LUZ
INTERIOR
Rodolfo
Domenico Pizzinga
É
impossível ir em direção à nossa Luz
sem que, ao mesmo tempo, tenhamos que enfrentar a sombra que em
nós habita.
Graf
Dürckheim (1896 – 1988)
|
A sombra que em nós habita!
´
É
impossível lograr a LLuz e o Bem Interiores
sem
que, ao mesmo tempo,
Mas,
mais do que governar as ilusões exteriores
–
no entretempo do não-tempo –
precisamos
transmutar nossas sombras interiores.
É até
possível viver e morrer escondido de tudo;1
mas
para o Mestre-Deus-Interior
nosso
Ser Interno esta[rá] ad æternum desnudo.2
Por
isto, só quando o inferno3 for transmutado,
só
quando mâya4 for dominada,
poderemos
dizer: — Venci; sou um Illuminado.5
_____
Notas:
1.
Relativamente escondido de tudo! Est modus in rebus.
2. Não cai um fio de cabelo...
3.
Nosso inferno lunar interior construído, com todo carinho, eras após
eras.
4.
Mâya, por definição, significa aquilo que não
é. Entretanto, deixo uma pergunta metafísica para reflexão:
o se pode, efetivamente, dizer que é?
5.
Relativamente Illuminado, pois não há uma Illuminação
definitiva.
Fundo
musical:
Change
The World (Eric Clapton)
Fonte:
http://www.findmidis.com/download.go
/1462/Change_The_World-by-Eric_Clapton
Observação:
A
animação em flash que abre este poema (A
sombra que em nós habita!) foi produzida pela
edição de uma imagem digital disponibilizada no Blog Letras
Com Garfos. Assim sendo, o autor da imagem
digital permanece com os direitos autorais
sobre a animação. O endereço do Blog é:
http://letrascomgarfos.blogs.sapo.pt/
arquivo/2004_04.html