LUTANDO O BOM COMBATE

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Simbolicamente
(No passado, terá acontecido algo semelhante?)

 

 

 

 

Suponhamos que astronautas [alienígenas] tenham vindo à nossa Terra, aqui encontrando homens. Acontecimento assim insólito, deveria forçosamente deixar vestígios nas lendas e nos mitos. Aqueles seres, aos olhos dos primitivos, pareceram dotados de poderes sobrenaturais, e eles, assim, lhes atribuíram uma natureza divina; os mitos estabeleceram no céu um lugar especial de onde teriam vindo os enigmáticos visitantes e para onde teriam voltado. Os terrícolas poderiam ter aprendido técnicas e rudimentos de ciência com "visitantes celestes”. Como se sabe, os mitos e as lendas criados antes do aparecimento da escrita possuem um enorme valor histórico. Assim, atualmente, tem sido reconstituída, em grande parte, a partir do folclore, das lendas e dos mitos, a história pré-colonial dos povos da África Negra, que não possuíam escrita. [Esta é exatamente a mesma hipótese defendida pelos atuais teóricos dos alienígenas do passado. Por exemplo, as destruições de Sodoma e de Gomorra teriam sido derivadas de uma explosão nuclear e o rapto de Enoque teria sido uma proeza de visitantes extraterrestres avançados. Bem, como Louis Pauwels e Jacques Bergier, eu também prefiro a morte ao papel de censor, e admito que alguma razão têm os teóricos dos alienígenas do passado, pois, certamente não foram deuses nem emissários divinos que fizeram contato com os antigos profetas. Não podemos esquecer de que, no passado, os Mistérios Iniciáticos estavam disponíveis para os dignos, e a Hierarquia da G.'. L.'. B.'. estava presente na Terra entre os seres humanos. Se isto acabou nos sendo subtraído, foi devido à nossa preferência pela magia negra, pela indignidade e pela crueldade, exatamente como o senhor está fazendo hoje com a Ucrânia e com os ucranianos.] [In: O Homem Eterno, de autoria de Louis Pauwels e Jacques Bergier.]

 

 

O Ucraniocídio Putiniano
(Este morticínio custará muito caro à Mãe Rússia e ao povo russo)

 

 

Precisamos ter calma e ortografia! [Ibidem.]

 

Carl Sagan tentou determinar o número de civilizações tecnicamente desenvolvidas existentes simultaneamente na galáxia, o que poderia atingir a ordem de 106, e a duração da existência das mesmas seria de 107 anos. De acordo com as suposições de Sagan, estas civilizações avançadas estudam o Cosmos seguindo um plano que exclui a repetição das visitas. Se, por hipótese, cada civilização enviar, em cada ano terrestre, uma nave interastral de reconhecimento, o intervalo médio entre duas visitas na região será igual a 105 anos. Para o intervalo médio entre duas visitas a um único e mesmo sistema planetário (o nosso, por exemplo), que dê guarida a formas racionais de vida, poderemos admitir, no quadro das hipóteses de Sagan, um número correspondente a alguns milhares de anos. A freqüência, aqui, seria de aproximadamente cinco mil e quinhentos anos. Seja como for, devemos estar preparados para uma próxima visita e para um próximo desembarque. [Há quem afirme, categoricamente, que os ETs existem e que, sistematicamente, têm nos visitado, como foi o caso do engenheiro, político, escritor e comentarista canadense Paul Theodore Hellyer (Waterford, 6 de agosto de 1923 – 8 de agosto de 2021). Paul, inclusive, serviu um breve período como assistente parlamentar do Ministro da Defesa Nacional do Canadá, e, posteriormente, foi nomeado Ministro Adjunto da Defesa Nacional do seu País, no Gabinete do Primeiro-ministro Louis Stephen St. Laurent, batizado como Louis-Étienne St-Laurent, (Campton, 1º de fevereiro de 1882 – Quebec, 25 de julho de 1973), tendo sido também o membro mais antigo do Conselho Privado, à frente do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo, e causou uma baita polêmica, em 2013, ao afirmar que existem extraterrestres trabalhando com o Governo dos Estados Unidos. Como diria Lírio Mário da Costa (Rio de Janeiro, 29 de maio de 1923 – Rio de Janeiro, 15 de setembro de 1995), mais conhecido como Costinha: — Tais brincando? Há também quem afirme cabalmente que alguns Governos Mundiais, como, por exemplo, o do próprio EUA, há alguns anos, têm mantido programas espaciais avançados com extraterrestres, que incluem o estabelecimento de bases na face oculta da Lua e em Marte. Se o Costinha ouvisse isto, repetiria horrorizado: Tais brincando? Bem, Paul Hellyer, antes de falecer, pediu aos líderes mundiais que confessassem a verdade e que revelassem os fatos ocultados sobre os OVNIs e as diversas raças diferentes de alienígenas que já visitaram a Terra. Bem, quanto a tudo isto, digo como o senhor Armando Volta: Comigo pau é pau, pedra é pedra. Se sei, digo que sei; se não sei, digo que não sei. E neste caso, devo confessar: não sei. Eu estou mais por fora do que umbigo de vedete, pois, estas informações são altamente classificadas e guardadas a sete chaves. Todavia, seja como foi no passado ou como é na atualidade, repito o que escrevi em um outro texto que está publicado, e isto, sim, é fundamental: não importa absolutamente bulhufas, se, no passado, fomos visitados, se, hoje, continuamos a ser visitados, e se, no futuro, seremos visitados por deuses-astronautas-alienígenas ou por sei-lá-quem. Venham de onde vier, seja cada qual quem for, nenhum deles pôde, pode ou poderá fazer o dever de casa que cabe a nós fazê-lo. Não podem! Nossas Compreensão, Libertação, Iniciação (acesso aos Antigos Mistérios), Ascensão e futura Divinização consciente dependem exclusivamente de nós, e isto está sujeito a esforço + mérito. Ora, nenhum ET, nenhum IT ou quem quer que seja, vindos de qualquer lugar no espaço, do centro da Terra ou do Mount Shasta, poderão interferir nisto. Cabe a nós lutar o Bom Combate e fazer direitinho o dever de casa ou continuar a encarnar (obrigados pela Lei do Renascimento) para aprender (constrangidos pela Lei da Causa e do Efeito), de forma mais ou menos dolorosa, o que poderia ser aprendido suavemente com o Coração, com Amor e pela Transrazão Iniciática. Simples assim. Mas, com ETs e/ou ITs ou sem ETs e/ou ITs, não há outra alternativa. Milagre não existe. Perdão também não. É Mudançar e se Libertar ou atolar na lama ou no lodo.] [Ibidem.]

 

 

 

Paul Theodore Hellyer

 

 

Há mais perguntas do que respostas.

Há mais dúvidas do que convicções.

Há mais insegurança do que segurança.

Há mais especulação do que fato concreto.

 

 

             

 

 

Todavia, nós nos achamos o máximo.

Todos nós pensamos que sabemos,

mas, na verdade, não sabemos nada.1

Imodéstia! Presunção! Toleima! Vaidade!

 

Mas, o que passou não importa.

A época presente pouco importa.

O que virá também não importa.

Apenas o Ad Æternum importa.

 

Os extraterrestres nada importam.

Os intraterrestres nada importam.

Os Illuminados nada importam.

Só o nosso Eu-Deus Interior importa.

 

Ora, isto nada tem a ver

com vaidade ou pretensão,

com egoísmo ou exclusivismo

e com separatividade desfraterna.

 

Uma cassiterita jamais dará leite.

Da Cannabis sativa não brotará um ovo.

Uma Pulex irritans não descomerá pepitas.

Para darmos, precisaremos ter o que dar.

 

No passado, sim, fomos Deuses.

No presente, sim, somos Deuses.

No futuro, sim, seremos Deuses.

Sempre haveremos de ser Deuses.

 

precisaremos lutar o Bom Combate,

zerar os desejos, as cobiças e as paixões,

e desidratar as miragens e as ilusões.

 

Enquanto estas coisas não acontecerem,

nasceremos, padeceremos e morreremos.

Encavernaremos e zanzaremos pelo deserto,

achando tudo tão longe, quando está tão perto!

 

 

Para muitos, por aí, é assim:
entra encarnação, sai morte,
duma caverna prum deserto,
dum deserto pruma caverna.

E o Conticinium2 não termina.
E a Aurora não tem princípio.
Depois duma dolor vem outra.
Depois duma fúria vem outra.

 

 

Esta é a Cruz Comum – a Crise da Encarnação.

Precisamos avançar para a Cruz da Transmutação

o que nos levará à Crise da Reorientação.

Por último: Cruz CardinalCrise da Iniciação.

 

 

 

Simbolicamente

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. O trabalho Émile Dantinne - Sâr Hieronymus - O Homem que Não sabia Nada, de autoria de Marco Antonio Coutinho, começa exatamente assim: Em 21 de maio de 1969, no interior da Bélgica, um ancião de nome Émile Dantinne aguardava a chegada da morte. Ao seu lado, velando por ele, sua filha Marie-Louise pôde ouvi-lo sussurrar as últimas palavras: A gente não sabe nada... É possível que aquele velhinho que acabava de falecer não soubesse realmente tudo. Afinal de contas, quem é que sabe? Mas, naquele dia, com a morte de Dantinne, desaparecia também um homem que foi considerado um Mestre entre os Mestres, o Príncipe da Iniciação Ocidental: Sâr Hieronymus. Sacerdos in Æternum. Sacerdote para Sempre.

 

 

 

Émile Dantinne – Sâr Hieronymus

 

 

2. Segundo a Doutrina Mística de Santo António de Lisboa, OFM, (Lisboa, 15 de agosto de 1195? – Pádua, 13 de junho de 1231), o Conticinium (Conticínio) é a primeira fase da Noite Negra, em que tudo está silente. É o tempo em que são satisfeitas as seduções blandiciosas da carne – carnis suavia blandimenta. O Santo ensinou que, para vencer as tentações próprias do Conticínio, é preciso meditar sobre as iniqüidades praticadas, considerar o exílio (e desejar ardentemente a reintegração) e contemplar o Criador (o nosso Deus Interior). Auxiliado pela razão e pela discrição, o principiante vai subindo, degrau por degrau, a escada da crucifixão (que poderá demorar séculos e até milênios): a razão dominando os sentidos e esclarecendo sobre o Bom Caminho. Assim, padecendo, derramando lágrimas, envergonhado, vexado e cabisbaixo vai o postulante trilhando a Senda que levará à Illuminação. Lentamente, os sentidos físicos e os apetites do corpo vão sendo dominados, e os incipientes passam para o estádio de aproveitantes (fase da Media Nox – Meia-Noite). Entretanto, no que concerne ao sofrimento moral, este se vai intensificando. É o reconhecimento tácito da queda, do afastamento da LLuz, do exílio do Deus Interno, da consciência plena da ainda permanência nas trevas. É a angústia por desejar alcançar a Luz Maior, por desejar ardentemente realizar o Cristo Interno e, em graça total, contemplar o Criador (o nosso Deus Interior). É o desespero por ter, tenuemente, vislumbrado a possibilidade de se tornar uno com o Pai – o Deus de nosso Coração – e de, ainda, não ter podido realizar o Sonho dos sonhos. É uma dor lancinante. Um desespero sufocante. Um horror atemorizante. É a própria Noite Negra. É a crucificação individual na Cruz Comum, Cruz Mutável ou Cruz da Experiência Mutável e Adquirida. É a Crise da Encarnação, como ensinou Alice Ann Bailey (in: Astrologia Esotérica). É o inferno interior. É a compreensão do exílio da Santa Vida (criado por nós, amamentado por nós e mantido por nós). A Noite Negra traz à lembrança a fase negra da Crisopéia.

 

 

Reconstrução facial de Santo António a partir
do seu crânio preservado – por Cícero Moraes

 

 

Música de fundo:

E.T., The Extra-terrestrial (Flying Theme)
Compositor: John Williams

Fonte:

https://baixarmusica.co/playlist/john-williams-et-theme-song

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.kindpng.com/

https://www.telemundo.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Hellyer

https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B3nio_de
_Lisboa#Iconografia_e_venera%C3%A7%C3%A3o

https://www.pngitem.com/

https://www.istockphoto.com/br

https://www.animatedimages.org/

https://br.pinterest.com/pin/821132944537346141/

https://www.pinpng.com/search/cave/

http://oplusultra.blogspot.com/2013/10/
emile-dantinne-sar-hieronymus.html

https://giphy.com/

 

Direitos autorais:

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