MAGIA BRANCA

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Pitágoras, Platão, Paracelso, Éliphas Lévi e tantos outros nos ensinaram que a Magia Branca ou Divina não pode ser acessível àqueles que se entregam ao pecado ou que experimentam simplesmente inclinação por ele, seja qual for a forma na qual se manifeste esse pecado. A retidão, a pureza de costumes, a ausência de egoísmo, a inexistência de preconceitos e o amor ao próximo, tais são as primeiras virtudes necessárias ao Mago Branco. Só os homens cuja [personalidade-]alma é pura vêem a Deus, proclama o Axioma dos Rosa+Cruzes. Além do mais, a Magia nunca foi um fato sobrenatural. (In: O País das Montanhas Azuis, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky).

 

 

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era americanofóbico.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era islamofóbico.

 

 

 

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era judeofóbico.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era homofóbico.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era preconceituoso.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era abominoso.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era acrimonioso.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, era descarinhoso.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, esfolava passarinho.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, destruía qualquer ninho.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, surrava o baixinho.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, odiava o barbadinho.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, só andava para o Oeste.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, tinha ojeriza do Leste.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, só curtia o sobrenatural.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, praticava o abnormal.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, faturei cem o mensalão.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, enriquei com o petrolão.

 

 

 

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, construí muros separatórios.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, produzi estorvos divisórios.

 

 

 

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, fui um baita sacanocrata.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, só fustiguei com a chibata.

 

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, inquisicionei e torturei.

Eu queria ser um Mago Branco,

porém, maltratei e apocopei.

 

Nunca me tornei um Mago Branco,

e jamais vi o meu Sol Nascer.

Claudicando e sempre manco,

existi e morri sem Renascer.

 

Hoje, preso no Plano Astral,

vivo um pesadelo delirante.

Não discrimino o Bem do mal!

Quando findará este perdurante?

 

'Não há nada mais terrível

do que uma ignorância ativa.'1

Eu fui essa ignorância horrível.

Eu fui essa ignorância primitiva.

 

 

 

Plano Astral (Pictórico)
(Ignorância Ativa
Após a Transição)


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Nota:

1. Sentença de Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 – Weimar, 22 de março de 1832).

 

Música de fundo:

Puff – The Magic Dragon
Composição: Leonard Lipton & Peter Yarrow
Interpretação: Peter, Paul & Mary

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=Y7lmAc3LKWM

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.vectorstock.com/

http://www.animatedimages.org/

https://www.helloforos.com/

https://gifer.com/en/L8DY

https://pt.dreamstime.com/

https://sarauparatodos.wordpress.com/

http://infectedhydro.com/

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