A
consciência humana é semelhante a um 'iceberg' flutuando
no oceano. A maior parte está submersa. Por vezes, o 'iceberg' oscila,
revelando uma enorme superfície desconhecida, e nós dizemos:
eis um louco.
A
verdadeira história não é aquela do movimento das fronteiras.
É a das civilizações. E a civilização
é, por um lado, o progresso das técnicas e, por outro, o progresso
da espiritualidade.
Quanto
mais eu compreendo, mais amo, pois tudo o que se compreende está
certo.
Você
é um moderno atrasado ou um contemporâneo do futuro?
Não
acontece aos homens aquilo que eles merecem, mas, sim, o que se lhes assemelha.
Triângulo
de Sierpinski
O cérebro é como um
pára-quedas. Só funciona quando totalmente aberto.
Eu
resumi o freudismo: por quê? Porque.
Há
superstições antigas e modernas. Para certas pessoas, nenhum
fenômeno de civilização é compreensível,
se não for admitido, nas origens, a existência da Atlântida.
Para outros, o Marxismo chega para explicar Hitler.
A razão expulsou Deus com
chicotadas para o meio dos loucos.
É
difícil ser feliz. Requer espírito, energia, atenção,
renúncia e uma espécie de cortesia, que é bem próxima
do amor. Às vezes, é uma graça ser feliz. Mas, pode
ser, sem a graça, um dever. Um homem digno desse nome se agarra à
felicidade, como se amarra ao mastro em mau tempo, para se conservar a si
mesmo e aos que ama. Ser feliz é um dever. É uma generosidade.
Se
tivéssemos espelhos capazes de nos mostrar essa 'personalidade' à
qual damos tanta importância, não lhe suportaríamos
a vista, tantos são os monstros e as larvas que por lá formigam.
Toda
a definição de uma coisa-em-si é um atentado contra
a realidade.
Bruscamente,
as portas cuidadosamente fechadas pelo século XIX sobre as infinitas
possibilidades do homem, da matéria, da energia, do espaço
e do tempo vão cair em estilhaços. As ciências e as
técnicas darão um salto formidável, e a própria
natureza do conhecimento vai ser novamente discutida. Mais do que um progresso
será uma transmutação. Neste novo estado do mundo,
a própria consciência deverá mudar de estado. Atualmente,
em todos os domínios, todas as formas da imaginação
estão em movimento, exceto nos domínios onde se desenrola
a nossa vida 'histórica', obstruída, dolorosa, com a precariedade
das coisas condenadas. Um fosso imenso separa o homem da aventura da Humanidade,
as nossas sociedades da nossa civilização. Vivemos à
base de idéias, de morais, de sociologias, de filosofias e de uma
psicologia que pertencem ao século XIX. Somos os nossos próprios
bisavós. Contemplamos a subida dos foguetes em direção
ao céu e sentimos a Terra vibrar devido a mil radiações
novas chupando o cachimbo de Thomas Graindorge. A nossa literatura, os nossos
debates filosóficos, os nossos conflitos ideológicos, a nossa
atitude perante a realidade, tudo isto dormita atrás das portas que
acabam de ir pelos ares. Juventude! Juventude! Ide dizer a toda a gente
que as entradas estão abertas e que o exterior já penetrou!
Os
fracos têm problemas. Os fortes têm soluções.
A igualdade é uma injustiça
feita com poder.
Aqueles
que temem com bondade podem lavar o cérebro de uma nação.
A
indiferença não é o cansaço da idade. É
a suspensão das escolhas.
Tudo
o que é importante costuma ser ignorado.
Neste
Planeta, todos os homens morrem. Poucos Vivem.
Quanto mais fanático você
seja, mais você será iluminado!
Você
larga de mão os filósofos e entra na Filosofia quando passa
a admitir que o propósito da vida é a Vida.
Mais
importante do que sobreviver é não se sentir atacado.
Não é porque a falsidade
se torna comum que vira verdade.
Quando
o divino e o humano se
tornam desacreditados a tirania ascende.
Com o advento da era das máquinas,
muitos espíritos pensam que são robôs.
Uma
consciência que se amplia é uma consciência que duvida.
Não
é o mundo que é desesperante; é o nosso olhar sobre
o mundo que nos desespera.
Infortúnios
que não nos matam nos fazem crescer.
O
homem de caráter quer e pede apenas de si mesmo. O homem sem caráter
exige dos outros. É um déspota.
A ação é tudo.
A glória não é nada.
Nós criamos energia, mas destruímos
o calor humano.
Aposto
que não há grandes diferenças entre nós. Apenas
opiniões.
O
mistério é natural para os homens de entendimento.
O
tolo quer mudar o mundo. O inteligente se contenta em administrá-lo.
Você
sabe, quando você ficar mais velho, o pior não é ser
menos desejável; é não mais desejar...
Deus não é justo. Deus,
que tem tudo, não tem uma balança.
A
maioria dos homens tem incidentes. Alguns têm destinos.
Há apenas uma Ética.
A inteligência não é
suicida; é como Deus. E Deus pode tudo, exceto cometer suicídio.
Na vida, a
alegria não é
uma meta, mas um dever.
Só o ócio cansa o cérebro.
Eu
comecei a descobrir a felicidade. Em nada ela se assemelha à existência.
Para enfrentar o medo, só
há um remédio: a coragem.
Para
incluir e entender, é preciso olhar, admirar-se e ampliar incessantemente.
Se
fosse suficiente sentar-se dobrando as pernas para alcançar o 'Satori',1
todos os sapos já teriam alcançado o 'Satori'.
É
provável ser criticado por três tipos de pessoas: aquelas que
fazem o oposto, aquelas que não fazem nada e aquelas que fazem a
mesma coisa.
Para
conhecer é necessário desmistificar.
Nunca
será dito o suficiente: os babacas continuarão babacas.
A
paz definitiva só existe nos cemitérios.
Em
uma noite de 31 de dezembro,
antes de morrer, meu pai
me disse: — Não deveríamos contar muito com Deus, mas,
talvez, Deus conte conosco...
Para
economizar tempo, o homem de ação freqüentemente perde
o essencial. Para o poeta,
saber perder tempo é
ganhar a eternidade.
No
topo do poder, não vemos mais nada.
Com
suas tempestades escuras, suas vertigens suicidas e suas devorações
absolutas a juventude é a idade menos afeita à felicidade.
Tristes repetições
de inanidades sem sentido!
O
que não se sabe não diminui com o aumento do que se sabe.
No
estado normal de nossa consciência (em vigília), apenas um
décimo do cérebro está em atividade. Haverá,
entretanto, um estado no qual o cérebro inteiro poderia estar em
atividade organizada?
Em uma vida intelectual normal, não utilizamos a décima parte
das nossas possibilidades de atenção, prospecção,
memória, intuição ou coordenação. Pode
ser que estejamos prestes a descobrir (ou redescobrir) as chaves que nos
permitirão abrir dentro de nós as portas para além
das quais nos espera uma imensidade de conhecimentos. A idéia de
uma próxima transformação da Humanidade, neste plano,
não faz parte do sonho ocultista, mas da realidade.
Em
tempos de melancolia, podemos e devemos investir para inovar e nos aperfeiçoar.
Morrer
incompreendido é
terrível. Os amoráveis morrem sorrindo,
como os santos...
Não
há liberdade sem um mínimo de disciplina, de regras e de proibições.
O
homem consciente é verdadeiramente livre. Ele sabe que não
sabe.
O
gene faz o gênio, mas gênio aperfeiçoa o gene.
O
nascimento real do amor coincide com a morte do desejo.
É a inteligência que
faz você se abster de resolver definitivamente.2
A
esperança é cega, pois ela ignora o que o amanhã trará.
Os
obstáculos que nos impedem de superar a nós mesmos não
representam
uma derrota moral.3
Não
há discurso ou pensamento que contenha tudo de tudo.
Não
há pensamento
se não houver desafio.
Vontade
e paixão: duas grandes excentricidades.
Minha dor mais íntima é
ter a consciência de não ser inteligente o suficiente e de
que meu espírito se conheça tão insuficientemente.
A
ciência progride indigitando a imensidão do desconhecido!
Livre-se
da vaidade, pois ela gera o orgulho.
O
compromisso político poderá ser uma necessidade, mas ele jamais
será
um valor.
Somos
todos irmãos, mas não somos gêmeos.
A
criança encontra seu paraíso no momento. Ela não pede
a felicidade. Ela é a felicidade.
O
direito de estar errado, de ser estúpido ou de ser louco é
sagrado.4
A
miséria humana é perguntar o que fazer da existência
em vez de dar qualquer coisa à Vida.
O destino do rico não está
ligado ao destino do país. Pertence ao poder do mundo rico sem fronteiras.
A
inteligência se manifesta quando nada impede que ela funcione.
Profundos
defeitos; profundos esconderijos.
Quando
você compartilha tudo com alguém você reduz à
metade.
Por
quem faz a Filosofia? Por nós.
Sabedoria: privar-se de tudo o que
é perigoso.
E o próprio passado remoto
pode ser interpretado como uma ressaca do futuro. Desde então, quando
interrogo o presente, obtenho respostas cheias de estranhezas e de promessas.
O sábio deve abdicar. Mas
deve igualmente reduzir a pó os aventureiros, quer dizer, as pessoas
que pensam, imaginam, sonham.
A
Terra está ligada ao Universo; o homem não está em
contato apenas com o planeta em que habita.
No
nível da partícula, o tempo circula simultaneamente nos dois
sentidos: futuro e passado. A uma velocidade extrema, limite da velocidade
da luz, o que é o tempo?
É
preciso não supor que o tempo decorrido regresse ao nada. O tempo
é uno e eterno. O passado, o presente e o futuro não passam
de aspectos diferentes – gravuras diferentes –
de um registro contínuo e invariável
da existência perpétua.
Se o futuro já existe, a precognição
também. Toda a aventura do conhecimento antecipado é orientada
no sentido de uma descrição das leis da Física, mas
igualmente da Biologia e da Psicologia no 'continuum'5
de quatro dimensões, quer dizer: no eterno presente. Passado, presente
e futuro são. Talvez seja apenas a consciência que se desloca.
Ciência
sem consciência não passa de uma ruína da alma. Mas,
consciência sem ciência é ruína idêntica.
O mundo não é absurdo
e o espírito não é de forma alguma inapto para o compreender.
Antes, pelo contrário, pode ser que o espírito humano já
tenha compreendido o mundo, mas que ainda o não saiba...
O
'terminus' da investigação alquímica – que é
a transformação do próprio operador –
talvez seja o
'terminus' da investigação
científica atual. Enfim, o objetivo da Ciência da Transmutação
é a transmutação do próprio espírito.
Modernismo
a mais nos afasta do passado. Um pouco de futurismo nos aproxima dele.6
O
nosso mundo está na iminência de uma crise de que ainda se
não aperceberam aqueles que têm o poder de tomar as grandes
decisões para o bem ou para o mal.
Antoine-Joseph-Elisée-Adolphe
Blanc de Saint-Bonnet (1815 – 1880):
O homem é filho do obstáculo.
Abster-se
de utilizar o próprio poder é a mais bela homenagem possível
à liberdade.
Prudência!
Aquele que sabe não fala, isto é: não deixa cair as
chaves em más mãos. O segredo, assim, não é
um resultado da vontade daquele que o guarda; é, por outro lado,
o resultado da sua própria natureza.
O
homem tem, provavelmente, a possibilidade de estar em comunicação
com a totalidade do Universo.
Não me procurarias se não
me tivesses já encontrado!7
Aquilo
que procuramos é uma visão contínua da aventura da
inteligência humana, do conhecimento humano.
'Aquele
que procura a verdade – escreveu Descartes –
deve, tanto quanto possível, duvidar de
tudo.' No entanto, se lermos o segundo livro da Metafísica de Aristóteles
veremos: 'Aquele que procura se instruir deve, em primeiro lugar, duvidar,
pois a dúvida do espírito conduz à descoberta da verdade.'
'Só
é novo o que está esquecido.' (O
Despertar dos Mágicos, Mademoiselle Bertin, modista de Maria
Antonieta, apud Louis Pauwels e Jacques Bergier).
'Coisa
alguma torna os espíritos tão imprudentes e inúteis
como a ignorância do passado e o desprezo pelos livros antigos.' (O
Despertar dos Mágicos, Joseph Joubert, apud Louis Pauwels
e Jacques Bergier).
A
história não se repete. Quando passa por um período
idêntico, é em um grau mais elevado da espiral.8
A
simplicidade era o dom por excelência da ciência antiga.
'No
Universo, não
há coisa alguma que possa resistir ao ardor convergente de um número
suficientemente grande de inteligências agrupadas e organizadas.'
(O
Despertar dos Mágicos, Teilhard de Chardin, apud Louis
Pauwels e Jacques Bergier).
Paciência,
esperança, trabalho. E, seja qual for o trabalho, nunca se trabalha
o bastante.
Embora
nem tudo seja permitido, tudo é possível.9
Para
o Alquimista, é preciso recordá-lo constantemente, o poder
sobre a matéria e a energia não passam de uma realidade acessória.
O verdadeiro objetivo das operações alquímicas, que
talvez sejam o resíduo de uma ciência muito antiga pertencente
a uma civilização desaparecida, é a transformação
do próprio Alquimista – o seu acesso a um estado de consciência
superior. Os resultados materiais são apenas as promessas do resultado
final, que é espiritual. Tudo se dirige para a transmutação
do próprio homem, para a sua divinização, a sua fusão
com a Energia Divina fixa, da qual irradiam todas as energias da matéria.
Sabei, dizia um Mestre Alquimista, sabei vós todos, os investigadores
desta Arte, que o Espírito é tudo...
'Os
Alquimistas juntavam às suas pesquisas preocupações
morais e religiosas, ao passo que a Física Moderna surgiu no século
XVIII como resultado do divertimento de alguns nobres e de alguns ricos
libertinos.' (O
Despertar dos Mágicos, Fulcanelli, apud Louis Pauwels
e Jacques Bergier).
Um
alquimista chinês:
Seria um pecado terrível desvendar aos soldados o segredo da tua
Arte. Toma cuidado! Que nem um inseto haja na sala em que trabalhas!
Tudo
é único em a Natureza: a vossa alma não tem outra semelhante...
A
molécula de um elemento pode alcançar vários estados:
orto-hidrogênio e para-hidrogênio, por exemplo.10
Por outro lado, o núcleo de um átomo de um elemento pode apresentar
um certo número de estados isotópicos caracterizados por um
número de nêutrons diferentes. [No
caso do hidrogênio, por exemplo, hoje, já são conhecidos
sete isótopos diferentes: 1H,
2H,
3H,
4H,
5H,
6H
e 7H].
Há
uma unidade subjacente em todas as coisas e em todos os fenômenos.
Nós
não estamos sós. A Terra não está só.
Somos todos insetos e ratos; apenas expressões diferentes de um enorme
queijo universal, do qual apercebemos vagamente as fermentações
e o cheiro. Há outros mundos atrás do nosso, outras vidas
para além daquilo que chamamos vida. Precisamos abolir os parêntesis
do exclusionismo para dar acesso às hipóteses da Unidade fantástica.
Sagrada é a aventura indefinidamente
recomeçada, e, no entanto, indefinidamente progressiva, da inteligência
sobre a Terra.
O
vazio aspira.11
Há
uma história visível e uma história invisível.
Esquadrinhar a história invisível é um exercício
muito são para o espírito. Desembaraçamo-nos da repugnância
pelo inverossímil, que é natural, mas que muitas vezes paralisou
o conhecimento. Esforçamo-nos, em todos os domínios, por resistir
a esta repugnância pelo inverossímil, quer se trate das forças
de ação dos homens, quer
se trate das
suas crenças, quer
se trate
das suas realizações.
É
possível ir mais longe. Aventuremo-nos.
Não
é impossível que certos romances, certos poemas, quadros ou
estátuas, desprezados até pela crítica especializada,
nos indiquem as figuras exatas do mundo de amanhã. Johann Wolfgang
von Goethe dizia: 'Os acontecimentos futuros projetam a sua sombra em frente,
e pode ser que se encontre, longe do que mobiliza a atenção
geral, em obras e atividades humanas estranhas ao que nós chamamos
o movimento da história, a verdadeira detecção e a
expressão destas ressacas do futuro.'
O
Demônio não existe.
A realidade é o sobrenatural.
O mundo exterior é pouco instrutivo, a menos que seja visto como
um reservatório de símbolos e de significações
escondidas. Só as obras de imaginação produzidas por
um espírito que procura as verdades eternas têm alguma probabilidade
de ser obras reais e realmente úteis.12
A
Terra é oca. Nós habitamos no interior. Os astros são
blocos de gelo. Já caíram várias luas sobre a Terra.
A nossa também cairá. Toda a história da Humanidade
se explica pela batalha entre o gelo e o fogo. O homem não está
acabado. Está à beira de uma formidável mutação
que lhe dará poderes que os antigos atribuíam aos deuses.
Existem no mundo alguns exemplares do homem novo, vindos, talvez, de além
das fronteiras do tempo e do espaço.13
Nada
é repugnante no exercício da verdade.
Através
do Nazismo, foi o outro mundo que exerceu autoridade sobre nós durante
alguns anos. Ficou vencido. Mas não morreu, nem do outro lado do
Reno, nem em outros sítios. Isto, entretanto, não é
horroroso; a nossa ignorância é que é horrorosa.
Segundo o Zohar, tudo na Terra se
passa como no céu. Já Hermes Trismegisto dizia que o que está
no céu é igual ao que está na Terra. E os antigos chineses
afirmavam que as estrelas, no seu percurso, combatem pelo homem justo.
Estamos
em relação Mágica com o Universo, mas nos esquecemos
disto. A próxima mutação da raça humana criará
seres conscientes dessa relação – Homens-deuses. Esta
mutação já faz sentir os seus efeitos em certas almas
messiânicas que reatam laços com um passado muito longínquo
e se recordam do tempo em que os gigantes influenciavam o percurso dos astros.
Há
uma Humanidade verdadeira designada para conhecer o próximo ciclo,
dotada dos órgãos psíquicos necessários para
representar um papel no equilíbrio das forças cósmicas
e destinada à epopéia sob a orientação dos Superiores
Desconhecidos que hão de vir.
O
que conta é o dinamismo místico e a força explosiva
da intuição. Há lugar, nas trevas cintilantes do espírito
mágico, para mais de uma centelha.
Como
conta René Guénon em Le Roi du Monde [O
Rei do Mundo], após o cataclismo do Gobi, os mestres da
alta civilização, os detentores do conhecimento, os filhos
das Inteligências do Exterior se instalaram em um imenso sistema de
cavernas sob o Himalaia. No centro destas cavernas, dividiram-se em dois
grupos: um seguindo a Via da Mão Direita, o outro a Via da Mão
Esquerda. A Primeira Via teria o seu centro em Agartha, lugar de contemplação,
cidade escondida do bem, templo da não-participação
no mundo. A Segunda Via passaria por Schamballah, cidade da violência
e do poder, cujas forças comandam os elementos, as massas humanas,
e ativam a chegada da Humanidade à charneira dos tempos.
No
subsolo dos fatos há mais escuridão do que se imagina.
Os
monstros gerados pelo sono da razão não passam da sua negra
caricatura.
A
Segunda Guerra Mundial foi uma guerra espiritual, mas nem a Humanidade nem
os juízes de Nuremberg perceberam a profundidade do mal vencido e
a grandeza do bem triunfante. Outro estado da consciência humana se
tornou perceptível.
Existem dois diabos: aquele que transforma
a Ordem Divina em desordem e o que transforma a ordem noutra ordem não-divina.
Esboça-se
a promessa de uma transmutação da Humanidade, de uma ascensão
do ser vivo.
O
diamante risca o vidro. Mas o borazon [nitreto
de boro – BN], um cristal sintético, risca o diamante!
A
inteligência alerta pode ter uma ação criadora e edificar
figuras de ordens mais puras do que as que brilham nas trevas.
Elevando o pensamento matemático
ao seu mais alto grau de abstração, o homem está se
apercebendo de que este pensamento talvez não seja sua propriedade
exclusiva. Está descobrindo que os insetos, por exemplo, parecem
ter consciência de propriedades do espaço, e que, talvez, exista
um pensamento universal, que um canto do espírito superior se eleva
talvez da totalidade do que é vivo...
A
Pedra Filosofal representa o primeiro degrau suscetível de auxiliar
o homem a se elevar em direção ao Absoluto. Para além,
começa o Mistério. Aquém, não há mistério,
nem esoterismo, nem outras sombras, exceto as que projetam os nossos desejos,
as nossas
cobiças e as nossas
paixões e, sobretudo, o nosso orgulho.
Mas, como é mais fácil nos iludirmos com idéias e palavras
do que fazer qualquer coisa com as próprias mãos, com a nossa
dor e a nossa fadiga, no silêncio e na solidão, é mais
cômodo procurar um refúgio no pensamento chamado puro, do que
nos batermos corpo a corpo contra o peso e as trevas da matéria.
A Alquimia proíbe qualquer evasão deste gênero aos seus
Adeptos. Deixa-os frente a frente com o Grande Enigma... Apenas nos assegura
que, se lutarmos até ao fim para nos libertarmos da ignorância,
a própria Verdade lutará por nós e vencerá,
finalmente, todas as coisas. Talvez comece, então, a Verdadeira Metafísica.
Uma vida de um homem só se
justifica pelo esforço, mesmo desafortunado, de melhor compreender.
Lapis Philosophorum
Não
queime a sua mufa
pelo
Lapis Philosophorum.
Entretanto,
não faça trufa
e
nem dê de ficar morum.
Pois,
o Lapis
está
dentro
–
in Corde
de cada
insapiens.
É
meio que um Ortocentro
a
nos tornar mais sapiens.
Fulcanelli
disse sem dizer,
pois
jamais poderia ter dito.
E,
quem pensou entender
passou a viver um conflito.
Levedura
dos levedos,
cala quem O vislumbrou.
Mysterium
dos Segredos,
cala quem O encontrou.
Com
trabalho e retidão,
um
dia, a Hora tangerá.
Degredo
é apenas opção.
Oh!,
sim, a LLuz
se fará!
Ortocentrum Philosophorum
______
Notas:
1. Satori
é um termo japonês budista para iluminação. A
palavra significa literalmente compreensão. É algumas vezes
livremente tratada como sinônimo de Kensho,
mas Kensho
se refere à primeira percepção da Natureza Búdica
ou Verdadeira Natureza, algumas vezes conhecida como 'acordar'. Diferentemente
do Kensho,
que não é um estado permanente de iluminação
mas uma visão clara da natureza última da existência,
o Satori
se refere a um estado de iluminação mais profundo e duradouro.
É costume, portanto, utilizar-se a palavra Satori,
ao invés de Kensho,
quando se faz referência aos estados de iluminação do
Buda e dos Patriarcas. Segundo Daisetsu Teitaro Suzuki (1870 – 1966),
o Satori é
a razão de ser do Zen, sem o qual o Zen não é Zen.
Portanto, todo o esforço, disciplinário ou doutrinal, é
dirigido ao Satori.
2. Muitas vezes, decisões
definitivas, tomadas no calor da emoção, costumam ser instáveis
e impermanentes. Particularmente, no que concerne aos relacionamentos afetivos,
deixe sempre a porta da gaiola aberta: se o pássaro voltar, é
porque ele nunca quis ir embora; se não voltar, na verdade, ele tinha
mesmo que partir. Mas, reconheço: às vezes, resoluções
irrevogáveis, ainda que geralmente dolorosas, são necessárias.
3. Não exijamos
demais de nós mesmos. Por sermos humanos, somos incompletos; se somos
incompletos, somos falíveis; e, se somos falíveis, devemos
ser tolerantes com as nossas próprias incapacidades, sejam físicas,
sejam intelectuais. Por exemplo: cientificamente, não saber a Teoria
da Relatividade ou desconhecer o que é o Bóson de Higgs não
atrapalhará em nada nossa ascensão. Ascensionaremos independentemente
de Albert Einstein, de Peter Higgs ou de quem quer que seja. O perfeccionismo
(tendência de se obstinar em fazer as coisas com perfeição)
é uma excentricidade desprezível, pois se alimenta de nossa
energia interna, de nossa alegria de viver e de nossa disponibilidade para
nos transformarmos.
4. Tolerância...
Tolerância... Tolerância... Conosco, com o outro, com tudo.
5. Juntos, o espaço,
formado por três dimensões (para cima e para baixo, para a
esquerda e para a direita e para frente e para trás) e o tempo fazem
parte do que é conhecido como continuum
espaço-tempo.
6. Mutatis mutandis,
escreveu Francis Bacon: Um
pouco de Filosofia leva a mente humana ao ateísmo; mas, a profundidade
da Filosofia conduz a mente para a religião.
7. Esta é uma
verdade incontestável. O esquecimento é que a torna, às
vezes, digamos assim, irrelevante, e causa uma certa relutância na
sua admissibilidade.
8. Segundo o Frater
Vicente Velado, Irmão Leigo da Ordem Rosacruz, a
Spira Legis – ou Espirais da Lei – é o evento cósmico
que produz continuamente a evolução de tudo.
9. Um exemplo do que
é possível, mas que cosmicamente merece a mais veemente reprovação,
todavia tendo sido fabricadas pela boçalidade humana, são
as armas de destruição em massa ou armas de destruição
maciça (armas nucleares, armas químicas e armas biológicas).
Entretanto, penso
que muito pior seria, se o homem, sem merecer, de alguma forma, tivesse
acesso ao Vril. Ainda bem, para todos nós, que o Terceiro Reich não
teve acesso a ele. Como dizem Louis Pauwels e Jacques Bergier em O Despertar
dos Mágicos, o
Vril
é a imensa energia de que nós não utilizamos, senão
uma ínfima parte na nossa vida comum – o fator principal da
nossa Divindade possível. Aquele que se torna senhor do Vril torna-se
senhor de si próprio, dos outros e do mundo,. É a isto que
devemos aspirar. É nesse sentido que devemos encaminhar os nossos
esforços. Todo o resto faz parte da psicologia oficial, das morais,
das religiões, do vento. O mundo vai se modificar. Os Senhores vão
sair das entranhas da Terra. Se não tivermos feito uma aliança
com eles, se não formos senhores, também nós, ficaremos
entre os escravos, na estrumeira que servirá para fazer brotar as
novas cidades.
10. Cada molécula
de hidrogênio (H2) consiste
de dois átomos de hidrogênio ligados por uma ligação
covalente. Se forem negligenciados os traços de deutério e
trítio que podem estar presentes, cada átomo de hidrogênio
consiste de um próton e um elétron, e cada molécula
de hidrogênio possui, conseqüentemente, dois prótons e
dois elétrons. As moléculas de hidrogênio apresentam
duas formas isoméricas. Uma forma é designada de orto-hidrogênio,
na qual os dois núcleos atômicos estão girando na mesma
direção (rotação paralela); na outra forma,
designada para-hidrogênio, as rotações nucleares são
opostas (rotação não-paralela).
11.
Sim, o vazio aspira. O vazio almeja dissimular. O vazio pretende cooptar.
O vazio quer dominar.
12.
Na realidade, o sobrenatural, o celestial, o divino, o hiperfísico,
o miraculoso, o preternatural e o ultranatural não existem. Tudo
é natural, digamos assim. O que os homens classificam como coisas
e eventos sobrenaturais são leis, fenômenos, estados e condições
que se manifestam, mas que eles não sabem nem como nem o porquê
de se manifestarem. É como os milagres, que, geralmente, são
atribuídos a Deus, aos santos, aos médiuns, aos xamãs
etc.
13.
Se você não conhece o assunto, vale a pena dar uma pesquisada
no que são as crianças índigo, as crianças cristal
e as Gerações X, Y e Z.