no ponto da testa onde reside o Espírito; suas razões afogam-se em máximas e dogmas, e o ideal feminino é venerado na Virgem Maria. Fé é o fator principal em sua salvação, sendo cultivada a atitude infantil de cega obediência. No Templo da outra Ordem é diferente. Quando o candidato entra lá 'pobre', 'nu' e 'cego', perguntam-lhe logo: — 'o que está procurando?' Quando ele responde 'Luz', é dever do Mestre dar-lhe o que pede e torná-lo Phree Messen – um Filho da LLuz. Também é seu dever ensiná-lo a trabalhar, e um ideal masculino, Hiram Abiff, o Mestre Trabalhador, lhe é apresentado como estímulo.

 

Progresso e promoção na Maçonaria Mística não dependem de favor. Não podem ser conquistados enquanto não houver merecimento. O candidato precisa acumular, em si, o poder para se elevar, da mesma maneira que um revólver só pode disparar quando estiver carregado. Iniciação é simplesmente como puxar o gatilho, e Ela consiste em mostrar ao candidato como usar o poder latente que existe nele.

 

 

 

 

O magnífico Templo de Salomão foi a obra-prima de duas linhagens: a incorporação da sublime espiritualidade dos sacerdotes, os Filhos de Seth, com a superlativa habilidade dos artífices, os Filhos de Caim.

 

Tu, Hiram, disse Caim, estás destinado a morrer sem ver realizadas tuas esperanças. Mas a viúva terá muitos filhos que manterão viva a tua memória no transcurso das eras, e, depois de um longo período, surgirá alguém maior do que Tu. Não despertarás até que o Leão de Judá te levante com a poderosa força das Suas garras. Hoje, recebeste teu Batismo de Fogo, porém, Ele te batizará com Água e com Espírito – a ti e a todo filho da viúva que O procurar. Maior que Salomão, Ele edificará uma nova cidade e um Templo onde as nações poderão prestar culto. Os Filhos de Caim e os Filhos de Seth se encontrarão ali em Paz, no mar de vidro. E, assim como Melquisedeque1, Rei de Salem2 e Sacerdote de Deus abençoou Abraão, o pai das nações, quando a Humanidade estava ainda na sua infância, assim também essa nova LLuz reunirá em si os dois ofícios: o de Rei e o de Sacerdote da Ordem de Melquisedeque. Julgará as nações com a Lei de Amor e, para aquele que vencer, ser-lhe-á dada uma Pedra Branca com um Nome, que servirá como Senha para o Templo. Ali encontrará o Rei, face a face... Hiram, o 'Filho da Viúva', renasceu como Lázaro e se tornou amigo e discípulo do Leão de Judá, que o ressuscitou através da Iniciação. Quando o Martelo foi encontrado, tinha a forma de uma Cruz e o disco era uma Rosa. Por isto, Hiram ocupou seu lugar entre os imortais sob o novo e simbólico nome: Christian Rosenkreuz. Ele fundou a Ordem dos Construtores do Templo que leva o seu nome. Nesta Ordem, as almas aspirantes ainda recebem instruções de como fundir os metais básicos e produzir a Pedra Branca.


 

 

 

Excertos da Epístola de São Paulo aos Hebreus: Deus, tendo falado outrora muitas vezes e de várias maneiras aos nossos pais, pelos profetas, a nós falou nestes últimos dias pelo Seu Filho, a quem Ele constituiu herdeiro de todas as coisas, por quem Ele fez também os mundos. Nenhum homem toma para si esta honra, senão Aquele que é chamado por Deus, como foi Arão. Assim também Cristo não Se glorificou para se tornar Sumo Sacerdote, mas Aquele que Lhe disse: 'Tu és meu Filho, hoje Te gerei.' Como Ele também diz em outro lugar Tu és um Sacerdote Eterno,3 segundo a Ordem de Melquisedeque, o qual nos dias de Sua carne, quando Ele ofereceu, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas Àquele que O podia salvar da morte e foi ouvido quanto ao que temia, e, embora fosse o Filho, ainda aprendeu a obediência pelas coisas que padeceu; e, tornando-se perfeito, tornou-se a causa de eterna salvação para todos que O obedecem; chamado por Deus de Sumo Sacerdote, segundo a Ordem de Melquisedeque, do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação. Porque este Melquisedeque, que era Rei de Salem, Sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava de destroçar os reis, e o abençoou; a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, Rei de Justiça e depois também Rei de Salem, que quer dizer Rei de Paz; sem pai nem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece Sacerdote para sempre. E aqui, certamente, recebem dízimos os homens que morrem (os Levitas); ali, porém, Ele acolhe aquele de quem se afirma que vive. De sorte que, se a perfeição tivesse podido ser realizada pela Lei e seu Sacerdócio, que necessidade havia de que outro sacerdote se levantasse, segundo a Ordem de Melquisedeque, e não segundo a Ordem de Arão? Porque é manifesto que nosso Senhor procedeu da tribo de Judá, tribo da qual Moisés nunca atribuiu o sacerdócio. E muito mais manifesto é ainda se, à semelhança de Melquisedeque, se levantar outro Sacerdote que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo o poder da Vida Eterna, porque dele assim se testifica; 'Tu és Sacerdote através dos séculos, segundo a Ordem de Melquisedeque.' Jesus tornou-se, por isso mesmo, o fiador de uma aliança melhor. Mas Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo; porque a Lei constituiu sumos sacerdotes a homens débeis, mas a Palavra de Deus, que era desde a Lei, constituiu o Filho, consagrado para sempre. A suma do que temos dito é que temos um Sumo Sacerdote que está assentado nos céus à direita do Trono da Majestade, Ministro do Santuário, e do Verdadeiro Tabernáculo, o qual o Senhor erigiu, e não o homem. E quase todas as coisas, segundo a Lei, se purificam com sangue, e sem derramamento de sangue não há remissão; de sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as mesmas coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes, porque Cristo não entrou em um santuário feito por mão de homem, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós diante de Deus. Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais elevado, quanto é mediador da melhor aliança, que está confirmada em melhores promessas; porque se aquela primeira aliança fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Porque, repreendendo-os, lhes diz: — Eis que virão dias em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança. Não como a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito; como não permaneceram na minha aliança, eu, para eles, não atentei. Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel. Porei as Minhas Leis no seu entendimento, e em seus Corações as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo; e não ensinará cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: — Conheça o Senhor, Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.

 

Na Época Hiperbórea, homem em formação era bissexual, masculino-feminino, como muitas das nossas plantas atuais, com as quais se parecia, por ser inerte e por lhe faltar desejo e aspiração... Mais tarde, na Época Lemúrica, quando o corpo do homem se cristalizou e condensou um pouco mais, a Humanidade foi dividida fisicamente em sexos. Assim, gradativamente, seus olhos se abriram e se tornaram conscientes do mundo físico, mas perderam o contato com o Mundo Espiritual e com os Anjos Guardiães, que tinham sido, anteriormente, seus guias benevolentes. Somente alguns – os mais espiritualizados – conservaram sua Visão Superior e a Comunhão com as Hierarquias Divinas.

 

Um Verdadeiro Sacerdote, capaz de guiar espiritualmente seu rebanho, não pode controlar, ao mesmo tempo e bem, riquezas materiais como governante de um domínio temporal. Assim como a política, no seu aspecto mais elevado, visa dirigir as massas focalizando somente seu bem estar físico, o Sacerdócio, exercido benevolentemente, procura guiá-las unicamente para o progresso da Alma.

 

Antigamente, os fatores unificantes de um cargo duplo no Governo e o sexo duplo do seu povo impediam o conflito de interesses que agora existe, e que continuará a existir até que um outro Regente Divino se apresente para incorporar as qualidades do duplo cargo de Rei e Sacerdote, segundo a Ordem de Melquisedeque e até que a geração pelo sexo seja abolida.

 

A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus.

 

O Sacrifício de Jesus, no Gólgota, uma vez e para sempre, proporcionou um Caminho de Redenção por meio do Sangue derramado por Jesus.

 

O sangue da Humanidade tornou-se impregnado de egoísmo, que é o fator separativo nesta era. O sangue deve ser purificado deste pecado para que a Humanidade possa unida e entre no Reino de Cristo.

 

 

 

 

O altruísmo desenvolvido em vidas anteriores preparou o Espírito de Salomão, que habitou o corpo de Jesus, para a alta missão a que foi destinado, isto é, servir como um veículo para o generoso e unificante Espírito-Cristo, com o propósito de acabar com a divisão entre os Filhos de Seth e os Filhos de Caim, unindo-os na Fraternidade, para formar o reino do Céu.

 

Quando o sangue é examinado em um microscópio, parece ter um número de minúsculos glóbulos ou discos; porém, quando um clarividente treinado pode vê-lo enquanto circula através de um corpo vivo, constata que o sangue é um gás – uma Essência Espiritual. O calor é causado pelo Ego que está dentro deste sangue, pois, como diz a Bíblia, a Vida está no sangue.

 

O Eu humano é mais poderoso do que o espírito-grupo dos animais, como podemos constatar quando aplicamos o teste científico conhecido como hemólise.4 O sangue de um animal superior, se inoculado nas veias de um animal de espécie inferior, causará a morte deste. Se injetarmos sangue humano em um animal, este será incapaz de suportar as altas vibrações que estão no sangue do ser humano e morrerá. Por outro lado, um ser humano poderá ser inoculado com o sangue de um animal inferior sem sofrer dano.

 

Jesus disse: — Quem não deixar pai e mãe não poderá Me seguir. Enquanto estivermos amarrados à família, à nação ou a tribo, estaremos ligados ao velho sangue, aos velhos caminhos e não podemos nos fundir em uma fraternidade universal. Isto só poderá ser alcançado quando as pessoas se casarem além das fronteiras, porque quando existem tantas nações, a maneira de uni-las é através do casamento. Deixemos Abraão, o pai da raça e da tribo morrer; deixemos o 'Eu-Sou' viver. Cristo tinha conhecimento do fato oculto de que a mistura do sangue pelo casamento entre diversas raças e famílias sempre mata algo; quando não mata o corpo, mata alguma outra coisa. Se cruzarmos um cavalo e um burro, teremos um híbrido, a mula; nela alguma coisa está faltando devido à mistura de sangue estranho, a saber, a faculdade da propagação que está faltando em todos os híbridos. De forma análoga, quando os casamentos ocorrem fora do círculo da raça ou família, alguma coisa é destruída, e, neste caso, são os quadros da visão interna. Os diferentes quadros de diferentes famílias se chocam e, em conseqüência, a clarividência, o contato com o Mundo Espiritual e com a Memória da Natureza foi desaparecendo desde que a prática do casamento dentro do mesmo grupo cessou. Somente os escoceses das montanhas que casam na clã, e os ciganos, retêm, de certa forma, esta segunda visão. Assim, vemos que o sangue é agora constituído diferentemente do que era nas idades primitivas da evolução humana. O Corpo de Jesus era um veículo pioneiro, de máxima pureza, quando o Espírito-Cristo entrou Nele como um meio de ingressar no centro da Terra pelo idêntico caminho que, previamente, tinha sido percorrido por Hiram Abiff quando se lançou no Mar Fundido, e foi conduzido pelo Caminho da Iniciação para o centro da Terra, onde Caim, seu antepassado, habitava.

 

Quando alguém morre, o sangue venoso com suas impurezas adere firmemente à carne e, portanto, o sangue arterial que corre fica visivelmente mais limpo do que em outras circunstancias; está mais livre de paixão e de desejo. Sendo eterizado pelo grande Espírito Cristo, o sangue limpo de Jesus inundou o mundo, purificou grandemente a região etérica do egoísmo, e deu ao homem uma melhor oportunidade para atrair para si materiais que lhe permitirão formar propósitos e desejos altruísticos. A era do altruísmo foi aí inaugurada. Pela fé neste Sangue e pela imitação da Vida de Cristo, os Filhos de Seth foram preparados para eliminar de si a maldição do egoísmo; enquanto que aos Filhos de Caim foi-lhes dado o emblema da Rosa e da Cruz, para lhes ensinar como trabalhar fielmente no preparo do Mar Fundido – a Pedra Filosofal – e encontrar a Nova Palavra que os admitirá no Reino, pois eles acreditam mais no trabalho do que na fé.

 

 

 

 

Não obstante a cor da aura de cada indivíduo diferir da dos outros, existe uma cor básica ou fundamental que mostra sua posição na escala da evolução. Nas raças inferiores, esta cor básica é um vermelho fraco, semelhante ao vermelho de um fogo que queima lentamente, que indica sua natureza passional e emocional. Ao examinarmos as pessoas que estão em grau mais elevado na escala da evolução, a cor básica ou a vibração irradiada por elas parece ser de uma tonalidade alaranjada, que é o amarelo do intelecto misturado com o vermelho da paixão. Pela Alquimia Espiritual, que elas realizam inconscientemente à medida que avançam no caminho do progresso e aprendem a fazer com que suas emoções sejam subservientes à mente através de muitas experiências na escola da vida, elas estão se libertando aos poucos da dependência dos espíritos marciais de Lúcifer e do Deus da Guerra, Jeová, cujas cores são escarlate e vermelha. Isto também acontece ao obedecermos consciente ou inconscientemente ao Espírito-Cristo unificante e altruísta, cujas vibrações produzem uma cor amarela que está, assim, se mesclando com o vermelho e gradualmente o eliminará. A auréola dourada ao redor dos santos, pintada por artistas dotados de visão espiritual, é a representação física de uma promessa espiritual que se aplica à Humanidade como um todo, embora isto tenha sido compreendido apenas por alguns poucos, que são chamados Santos. Após vidas de luta com suas paixões, perseverança no fazer o bem, cultivando nobres aspirações e depois de aderir firmemente a propósitos superiores, estas pessoas se elevaram acima do raio vermelho, e estão agora totalmente imbuídas com o raio dourado de Cristo e sua vibração. Este fato espiritual foi incorporado por artistas medievais dotados de visão espiritual em seus quadros de santos, que os pintavam rodeados por uma auréola dourada, indicando sua emancipação do poder dos espíritos Lucíferos de Marte, que são os anjos caídos, assim como de Jeová e Seus Anjos, que pertencem a um estágio anterior de evolução e são os guardiães das religiões nacionais e de raça. Os Espíritos de Lúcifer encontram expressão no ferro em nosso sangue. Ferro é um metal de Marte, difícil de ser colocado em alta vibração, tão difícil que demora muitas vidas de grande esforço para mudar o produto de sua combustão para a cor dourada que designa o Santo. Quando isto é conseguido, o grande feito da Alquimia foi consumado; o metal base se transformou em ouro – a maravilhosa liga do Mar Fundido que foi feita da escória da terra. Então, só falta 'abrir as comportas' e despejá-la. A cor dourada natural é o Raio de Cristo, que encontra sua expressão química no oxigênio, um elemento solar, e, à medida que avançamos no caminho da evolução em direção à Fraternidade Universal, até mesmo os que não são declaradamente religiosos adquirem um matiz de ouro em suas auras, devido aos mais altos impulsos altruístas, comuns no Ocidente. Paulo se refere a isto, ao dizer 'Cristo sendo formado em vós', pois quando tivermos aprendido a misturar a liga por meio de vidas espirituais, quando vibrarmos no mesmo grau que Ele, seremos semelhantes a Cristo, prontos para 'abrir as comportas' dos cadinhos e verter a liga do Mar Fundido. Cristo foi libertado da Cruz por centros espirituais localizados nos lugares onde os cravos foram pregados e em outras partes. Aquele que já preparou o Mar Fundido também é instruído pelo Mestre em como abrir as comportas e voar para esferas mais altas e, conforme a expressão Maçônica, 'viajar por países estrangeiros'.

 

O Sol é o centro da vida e rege o gás dador de vida que conhecemos como oxigênio, o qual se mistura com o ferro marcial. Assim, Cristo, o Senhor do Sol, é também o Senhor da Vida, e quando, pela Alquimia Espiritual nos tornamos semelhantes a Ele, somos imortais, e, assim, deixamos nosso pai Samael e nossa mãe Eva, e a Morte não terá mais domínio sobre nós.

 

Aquele que segue um regime de carne precisa se alimentar com mais freqüência. Este alimento não é o apropriado para a construção de um corpo, que precisa esperar algum tempo antes que o Adepto entre nele. Alimentos constituídos de vegetais, frutas e nozes, principalmente quando estão maduros e frescos, são interpenetrados por grande quantidade de éter que compõe o corpo vital da planta. São muito mais fáceis de dominar e de se incorporar na constituição do corpo, como também permanecem por muito mais tempo lá, antes que a célula de vida individual possa se ajustar. O Adepto que deseja construir um corpo para ser usado antes de deixar o antigo, deve construí-lo de vegetais frescos, frutas e nozes, consumindo estes alimentos diariamente para que se tornem sujeitos à sua vontade, e sejam uma parte de si.

 

 

 

 

Pelo processo da geração, levado a efeito em época propícia sob a direção dos Anjos, o homem estava trilhando o caminho do vegetal para Deus, seguindo a estrada da evolução como foi planejada originalmente. Deste caminho, ele se desviou para os atalhos da degeneração, dirigido pelos Espíritos de Lúcifer, e, em conseqüência, está agora em um lamaçal do qual não pode se desenredar, a não ser com a ajuda de outros mais avançados que ele. Quando toma consciência disto, começa a procurar a LLuz, e se coloca no Caminho da Regeneração, protegido pelos Senhores de Mercúrio que, com sua Sabedoria [SOPhIa], o guiarão à meta desejada.

 

Recapitulando e acrescentando: A Força Criadora usada por Deus na manifestação de um sistema solar e a força usada pelas divinas Hierarquias para formar o veículo físico dos reinos inferiores, sobre os quais elas reinam como espíritos-grupo, expressam-se de dupla maneira: como Vontade e Imaginação. É a mesma Força Criadora unida ao macho e à fêmea que resulta na criação de um corpo humano. Em uma determinada época, o homem era bissexual – masculino-feminino – e cada um era capaz de propagar sua espécie sem a ajuda de outrem. Todavia, metade da Força Criadora foi, temporariamente, desviada para cima a fim de construir um cérebro e uma laringe, com a finalidade de capacitar o homem a criar, algum dia, por sua própria mente, a formar pensamentos e a expressar a Palavra de Poder, que farão de seus pensamentos, carne. Três Grandes Hierarquias criadoras estavam especialmente ligadas à esta mudança: os Anjos da Lua, os Mercurianos e os Espíritos Lucíferos de Marte. Os Alquimistas relacionavam os Anjos da Lua, que regem as marés salinas, com o elemento Sal; os espíritos Lucíferos de Marte com o elemento Enxofre; e os Mercurianos com o metal Mercúrio. Eles usavam esta representação simbólica, em parte devido à intolerância religiosa que tornava inseguro divulgar qualquer outro ensinamento que não fosse o aprovado pela igreja ortodoxa daqueles dias e, em parte, porque a Humanidade, como um todo, ainda não estava preparada para aceitar as verdades incorporadas em sua Filosofia. Falavam, também, de um quarto elemento, Azoto, um nome composto da primeira e da última letra de nossas línguas clássicas, que pretendia exprimir a mesma idéia de 'alpha e omega' – a idéia de abranger tudo. Isto se referia ao que agora conhecemos como o Raio Espiritual de Netuno, que é a Oitava de Mercúrio, e que é a Essência Sublimada do Poder Espiritual.

 

Os Alquimistas viam o corpo como um laboratório, e se referiam aos processos espirituais em termos químicos. Perceberam que estes processos têm seu começo e seu campo particular de atividade na medula espinhal que forma o elo entre os dois órgãos criadores – o cérebro, que é o campo de operação para os Intelectuais Mercurianos, e os genitais, que são terreno próprio dos sensuais e passionais Espíritos de Lúcifer. Esta medula espinhal tripartida era, para os Alquimistas, o cadinho da consciência; eles sabiam que na secção simpática da medula, que governa especialmente as funções ligadas à conservação e ao bem-estar do corpo, os Anjos Lunares estavam ativos, e este segmento foi designado como o elemento Sal. O segmento que governa os nervos motores, os quais gastam a energia dinâmica armazenada no corpo por nossa alimentação, estavam sob o domínio dos marciais Espíritos de Lúcifer, daí terem chamado este segmento de Enxofre. O segmento remanescente, que marca e registra as sensações desenvolvidas pelos nervos, foi chamado de Mercúrio, porque se dizia que estava sob o domínio de Seres Espirituais de Mercúrio. O canal espinhal, ao contrário das idéias dos anatomistas, não está cheio de fluído, mas de um gás que se assemelha ao vapor, no sentido de que pode ser condensado quando exposto à atmosfera externa, mas que pode também ser superaquecido pela atividade vibratória do Espírito, de tal maneira que se torna um fogo brilhante e luminoso – o Fogo da Purificação e da Regeneração. Este é o campo de ação da Grande Hierarquia Espiritual de Netuno, e é designada como Azoto pelos Alquimistas. Este Fogo Espiritual não é igual em todos os homens, e a sua luminosidade difere de um para outro, de acordo com o avanço espiritual da pessoa.

 

Acima do homem, na escala de evolução, estão os Deuses – criadores nos planos espiritual e físico. Eles também são tão puros como as plantas, pois toda sua Força Criadora está voltada para cima, e Ela é usada de acordo com a sua inteligência; sendo assim, conhecendo o bem e o mal, eles sempre escolhem fazer o bem. Entre os Deuses e o reino vegetal fica o homem, um ser dotado de inteligência, poder criador e de livre-arbítrio, para usá-lo para o bem ou para o mal... Entretanto, enquanto os Deuses dirigem toda a sua Força Criadora para propósitos altruístas pelo poder da mente, o homem ainda desperdiça metade de sua Herança Divina no desejo e na gratificação dos sentidos. Então, se quisermos ser iguais aos Deuses, precisamos aprender a dirigir toda nossa energia criadora para cima, para ser usada inteiramente sob a direção de nossa inteligência. Só assim poderemos ser iguais aos Deuses, e criar de nós mesmos pelo poder de nossa mente e pela Grande Palavra, pela qual poderemos enunciar o Fiat Criador.

 

A atual condição unisexual é somente uma fase temporária de evolução. No futuro, toda a nossa Força Criadora deverá ser dirigida para cima, a fim de sermos espiritualmente hermafroditas e capazes de objetivar nossas idéias e pronunciar a Palavra Vivente, que nos dotará de Vida e nos fará vibrantes com Energia Vital.

 

O Elixir da Vida surge da Pedra Viva do Filósofo espiritualmente hermafrodita. O Processo Alquímico de despertá-Lo e elevá-Lo é realizado na medula espinhal, na qual o Sal, o Enxofre, o Mercúrio e o Azoto são encontrados. E, assim, o homem se torna uma Pedra Viva, cujo brilho supera o do brilhante ou o do rubi. Ele é, então, a Pedra Filosofal.

 

À medida que a Humanidade avança em evolução, o corpo vital torna-se permanentemente mais positivo e polarizado, dando aos dois sexos um maior desejo de espiritualidade e, embora mudemos do masculino para o feminino em renascimentos alternados, a polaridade positiva do corpo vital está se tornando mais pronunciada, independente do sexo. Este fato é responsável pela crescente tendência ao Altruísmo...

 

A amizade universal é a palavra mágica que nivelará todas as diferenças, trará paz ao mundo e boa vontade entre os homens. Este é o grande Ideal proclamado pela Fraternidade Rosacruz, um Ideal que indica o caminho mais curto para o Novo Céu e a Nova Terra, onde os Filhos de Caim e os Filhos de Seth finalmente serão unidos.

 

Os Lemurianos viviam muito próximos ao núcleo ígneo da Terra. Os Atlantes habitavam as bacias, um pouco mais afastados do centro. Os Arianos foram impelidos pelas enchentes para o alto das montanhas onde estão vivendo agora. E, analogamente, os cidadãos da Era por vir habitarão o ar.

 

Alguns homens e mulheres já aprenderam, através de uma vida santa e útil, a deixar de lado o corpo de carne e sangue, de forma intermitente ou permanente, e andar pelos céus com pés alados, concentrando-se sobre os serviços de seu Senhor, vestidos no Traje Nupcial Etérico da Nova Dispensação.

 

Quanto mais homens e mulheres se ligarem à Maçonaria Mística para conscientemente construírem o Templo da Alma, mais cedo veremos o Segundo Advento de Cristo, e mais forte será a raça que Ele regerá pela Lei do Amor.

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Melquisedeque era o nome simbólico das Hierarquias Divinas que desempenharam o duplo cargo de Sacerdote e Rei na orientação dos seus tutelados bissexuais. Enquanto eles reinaram, houve paz sobre a Terra.

2. Salem significa Paz.

3. Sacerdos in Æternum.

4. Hemólise (hemo = sangue; lise = quebra) é o rompimento de uma hemácia que libera a hemoglobina no plasma, ou seja, a hemólise é a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue por rompimento da membrana plasmática com liberação da hemoglobina.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hem%C3%B3lise

http://pensamentoh.blogspot.com/2011/04/
onibus-muito-mais-que-apenas-um-meio-de.html

http://www.rosicrucien.info/
zinefre/templefre01.htm

http://colunistas.ig.com.br/area51/
2006/11/19/atlantida-o-continente-perdido/

http://tecnocientista.info/
hype.asp?cod=6039

 

Música de fundo:

I Will Follow Him
Composição: Franck Pourcel & Paul Mauriat

Fonte:

http://www.eadcentral.com/go/1/1/0/
http://www.christianwebresources.co.uk/midi/I/