Fragmentos do Livro de Urântia
(Parte VIII)

 

Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

Todos os mundos habitados pelos mortais são evolucionários por origem e natureza. Estas esferas são o berço evolucionário, o local de geração das raças mortais do tempo e do espaço. Cada unidade de vida ascendente é uma verdadeira escola de aperfeiçoamento para o estágio seguinte da existência, e isto é verdadeiro sobre todos os estágios da ascensão progressiva do homem ao Paraíso; tão verdadeiro para a experiência mortal inicial em um planeta evolucionário, quanto é verdadeiro para a escola final dos Melquisedeques, na sede central do universo – uma escola que só é freqüentada pelos mortais ascendentes um pouco antes do seu translado para o regime do superuniverso, quando eles alcançam o primeiro estágio da existência espiritual.

 

Satânia, em si mesmo, é um sistema inacabado que contém apenas 619 mundos habitados. Tais planetas são enumerados em série, de acordo com o seu registro como mundos habitados por criaturas de vontade. Assim, foi dado a Urântia o número 606 de Satânia, significando que é o 606o mundo do sistema local, no qual o longo processo da vida evolucionária culminou com o aparecimento de seres humanos. Existem trinta e seis planetas não-habitados aproximando-se do estágio em que serão dotados de vida, e vários outros estão agora ficando prontos para os Portadores da Vida. Há aproximadamente duzentas esferas que estão evoluindo de modo a ficarem prontas para a implantação da vida dentro dos próximos milhões de anos.

 

Nem todos os planetas são adequados para abrigar a vida mortal. Os pequenos, que têm uma velocidade de rotação elevada, em torno do próprio eixo, são totalmente inadequados como habitat para a vida. Em vários sistemas físicos de Satânia, os planetas que giram em volta do Sol Central são grandes demais para serem habitados; a sua grande massa ocasiona uma gravidade opressiva. Muitas dessas esferas enormes têm satélites, algumas vezes uma meia dúzia ou até mais, e estas luas, freqüentemente, têm um tamanho muito próximo do de Urântia, de um modo tal que são quase ideais para serem habitadas. O mundo habitado mais antigo de Satânia – o mundo de número um é Anova, um dos quarenta e quatro satélites que giram em torno de um planeta escuro enorme, mas exposto à luz diferencial de três sóis vizinhos. Anova está em um estágio avançado de civilização progressiva.

 

Os universos do tempo e do espaço têm um desenvolvimento gradual; a progressão da vida – terrestre ou celeste – não é nem arbitrária, nem mágica. A evolução cósmica pode nem sempre ser compreensível (previsível), mas é estritamente não acidental. A unidade biológica da vida material é a célula protoplásmica, a associação coletiva de energias químicas, elétricas e outras energias básicas. As fórmulas químicas diferem em cada sistema, e a técnica de reprodução da célula viva é ligeiramente diferente em cada universo local, mas os Portadores da Vida são sempre os catalisadores espirituais vivos que iniciam as reações primordiais da vida material; eles são os estimuladores dos circuitos das energias da matéria viva.

 

 

Catálise Espiritual
(animação meramente pictórica)

 

 

Todos os universos são conduzidos de acordo com a Lei e a Ordem.

 

A evolução é a regra do desenvolvimento humano, mas o processo, em si mesmo, varia muito nos diferentes mundos. Algumas vezes, a vida é iniciada em um centro; outras vezes em três, como o foi em Urântia. Nos mundos atmosféricos, ela usualmente tem origem marinha, mas nem sempre; depende muito do 'status' físico de um planeta. No desenvolvimento da vida planetária, a forma vegetal sempre vem antes da animal, e é desenvolvida quase completamente antes de os modelos animais se diferenciarem. Todos os tipos animais são desenvolvidos a partir dos modelos básicos do reino vegetal precedente de coisas vivas; não são organizados separadamente.

 

O homem mortal não é um acidente evolucionário.

 

O desenvolvimento de organismos mais elevados a partir de grupos menos desenvolvidos de vida não é acidental. Algumas vezes, o progresso evolucionário é temporariamente retardado pela destruição de certas linhas favoráveis do plasma da vida existente em uma espécie seleta. Em geral, idades e idades são necessárias para reparar os danos ocasionados pela perda de uma única linhagem superior de hereditariedade humana. Estas linhagens selecionadas e superiores do protoplasma vivo deveriam ser zelosa e inteligentemente guardadas, depois de haverem surgido. E, na maioria dos mundos habitados, estes potenciais superiores de vida são muito mais altamente valorizados do que em Urântia.

 

Há sete tipos físicos distintos de criaturas mortais, bem como milhares de variantes menores destas sete diferenciações principais, a saber:

1º) Os tipos segundo a atmosfera – As diferenças físicas entre os mundos habitados pelos mortais são determinadas principalmente pela natureza da atmosfera; outras influências que contribuem para a diferenciação planetária da vida são relativamente menores. O 'status' atual da atmosfera de Urântia é quase ideal para a manutenção do tipo de homem que respira, mas é possível que o tipo humano seja tão modificado que possa viver tanto no tipo superatmosférico de planetas quanto no subatmosférico. Tais modificações também se estendem à vida animal, que difere grandemente nas várias esferas habitadas. Há uma modificação muito grande nas ordens animais dos mundos subatmosféricos para os mundos superatmosféricos.

2º) Os tipos segundo os elementos Essas diferenciações têm a ver com a relação dos mortais com a água, com o ar e com a terra; e há quatro espécies distintas de vida inteligente no que diz respeito a esses 'habitats'. As raças de Urântia são da ordem terrena. Em Satânia, dos tipos segundo os elementos, sete por cento são da água, dez por cento do ar, setenta por cento da terra e treze por cento combinam os tipos da terra e do ar. Mas estas modificações das criaturas primitivas inteligentes não são nem peixes humanos nem pássaros humanos. Estas criaturas são dos tipos humano e pré-humano; nem superpeixes, nem pássaros glorificados, mas nitidamente mortais.

3º) Os tipos segundo a gravidade – Pela modificação do projeto criativo, os seres inteligentes são criados de um modo tal que possam funcionar livremente, tanto em esferas menores quanto nas maiores do que Urântia, ficando assim, de certo modo, acomodados à gravidade dos planetas que não têm o tamanho nem a densidade ideais. Os vários tipos planetários de mortais variam em altura, sendo a média em Nébadon um pouco abaixo de dois metros e dez. Alguns dos mundos maiores são povoados com seres que têm apenas setenta centímetros de altura. A estatura dos mortais varia deste mínimo, passando pelas médias de altura nos planetas de tamanho mediano e chegando a três metros nas esferas habitadas menores. Em Satânia, existe apenas uma raça que tem menos de um metro e vinte de altura. Vinte por cento dos mundos habitados de Satânia são povoados por mortais do tipo modificado de gravidade, e que ocupam os planetas maiores e menores.

4º) Os tipos segundo a temperatura – É possível criar seres vivos que podem suportar temperaturas tanto mais altas, quanto mais baixas do que os limites suportados pelas raças de Urântia. Há cinco ordens distintas de seres, classificados pelo que se refere aos mecanismos de regulagem da temperatura. Nesta escala, as raças de Urântia são as de número três. Trinta por cento dos mundos de Satânia são povoados por raças do tipo de temperatura modificada. Doze por cento pertencem às faixas de temperaturas mais altas, dezoito por cento às mais baixas, se comparadas com as raças urantianas que funcionam no grupo das temperaturas intermediárias.

5º) Os tipos segundo a eletricidade – O comportamento elétrico, magnético e eletrônico dos mundos varia grandemente. Há dez modelos de vida mortal variavelmente moldados para suportar a energia diferencial das esferas. Estas dez variedades também reagem de forma ligeiramente diferente aos raios de poder químico da luz comum dos sóis. Mas estas ligeiras variações físicas de nenhum modo afetam a vida intelectual ou vida espiritual.

6º) Os tipos segundo a energia – Nem todos os mundos são iguais na maneira de absorver a energia. Nem todos os mundos habitados têm um oceano atmosférico adequado à troca respiratória de gases, tal como ocorre em Urântia. Durante os estágios iniciais e finais de muitos planetas, os seres da vossa ordem, como são hoje, não podiam existir. E, se os fatores respiratórios de um planeta são muito elevados ou reduzidos, mas, quando todos os outros pré-requisitos da vida inteligente estão adequados, os Portadores da Vida freqüentemente estabelecem nesses mundos uma forma modificada de existência mortal. Há seis tipos diferentes de nutrição para os animais e os mortais: os sub-respiradores empregam o primeiro tipo de nutrição; as espécies marinhas, o segundo; os respiradores intermediários, o terceiro tipo de nutrição, como em Urântia. Os super-respiradores empregam o quarto tipo de absorção de energia, enquanto os não-respiradores utilizam a quinta ordem de nutrição e energia. A sexta técnica de energização serve apenas às criaturas intermediárias.

7º) Os tipos não denominados – Há inúmeras variações físicas adicionais na vida planetária, mas todas essas diferenças são apenas uma questão de modificação anatômica, de diferenciação fisiológica e de ajustamento eletroquímico. Tais distinções não dizem respeito à vida intelectual, nem à vida espiritual.

 

Nos diferentes planetas, a duração da vida varia de vinte e cinco anos, nos mundos primitivos, até perto de quinhentos anos, nas esferas mais avançadas e antigas.

 

Sem o espírito imortal, a mente mortal não pode sobreviver. A mente do homem é mortal; apenas o espírito é imortal. O nascimento, a evolução e a sobrevivência da alma imortal dependem da espiritualização, que se dá por intermédio da ministração do Ajustador. Ou seja: no mínimo, é preciso que não tenha sido desenvolvida nenhuma espécie de antagonismo para com a missão do Ajustador, que é a de efetuar a transformação espiritual da mente material.

 

Todos os diferentes tipos físicos e séries planetárias de mortais semelhantes são liberados dos liames da carne pela emancipação da morte natural, e todos, do mesmo modo, vão deste ponto para os mundos moronciais da evolução espiritual e do progresso da mente.

 

Há, basicamente, três grupos de seres ascendentes individuais: 1º) os menos avançados que aterrissam no mundo inicial das mansões, ou seja, no primeiro; 2º) o grupo dos mais avançados que pode iniciar a carreira moroncial em qualquer dos mundos intermediários das mansões, de acordo com a progressão planetária prévia; e 3º) os mais avançados que realmente começam a sua experiência moroncial no sétimo mundo das mansões.

 

Os mortais da ordem primária modificada de ascensão pertencem ao tipo de vida evolucionária que se fusiona ao Ajustador, mas eles são representativos, mais freqüentemente, das fases finais do desenvolvimento humano em um mundo em evolução. Estas personalidades fusionadas aos Ajustadores atravessam o espaço livremente, antes de serem vestidos com as formas moronciais. Tais personalidades-almas fusionadas vão, em um trânsito direto, com o Ajustador até as salas de ressurreição das elevadas esferas moronciais, onde recebem a sua investidura moroncial inicial, exatamente como todos os outros mortais que chegam dos mundos evolucionários. Esta ordem primária modificada de ascensão mortal pode ser aplicada a indivíduos em qualquer das categorias planetárias, desde os estágios mais baixos aos mais elevados dos mundos de fusão com os Ajustadores, mas funciona nas esferas mais antigas, mais freqüentemente, depois que estas hajam recebido os benefícios das numerosas permanências dos Filhos Divinos. Com o estabelecimento da era planetária de LLuz e Vida, muitos vão para os mundos moronciais do universo por meio da ordem primária modificada de translado. Mais tarde, ao longo dos estágios mais avançados da existência estabelecida – quando a maioria dos mortais que deixam um reino é abrangida nesta classe o planeta é considerado como pertencendo a esta série. A morte natural torna-se cada vez menos freqüente nessas esferas há muito estabelecidas em LLuz e Vida.

 

As raças mortais, em um mundo do tempo e do espaço, dentro da carreira normal, passarão sucessivamente pelas sete épocas seguintes de desenvolvimento: 1ª) A época da nutrição. As criaturas pré-humanas e as raças iniciais do homem primitivo ocupam-se principalmente com os problemas da nutrição. Estes seres em evolução passam o tempo em que estão despertos à procura de alimento ou em combates, ofensivamente ou defensivamente. A busca da comida é fundamental nas mentes desses ancestrais primitivos da civilização subseqüente; 2ª) A idade da segurança. Tão logo o caçador primitivo possa ter algum tempo de sobra, entre os seus períodos de procura de alimento, ele usa este lazer para aumentar a sua segurança. E uma atenção cada vez maior é dedicada à técnica da guerra. Os lares são fortificados e os clãs se solidificam em conseqüência do medo mútuo e da inculcação do ódio aos grupos estranhos. A autopreservação é uma meta que vem sempre em seguida à da automanutenção; 3ª) A era do conforto material. Depois que os problemas da alimentação houverem sido parcialmente resolvidos e algum nível de segurança houver sido alcançado, o tempo de lazer adicional é utilizado para promover o conforto pessoal. O luxo, ao ocupar o centro do palco das atividades humanas, rivaliza com a simples necessidade. Esta idade é muito freqüentemente caracterizada pela tirania, pela intolerância, pela glutonaria e pela bebedeira. Os elementos mais fracos das raças têm uma inclinação para os excessos e a brutalidade. Gradualmente, estes seres debilitados pela busca do prazer, são subjugados pelos elementos mais fortes e amantes da verdade na civilização em avanço; 4ª) A busca de conhecimento e sabedoria. O alimento, a segurança, o prazer e o lazer fornecem a base para o desenvolvimento da cultura e para a disseminação do conhecimento. O esforço para colocar em prática o conhecimento resulta em sabedoria e, quando uma cultura houver aprendido como tirar proveito da experiência e assim se aprimorar, ela terá realmente atingido a sua época de civilização. O alimento, a segurança e o conforto material ainda dominam a sociedade, mas muitos indivíduos de visão mais ampla têm fome de conhecimento e sede de sabedoria. Cada criança terá a oportunidade de aprender praticando; a educação é a palavra de ordem dessas idades; 5ª) A época da filosofia e da fraternidade. Quando os mortais aprendem a pensar e começam a tirar proveito da experiência, eles se tornam filosóficos, e começam a raciocinar por si próprios e a exercer o juízo do discernimento. A sociedade, nessa idade, torna-se ética; e os mortais dessa época estão realmente se transformando em seres morais. Os seres morais sábios são capazes de estabelecer uma irmandade entre os homens, em um mundo que progride desse modo. Os seres morais e éticos podem aprender a viver segundo a regra de ouro; 6ª) A idade das batalhas espirituais. Quando os mortais em evolução houverem passado pelos estágios do desenvolvimento físico, intelectual e social, mais cedo ou mais tarde, atingem aqueles níveis de visão interior pessoal que os impelem a buscar a satisfação espiritual e o entendimento cósmico. A religião faz por completar a elevação, desde os domínios emocionais do medo e da superstição, até os níveis elevados de sabedoria cósmica e de experiência espiritual pessoal. A educação leva à aspiração de alcançar os significados, e a cultura apreende as relações cósmicas e os valores verdadeiros. Estes mortais em evolução são genuinamente cultos, verdadeiramente educados e primorosamente conhecedores dos Deuses de seus Corações; e 7ª) A era da LLuz e Vida. Este é o florescimento das eras sucessivas, de segurança física, de expansão intelectual, de cultura social e de realização espiritual. Estas realizações humanas são agora combinadas, associadas e coordenadas em Unidade Cósmica e para o serviço não-egoísta. Dentro das limitações da natureza finita e dos dons materiais, não há fronteiras estabelecidas para o alcance das possibilidades da realização evolucionária pelas gerações em avanço, que vivem sucessivamente nesses mundos supernos e estabelecidos do tempo e do espaço. Depois de servirem às suas esferas, nas sucessivas dispensações da história do mundo e das épocas progressivas de avanço planetário, os Príncipes Planetários são elevados à posição de Soberanos Planetários, quando da inauguração da era da LLuz e Vida.

 

A vida inicial de todas as raças mortais é sempre acompanhada de lutas. O esforço e a determinação são partes essenciais na conquista dos valores da sobrevivência.

 

Há seis tipos básicos, ou raças, de homens primitivos, e esses povos iniciais aparecem sucessivamente na ordem das cores do espectro, começando pelo vermelho. A duração desse período de evolução da vida primitiva varia muito nos diversos mundos, indo desde cento e cinqüenta mil anos até mais de um milhão de anos do tempo de Urântia. As raças evolucionárias de cores – a vermelha, a laranja, a amarela, a verde, a azul e a índigo – começam a aparecer por volta da época em que o homem primitivo está desenvolvendo uma linguagem simples e está começando a exercitar a imaginação criativa. Nesta época, o homem já se acha bem acostumado a permanecer ereto.

 

 

 

 

Todos os mortais resididos por Ajustadores do Pensamento foram Illuminados pela LLuz Verdadeira e possuem a capacidade de buscar contato com a Divindade. Contudo, a religião primeva ou biológica do homem primitivo é mais uma persistência do medo animal combinado ao espanto ignorante e à superstição tribal. Mas, a sobrevivência da superstição não é complementar ao desenvolvimento evolucionário, nem é compatível com as realizações esplêndidas e o progresso material. Entretanto, a religião primeva do medo serve ao propósito de dominar os temperamentos ferozes das criaturas primitivas. Ela é precursora da civilização e constitui o solo para o subseqüente plantio das sementes da Religião Revelada e da Iniciação.

 

Antes do fim de uma era, as raças são purificadas e elevadas a um alto estado de perfeição física e de vigor intelectual. O desenvolvimento inicial de um mundo normal é muito ajudado pelo plano de promover um aumento no número dos tipos mais elevados de mortais, com um decréscimo proporcional dos inferiores. E foi o fracasso dos vossos povos iniciais em discernir entre estes tipos que acarretou a presença de tantos indivíduos defeituosos e degenerados entre as raças atuais de Urântia... É um sentimentalismo falso das vossas civilizações, parcialmente perfeccionadas, o de fomentar, proteger e perpetuar as linhagens irremediavelmente defeituosas das raças evolucionárias humanas. Não é ternura nem altruísmo oferecer uma compaixão fútil a seres humanos degenerados, a mortais anormais sem salvação e inferiores. Mesmo nos mais normais dos mundos evolucionários, existem diferenças suficientes entre os indivíduos e entre os inúmeros grupos sociais; diferenças que permitem o pleno exercício de todos esses traços nobres de sentimento altruísta e não-egoísta de ministração mortal, sem perpetuar as linhagens desajustadas sociais e moralmente degeneradas da Humanidade evolucionária. Há oportunidades abundantes para o exercício da tolerância e a função do altruísmo em defesa dos indivíduos desafortunados e necessitados que, irremediavelmente, não tenham perdido a sua herança moral nem destruído para sempre o seu patrimônio espiritual vindo do berço.1

 

O homem primitivo é carnívoro, na sua grande maioria. Os Filhos e as Filhas Materiais, no entanto, não comem carne; mas a sua descendência, dentro de poucas gerações, em geral, precipita-se para o nível onívoro, se bem que grupos inteiros de descendentes deles, algumas vezes, continuam não comendo carne. A origem dupla das raças pós-Adâmicas explica como essas linhagens humanas miscigenadas trazem vestígios anatômicos que pertencem tanto aos grupos animais carnívoros quanto aos herbívoros.

 

A época pós-Adâmica é a da dispensação do internacionalismo. Estando próximo de completar a tarefa de miscigenação das raças, o nacionalismo desaparece e a irmandade entre os homens realmente começa a se materializar. O governo representativo começa a tomar o lugar da monarquia e de outras formas paternalistas de governo. O sistema educacional torna-se mundial e, gradualmente, as línguas das raças dão lugar à língua do povo violeta. A paz universal e a cooperação raramente são alcançadas antes que as raças estejam bem miscigenadas, e antes que elas falem uma mesma língua.

 

Ainda que Jesus tenha mostrado o Caminho para a edificação imediata da irmandade espiritual, a efetivação da irmandade social no vosso mundo depende muito da realização de transformações pessoais e de ajustamentos planetários, como a seguir explicado: 1ª) Fraternidade social. A multiplicação dos contatos sociais e das associações fraternais internacionais e inter-raciais por meio de viagens, do comércio e de jogos competitivos. O desenvolvimento de uma linguagem comum e a multiplicação de multilíngües. O intercâmbio racial e nacional de estudantes, professores, industriais e filósofos religiosos; 2ª) Fertilização intelectual cruzada. A irmandade é impossível em um mundo cujos habitantes são tão primitivos que não conseguem reconhecer a loucura do egoísmo não mitigado. Deve ocorrer uma troca entre as literaturas nacionais e raciais. Cada raça deve se tornar conhecedora do pensamento de todas as outras raças; cada nação deve conhecer os sentimentos de todas as nações. A ignorância gera a suspeita, e a suspeita é incompatível com a atitude essencial de compaixão e de amor; 3ª) Despertar ético. Apenas a consciência ética pode desmascarar a imoralidade da intolerância humana e o pecado das lutas fratricidas. Apenas uma consciência moral pode condenar os males da inveja nacional e do ciúme racial. Apenas seres morais buscarão o discernimento espiritual que é essencial à vivência da regra de ouro; 4ª) Sabedoria política. A maturidade emocional é essencial ao autocontrole. Apenas a maturidade emocional assegurará a substituição da arbitrariedade bárbara – que é a guerra – pelas técnicas internacionais do julgamento civilizado. Estadistas sábios irão, algum dia, trabalhar para o bem-estar da Humanidade, mesmo enquanto ainda lutem para promover o interesse dos seus grupos nacionais ou raciais. A sagacidade política egoísta, em última análise, é suicida – é destruidora de todas aquelas qualidades duradouras que asseguram a sobrevivência grupal no Planeta; e 5ª) Discernimento espiritual. O modo mais rápido de se alcançar a irmandade dos homens em Urântia é efetuar a transformação espiritual da humanidade nos dias presentes. A única técnica para acelerar a tendência natural de evolução social é a de aplicar a pressão espiritual vinda de cima, elevando, assim, o discernimento moral e, ao mesmo tempo, aumentando a capacidade da personalidade-alma de cada mortal de compreender e amar a todos os outros mortais. O entendimento mútuo e o amor fraterno são civilizadores transcendentes e fatores poderosos na realização mundial da irmandade dos homens.

 

O caminho do transgressor é duro; dentro de cada pecado está oculta a semente da sua própria destruição. A recompensa do pecado é a morte.

 

O homem evolucionário acha difícil compreender plenamente o significado e captar o sentido do que é o mal, o erro, o pecado e a iniqüidade. O homem é lento para perceber que o contraste entre a perfeição e a imperfeição gera o mal potencial; que o conflito entre a verdade e a falsidade produz o erro da confusão; que o mal aplicado livre-arbítrio desemboca no domínio acachapante e inconciliável da entropia; que a busca persistente da Divindade conduz ao Reino do Deus Interior, e que, por contraste, a contínua rejeição deste Reino leva ao domínio da iniqüidade e da morte.

 

O mal potencial existe no tempo, dentro de um universo que abrange níveis distintos de significados e de valores de perfeição. O pecado é potencial em todos os reinos nos quais os seres imperfeitos são dotados com a capacidade de escolher entre o bem e o mal. A presença, em si mesma conflitante, da verdade e da inverdade, do factual e do aparente, constitui uma potencialidade para o erro. A escolha deliberada do mal constitui o pecado; a rejeição voluntária da verdade é o erro; a adoção persistente do pecado e do erro é a iniqüidade, que leva à morte.

 

 

 

 

A liberdade verdadeira é a busca das idades e a compreensão do progresso evolucionário. A falsa liberdade é o engano sutil do erro, no tempo, e do mal, no espaço. A liberdade que perdura, funda-se na realidade da justiça, da inteligência, da maturidade, da fraternidade e da eqüidade. A liberdade torna-se uma técnica de autodestruição da existência cósmica quando a sua motivação é desinteligente, incondicionada e incontrolada. A verdadeira liberdade está progressivamente relacionada à atualidade cósmica e considera sempre a eqüidade social, a justiça cósmica e a fraternidade universal. A liberdade torna-se suicida quando divorciada da justiça material, da honestidade intelectual, da paciência social, do dever moral e dos valores espirituais. A liberdade não existe fora da atualidade cósmica; e a efetividade e a incontestabilidade da personalidade são proporcionais às suas relações com a Divindade interior. A vontade própria incontida e a auto-expressão não regrada se igualam ao egoísmo não mitigado: o ponto mais distante da Divindade interior. A liberdade que não está associada à conquista e à mestria do ego – mestria que deve ser sempre crescente – é uma invenção da imaginação mortal egoísta. A liberdade motivada apenas pelo ego é uma ilusão conceitual – um engano cruel. A licenciosidade mascarada pela veste da liberdade é precursora de uma escravidão abjeta.

 

 

 

 

A Sabedoria apenas é Divina e segura quando é Cósmica no seu alcance e Espiritual na sua motivação.

 

Não há erro maior do que a prática de enganar a si próprio, que leva os seres inteligentes a aspirarem ao exercício do poder sobre outros seres, com o propósito de privá-los das suas liberdades naturais. A regra de ouro da justiça humana põe-se contra todas as fraudes, todas as injustiças, todas os egoísmos e toda falta de retidão. Só a liberdade genuína e verdadeira é compatível com o Reino do amor e o ministério da misericórdia.

 

Como se atreve a criatura, movida pela vontade do ego, a se intrometer nos direitos dos seus semelhantes, em nome da liberdade pessoal, quando os Governantes Supremos do universo se abstêm, em respeito misericordioso, diante dessas prerrogativas da vontade e dos potenciais da personalidade? Nenhum ser, no exercício da sua suposta liberdade pessoal, tem o direito de privar qualquer outro ser dos privilégios da existência.

 

A guerra é a herança do homem evolucionário primitivo. Nos mundos em que a civilização tem um avanço normal, o combate físico, como técnica de ajustamento de desentendimentos de qualquer natureza, foi totalmente abolido, pois, há muito tempo, caiu em descrédito... Nenhum ser, em todo o universo, tem a liberdade, por direito, de privar qualquer outro ser da verdadeira liberdade, do direito de amar e de ser amado, do privilégio de adorar seu Deus e de servir aos seus semelhantes.

 

As criaturas de vontade moral dos mundos evolucionários estão sempre preocupadas em fazer uma pergunta impensada: por que os Criadores oniscientes permitem o mal e o pecado? Elas não compreendem que ambos – o mal e o pecado – são inevitáveis, se a criatura tiver que ser verdadeiramente livre. O livre-arbítrio do homem que evolui não é um mero conceito filosófico ou um ideal simbólico. A capacidade de o homem escolher entre o bem e o mal é uma realidade do universo. Esta liberdade de escolher por si próprio é um dom dos Governantes Supremos, e Eles não permitirão a qualquer ser (ou grupo de seres) privar uma personalidade sequer, no amplo universo, desta liberdade, e, menos ainda, para satisfazer os seres transviados e ignorantes no desfrute de algo erroneamente concebido como liberdade pessoal.2

 

O fato em si de que uma criatura que pratica o mal possa verdadeiramente escolher cometer o erro – cometer o pecado – estabelece a realidade do livre-arbítrio e justifica plenamente os atrasos, de qualquer duração, na execução da justiça, posto que a extensão da misericórdia poderá conduzir ao arrependimento e à reabilitação.3 As demoras temporais da misericórdia existem por mandato do livre-arbítrio dos Criadores. Há um bem no universo que deriva desta técnica de paciência para lidar com rebeldes pecadores. Ainda que seja mais do que verdadeiro que o bem não pode vir do mal, para aquele que admira e comete o mal, é igualmente verdadeiro que todas as coisas (inclusive o mal potencial e o mal manifesto) trabalhem juntas para o bem de todos os seres...

 

A misericórdia requer que todos os malfeitores tenham tempo suficiente para formular uma atitude deliberada e plenamente determinada a respeito dos seus maus pensamentos e dos seus atos transgressores.

 

A justiça suprema é dominada pelo amor; portanto a justiça nunca irá destruir aquilo que a misericórdia pode salvar. O tempo para aceitar a reconciliação é garantido a todo malfeitor.

 

A paciência não pode funcionar independentemente do tempo.

 

Embora o erro seja sempre deletério para uma família, a sabedoria e o amor exortam os filhos justos a terem paciência com um irmão que erra durante o tempo concedido pelo pai afeiçoado, dentro do qual o pecador pode ver o erro do seu caminho e abraçar a reconciliação.

 

O tempo é relativo; até mesmo em um universo temporal.

 

Uma coisa deve ficar clara: caso sejais levados a sofrer as conseqüências por causa de alguma violação de algum membro da vossa família, de algum compatriota, de um companheiro mortal ou mesmo por causa da rebelião no sistema ou em outra parte, não importa o que vós possais ter de suportar por causa do erro de conduta dos vossos parceiros, companheiros ou superiores. Podeis ficar seguros de que tais atribulações serão aflições passageiras. Nenhuma destas conseqüências fraternais do mau comportamento no grupo poderá jamais colocar em perigo as vossas perspectivas eternas, nem vos privar, no mínimo grau que seja, do vosso direito divino de ascensão...

 

A morte natural, física, não é uma inevitabilidade para os mortais. A maioria dos seres evolucionários avançados, cidadãos dos mundos que existem já na era final de LLuz e Vida, não morre; eles são transladados diretamente da vida na carne para a existência moroncial. Esta experiência de transferência da vida material para o estado moroncial – a fusão da personalidade-alma imortal com o Ajustador Residente4 – cresce em uma freqüência proporcional ao progresso evolucionário do planeta. Inicialmente, apenas uns poucos mortais, em cada idade, alcançam os níveis de progresso espiritual necessário a esta transferência, mas, com a chegada das idades... ocorrem mais e mais fusões com o Ajustador Residente, antes do final da vida, cada vez mais longa, desses mortais em progresso...

 

O universo é infalível quanto à aplicação das técnicas de equalização destinadas a assegurar que nenhum ser ascendente seja privado de nada essencial à sua experiência de ascensão.

 

Os estágios avançados de um mundo estabelecido em LLuz e Vida representam o ápice do desenvolvimento evolucionário material. Nestes mundos cultivados, a preguiça e os atritos das idades iniciais primitivas já são algo do passado. A pobreza e a desigualdade social praticamente se extinguiram. A degenerescência já desapareceu e a delinqüência raramente é encontrada. A insanidade deixou praticamente de existir e a debilidade mental é uma raridade. O 'status' econômico, social e administrativo destes mundos é de uma ordem elevada e perfeccionada. A ciência, a arte e a indústria florescem, e a sociedade é um mecanismo que funciona suavemente e dentro de uma perspectiva de alta realização material, intelectual e cultural. A indústria já foi amplamente direcionada para servir às metas mais elevadas de uma civilização tão magnífica. A vida econômica, em um mundo como este, tornou-se ética. A guerra transformou-se em uma questão para a reminiscência da história, e não há mais exércitos armados nem forças policiais. E, gradativamente, o governo vai desaparecendo. O autocontrole lentamente torna obsoletas as leis da ordem humana. A extensão do governo civil e das regulamentações compulsórias, em um estado intermediário de avanço da civilização, é inversamente proporcional à moralidade e à espiritualidade da cidadania. As escolas foram amplamente aperfeiçoadas e estão devotadas à educação da mente e à expansão da alma. Os centros de arte são refinados e as organizações musicais são esplêndidas. Os templos de adoração, com as suas escolas anexas, para a filosofia e a religião experiencial, são criações de beleza e de grandeza. As arenas, ao ar livre, para as reuniões de adoração, são igualmente sublimes pela simplicidade do seu compromisso artístico. Os dispositivos para os desportos competitivos, para o humor e para outras atividades da realização pessoal e grupal são amplos e apropriados. Um aspecto especial das atividades competitivas, em um mundo tão altamente culto, está ligado aos esforços dos indivíduos e dos grupos para se superarem nas ciências e filosofias da cosmologia. A literatura e a oratória florescem, e a língua está aperfeiçoada a ponto de ser simbólica nos conceitos, tanto quanto expressiva nas idéias. A vida é simples, de modo repousante; o homem, afinal, coordenou um estado elevado de desenvolvimento mecânico com uma realização intelectual inspiradora e envolveu a ambos, dominando-os, em uma realização espiritual sutil. A busca da felicidade é uma experiência de júbilo e de satisfação. Enfim, à medida que os mundos avançam no seu 'status' de estabelecimento em LLuz e Vida, a sociedade torna-se mais pacífica. O indivíduo, mais independente e devotado à sua família, torna-se mais altruísta e fraternal.

 

O alcance de níveis cosmológicos do pensamento inclui: 1º) Curiosidade. A fome de harmonia e a sede de beleza. Tentativas persistentes para descobrir novos níveis de relações cósmicas harmoniosas; 2º) Apreciação estética. O amor do belo e a apreciação, que avança sempre, do valor do toque artístico de todas as manifestações criativas, em todos os níveis de realidade; 3º) Sensibilidade ética. Por intermédio da compreensão relativa da verdade, a apreciação da beleza leva ao senso de adequação eterna daquelas coisas que, nas relações da Deidade, conduzem ao reconhecimento da bondade divina para com todos os seres; e assim a própria cosmologia encaminha a busca dos valores da realidade divina – a consciência de Deus em nós.

 

Cada impulso de cada elétron, pensamento ou espírito é uma unidade atuando no universo inteiro. Apenas o pecado é isolado e o mal resiste à gravidade nos níveis mentais e espirituais. O universo é um todo; nenhuma coisa ou ser existe ou vive em isolamento. A auto-realização é potencialmente um mal, se é anti-social. É literalmente verdade: Nenhum homem vive por si mesmo. A socialização cósmica constitui a mais alta forma de unificação da personalidade. Disse Jesus: — Aquele entre vós que quiser ser o maior, que se torne o servidor de todos. Mesmo a verdade, a beleza e a bondade – a abordagem intelectual feita pelo homem ao universo da mente, da matéria e do espírito – devem ser combinadas, em um conceito unificado de um ideal divino e supremo. Assim como a personalidade mortal unifica a sua experiência humana com a matéria, a mente e o espírito tornam-se poder-unificado, na Supremacia, e, então, personaliza-se como um Deus de amor paterno – o Deus de nossos Corações. Todo entendimento interior das relações entre as partes de qualquer todo requer um esforço de compreensão da relação de todas as partes com aquele todo. E, no universo, isto significa a relação das partes com o Todo. Assim, a Deidade 'in Corde' se torna a meta transcendental, e mesmo ilimitada, de realização universal e eterna.

 

Os significados das Verdades – decodizadas como verdades relativas – são as repercussões no intelecto mortal dos seres-no-mundo do Verbum Dimissum et Inenarrabile – a Palavra Eterna.

 

 

 

 

Para o homem finito, a verdade, a beleza e a bondade abrangem toda a revelação da realidade divina. À medida que esse amor-compreensão da Deidade 'in Corde' encontra expressão espiritual nas vidas dos seres-no-mundo, os frutos desta mesma Deidade são alcançados: paz intelectual, progresso social, satisfação moral, alegria espiritual e Sabedoria Cósmica. Os mortais avançados, em um mundo na sétima etapa de LLuz e Vida, aprenderam que o Amor é a maior entre todas as coisas do universo. O Amor é o desejo de fazer o bem aos outros.

 

O Sol é um dos múltiplos produtos da nebulosa de Andronover, que foi outrora organizada como sendo uma parte componente do poder físico e da substância material do universo local de Nébadon, tendo sido devidamente iniciada há 875 bilhões de anos. E esta grande nebulosa, por sua vez, teve sua procedência na carga-força universal do espaço, no superuniverso de Orvônton... Na época atual, a grande nebulosa de Andronover já não existe mais, mas está presente nos muitos sóis e nas suas famílias planetárias que se originaram daquela nuvem-mãe do espaço. O remanescente nuclear final daquela nebulosa magnífica ainda arde com um brilho avermelhado e continua a emitir luz e calor moderados para as suas famílias planetárias remanescentes de cento e sessenta e cinco mundos, os quais agora giram em torno dessa mãe venerável.

 

 

Nebulosa de Andronover
(animação meramente pictórica)

 

 

Todas as criações materiais evolucionárias nascem de nebulosas gasosas, e todas essas nebulosas primárias são circulares durante a primeira parte da sua existência gasosa. À medida que vão envelhecendo, elas geralmente adquirem a forma espiral e quando a sua função de formação solar chega ao fim, freqüentemente, elas terminam como acumulações de estrelas ou como enormes sóis cercados de um número variável de planetas, de satélites e de grupos menores de matéria, os quais, de muitos modos, se assemelham ao vosso diminuto sistema solar.

 

Quando as fricções do tipo maré se tornarem uniformizadas na Terra e na Lua, a Terra irá sempre voltar o mesmo hemisfério para a Lua, e o dia e o mês serão análogos – com uma duração em torno de 47 dias. Ao atingir esta estabilidade de órbitas, as fricções do tipo maré reverterão a sua ação, não mais tendendo a afastar a Lua da Terra, mas gradualmente atraindo o satélite na direção do planeta. E então, naquele futuro distante, quando a Lua chegar à distância de cerca de dezoito mil quilômetros da Terra, a ação da gravidade desta última provocará um colapso da Lua, pois uma explosão causada pela maré-da-gravidade levará a Lua a se despedaçar em pequenas partículas, que poderão se reunir em torno do mundo, como anéis de matéria, semelhantes aos de Saturno, ou então, talvez, caindo gradualmente na Terra, como meteoros. Se os corpos espaciais tiverem tamanhos e densidades semelhantes, poderão ocorrer colisões. Contudo, se dois corpos espaciais de densidades semelhantes forem relativamente desiguais em tamanho, e o menor se aproximar progressivamente do maior, a ruptura do corpo menor ocorrerá quando o raio da sua órbita se tornar duas vezes e meia menor do que o raio do corpo maior. As colisões entre os gigantes do espaço, na verdade, são raras; contudo as explosões de corpos menores causadas pela maré-da-gravidade são muito comuns.

 

 

Colapso da Lua
(esta animação não está em escala
e é meramente pictórica)

 

 

Há 900 milhões de anos, Urântia presenciou a chegada do primeiro grupo de exploração de Satânia, enviado de Jerusém, para examinar o planeta e elaborar um relatório sobre a sua adaptabilidade de poder se transformar em uma estação de vida experimental... Há 650 milhões de anos, presenciou-se, por último, uma separação das massas terrestres e, como conseqüência, uma expansão dos mares continentais. Enfim, estas águas estavam rapidamente atingindo aquele grau de salinidade essencial à vida de Urântia. Esses mares e os seus sucessores estabeleceram os registros de vida em Urântia, como foi subseqüentemente descoberto em páginas de pedra bem conservadas, volume sobre volume, à medida que uma era sucedeu à outra era e uma idade à outra idade. Na realidade, estes mares internos das épocas remotas foram os berços da evolução.

 

 

 

O Caminho do Paraíso
(segundo o Livro de Urântia)
Fonte:
http://commons.wikimedia.org

 

 

Continua...

 

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Notas:

1. Esta afirmação – incompreendida em seu teor místico-espiritual pelos sem-alma, pelos ignorantes e pelos preconceituosos das Potências do Eixo (Roma-Berlim-Tóquio) – quase boçalmente exterminou a Humanidade na Segunda Grande Guerra, ainda que o mote não tenha sido o Livro de Urântia. Os horrores perpetrados pelo Nationalsozialismus hitlerista – que tinha como um dos seus lemas quem jura pela suástica deve renunciar a qualquer outra lealdade não poderão jamais ser esquecidos. Entretanto, não esqueçamos também, por exemplo, do apartheid, das migrações forçadas, da cruel desgraça que desceu sobre a Qita' Ghazzah (Faixa de Gaza) e das diversas limpezas étnicas, estas motivadas por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e (por vezes) políticas. Você lembra da declaração de Yuri Orlov no início do filme Lord of War, O Senhor da Armas? Há mais de 550 milhões de armas de fogo em circulação no mundo. É uma arma para cada doze pessoas no Planeta. A única questão é: como armaremos as outras onze? Pois é. Lamentavelmente, isto simboliza e representa aquela parte ponderável da Humanidade que ainda vive na base do que se dane o mundo, e que só quer levar vantagem!

 

 

Transmutação da Suástica

 

 

2. Se for verdadeiro – como tenho afirmado e, didaticamente, considerando apenas o planeta Terra – que enquanto um estiver com fome todos estarão famintos, que enquanto um estiver doente todos estarão adoentados, que enquanto um estiver equivocado todos estarão mergulhados na ambigüidade, e que, enfim, enquanto um estiver não ou sim todos estarão não ou sim, a liberdade pessoal realmente inexiste, porque, simplesmente, somos todos um. Portanto, como está afirmado no Livro de Urântia, é preciso ter em mente: A liberdade motivada apenas pelo ego é uma ilusão conceitual. Poderemos até não gostar e não aceitar isto, mas o nosso não gostar e o nosso não aceitar não mudam absolutamente nada. Se gostamos ou se não gostamos do funcionamento das Leis Cósmicas, se concordamos ou se não concordamos com elas e com o seu funcionamento, é absolutamente inócuo e vão; as Leis Cósmicas sempre funcionaram, funcionam e sempre haverão de funcionar... apesar de nós.

 

 

3. Compreensão... Compreensão... Compreensão... Compreensão... Compreensão... Compreensão... Compreensão... Compreensão...

4. O Deus de nossos Corações.

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://encyclopediaurantia.org/andronover.htm

http://encyclopediaurantia.org/uorigin.htm

http://www.fresno.k12.ca.us/
divdept/sscience/MSUnitReview.html

 

Fundo musical:

Prelude nº 9 (Johann Sebastian Bach)

Fonte:

http://www.karaokenet.com.br/karaoke2/midisclassicos.htm

 

Direitos autorais:

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