No
Período de Saturno, a Terra em formação era escura.
Calor, que é a primeira manifestação do sempre invisível
Fogo, era o único elemento então manifestado. A Humanidade
embrionária era como mineral, o único reino inferior da vida
evolucionária. Unidade era observada por toda a parte e os Senhores
da Mente, que eram humanos, formavam uma unidade entre si.
No
Período Solar, o princípio de um novo elemento – o Ar
– foi desenvolvido e unido ao verdadeiro Fogo, o qual, sempre invisível,
manifestou-se como calor no Período de Saturno. Então, o Fogo
explodiu em chamas, e o mundo escuro se tornou uma resplandecente bola de
névoa ígnea luminosa em virtude da palavra de poder: 'Que
se faça luz'. E
a Humanidade havia avançado para um estágio análogo
ao do vegetal.
No
Período Lunar, o contato da esfera aquecida com o Espaço frio
gerou umidade, e a batalha dos elementos começou com todo seu ímpeto.
A ardente bola de fogo procurava evaporar a umidade, forçá-la
para fora e criar um vácuo no qual pudesse manter sua integridade
e arder tranqüilamente. Mas não há e nem pode haver vazio
em a Natureza; assim, a corrente expelida condensou-se a certa distância
da bola ardente, e foi de novo impelida para dentro pelo frio do Espaço,
para ser novamente evaporada e expelida para fora, em um incessante giro
que se manteve por eras e eras, como um jogo de peteca entre diversas Hierarquias
de Espíritos que compunham os vários Reinos de Vida, representados
na Esfera-Fogo e no Espaço Cósmico – que são
uma expressão do Homogêneo Espírito Absoluto. Os Espíritos
do Fogo estão trabalhando ativamente para obter um aumento de consciência.
Mas o Absoluto repousa sempre revestido pelo invisível traje do Espaço
Cósmico. No Absoluto, todos os poderes e possibilidades estão
latentes, e Ele procura desencorajar e reprimir qualquer tentativa de gastar
a força latente que, como energia dinâmica, é necessária
na evolução de um sistema solar. Água é o agente
que foi usado para apagar o fogo dos espíritos ativos. A zona entre
o centro ardente do separado Espírito Esfera e o Ponto onde sua atmosfera
individual encontra o Espaço Cósmico, é o campo de
batalha dos espíritos evolucionários, nas diversas etapas
de evolução. Os
protótipos do peixe, da ave e de todo o ser vivente apareceram, incluindo
mesmo a primitiva forma humana. Contra este plano, uma minoria de Anjos
rebelou-se. Eles tinham grande afinidade com o fogo para suportar o contato
com a água, e recusaram-se a criar as formas como lhes foi ordenado.
Por isto, privaram-se de uma oportunidade de evoluir através das
linhas convencionais, e tornaram-se também uma anomalia na natureza.
Além disso, tendo repudiado a autoridade de Jeová, tiveram
que conseguir sua própria salvação, à sua maneira.
No
Período Terrestre, quando vários planetas foram diferenciados
para proporcionar ambiente adequado à evolução para
cada classe de espíritos, os Anjos, sob Jeová, foram enviados
para trabalhar com os habitantes de todos os planetas que possuem Luas,
enquanto os espíritos de Lúcifer fizeram sua morada sobre
o planeta Marte. O Anjo Gabriel é o representante na Terra da Hierarquia
Lunar, presidida por Jeová, e o Anjo Samael é o embaixador
das forças Marcianas de Lúcifer. Gabriel (que anunciou a Maria
o próximo nascimento de Jesus) e seus anjos lunares são, portanto,
os dadores da vida física, enquanto Samael e as hostes de Marte são
os Anjos da Morte. Deste
modo, originou-se a discórdia na obscura aurora deste Dia Cósmico,
e o que vemos hoje como Franco-maçonaria é uma tentativa das
Hierarquias de Fogo, os espíritos de Lúcifer, para trazerem
a nós o encarcerado Espírito Luz, a fim de que, através
Dele, possamos ver e conhecer. O Catolicismo é uma atividade das
Hierarquias de Água. Por isto, coloca na porta de seus templos 'Água
Benta' para extinguir os espíritos que procuram a Luz e o Conhecimento,
e para incutir fé em Jeová.
A
Maçonaria Mística arregimenta homens que têm a indômita
coragem de ousar, a inquebrantável energia de fazer e o diplomático
discernimento de saber calar.
Do
Velho Testamento – que contém ensinamentos do Mistério
Atlante – aprendemos que a Humanidade foi criada macho-fêmea
(bissexual), e que cada um era capaz de propagar sua espécie sem
a cooperação de outro, como hoje é o caso de algumas
plantas. Mais tarde, foi removido um pólo da Força Criadora
(Elixir da Vida), e daí resultaram dois sexos. O ensinamento esotérico
complementa esta informação declarando que a finalidade desta
mudança foi utilizar um pólo da Força Criadora para
a construção de um cérebro e de uma laringe, por meio
dos quais a Humanidade pudesse adquirir conhecimento e se expressar em palavras.
Considerando
o que está escrito na Bíblia, qual a ligação
que existe entre o comer uma maçã, a morte e o parto doloroso?
Bem, a Árvore do Conhecimento é uma expressão simbólica
para o ato criador. Para compreender a identidade das serpentes, é
necessário recorrer ao ensinamento esotérico, que as aponta
como Espíritos do Marcial Lúcifer, regentes do signo serpentino
de Scorpius. Seus Iniciados, mesmo tão atrasados como a Dinastia
Egípcia, ostentavam na fronte o 'Uraeus' ou símbolo da serpente,
como um sinal da fonte de sua sabedoria. Em conseqüência do uso
desautorizado da Força Criadora, a Humanidade deixou de ser etérea
e se cristalizou em um revestimento de pele ou corpo físico, que
agora oculta os deuses que habitam os reinos invisíveis.
A
Geração foi originariamente estabelecida pelos
Anjos, sob Jeová. Era efetuada nos grandes templos debaixo de favoráveis
condições planetárias e o parto era indolor, como ainda
o é hoje entre os animais selvagens, que não abusam da função
criadora para gratificar os sentidos.
A
Degeneração resultou do abuso ignorante e
desautorizado do ato gerador, iniciado pelos Espíritos de Lúcifer.
A
Regeneração
deve ser empreendida com a finalidade de restituir ao homem a sua perdida
condição de Ser Espiritual [consciente],
e libertá-lo deste corpo de morte onde está agora aprisionado.
A Morte deve ser absorvida na Imortalidade.
O homem é um peregrino sobre
a Terra, e não poderá descansar até que alcance sua
meta.
O
homem precisa aprender a Tábua das Leis Divinas em sua peregrinação
pelo deserto da matéria.
A
Lenda Maçônica tem pontos de desacordo, como também
de acordo, com a história da Bíblia. Relata que Jeová
criou Eva, que o Espírito Lucífero Samael uniu-se a ela, mas
que foi expulso por Jeová e forçado a deixá-la antes
do nascimento do seu filho Caim, que ficou sendo, assim, o filho de uma
viúva.
Quando,
por mérito, o neófito recebe a 'Palavra' – o 'Abre-te
Sésamo' dos mundos internos – aprende a viajar em lugares estrangeiros
nos mundos invisíveis. Então, está autorizado a voar
nas regiões celestiais, qualificando-se para graus mais elevados.
A
Rainha de Sabá não consumou casamento com Salomão.
Se isto tivesse acontecido, o nome Maçom ter-se-ia apagado da memória
muito antes dos dias atuais, e a Humanidade, em geral, seria agora filha
dócil da Igreja dominante, sem livre vontade, escolha ou prerrogativas.
Nem a rainha poderia casar-se com Hiram, que representava o poder temporal,
senão a Religião teria sido reprimida. Ela devia esperar pelo
noivo que incorporasse as boas qualidades de Salomão e de Hiram,
mas purificado das fraquezas deles, pois a Rainha de Sabá é
a Alma Composta da Humanidade, e na consumação da obra de
nossa era evolucionária, Ela será a noiva, enquanto Cristo
– a quem Paulo chamou de Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque
– preencherá o cargo duplo, tanto de chefe espiritual quanto
temporal.
O
templo de Salomão é o nosso Universo Solar, que forma a grande
escola da vida para a nossa Humanidade evolucionária. No esquema
microcósmico, o templo de Salomão é também o
corpo do homem, onde o espírito individualizado ou ego está
evoluindo, assim como Deus o está no Grande Universo. O trabalho
verdadeiro no templo, conforme nos foi dito em II Coríntios, capítulo
V, é efetuado por forças invisíveis que atuam silenciosamente,
edificando o templo sem ruído de martelo. Como o templo de Salomão
foi visível, em toda sua glória, à Rainha de Sabá,
a evidência do trabalho dessas forças invisíveis é
facilmente percebida tanto no Universo como no homem, mas elas próprias
se mantêm nos bastidores, trabalhando sem ostentação;
ocultam-se de todos os que não têm o direito de vê-Las
nem de governá-Las. A relação dessas forças
da natureza e o trabalho que realizam no Universo, talvez possa ser melhor
compreendida se usarmos uma ilustração: suponhamos que um
construtor queira construir uma casa para morar. Ele escolhe o lugar onde
vai construir, leva para lá o material e, com as ferramentas de seu
ofício, começa a assentar os alicerces. Pouco a pouco, as
paredes são erguidas, o teto é colocado, o interior completado,
e a estrutura terminada. Durante todo o tempo de trabalho, um cão,
que é um espírito inteligente pertencente a outra e posterior
onda de vida, observa seus atos e todo processo de construção
e vê, gradualmente, a casa tomar forma e chegar ao fim. Falta-lhe,
porém, a compreensão adequada daquilo que o construtor está
fazendo e do propósito final que ele tem em mente. Suponhamos que
o cão fosse incapaz de ver o construtor ou de ouvir o ruído
do martelo e demais ferramentas. Então, o cão estaria na mesma
relação com o construtor como a Humanidade em geral está
para o Arquiteto do Universo e para as forças que trabalham sob seu
comando. Isto porque o cão veria somente os materiais entrosando-se
lentamente, tomando forma, e, na seqüência final, terminando
uma estrutura. A Humanidade também vê o silencioso crescimento
da planta, do animal e da ave, mas não pode compreender o que causa
este crescimento físico e as mudanças no universo visível,
pois não vê o enorme exército de operários invisíveis
que estão trabalhando no silêncio, sem som, para produzir estes
resultados. Eles não respondem à chamada de quem não
tenha o Sinal e a Palavra de Poder, por mais alta que seja sua posição
ou posto no mundo.
Quando
a fé floresce em obras, alcançamos o mais elevado ideal de
expressão. A Humanidade pode e admira os sentimentos elevados e a
oratória brilhante; mas quando Lincoln rompe as correntes de uma
raça escravizada ou quando um Lutero se rebela em nome dos espíritos
agrilhoados da Humanidade, garantindo-lhes liberdade religiosa, a ação
externa destes emancipadores revela uma beleza de alma que não é
vista naqueles que só sonham e que receiam sujar as mãos em
um trabalho real no Templo da Humanidade.
O
Maçom Místico se esforça por trabalhar no Templo da
Humanidade, almejando cultivar seus próprios poderes espirituais,
conforme prenunciado no Mar Fundido (ou Pedra Filosofal).
Segundo
a Lenda Maçônica, a Rainha de Sabá pediu a Hiram Abiff
que lhe mostrasse os trabalhadores do Templo. O Grande Mestre golpeou com
seu martelo uma rocha próxima, de maneira que faíscas de fogo
se soltaram, e, ao sinal de fogo combinado com a ação do poder,
os Trabalhadores do Templo juntaram-se em volta do seu Mestre, formando
uma multidão incalculável, todos prontos e ansiosos para cumprir
suas ordens. Este espetáculo do admirável poder desTe homem
impressionou tanto a Rainha de Sabá, que ela decidiu romper com Salomão
e conquistar o Coração de Hiram Abiff. Em outras palavras:
a Humanidade quando tem seus olhos abertos para a impotência do clero,
os Filhos de Seth, que também dependem do favor divino, e quando
vê o poder e a potência dos regentes temporais, sente-se impelida
para eles e deixa o espiritual pelo material. Isto sob o angulo microcósmico
da matéria. Do ângulo ou ponto de vista Cósmico, observamos
novamente que o Templo de Salomão é o Universo Solar, e Hiram
Abiff, o Grande Mestre, é o Sol, que percorre os doze signos do Zodíaco,
encenando lá o drama místico da Lenda Maçônica.
Enfim, de acordo com a Lenda Maçônica, Hiram Abiff, o Grande
Mestre, usou um martelo para chamar seus trabalhadores, e é significativo
que o símbolo do signo Áries, onde começa essa maravilhosa
atividade criadora, é formado por um par de chifres de carneiro,
que também se assemelha a um martelo.
Presentemente, nos Templos da Última
Ordem, a água mágica fica na porta, e é pedido a todos
que entram que apliquem este líquido no ponto da testa onde reside
o Espírito; suas razões afogam-se em máximas e dogmas,
e o ideal feminino é venerado na Virgem Maria. Fé é
o fator principal em sua salvação, sendo cultivada a atitude
infantil de cega obediência. No Templo da outra Ordem é diferente.
Quando o candidato entra lá 'pobre', 'nu' e 'cego', perguntam-lhe
logo: — 'o que está procurando?' Quando ele responde 'Luz',
é dever do Mestre dar-lhe o que pede e torná-lo Phree Messen
– um Filho da LLuz. Também é seu dever ensiná-lo
a trabalhar, e um ideal masculino, Hiram Abiff, o Mestre Trabalhador, lhe
é apresentado como estímulo.
Progresso
e promoção na Maçonaria Mística não dependem
de favor. Não podem ser conquistados enquanto não houver merecimento.
O candidato precisa acumular, em si, o poder para se elevar, da mesma maneira
que um revólver só pode disparar quando estiver carregado.
Iniciação é simplesmente como puxar o gatilho, e Ela
consiste em mostrar ao candidato como usar o poder latente que existe nele.
O
magnífico Templo de Salomão foi a obra-prima de duas linhagens:
a incorporação da sublime espiritualidade dos sacerdotes,
os Filhos de Seth, com a superlativa habilidade dos artífices, os
Filhos de Caim.
Tu,
Hiram, disse Caim, estás destinado a morrer sem ver realizadas tuas
esperanças. Mas a viúva terá muitos filhos que manterão
viva a tua memória no transcurso das eras, e, depois de um longo
período, surgirá alguém maior do que Tu. Não
despertarás até que o Leão de Judá te levante
com a poderosa força das Suas garras. Hoje, recebeste teu Batismo
de Fogo, porém, Ele te batizará com Água e com Espírito
– a ti e a todo filho da viúva que O procurar. Maior que Salomão,
Ele edificará uma nova cidade e um Templo onde as nações
poderão prestar culto. Os Filhos de Caim e os Filhos de Seth se encontrarão
ali em Paz, no mar de vidro. E, assim como Melquisedeque1,
Rei de Salem2
e Sacerdote de Deus abençoou Abraão, o pai das nações,
quando a Humanidade estava ainda na sua infância, assim também
essa nova LLuz reunirá em si os dois ofícios: o de Rei e o
de Sacerdote da Ordem de Melquisedeque. Julgará as nações
com a Lei de Amor e, para aquele que vencer, ser-lhe-á dada uma Pedra
Branca com um Nome, que servirá como Senha para o Templo. Ali encontrará
o Rei, face a face... Hiram, o 'Filho da Viúva', renasceu como Lázaro
e se tornou amigo e discípulo do Leão de Judá, que
o ressuscitou através da Iniciação. Quando o Martelo
foi encontrado, tinha a forma de uma Cruz e o disco era uma Rosa. Por isto,
Hiram ocupou seu lugar entre os imortais sob o novo e simbólico nome:
Christian Rosenkreuz. Ele fundou a Ordem dos Construtores do Templo que
leva o seu nome. Nesta Ordem, as almas aspirantes ainda recebem instruções
de como fundir os metais básicos e produzir a Pedra Branca.
Excertos
da Epístola de São Paulo aos Hebreus: Deus, tendo falado outrora
muitas vezes e de várias maneiras aos nossos pais, pelos profetas,
a nós falou nestes últimos dias pelo Seu Filho, a quem Ele
constituiu herdeiro de todas as coisas, por quem Ele fez também os
mundos. Nenhum homem toma para si esta honra, senão Aquele que é
chamado por Deus, como foi Arão. Assim também Cristo não
Se glorificou para se tornar Sumo Sacerdote, mas Aquele que Lhe disse: 'Tu
és meu Filho, hoje Te gerei.' Como Ele também diz em outro
lugar Tu és um Sacerdote Eterno,3
segundo a Ordem de Melquisedeque, o qual nos dias de Sua carne, quando Ele
ofereceu, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas
Àquele que O podia salvar da morte e foi ouvido quanto ao que temia,
e, embora fosse o Filho, ainda aprendeu a obediência pelas coisas
que padeceu; e, tornando-se perfeito, tornou-se a causa de eterna salvação
para todos que O obedecem; chamado por Deus de Sumo Sacerdote, segundo a
Ordem de Melquisedeque, do qual muito temos que dizer, de difícil
interpretação. Porque este Melquisedeque, que era Rei de Salem,
Sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão
quando ele regressava de destroçar os reis, e o abençoou;
a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente
é, por interpretação, Rei de Justiça e depois
também Rei de Salem, que quer dizer Rei de Paz; sem pai nem mãe,
sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, mas sendo
feito semelhante ao Filho de Deus, permanece Sacerdote para sempre. E aqui,
certamente, recebem dízimos os homens que morrem (os Levitas); ali,
porém, Ele acolhe aquele de quem se afirma que vive. De sorte que,
se a perfeição tivesse podido ser realizada pela Lei e seu
Sacerdócio, que necessidade havia de que outro sacerdote se levantasse,
segundo a Ordem de Melquisedeque, e não segundo a Ordem de Arão?
Porque é manifesto que nosso Senhor procedeu da tribo de Judá,
tribo da qual Moisés nunca atribuiu o sacerdócio. E muito
mais manifesto é ainda se, à semelhança de Melquisedeque,
se levantar outro Sacerdote que não foi feito segundo a lei do mandamento
carnal, mas segundo o poder da Vida Eterna, porque dele assim se testifica;
'Tu és Sacerdote através dos séculos, segundo a Ordem
de Melquisedeque.' Jesus tornou-se, por isso mesmo, o fiador de uma aliança
melhor. Mas Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio
perpétuo; porque a Lei constituiu sumos sacerdotes a homens débeis,
mas a Palavra de Deus, que era desde a Lei, constituiu o Filho, consagrado
para sempre. A suma do que temos dito é que temos um Sumo Sacerdote
que está assentado nos céus à direita do Trono da Majestade,
Ministro do Santuário, e do Verdadeiro Tabernáculo, o qual
o Senhor erigiu, e não o homem. E quase todas as coisas, segundo
a Lei, se purificam com sangue, e sem derramamento de sangue não
há remissão; de sorte que era bem necessário que as
figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem;
mas as mesmas coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes,
porque Cristo não entrou em um santuário feito por mão
de homem, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora
comparecer por nós diante de Deus. Mas agora alcançou Ele
ministério tanto mais elevado, quanto é mediador da melhor
aliança, que está confirmada em melhores promessas; porque
se aquela primeira aliança fora irrepreensível, nunca se teria
buscado lugar para a segunda. Porque, repreendendo-os, lhes diz: —
Eis que virão dias em que com a casa de Israel e com a casa de Judá
estabelecerei uma nova aliança. Não como a aliança
que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los
da terra do Egito; como não permaneceram na minha aliança,
eu, para eles, não atentei. Porque esta é a aliança
que depois daqueles dias farei com a casa de Israel. Porei as Minhas Leis
no seu entendimento, e em seus Corações as escreverei; e Eu
lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo; e não ensinará
cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:
— Conheça o Senhor, Porque todos me conhecerão, desde
o menor deles até ao maior.
Na
Época Hiperbórea, homem em formação era bissexual,
masculino-feminino, como muitas das nossas plantas atuais, com as quais
se parecia, por ser inerte e por lhe faltar desejo e aspiração...
Mais tarde, na Época Lemúrica, quando o corpo do homem se
cristalizou e condensou um pouco mais, a Humanidade foi dividida fisicamente
em sexos. Assim, gradativamente, seus olhos se abriram e se tornaram conscientes
do mundo físico, mas perderam o contato com o Mundo Espiritual e
com os Anjos Guardiães, que tinham sido, anteriormente, seus guias
benevolentes. Somente alguns – os mais espiritualizados – conservaram
sua Visão Superior e a Comunhão com as Hierarquias Divinas.
Um Verdadeiro Sacerdote, capaz de
guiar espiritualmente seu rebanho, não pode controlar, ao mesmo tempo
e bem, riquezas materiais como governante de um domínio temporal.
Assim como a política, no seu aspecto mais elevado, visa dirigir
as massas focalizando somente seu bem estar físico, o Sacerdócio,
exercido benevolentemente, procura guiá-las unicamente para o progresso
da Alma.
Antigamente,
os fatores unificantes de um cargo duplo no Governo e o sexo duplo do seu
povo impediam o conflito de interesses que agora existe, e que continuará
a existir até que um outro Regente Divino se apresente para incorporar
as qualidades do duplo cargo de Rei e Sacerdote, segundo a Ordem de Melquisedeque
e até que a geração pelo sexo seja abolida.
A
carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus.
O
Sacrifício de Jesus, no Gólgota, uma vez e para sempre, proporcionou
um Caminho de Redenção por meio do Sangue derramado por Jesus.
O
sangue da Humanidade tornou-se impregnado de egoísmo, que é
o fator separativo nesta era. O sangue deve ser purificado deste pecado
para que a Humanidade possa unida e entre no Reino de Cristo.
O
altruísmo desenvolvido em vidas anteriores preparou o Espírito
de Salomão, que habitou o corpo de Jesus, para a alta missão
a que foi destinado, isto é, servir como um veículo para o
generoso e unificante Espírito-Cristo, com o propósito de
acabar com a divisão entre os Filhos de Seth e os Filhos de Caim,
unindo-os na Fraternidade, para formar o reino do Céu.
Quando
o sangue é examinado em um microscópio, parece ter um número
de minúsculos glóbulos ou discos; porém, quando um
clarividente treinado pode vê-lo enquanto circula através de
um corpo vivo, constata que o sangue é um gás – uma
Essência Espiritual. O calor é causado pelo Ego que está
dentro deste sangue, pois, como diz a Bíblia, a Vida está
no sangue.
O
Eu humano é mais poderoso do que o espírito-grupo dos animais,
como podemos constatar quando aplicamos o teste científico conhecido
como hemólise.4
O sangue de um animal superior, se inoculado nas veias de um animal de espécie
inferior, causará a morte deste. Se injetarmos sangue humano em um
animal, este será incapaz de suportar as altas vibrações
que estão no sangue do ser humano e morrerá. Por outro lado,
um ser humano poderá ser inoculado com o sangue de um animal inferior
sem sofrer dano.
Jesus
disse: — Quem não deixar pai e mãe não poderá
Me seguir. Enquanto estivermos amarrados à família, à
nação ou a tribo, estaremos ligados ao velho sangue, aos velhos
caminhos e não podemos nos fundir em uma fraternidade universal.
Isto só poderá ser alcançado quando as pessoas se casarem
além das fronteiras, porque quando existem tantas nações,
a maneira de uni-las é através do casamento. Deixemos Abraão,
o pai da raça e da tribo morrer; deixemos o 'Eu-Sou' viver. Cristo
tinha conhecimento do fato oculto de que a mistura do sangue pelo casamento
entre diversas raças e famílias sempre mata algo; quando não
mata o corpo, mata alguma outra coisa. Se cruzarmos um cavalo e um burro,
teremos um híbrido, a mula; nela alguma coisa está faltando
devido à mistura de sangue estranho, a saber, a faculdade da propagação
que está faltando em todos os híbridos. De forma análoga,
quando os casamentos ocorrem fora do círculo da raça ou família,
alguma coisa é destruída, e, neste caso, são os quadros
da visão interna. Os diferentes quadros de diferentes famílias
se chocam e, em conseqüência, a clarividência, o contato
com o Mundo Espiritual e com a Memória da Natureza foi desaparecendo
desde que a prática do casamento dentro do mesmo grupo cessou. Somente
os escoceses das montanhas que casam na clã, e os ciganos, retêm,
de certa forma, esta segunda visão. Assim, vemos que o sangue é
agora constituído diferentemente do que era nas idades primitivas
da evolução humana. O Corpo de Jesus era um veículo
pioneiro, de máxima pureza, quando o Espírito-Cristo entrou
Nele como um meio de ingressar no centro da Terra pelo idêntico caminho
que, previamente, tinha sido percorrido por Hiram Abiff quando se lançou
no Mar Fundido, e foi conduzido pelo Caminho da Iniciação
para o centro da Terra, onde Caim, seu antepassado, habitava.
Quando
alguém morre, o sangue venoso com suas impurezas adere firmemente
à carne e, portanto, o sangue arterial que corre fica visivelmente
mais limpo do que em outras circunstancias; está mais livre de paixão
e de desejo. Sendo eterizado pelo grande Espírito Cristo, o sangue
limpo de Jesus inundou o mundo, purificou grandemente a região etérica
do egoísmo, e deu ao homem uma melhor oportunidade para atrair para
si materiais que lhe permitirão formar propósitos e desejos
altruísticos. A era do altruísmo foi aí inaugurada.
Pela fé neste Sangue e pela imitação da Vida de Cristo,
os Filhos de Seth foram preparados para eliminar de si a maldição
do egoísmo; enquanto que aos Filhos de Caim foi-lhes dado o emblema
da Rosa e da Cruz, para lhes ensinar como trabalhar fielmente no preparo
do Mar Fundido – a Pedra Filosofal – e encontrar a Nova Palavra
que os admitirá no Reino, pois eles acreditam mais no trabalho do
que na fé.
Não
obstante a cor da aura de cada indivíduo diferir da dos outros, existe
uma cor básica ou fundamental que mostra sua posição
na escala da evolução. Nas raças inferiores, esta cor
básica é um vermelho fraco, semelhante ao vermelho de um fogo
que queima lentamente, que indica sua natureza passional e emocional. Ao
examinarmos as pessoas que estão em grau mais elevado na escala da
evolução, a cor básica ou a vibração
irradiada por elas parece ser de uma tonalidade alaranjada, que é
o amarelo do intelecto misturado com o vermelho da paixão. Pela Alquimia
Espiritual, que elas realizam inconscientemente à medida que avançam
no caminho do progresso e aprendem a fazer com que suas emoções
sejam subservientes à mente através de muitas experiências
na escola da vida, elas estão se libertando aos poucos da dependência
dos espíritos marciais de Lúcifer e do Deus da Guerra, Jeová,
cujas cores são escarlate e vermelha. Isto também acontece
ao obedecermos consciente ou inconscientemente ao Espírito-Cristo
unificante e altruísta, cujas vibrações produzem uma
cor amarela que está, assim, se mesclando com o vermelho e gradualmente
o eliminará. A auréola dourada ao redor dos santos, pintada
por artistas dotados de visão espiritual, é a representação
física de uma promessa espiritual que se aplica à Humanidade
como um todo, embora isto tenha sido compreendido apenas por alguns poucos,
que são chamados Santos. Após vidas de luta com suas paixões,
perseverança no fazer o bem, cultivando nobres aspirações
e depois de aderir firmemente a propósitos superiores, estas pessoas
se elevaram acima do raio vermelho, e estão agora totalmente imbuídas
com o raio dourado de Cristo e sua vibração. Este fato espiritual
foi incorporado por artistas medievais dotados de visão espiritual
em seus quadros de santos, que os pintavam rodeados por uma auréola
dourada, indicando sua emancipação do poder dos espíritos
Lucíferos de Marte, que são os anjos caídos, assim
como de Jeová e Seus Anjos, que pertencem a um estágio anterior
de evolução e são os guardiães das religiões
nacionais e de raça. Os Espíritos de Lúcifer encontram
expressão no ferro em nosso sangue. Ferro é um metal de Marte,
difícil de ser colocado em alta vibração, tão
difícil que demora muitas vidas de grande esforço para mudar
o produto de sua combustão para a cor dourada que designa o Santo.
Quando isto é conseguido, o grande feito da Alquimia foi consumado;
o metal base se transformou em ouro – a maravilhosa liga do Mar Fundido
que foi feita da escória da terra. Então, só falta
'abrir as comportas' e despejá-la. A cor dourada natural é
o Raio de Cristo, que encontra sua expressão química no oxigênio,
um elemento solar, e, à medida que avançamos no caminho da
evolução em direção à Fraternidade Universal,
até mesmo os que não são declaradamente religiosos
adquirem um matiz de ouro em suas auras, devido aos mais altos impulsos
altruístas, comuns no Ocidente. Paulo se refere a isto, ao dizer
'Cristo sendo formado em vós', pois quando tivermos aprendido a misturar
a liga por meio de vidas espirituais, quando vibrarmos no mesmo grau que
Ele, seremos semelhantes a Cristo, prontos para 'abrir as comportas' dos
cadinhos e verter a liga do Mar Fundido. Cristo foi libertado da Cruz por
centros espirituais localizados nos lugares onde os cravos foram pregados
e em outras partes. Aquele que já preparou o Mar Fundido também
é instruído pelo Mestre em como abrir as comportas e voar
para esferas mais altas e, conforme a expressão Maçônica,
'viajar por países estrangeiros'.
O
Sol é o centro da vida e rege o gás dador de vida que conhecemos
como oxigênio, o qual se mistura com o ferro marcial. Assim, Cristo,
o Senhor do Sol, é também o Senhor da Vida, e quando, pela
Alquimia Espiritual nos tornamos semelhantes a Ele, somos imortais, e, assim,
deixamos nosso pai Samael e nossa mãe Eva, e a Morte não terá
mais domínio sobre nós.
Aquele
que segue um regime de carne precisa se alimentar com mais freqüência.
Este alimento não é o apropriado para a construção
de um corpo, que precisa esperar algum tempo antes que o Adepto entre nele.
Alimentos constituídos de vegetais, frutas e nozes, principalmente
quando estão maduros e frescos, são interpenetrados por grande
quantidade de éter que compõe o corpo vital da planta. São
muito mais fáceis de dominar e de se incorporar na constituição
do corpo, como também permanecem por muito mais tempo lá,
antes que a célula de vida individual possa se ajustar. O Adepto
que deseja construir um corpo para ser usado antes de deixar o antigo, deve
construí-lo de vegetais frescos, frutas e nozes, consumindo estes
alimentos diariamente para que se tornem sujeitos à sua vontade,
e sejam uma parte de si.